terça-feira, agosto 31, 2010

Wild Target

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Bill Nighy é o melhor assassino profissional do Reino Unido. Está-lhe no sangue, não fosse o negócio de família. É contratado para matar Emily Blunt. Uma ladra que enganou um ricalhaço desprovido de escrúpulos, vendendo-lhe uma cópia dum Rembrant. Por um motivo ou outro, Nighy não a consegue matar à primeira. Quando vai tentar à segunda, é interpelado pelos capangas do ricalhaço. É salvo pelo Ginger Tosser, um broado que lavava carros num parque de estacionamento. Com outros assassinos atrás deles, Nighy acabar por adoptar esta parelha desorientada, criando uma família bastante disfuncional, mas que o faz feliz. Ah, e pela primeira vez achei Blunt gira. Muito gira mesmo.

Nem era para ver filmes hoje. Estou um pouco... chamemos-lhe «cheio». Queria ver mais um. Apenas mais um, só para bater o recorde. Em Janeiro de 2009, um mês ao nível do que está prestes a terminar, vi 41 filmes. Em Agosto de 2010 foram 42. Acho que vou ficar por aqui. Wild Target até acabou por ser uma surpresa bastante agradável, mas quero ver outras coisas, para desenjoar, para também não ser «obrigado» a postar. Uma pausa. Pequena, porque ainda há muita coisa que quero ver. Um descanso amanhã, ficando pelos 42. Afinal, não é essa a «answer to the Ultimate Question of Life, the Universe and Everything»? E, sinceramente, espero não passar por outro mês em que me apeteça quebrar este recorde. Não seria bom sinal.

domingo, agosto 29, 2010

Grown Ups

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Desde quando a Salma Hayek assina como Pinault?! Que raios?!!?
Sim, claro. O meu desejo era que assinasse como Salma Hayek DaMaSCo.

Um velho treinador de basquetebol de... bem, nem é liceu. Seria treinador de ciclo, suponho. Os putos tinham 12 anos, ou que raio. Onde é que eu ia? Ah, sim. O treinador morre e a velha equipa vencedora reune-se no fim-de-semana. São amigos de longa data mas, por um motivo ou outro, não se vêem com muita frequência. Têm mulher e filhos, quase todos. Serve para reestabelecer velhas amizades e deixar o puto que há dentro deles à solta, mais uma vez, mais um bocado. E a Maria Bello é brutal.

Mais um daqueles filmes que servem como desculpa para ir de férias com os amigos. A verdadeira questão aqui é: será que os actores levaram as suas verdadeiras famílias neste «projecto» ou foi mesmo só uma coisa de rapaziada? Agora sim acho que toda a gente deve odiar Sandler. O homem faz o que quer.

Prince of Persia: The Sands of Time

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Típico filme de acção/aventura/fantasia. Perfeito para um domingo à tarde onde não esteja este tempo de sol maravilhoso. Para mim é um pouco irrelevante como faz lá fora. Apenas tenho tempo para os meus amigos bidimensionais. Dizia eu que esta adaptação não traz nada mais do que o entretenimento que filmes como a Múmia trouxeram. São giros de se ver. Impressionam. Têm uma data de efeitos especiais bonitos. E uma trama suficientemente interessante embora algo descabida, se pararmos para pensar. Prefiro antes abordar os dois actores principais.

Sou só eu a achar o Gyllenhaal muito, mas muito errado para este tipo de papéis de acção? O Donnie Darko aos pulos com espadas!.... Esta nem é a parte pior. O seu personagem é orfão, quase que lhe cortam as mãos por roubar, matam-lhe a família adoptiva quase toda, perde a moça, matam-lhe os amigos e só não desenterram os restos da mãe e violam-na, por acaso. E o palerma passa o tempo todo com aquele sorrisinho manhoso na cara, como se tudo fosse um jogo. Pior é quando tenta mostrar surpresa, choque ou confusão. Aí reverte sempre para a personagem de broadeco que nunca sabe o que se passa e ainda choraminga um pouco, porque acontece-lhe tudo a ele. Falta-lhe carisma para este tipo de papel. É só o que estou a dizer.
A Gemma Arterton... acho que é a primeiro grande papel que lhe vejo. Ok, não, não é. É o primeiro em que reparo com mais atenção. Para além deste defeito, da sua personalidade ser tão fraca que não marca presença, há toda a questão da sua beleza. Não é meu tipo, admito, mas concedo que seja uma mulher bonita. Porque é que vem à baila? Porque ainda há pouco tempo fui acusado de só achar piada a miúdas que acabam por não ter interesse nenhum. Comecei a pensar, na altura, se teria assim gostos tão peculiares. Não tenho dúvidas que quem me injuriou achará bastante piada a esta mulher. Agora pergunto eu: será possível aturar uma mulher com uma voz tão irritante, por muito gira que seja? É que a Gemma é muito irritante. Muito, mesmo.

Apenas duas últimas notas. A primeira para o quão irritante o personagem de Alfred Molina é. Aliás, não é só irritante, é mesmo um péssimo personagem, sem piada nenhuma. Mau, mesmo. A segunda para o regresso (pelo menos para mim) de Jeff. Jeff não é o nome do actor, mas sim da personagem que interpretou numa das minhas séries britânicas preferidas. Nem quis acreditar quando vi o gajo neste filme. Grande Jeff. Bons olhos o vejam.

PS - Este é o filme 202, este ano. Ultrapasso assim o número de filmes que vi o ano passado, tendo ainda quatro meses neste ano. O objectivo é ultrapassar os 271 vistos em 2007. Meu dEUS, como é bom não ter vida.

MacGruber

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Ok, isto já faz muito mais sentido num domingo de manhã.
He he! Já não me lembrava que o MacGyver não usava armas de fogo. Só usava as geringonças que criava. Que ridículo. Sim, Will Forte e os amiguinhos decidiram criar um filme a gozar com essa mítica personagem dos anos 80: MacGyver. Não, não foi necessário grande esforço criativo. Para quem teve o mau senso de rever a série, o personagem já faz um óptimo trabalho de gozar consigo próprio. MacGruber traz ao de cima todos os lugares comuns de enredos da altura, para além de levar ao extremo alguns sketches humorísticos, como o personagem a pinocar. Sim, o gajo é histérico e faz barulhos estúpidos. Já percebemos. Não é preciso levar a coisa ao exagero.

It's time to pound some Cunth.

Dorian Gray

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Comecei a ver ontem. Achei que começar e acabar com uma boa dose de Colin Firth seria a melhor maneira de passar um dia. Pelo meio, deu-me o sono. Sim, acredito que Gray tenha ajudado. Comecei o livro há muito anos atrás, numa galáxia distante. Confesso que não devo ter passado das 20 páginas. A minha atenção não era elevada, naquela altura. Hoje em dia também não é, mas acho que conseguiria acabá-lo. Mais que não seja, tenho menos que fazer... Vai daí talvez não. Agora que penso no assunto, acho que na altura até tinha menos que fazer. Estava era a marimbar-me, essa é que é essa. Em relação à temática, mesmo que conseguisse manter-me jovem não ganharia nada com isso. Deprimente, eu sei. O palerma tem a vantagem de ter dinheiro para estoirar. Depois não sabe muito bem como viver com a imortalidade. Não ajuda ser um pateta bonitinho sem cérebro. Ah, e que não sabe representar, também há isso. Ter uma carinha laroca não é tudo, embora ajude bastante. Ser jovem para sempre também não fará grande diferença, se não se tem juízo. Daí que não valerá a pena pintarem-me um quadro. Já nas fotografias sai o que sai!

sábado, agosto 28, 2010

What Doesn't Kill You

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Não há grande enredo. Supostamente é baseado em factos verídicos. Dizem mesmo que é uma «história verdadeira». Dois miúdos de Boston que crescem e tornam-se gandulos, fazendo «trabalhos» para a máfia local. Vão dentro cinco anos e um deles quer reformar-se, quando saiem. Não é fácil voltar a ter uma vida normal depois de anos e anos a cometer crimes, especialmente tendo em conta o vício em álcool e drogas. Um marialva, este Mark Rufallo. Já Ethan Hawke é o durão, hoje em dia sempre a fazer o mesmo papel, quer seja polícia ou meliante. Hawke não está com tanta pressa para deixar a vida de sempre.

Cherrybomb

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Bros before hoes. Será que não conhecem a velha máxima? Este miúdos de hoje em dia não sabem nada.

O ginger tosser do «Harry Potter» e um drogadeco qualquer são melhores amigos. Claro que o drogadeco não é bem vindo a casa do ginger tosser, por ser uma má influência. E era, até aparecer a Cherrybomb. Uma loirinha muito gira, cuja mãe não teve mais para aturar, empurrando-a para casa do pai, noutra cidade. A miúda é uma peça e pica os rapazes a fazerem judiarias, para ganhar o seu afecto. O drogadeco está numa de mandar uma queca. O ginger tosser está numa de se apaixonar. Urso.

Gostei muito do pormenor dos sms. Sempre que o pessoal trocava mensagens, estas apareciam «escritas na tela». Foi uma solução bastante engraçada. Assim, escusamos de ouvir um voz-off a ler ou de de ter que gramar com o plano ranhoso do telemóvel.

Marmaduke

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Não, pelos vistos o autocarro não foi suficiente.
Queria algo simpático e Marmaduke é simpático de se ver, não haja dúvidas. A história não traz nada de novo. Se ignorarmos que há cães envolvidos, podia ser um filme de adolescentes, com todos os clichês inerentes. Ajuda ter a voz de Owen Wilson a dizer coisas banais, que fazem rir. O homem é engraçado por natureza. Mais não tem. É um filme para entreter miúdos. Desde quando é que isso é mau?

Mamma Mia!

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O quê!?!?! Tanta coisa e não se descobre quem é o pai!? Que raios!!
Não, não tenho problemas em revelar. Não acho que seja spoiler. Quem queria ver já terá visto, quem não viu é porque não quer ver. Porque carga d'água vi agora? Não faço ideia. Não odeio Abba. Pronto, já disse. Talvez com isto deva sair completamente do armário. Nunca me senti propriamente atraído por homens. Não sinto. Mas se gosto de Abba, só posso ser, não? Mesmo assim. Eu sei. Mesmo se não fosse este espécime perfeito de masculinidade que sou, não há grande justificação para ver algo deste calibre num sábado de manhã. Não, não sei o que se passa comigo. Sei que há algo de muito errado a acontecer. Sinto-me cada vez menos o mesmo, só que ainda não consegui perceber exactamente o que se passa. Será que ser atropelado por um autocarro ajudará? Embora lá experimentar.

The Karate Kid

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Jacket on, jacket off.

Toma lá uma ante-estreia.
Não quero saber o que possam pensar ou dizer. Por muito desdenhar que por aí ande, sei que toda a gente quer ver este filme. É um remake dum clássico dos anos 80/90, dum típico filme de underdog. Tem o Jackie Chan a (não) fazer de Mr. Miyagi. Tem o progénito de Will Smith e Jada Pinkett, que produzem a película onde o filho leva na tromba a torto e a direito, num claro interesse em passar umas férias na China. E tem uma mãe especialmente sanguinária que, quando o puto está quase a ter a perna partida, grita para ganhar a coisa. A preocupação era em ganhar o torneio, não em preservar a saúde física da criança. Muito bom. Aliás, todo o torneio é violento como tudo. Os putos de 12 anos arreiam uns nos outros à grande.

O kung fu deste karate kid é muito forte. Sweap the leg.

sexta-feira, agosto 27, 2010

Salt

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Gosto tanto quando trazem os soviéticos de volta como maus da fita. De repente, fiquei com vontade de ver filmes antigos do Bond.

Jolie trabalha para a CIA e, certo dia, é acusada de ser uma agente infiltrada da KGB. Jolie seria uma sleeper agent a viver nos Estados Unidos há anos, vivendo como cidadã americana, até ao dia em que seria chamada a agir, fazendo parte de um antigo plano maquiavélico da referida KGB. Para salvar-se e ao marido alemão, Jolie é forçada a fugir e a partir tudo e todos.
A verdadeira história aqui é que, quando o guião foi escrito, a personagem principal de Salt era um homem. Reza a lenda que Jolie fez pressão para ter o papel e, assim, o guião foi reescrito para Salt afinal ser uma mulher. A minha pergunta é: quão frustrante terá sido, para quem fez provas para o papel, perdê-lo para uma mulher?

Offside

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No Irão é proibido mulheres entrarem em estádios. Deverão ser proibidas duma data de coisas, coitaditas, mas aqui só é abordado esta parte. Meia dúzia de miúdas tentam entrar no estádio para ver o último jogo da qualificação para o Mundial de 2006. São presas pelos militares no estádio, para depois serem levadas para uma qualquer esquadra. Todas menores, adeptas de futebol, adeptas da selecção. Já tive o prazer de estar em estádios com mulheres muito especiais. Para mim, os iranianos são uns palermas. Nem sabem o que perdem.

E com este são 31 filmes. Um dos meus objectivos deste ano acabou de ser cumprido. A média deverá aumentar mas, para já, temos um filme por dia, este mês. Num Agosto muito para esquecer, safou-se isto. O que vale é que sou um moçoilo ambicioso.

Charlie Bartlett

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Charlie Bartlett é um bom moço. Mete-se em sarilhos, como todos os adolescentes. Ok, talvez se meta em sarilhos um pouco maiores. É o problema de ter tido que crescer demasiado depressa. O pai está uma prisão, por fraude fiscal. A mãe enlouqueceu um pouco com o episódio e cabe agora a Charlie ser o «homem da casa». Após a expulsão da última escola privada, Charlie é matriculado numa escola pública. No início, esta nova experiência não corre muito bem. Para ganhar a popularidade que deseja, Charlie começa a dar sessão de psicanálise na casa-de-banho pública da escola e a «receitar» os devidos medicamentos aos seus colegas/pacientes. Engraçado qb. Um projecto interessante, com bons actores. Claro que é preciso tolerância para mais um filme de adolescentes.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Los Abrazos Rotos

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O problema de não poder dizer muito, para não estragar o filme a alguma das 3/4 pessoas que lê o blogue, é que limita-me os posts. A trama estava interessante. Uma narrativa que decorre agora e outra nos anos 90. Vão dão bocados, só a dar um gostinho, para deixar o espectador curioso. Depois, a meio, lá vem a história toda do passado. A explicação de como o personagem principal ficou cego, porque decidiu adoptar o nome do seu pseudónimo. O porquê de algumas reacção a determinadas notícias ou personagens, etc. Só que no final há uma revelação, uma cena, uma representação, um discurso, que deu-me mesmo algumas náuseas. Estava a gostar do filme, só que essa cena veio estragar tudo. Posso falar da cena aqui? Claro que posso. Devo? Não. Não gostaria que mo fizessem. Em todo o caso, vale sempre a pena ver um Almodóvar. Mais que não seja, este vale pelos maravilhosos seios de Cruz. Que seios bonitos. Deviam fazer um filme inteiro só dessa parte do seu corpo.

terça-feira, agosto 24, 2010

A Boy Called Dad

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Este gajo tem uma vida complicada. O pai abandonou-o, a ele a à mãe, quando era muito novo. Agora, engravidou uma miúda e não quis assumir o puto. Ao voltar a ver o pai, este gajo revolta-se um bocado e tenta ser algo que não teve. Decide raptar o rebento, tirando-o das mãos do novo namorado da mãe da criança. A coisa corre mal e dá-lhe um tiro, acidentalmente. Tem que fugir e refugiar-se numa quinta, ele e o rebento. Uma moça, filha do fazendeiro, ajuda-o a esconder-se, tanto da polícia como do próprio fazendeiro. A moça mal fala, traumatizada com coisas que aconteceram quando era nova. Vidas complicadas, lá está. Ainda por cima se tivermos em conta que este gajo tem 14 anos. Com esta idade e já pai. Nem consigo imaginar.

My Last Five Girlfriends

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Quem conseguir ver semelhanças entre isto e o High Fidelity só poderá ser considerado um louco.
Last Five = Top 5?
Nah!!!

Ainda por cima, uma ou duas nem poderão ser consideradas «namoradas». Coisas que duraram um mês ou dois, ou mesmo só semanas. Outras é ele que boicota a relação. O rapaz estava atrofiadinho em relação à última mas, para não ser só isso, vieram as outras quatro para completar. Gostei da analogia do parque de diversões, em como cada uma era uma montanha russa ou uma qualquer outra «atracção».

segunda-feira, agosto 23, 2010

Redbelt

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Raios partam o David Mamet! Será que o homem é incapaz de tocar num assunto e sair-lhe mal?! Acompanhado de três ou quatro actores que coloca em qualquer produção, Mamet tanto pode fazer um filme sobre drogados ou pervertidos, uma comédia a gozar com Hollywood, algo com esquemas por cima de esquemas, e agora um sobre porrada. Não, não é um convencional filme de porrada. Apesar de haver um torneio, não temos cenas à la Karate Kid, se bem que há uma batalha final e o underdog ganha. Um excelente elenco (já aqui declarei a minha paixão pelo Ejiofor), uma boa história sobre honra e dedicação. E curioso como vejo algo com Alice Braga, depois de ver um com Sónia Braga (sobrinha e tia). Foi uma daquelas coincidências.

The Hottest State

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I was twenty years old and, by the time I was twenty-one I'd be heartbroken.

Muito gosta Hawke deste tipo de histórias. Rapaz conhece rapariga. Gostam um do outro. Conversam feitos tontos. Ele passa o tempo todo a tentar fazê-la sorrir, todo nervoso. Há uma ligação, por muito que ténue. A coisa complica-se, sem se saber exactamente porquê. Rapaz tem o coração partido e age como um idiota, sempre atrás dela. Quanto mais se quer, menos se tem. Só se tem quando não se quer saber. Tudo é demasiado importante até deixar de ser. Clichê. Clichê. Clichê. yadda yadda yadda

E o que irrita é que até percebi tudo. Mesmo as partes que não faziam sentido, fizeram sentido. Raios!

domingo, agosto 22, 2010

The Wackness

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There's certain people you just can't trust, you know, Luke? Listen to me. Never trust anyone who doesn't smoke pot or listen to Bob Dylan. You hear me? Never trust anyone who doesn't like the beach. Never, ever, ever, trust anyone who says they don't like dogs. If you meet someone who doesn't like dogs, you alert the authorities immediately, and sure as shit don't marry them!

Finalmente um filme numa altura porreira: Verão de 1994.
O rap quando era rap e não a tontice que depois surgiu. Wu-Tan Clan. De la Soul. Notorious B.I.G. a aparecer. Air Jordans. Mad anything. Tags em todo o lado, yo. Nova Iorque antes de ser a capital do universo. Giuliani ainda antes de ser o maior. Boom boxes. Mix tapes em cassetes. Referências datadas de vez em quando. Só foi estranho ver uma das Olsen Twins a comer-se com o Ghandi. Especialmente se tivermos em conta que Full House ainda dava nessa altura.

A história anda à volta dum puto que acabou o liceu e passa o Verão, antes de ir para a faculdade, a vender erva por Nova Iorque, acompanhado do seu psiquiatra/cliente e a filha da esposa deste (enteada?). História simples de primeiros amores, crescimento e procura de objectivos. Valeu muito pela nostalgia. 1994 foi um bom ano.

Tenure

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Como é que se diz tenure em português? São professores universitários quê? É quando ficam cativos nas respectivas universidades. Não, claro que não é «cativo». Não quero pensar como se diz e confesso que não estou para ir procurar.

Luke Wilson tem essa pressão, de ter tenure na faculdade onde dá literatura. Vive um bocado obcecado, como o amigo e colega vive obcecado em descobrir o Bigfoot. O porquê deste lado humorístico da «história» não se percebe muito bem. Coloco entre aspas porque não há grande história aqui. Vai fazendo trampa, como qualquer ser humano normal. Vai trabalhando e fazendo as suas coisinhas. Lá tem a sorte de fazer algo que gosta. Há um interesse romântico e uma inimiga, mas sem grande desenvolvimento. Há a parte do pai. Algumas aulas e uma aluna nada de especial a fazer-se ao piso. Foi o que foi.

domingo, agosto 15, 2010

Paper Man

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Raios... começo a odiar ironia.

Antes de ser Green Lantern, Ryan Reynolds é Captain Excellent.

Jeff Daniels é escritor. É casado com Lisa Kudrow há algum tempo, mas não têm filhos. Não consegue escrever o seu próximo romance. Está bloqueado. Aluga uma casa perto duma terra pequena. O silêncio e a paz poderão ajudar com o bloqueio. Até porque o personagem principal do romance, uma espécie específica de galinha, extinguiu-se na zona. Durante a semana, Kudrow volta à cidade para trabalhar. Daniels faz de tudo para arranjar maneira de ocupar as mãos. Seguindo esta lógica, mais ou menos, torna-se amigo da adolescente Emma Stone. E, por muito que se apaixone por ela, e ela por ele, a coisa não é assim. É só uma amizade. Por incrível que pareça, estas duas pessoas completamente diferentes uma da outra, têm muito em comum.

Ah, e Daniels tem um amigo imaginário desde miúdo, que é o Captain Excellent.

Arte de Roubar

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Porque é que o filme é em inglês?
Suponho que tenha sido a pergunta que toda a gente fez. Compreendo, até certo ponto. Se se vai fazer uma coisa cheia de clichês, mais vale que seja na língua de onde estes vêm. Tiros, roubos, traições, cenas «humorísticas», «fucks» e «shits» a torto e a direito. E sempre um par de caramelos a tentarem ficar ricos com esquemas. Há sempre um idiota que cai nestas coisas. É assim a vida.

Solitary Man

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Pareceu-me um título adequado para hoje.
Vai-se a ver e é só o Michael Douglas a fazer dele mesmo e a Susan Sarandon a quebrar com o padrão em que tem entrado ultimamente, embora apareça pouco. Douglas vai fazer o exame médico anual. É um gajo bem sucedido, optimista. O médico diz-lhe que pode haver um problema e que convém fazer mais um teste. É nessa altura que rebenta o fusível na cabeça de Douglas e começa a fazer-se a tudo o que mexe. Começa a cometer ilegalidades também. E ambas as coisas, em demasia, acabam por complicar-lhe a vida.

sábado, agosto 14, 2010

Cemetery Junction

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Isto é uma coming-of-age story! Desde quando é que o Ricky Gervais e o Stephen Merchant fazem coming-of-age stories!? Que coisa surreal. Quer dizer, dá para perceber o dedo dos dois em alguns diálogos, em algumas bocas. Isso e aparecem em papéis pequenos. Só que a história... é que tem história! Não é magnífica, entenda-se, mas não é nada má.

Três amigos numa terriola pequena britânica. Muito bonita, por sinal. Cemetery Junction é o nome do bairro onde nasceram e onde moram. Não há muitas opções para miúdos de Cemetery Junction. Por norma, vão trabalhar na fábrica, como os pais e os avós antes deles. A história passa-se em 73, já agora. Muitos sonhos. Muita vontade de sair da terrinha. Muito desejo de mais, de ser mais, de ver mais. Ver Cornwall, por exemplo. Esse magnífico sítio.

Last Ride

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A Priscilla, Rainha do Deserto aqui é um gajo cheio de testosterona, que gosta muito de andar à porrada, seja com quem for. A Rainha agarra no filho e anda pela Austrália, a fugir à polícia. Lembra um bocado o Perfect World, com a diferença que aqui são pai e filho. Não há muito mais. Rouba, anda à porrada, abandona o puto no meio dum lago gigante gelado (que é muito fixe, já agora... o lago, não o abandonar do puto), só porque não faz o que diz. Um gajo porreiro, esta Priscilla. No entretanto, vamos descobrindo porque fogem da polícia, através de flashbacks.

Maybe Baby

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Há uns tempos emprestaram-me um livro do Ben Elton. Já conhecia algumas coisas dele, claro. Ainda não sabia o seu nome. Gostei do livro. Já este filme...

O House está a tentar engravidar uma loira que conheço de algum lado, mas não me recordo de onde. Casados e felizes. Querem uma criança, só que falham miseravelmente. Não é que não saibam o que estão a fazer. Só não acontece. Pelo meio, o House está frustrado profissionalmente, farto de trabalhar, realizar ou produzir a escrita de outros. Sonha com escrever os seus próprios guiões. Como não há nada mais engraçado do que infertilidade, o palerma escreve, fala por fala, o que lhe vai acontecendo na vida, sem o consentimento da loira, pois claro.

Como se não bastasse a simplicidade excessiva da história, o final é pavoroso. Se tem acabado 10-15m antes, não tinha feito sentido, mas teria sido muito mais agradável.

AAAAAAHHH!!!
Já sei de onde conheço a loira. É do Nip/Tuck. Ela é britânica!? Que nojo!!!!

The Joneses

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A família Jones tem a vida perfeita.
David Duchovny joga golfe. Tem os seus negócios, que não lhe ocupam o tempo todo. Conduz bons carros. Bebe cerveja importada. É charmoso, bonito e inteligente. Demi Moore é bonita, sofisticada, encantadora. Também conduz bons carros. Tem boas roupas e trata-se com o que há de melhor, tanto a nível de produtos de beleza, como de jóias. Têm uma casa enorme e dois filhos muito atraentes, que são muito populares na escola.
Lá está. A vida perfeita. Só é pena é ser falsa.

The Greatest

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Não acredito que tem este título e não passa uma única vez a música abaixo. Desilusão.

O puto do Kick Ass e a miúda do An Education são colegas de escola. Não falam, não se conhecem durante todo o último ano. No último dia, o puto finalmente ganha coragem e vai falar com ela. Fazem o amor, ambos pela primeira vez, logo naquele dia. Estavam apaixonados um pelo outro desde que se viram pela primeira vez. O puto, idiota, pára o carro no meio da estrada, quando está a ir para casa, suponho. Vai dizer-lhe isso mesmo. Que, apesar de só terem falado naquele dia, que está apaixonado por ela. Uma carrinha bate-lhes e o puto morre. A miúda engravida. Não com o acidente. Foi mesmo durante o amor. Logo à primeira. Chiça que é preciso ter pontaria. A mãe da miúda é uma drogada desorientada e a miúda vai viver com os pais dele. Pierce Brosnan, Susan Sarandon e um irmão mais novo do puto. Brosnan não chora, não dorme. Sarandon está obcecada com os últimos momentos do filhote do seu coração. Fala com toda a gente no hospital que estava a trabalhar naquela noite. Começa a tomar conta do condutor da carrinha, que entretanto entrou em coma. O irmão mais novo dá numa data de drogas, de forma mais intensa do que andava a fazer. Pelo meio, cresce uma criança dentro da barriga da miúda.

Pior sensação do mundo:
Acontece algo mau, algo horrível. Uma daquelas que não consegues deixar de pensar. E só choras e choras. O teu cérebro não desliga. Só pensas naquilo. Lá consegues dormir. Seja naturalmente, por cansaço, ou com ajuda. Acordas. Durante dois segundos, não te lembras. Durante dois segundos consegues estar são outra vez. Durante dois segundos consegues pensar. E depois lembras-te. Acontece a Sarandon, no início. Abre os olhos, meio assustada, ao ouvir o despertador. Estranha o facto de Brosnan estar sentado na cama. Não dorme desde que soube que o filho morreu. Olha para ele naturalmente durante dois segundos. E depois lembra-se. E começa a chorar.

sexta-feira, agosto 13, 2010

The Kingdom

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AKA CSI Riade

Ocorre um atentado terrorista em Riade. Morre uma data de gente. Sauditas e americanos. Uma equipe de investigação do FBI entra no país para investigar o atentado. Querem vingar a morte de um colega. São escoltados constantemente e impedidos de fazer o trabalho, por motivos de segurança. Mesmo sem grandes condições, conseguem descobrir quem foi. Quando vão para voltar a casa, all hell breaks loose e a Elektra começa aos tiros, a torto e a direito. Com quem é que os sauditas se foram meter!

terça-feira, agosto 10, 2010

The A-Team

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Fugiram demasiado à série.

É o que fica. É a sensação que fica. Aquela sensação de desconforto, de desconfiança. Aquela sensação que alguém esteve a dormir na nossa cama, embora esteja mais ou menos igual ao que deixámos de manhã. Alguém esteve a brincar com os nossos brinquedos e, apesar de estarem iguais, não é a mesma coisa. Estava tudo lá. Todo o potencial para um óptimo filme de acção bandeiroso estava perfeitamente ao alcance. Era só colher o manancial de potencial que a série já tinha. Havia gajos loucos. Todos, sim. Havia humor a rodos. Há tiros. Acção. Carros a virarem-se na estrada com (e talvez, mas não obrigatoriamente, devido a) explosões. Artimanhas. Histórias com desenlaces previsíveis mas, mesmo assim, divertidos. Mulheres atraentes. Medos de voar. Amizade. Já referi os tiros? Há charutos! Para quê inventar? Havia necessidade do Face criar um plano? Claro que não! E depois há a questão dos actores. Têm a ver e não têm nada a ver. Sim, são pessoas diferentes e, como tal, serão sempre um bocadinho «ao lado». Mas tanto ao lado? Demasiado ao lado, parece-me. Não consegui delirar com nenhum deles. Acho que só o gajo que fazia de B.A. terá tentado ser o Mr. T. E falamos do menos actor dos quatro. Nem a Jessica Biel conseguiu amenizar a coisa. Gostei do vilão. Apesar de inconstante, conseguiu ter bons momentos de vilão insano maquiavélico.

domingo, agosto 08, 2010

Elvis and Anabelle

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Elvis conhece Anabelle da maneira mais romântica que alguma vez vi em cinema: preparava-se para embalsamá-la.

Não, isto não é uma boca ordinária. Elvis fazia os embalsamentos pelo pai, pois este já não conseguia. Anabelle morreu ao ganhar o prémio de Miss Teen Texas. Complicações cardíacas, devido ao problemas alimentares. Elvis viu o cadáver. Anabelle era muito bonita. Decide dar-lhe um beijinho, só naquela. A moça volta à vida, qual princesa adormecida.

Aliens vs Predator: Requiem

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Ora cá está! Com dois personagens como o Predator e o Alien, qual é a necessidade de ter história? Em Requiem, um alien matou um predador numa nave e despenha-se na terra, nos arredores duma povoação americana. Um predador amigo vai vingar a morte do colega e segue-o até ao nosso bairro. No meio do caos que é uma data de aliens numa povoação, o alien-mor e o predador andam à porrada. Excelente! Para quê inventar mausoléus e coisas no pólo norte, ou onde raios se passava o primeiro?

Que é que os aliens fazem nos tempos mortos? É que os predators sempre faz sentido, que estão a planear os próximos torneios e caças. Os aliens são parasitas que só destroiem e procriam. Vejo-os a jogar às cartas, à volta de uma mesa, como no quadro dos cães.

They're aliens... and they're playing poker!!!!
AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, agosto 07, 2010

In Search of a Midnight Kiss

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Já não via um indie a preto e branco há alguns anos. Sim, estou numa de filmes mais pequenos. Às vezes gosto de ir por aí. Já deitei muita coisa fora. Tenho para aqui lixo que nunca mais acaba. Este não é mau. O início é um bocado reles, mas depois acaba por ter alguns bons pormenores.

Wilson mudou-se para LA para escrever guiões, para seguir o «sonho». Vive em casa dum amigo e da namorada deste. Desde que chegou, há uns anos, que tudo corre mal. Está sozinho e deprimido. É o último dia do ano e o amigo incentiva-o a colocar um anúncio no Craigslist, à procura dum date para a noite de passagem de ano. Daí o título. A miúda é muito, mas muito irritante. Ao início é um peste e insuportável. Só que é loira (acho) e gira, por isso Wilson abandona o pouco orgulho que restava e tem uma noite até bastante agradável, se bem que com a sua dose de episódios.

Garage

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A tragicomedy set in the world of gas stations in rural Ireland, where over-diligent employee of the garage searches for intimacy during the course of a life-changing summer.

Tradução:
Josie é o idiota da vila. Trabalha numa estação de serviço, numa aldeia algures na Irlanda. Faz a sua vidinha pacata. Acorda de manhã. Trabalha. Almoça. Trabalha. Vai à vila comprar mantimentos. Vai beber uns copos ao bar local. Dorme. Repete. Tem uma panca por uma moça local, mas claro que a coisa não é recíproca. Toda a gente goza com ele e é um coitadinho. Um puto de 15 anos vai ajudar aos fins-de-semana. Vai dando álcool ao puto e este conversa com ele. Não sabe o que faz. É tudo inocente na cabeça dele. Até deixar de o ser, para o resto do mundo.

This Is England

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Inglaterra. 1983. Thatcher no poder. O país passava pela situação ridícula das Falkland. Quem é que se mete com a Argentina, pelo amor de dEUS?!

Shaun, um rapaz de 12 anos é arreliado na escola. O bullies metem-se com ele. O pai morreu nas Falkland e a mãe é um bocado esquisitóide, que faz com ele seja esquisitóide por associação. Conhece o grupo mais maricas de skinheads que alguma vez vi na vida. Gajos porreiríssimos. Uns malandros, mas nada de mais. Gajos que choram e choramingam uns com os outros, que pedem desculpa e fazem birras quando a brincadeira vai longe de mais. Às tantas a mãe de Shaun chateia-se porque raparam a cabeça ao miúdo. Vai mandar vir com eles e todos pedem desculpa, acabrunhados. E a mãe deixa-o com eles!

Às tantas há um que sai da prisão e volta à pandilha. Cria-se uma cisão. De um lado os skins simpáticos. Do outro, os que acreditam que os males do mundo são culpa dos paquistaneses. Fuckin' twats. Vão mas é arranjar um trabalho, ó palermas!
E é isso.

Tekken

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Um puto com a mania que é o Bruce Lee (falhando miseravelmente, entenda-se) vive num mundo pós-apocalíptico, fazendo a sua vida como lhe apetece, sem ligar aos problemas do mundo. É mãe é morta pela empresa que controla tudo e o puto decide vingar-se. A melhor maneira a chegar aos líderes é entrar no torneio de porrada lá do sítio.

Joguei o jogo algumas vezes. Mais para ver as gajas, que eram bonecas virtuais bem boooas. Aqui, as suas encarnações «reais» desiludiram um pouco. Faz sentido. O homem (e mulher) podem ter sido feitos à imagem de dEUS, mas ninguém bate as criações de programadores de jogos. O filme não é nada de especial (óbvio). Acima de tudo, dispensava o recorrente artifício das lições da mãe, durante os combates. O puto foi ensinado a combater pela mãe. É o elo mais fraco dali. A «escolha do povo». Não é um lutador profissional. Como é hábito nestas coisas, leva porrada a torto e a direito em todos os combates. Depois, lá se lembra de uma das lições da mãe e dava a volta à coisa. A minha questão é: porque não se lembrava das lições antes dos combates, ANTES de levar uma tareia de meia noite? Seria mais prático, não?

Killers

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Estas comédias românticas começam a ficar muito violentas. Convém mesmo fazer de tudo para convencer os machos nos casais a ir ver este tipo de coisas. No meu tempo, bastava um top apertado à volta da Katherine Heigl e a coisa ficava resolvida. É assim a vida. Um sinal dos tempos que mudam.

Acho que tinha mais coisas interessantes para dizer. O problema é que comecei a ver e entretanto fui interrompido por um agradável convite para jantar. Voltei a casa e vi os 15m finais. Todas as outras conclusões ficaram pelo caminho e assim este post nunca poderá ter metade do interesse que poderia ter. Sabemos bem as maravilhosas coisas que saiem dos meus dedos. Todos os maravilhosos e divertidos comentários que faço a cada filme que vejo. Muito bom poderia ter sido este post, não fosse a interrupção.

Perguntar-se-ão os motivos de ver um filme tão cabalmente singelo, daqueles em que o trailer dá-nos tudo o que precisamos saber ou iremos ver em hora e meia. Eu sou o gajo que gosto do Ashton Kutcher, mesmo quando se aproveita deliberamente para meter as mãos nos seios de Heigl. E, se não bastasse isso, temos sempre o bigode de Selleck e os anteriormente referidos seios de Heigl, enfiados em tops apertados.

sexta-feira, agosto 06, 2010

Killshot

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Mickey Rourke é um assassino profissional, com sangue índio. Não sei se foi a maneira de justificarem porque tem tão mau aspecto... e apercebo-me agora que estou a ser muito mauzinho para com os índios, insinuando que todos têm um aspecto esticado, de quem fez demasiadas más operações plásticas. Rourke trabalhou para uma qualquer máfia, até um trabalho ter corrido mal e ter morto acidentalmente o irmão mais novo. Segundo Rourke, o irmão era um idiota, semelhança que tinha com Joseph Gordon-Levitt, um orfão traumatizado, idiota que cedo se metou na vida do crime. Rourke tem a política de nunca deixar testemunhas. Por isso vai atrás de Thomas Jane e Diane Lane, um casal que estava presente quando os dois totós tentaram chantagear o patrão de Lane. Como se isto não bastasse, o filme é dedicado a Anthony Minghella e a Sydney Pollack. Não sei se a homenagem não será mais um insulto.

Dedication

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Billy Crudup tem sérios problemas de interacção social. Quase que o podiam diagnosticar com Asperberger, se não fosse o facto de que sabe que diz coisas ofensivas, que incomodam as pessoas. Enquanto não ofende ninguém, escreve livros infantis ilustrados de relativo sucesso, com um parceiro que acaba por morrer com um tumor no cérebro. A editora quer mais livros e arranja-lhe uma nova ilustradora, sendo que Crudup ataca-a quase antes de se apresentar. Só que Mandy Moore é gira e querida. Crudup vacila, apaixona-se e depois faz m€rd@. A história do costume, portanto.

quinta-feira, agosto 05, 2010

What Just Happened

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Meh!

Robert De Niro é um produtor em Hollywood em final de carreira. Tem ainda uma ou duas hipóteses de se manter na ribalta. Tem um filme em pós-produção, que poderá ser um sucesso, se conseguir convencer o realizador diva a cortar a cena em que matam um cão no final. No screening, todos os púdicos americanos ficaram revoltados com a cena. Coitadinho do cão. Um outro filme, este em pré-produção, só precisa que a estrela, Bruce Wilis, corte a barba que deixou crescer durante seis meses. Como fazer isso? Chateá-lo até à morte, pois claro. Para o primeiro, De Niro lá convence o realizador a fazer uma segunda versão, onde Sean Penn morre e o cão safa-se. (Para mim, um óptimo final, independentemente do cão sobreviver ou não.) Esta segunda versão será mostrada em Cannes. Porquê, não sei. Mas toda a gente sabe que os franceses também são muito sensíveis em relação aos canídeos em películas.

Muita conversas, para todos os gostos e em todas as direcções. Muito, mas mesmo muito pouca acção.

Cadillac Records

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Excelente elenco num filme que não é nada de especial, com uma história que podia ter dado mais alguma coisa, mas com cenas e falas pavorosas, que nem os melhores conseguem safar.

Well, that's what the blues is, ain't it? A whole lot of fucking.

Adrien Brody começa a Chess Records, com nomes como Muddy Waters, Chuck Berry e Etta James. As drogas, o sexo, o caos, as famílias e putos ilegítimos, que regra geral estão associados ao «mundo da música».

Parece-me que certos actores quase que pagaram para entrar, tendo em conta quem iriam interpretar. Estou a ver o Mos Def a dar o cu e as calças para fazer de Chuck Berry. Sei que eu dava.

segunda-feira, agosto 02, 2010

King Of California

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Um alucinado Michael Douglas (provando que não faz sempre o mesmo papel) é pai da overrated Evan Rachel Wood. Quando tinha 15 anos, Douglas foi internado num hospício.

When Charlie was in the mental hospital, Social Services thought I was with my mother. And Child Welfare thought I was with my father. My father thought I was with my mother. My mother thought I was with a foster family. Somewhere, some foster family thought I was with my father, and so on.

Wood foi-se safando, saindo da escola e começando a trabalhar. Douglas volta, dois anos depois, com a ideia de procurar um tesouro perdido por um padre espanhol, em 1624, no grande estado da Califórnia.

Comecei a ver num dia «maravilhoso», numa semana «perfeita», quando tinha pouca cabeça para o que fosse. Voltei a ver e acabei no início de Agosto. Pareceu-me indicado começar o mês de forma «alucinada». Talvez o torne menos «interessante».