quinta-feira, dezembro 29, 2011

Contagion

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A Gwyneth Paltrow é uma bexigosa. Para além disso, é o equivalente ao macaco do Outbreak.

Não está nada mal contado, Contagion. Ajuda ter uma data de bons actores para papéis menos bons e quase figurantes. Dá outra dimensão à coisa. O enredo é simples: há um surto duma nova doença que mata uma data de gente. Alguns tentam descobrir a génese. Outros a cura. Há uns que tentam enriquecer às custas da epidemia... e conseguem. Outros tentam tudo por tudo para salvar pessoas. E depois há um ou outro que é sortudo o suficiente para ser imune. O espectacular é que, no meio dum surto duma doença altamente contagiosa, continuam a haver idiotas que tossem para o ar. Nada de mãos à frente ou tossir para o braço. E não é como se fosse ficção. Este tipo de comportamentos acontece em todo o lado. É por estas e outras que odeio pessoas.

The Great Buck Howard

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Qual a melhor opção quando não se sabe o que fazer da vida? Trabalhar com um mágico... peço desculpa, um «mentalista» velho, que já foi famoso em tempos. É o que faz o «herói» desta pequena película. trabalha como road manager e quase que acredita em magia. Como isto é contado, até eu acredito.

Numa nota paralela, consigo perceber o que as pessoas vêem na Emily Blunt em alguns filmes. Aqui ela ainda tem o tom anasalado, típico em britânicos a falar «americano», mas dá para ver a piada da moçoila, lá isso dá.

segunda-feira, dezembro 26, 2011

Warrior

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Reformularam a fórmula. Nunca ninguém achou possível, mas em Warrior conseguiram-no.

Desde a década de 80 que vivemos com o estigma do underdog. Dantes tínhamos o herói sempre perfeito, que fazia tudo bem e que tinha uma vida perfeita. Depois vieram os Bruce Wilis e os Eddie Murphys - que até estiveram presentes neste Natal. O público acabou por fartar-se um pouco desta fórmula. A premissa era sempre a mesma e por muito que se colocasse este anti-herói em situações várias apertadas, o resultado final acabava por ser sempre o mesmo. O que cansou, como é óbvio. Voltámos a ter os heróis perfeitos, nos últimos anos, mas em Warrior a coisa evoluiu: não temos um underdog... temos dois.

Tom Hardy e Joel Edgerton são irmãos com percursos diferentes. O pai, Nick Nolte (bêbado, claro), foi o mesmo escroque para ambos, mas enquanto o primeiro fugiu com a mãe, tentando ter uma vida melhor, o segundo preferiu ficar com o pai e com a namorada. Reencontram-se agora no Sparta, um torneio de artes-marciais mistas (tradução à letra) onde vale de tudo um pouco. Dezasseis lutadores lutam em dois dias, pelo prémio final de 5 milhões de dólares. Hardy procura provar alguma coisa e dar o dinheiro à família do seu amigo, falecido no Iraque ao serviço do exército. Edgerton precisa do dinheiro para a família dele, para não perder a casa. Um é militar desertor. O outro é professor de física num secundário.

Mais underdogs que isto é difícil. E Warrior é um p#t@ filme.


PS - Se dúvidas existiam que Hardy podia ser o Bane, com Warrior foram completamente dizimadas.

domingo, dezembro 25, 2011

Intervalo 9 - A tradição será o que era?


Queixava-me da vida e o compincha mais antigo lá de casa perguntou por este post. Tornou-se tradição listar os filmes que vejo durante a época natalícia? Que coisa tão estranha. Nunca foi propriamente intenção, mas ok.

Até agora, não vi nada de mais, se bem que a variedade ontem era muita e boa. Tenho visto alguns episódios de Becker, porque não posso ser a única pessoa chateada com o mundo. Vi o McClane estupidamente novo (e não na nova versão Cleveland Show), com a mulher no filme a ter até um ar mais velho do que nos lembrávamos. Deixei de ver ainda o cavalheiro nem sequer estava descalço. Foi para intervalo e encontrei o Shrek no original! (Meu dEUS, a loucura.) Pelo caminho passei ainda por outras coisas boas: Beverly Hills Cop, My Blueberry Nights ou o Addicted to Love.

Entretanto, hoje de manhã, os bonecos de eleição são os meninos Beavis e Butt-Head, esses claros representantes do verdadeiro espírito do Natal. Pena ter poucos episódios para ver.

Boas festas!

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Easy Virtue

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Easy Virtue era suposto ser o filme rápido que veria de manhã. Felizmente foi interrompido por maravilhosas decisões gastronómicas e um passeio licoroso. Voltei ao conjunto de actores que gosto e respeito, para ver algo que se calhar preferiria ver em teatro. Se bem que a banda sonora surpreendeu. Ouvir o Car Wash em versão anos 20 deu um colorido interessante ao dia. Comentários mordazes e a saliência «bundal» de Jessica Biel num vestido compuseram o ramalhete.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Dream House

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Ao longo da primeira metade vão aparecendo pistas. Aqui e ali. Nada flagrante... ou melhor, sim, muito flagrante. Se eu apanhei... Só que não queria acreditar que fosse isso. Não queria que fosse algo tão óbvio. Senão qual era o intuito de ver? Acabou por confirmar-se. O filme servirá apenas para as moças que lhe acham piada, para ver o palerma em tronco nu. De resto, pouco se salva. E já agora, porque é que ele manteve o sotaque britânico e ela não? Ficaria demasiado confuso ter um casal inglês nos Estados Unidos? Porque só um estrangeiro é tolerável? Qual foi a lógica aqui? Eu digo qual é a lógica: o palerma não sabe disfarçar o sotaque. Pois. Um óptimo actor que é. Um camaleão autêntico.

terça-feira, dezembro 20, 2011

Bakjwi

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Como no Oldboy, este homem perde-me sempre no segundo acto. Contudo, ao contrário do outro, aqui voltou a agarrar-me bem no terceiro.

Um padre apanha uma doença lixada. É o único que a sobrevive. Mas a que custo? Torna-se vampiro. Parece-me legítimo.
Só esta premissa já vale o filme: um padre tornar-se vampiro. O que toda a gente faria era torná-lo sanguinário, a devorar (literalmente) toda a igreja. Aqui não. O padreco acaba por reencontrar uma família onde passou alguma da sua adolescência. Um amigo e uma suposta irmã desse amigo, que afinal não era mais que uma miúda adoptada. O padreco tinha uma paixão, quando era miúdo. Novamente, maior parte das pessoas colocariam o padre a devorá-la. Acabou por ser o que fez, mas não nesse sentido. (Faço um parênteses dentro de parênteses, apenas para dizer que as cenas de sexo... ufa! Vim pelos gemidos de dor e acabei por ficar pelos outros.) E por estas alturas foi quando perdeu-me. Houve toda uma destruição da família que fez pouco sentido. Só voltei quando a coisa virou-se mais para o gore e tínhamos uma sala branca com uma mancha vermelha de sangue pelo chão. Bonito.

Pela reacção geral na altura, previa-se que Bakjwi não estivesse perto dos calcanhares de Oldboy.
Confirma-se... mas não quer isto dizer que é um mau filme.

domingo, dezembro 18, 2011

The Thing

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Hollywood tem que parar com esta mania de fazer remakes. Nunca vai funcionar. Porque o que teve sucesso no passado não terá obrigatoriamente sucesso no presente. O público é diferente. As alturas são diferente. E, acima de tudo, os efeitos são diferentes. Continua a meter muito mais medo algo que não se consegue ver. Os monstros antigos não se viam. E eram aterradores por isso mesmo. Hoje em dia todos os monstros se vêem. Porque os efeitos são bons e parecem «realistas». O problema é que o nosso cérebro sabe que aquele tipo de criaturas não existe. Por isso são só para o nojentos, não tanto assustadores.

Não vi o original. E ao contrário do que costumo dizer, não acho que deveria antes ter visto o original. Eu e Carpenter temos uma relação estranha. Um dos filmes que fez é dos que já vi mais vezes, mas há demasiados outros que fez que não acho piada nenhuma. É uma relação complicada, lá está. E mais vale haver pouca interacção, para não quebrar de vez a ligação. Contudo, não tenho dúvidas que o original terá sido mais assustador que isto. Porque esta versão nova não assusta uma miúda de dez anos.

A Good Old Fashioned Orgy

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Um fim-de-semana com comédias. Chiça! Há quanto tempo?

Jason Sudeikis é o rei da festa. Literalmente. Tem a casa ao pé da praia. Isso ajuda. Desde o secundário que leva para lá os amigos e organizam grandes festas. Verdadeiros bacanais... sem a parte do sexo em grupo à descarada... até agora. O pai quer vender a casa e Sudeikis quer fazer uma última grande orgia, sim. Ok, não é grande. É só com o grupo mais íntimo de amigos. Os neuróticos. Os obscecados. Os deprimidos e deprimentes. E com os indecisos. Porque sim, se vais andar a fornicar com um grupo de pessoas numa qualquer noite, ao menos que seja com verdadeiros amigos.

sábado, dezembro 17, 2011

The Inbetweeners Movie


The Inbetweeners é o meu guilty pleasure. É dick and fart jokes, misturado com angústia adolescente e idiotice, levado ao extremo. Não se aprende rigorosamente nada nem com a série, nem com este filme que, infelizmente, terminará a saga destes jovens idiotas. Os quatro terminam o secundário e decidem festejar/afogar as mágoas/tentar ser normal nas férias. Imaginei que fosse para Espanha, mas afinal agora o destino é Grécia. Bom saber. Olha, afinal aprendi alguma coisa: não ir de férias para a Grécia. Aquilo está pejado de ingleses bêbados. A premissa é simples e a mesma da série: adolescentes a tentar ter sexo. Aqui conseguem. Na série só alguns se safaram... vá-se lá saber como.

vou ter saudades...

Singin' in the Rain

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Num acto de completo masoquismo, decidi ver algo que meteu-me uma música na cabeça durante sei lá quanto tempo.

Por incrível que pareça, não tinha aqui nada à mão que me apetecesse ver. Preferi então meter algo simples, que pudesse ignorar enquanto fazia outras coisas, sem perder o fio à meada. Basicamente, sempre que estavam a cantar e a dançar... o que é boa parte do filme... o que implica que não vi grande coisa. Nem é por aí. O mais alarmante é que até já tinha visto boa parte. Pensava que não. Terei bloqueado o trauma?

E porque é que estou a justificar-me. Vejo o que me apetecer e o resto é conversa. Ai!

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Un Prophète

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E ainda dizem que não se aprende nada na prisão.
Um caramelo entra para cumprir uma sentença de seis anos. É analfabeto. Não tem dinheiro nenhum. Nunca conheceu pais. Não tem amigos nem família. Deixou a escola bem cedo. É um meliante, inútil da sociedade, que foi ali parar porque atacou uns polícias. Fala francês e árabe. É o que o safa. Seis anos depois, sai um barão do crime organizado.

Nada como dar nos livros, de vez em quando.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Cinema Verite

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Aqui se conta a origem da reality TV. Esse famigerado momento.
A década era a de 70. Um realizador de documentários queria dar o salto para o estrelato. Vende a ideia a um canal de televisão: filmar uma família americana. Seguiram-nos durante 80 dias. Filmaram horas e horas. Andaram por Paris, Nova Iorque e Califórnia. Seguiam a mãe e os muitos filhos. O pai era o careta, embora fosse quem tivesse a vida mais activa. Estrearam em cinema e televisão e foram um sucesso. Não queriam nada daquilo. Porque as câmaras mostraram o podre que não se via à primeira vista. Mostraram aquilo que o público aprendeu a gostar de ver... infelizmente.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Life Is Sweet

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Porque é que acho tanta piada a ver filmes do Mike Leigh? Porque é que os filmes do Mike Leigh têm tanta piada? Não há grande justificação. A história é sempre muito simples e os personagens sempre os mesmos e muito irritantes. Todos têm os mesmos maneirismos a falar. Parece que Leigh tinha uma família assim e decidiu contar histórias e histórias deles. Tudo simples, claro. Parece que vemos dois ou três dias tirados ao acaso dum ano. Não que aqueles dias sejam especiais. Só porque sim. E eu deste lado, a ver tudo isto.

domingo, dezembro 11, 2011

The Ides of March

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Ai, estes americanos.
Gosto da maneira como tudo se resume sempre às mesmas coisas. Gosto como a prioridade é sempre o individual em vez do colectivo, seja qual for o assunto. Gosto como o ser humano é sempre facilmente tentado e sempre da mesma forma. Acima de tudo, gosto da forma como Hollywood vê os democratas, como se fosse possível um candidato ateu, a favor de direitos para minorias e, pior que tudo, a querer acabar com veículos movidos a petróleo, pudesse chegar sequer perto duma candidatura à presidência norte americana.

Gosto como já vi este filme demasiadas vezes. Até podia ser giro, se não batesse em todos os mui gastos clichês.

sábado, dezembro 10, 2011

Solomon Kane

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O Solomon Kane é um rapazito algo traumatizado. O pai, dono e senhor de um grande terreno e castelo, só tinha olhos para o irmão mais velho, seu sucessor. Assim, Solomon mais valia ir para um mosteiro, onde não estorvasse o reinado do irmão. Revoltado, Solomon decidiu antes matar acidentalmente o irmão, metendo-se na alheta mesmo assim e tornando-se uma máquina sanguinária assassina. Certo dia, Solomon fazia o que faz melhor - matar e pilhar -, invadindo um castelo para ficar com o tesouro que dentro se encontrava. Uma criatura dos demónios diz-lhe que chegou a altura do dIABO ter a sua alma, conforme o acordado. O problema é que Solomon não fez acordo nenhum, não estando propriamente disposto a abdicar assim da sua alma. Como forma de protecção, a «menina» abdica sim da violência, a única coisa para a qual tinha algum jeito. A alma continua prometida mas, enquanto se portar bem, pode mantê-la durante mais um pouco. Refugiado num mosteiro, é expulso porque os padrecos estavam fartos dele, ou porque era velho demais para os seus gostos, ou qualquer coisa semelhante. Na estrada conhece uma família que, como é usual nestas circunstância, é quase toda morta pelos meliantes maus da fita. Algo que podia ter sido evitado se Solomon não continuasse uma menina. É a miúda mais nova, uma das sobreviventes, que o faz voltar aos velhos costumes. Lá está, se não são as mulheres, os homens até que não recorrem muito à violência. Mas basta uma delas berrar um pouquinho e um gajo lá volta a esquartejar uns e a decapitar outros. Solomon tenta salvar a miúda e a alma... bla bla bla, acção e espadas e gajos estranhos, em época mediaval com pistolas.

Nim's Island

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Pai e filha vivem numa ilha. A filha é que se chama Nim. Ela não é «dona» da ilha. Nenhum deles é. Descobriram-na enquanto viajavam. O pai é cientista/aventureiro. Esperto, decide criar a filha numa ilha abandonada. Uma óptima ideia até chegar à adolescência, mas ok. Não, Nim's Island não é sobre essa parte. Ainda é só sobre a fase querida da miúda, onde tudo é divertido e ela ainda não se fecha no quarto a ouvir bandas deprimidas e deprimentes, vestindo apenas preto e odiando toda a gente. Sim, acho que mesmo sem ter outros miúdos à volta, isto aconteceria numa ilha deserta.

Do outro lado do prisma temos uma escritora agorofóbica que escreve livros de aventuras, com um personagem principal ao estilo Indiana Jones. Partilhando o mesmo nome com o seu personagem, muita gente os confunde, sendo que não têm nada a ver. O personagem, aliás, é o seu amiguinho imaginário, encorajando-a a sair de casa, seja para ir buscar o correio, seja para ir ajudar uma miudinha que está sozinha numa ilha no meio do Oceano Pacífico.

É só isto. Encontram-se e, como seria de presumir, têm aventuras e vivem felizes para sempre.
Como os odeio.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Hustle & Flow

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A MTV ainda faz filmes?
Só um segundo que tenho que ir verificar.

(...)

Confirma-se. A MTV ainda faz filmes. Começou com o Joe's Apartment, um filme onde baratas cantavam (elas cantavam, certo? eu não sonhei isto), sendo a última produção algo em 3D com o Justin Bieber. Pelo meio há muitas coisas horríveis (mais ainda que Bieber em 3D), é certo, mas há coisas boas. Os Jackass serão o ponto alto, mas temos também este Hustle & Flow, que nem é mauzito. Ajuda respeitar o Terrence Howard e a Taraji P. Henson, mas o filme não está nada mau, não. Confesso que não sabia da sua existência. Corri umas listas de filmes e reparei que esteve nomeado para Óscares. Ganhou um e tudo.

A história é simples. Um DJay é pimp mas quer ser rapper. Quer ser famoso e ter dinheiro. Quer largar a má vida. Solução: espancar outro rapper famoso.

Não, não. Nada disso. A última parte é um exagero. O rapazito juntou os amigos e financiou um produção caseira com o suor das suas meninas. Tudo muito empresarial, muito à «sonho americano». Uma coisa séria. No entanto, não conseguiu não ir parar à prisão.

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Salvation Boulevard

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Vi um episódio de Modern Family e alguns de How I Met Your Mother antigos, pelo meio. Tive que fazer duas pausas para conseguir aguentar o filme até ao fim. É bem verdade que também estive e assar castanhas e a beber jeropiga, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. O elenco é bom. Enganou-me por causa disso. Valeu para ver a Marisa Tomei mais uma vez. Ainda bem que ela voltou.

Fright Night

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Não vi o original. Não tenciono ver. Por nenhum motivo em expecial. Não me apetece.

No entanto, parece que o ênfase no original seria dado a toda a questão da paranóia. Um miúdo sabe que um vampiro mora na casa ao lado, mas ninguém acredita. Tentam replicar a sensação neste remake, mas os efeitos especiais e o Colin Farrell bad boy E vampiro acabam por chamar toda a atenção. E ainda bem. Porque os efeitos estão fixes e, apesar da história ser simples, o filme é bastante agradável de se ver. E o Colin está um naco, aqui. Tenho que admitir.

In Time

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Tempo é dinheiro. Alguém decidiu levar isto à letra. Nesta realidade não existe dinheiro físico. Existe tempo. Há os pobres que têm um ou dois dias de vida/tempo/dinheiro. E os ricos que vivem para sempre. Aos 25 anos o corpo pára de envelhecer, mas toda a gente tem apenas um ano de vida restante. Isto serve de desculpa para encher o filme de gente bonita, como se toda a gente aos 25 fosse modelo. Quando bate esse prazo liga-se o contador no braço. A partir daí todos têm que fazer pela vida. Alguns, pelo menos. É possível viver para sempre. A máquina não se desgasta.

In Time é um perfeito desperdício de tempo, a não ser que seja para confirmar que Justin Timberlake e Amanda Seyfried são péssimos actores. A diferença é que posso passar o resto da minha vida sem nunca mais o ver, enquanto que a ela não me importava de dar guarida durante um (ou vários) invernos. In Time é um Bonnie and Clyde... mas em mau.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Drive

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Doem-me os olhos de estar tanto tempo a olhar para o casaco mais horrível que já vi.
Doem-me os ouvidos de ouvir esta banda sonora pavorosa.
Dói-me a alma por ter que voltar a ver tipos de letra à anos 80.
Porque é que este filme tem tanto de anos 80? Qual foi o propósito? O enredo nada tem a ver com a década. Não é como se Gosling fosse um rapazito com ar duvidoso mas um coração de ouro, que só quer dançar.

A minha predisposição para este filme também não era das melhores. É giro, mas o estado letárgico em grande parte do fim-de-semana impediu-me de apreciar devidamente os dotes não representativos de Gosling. As letras cor-de-rosa não ajudaram, mas ter um dos mais promissores actores dos últimos tempos, um rapazito que anda bastante na berra, a ter uma expressão de lividez em qualquer dos momentos do filme - que incluiram coisas como matar pessoas à facada, levar tiros ou apaixonar-se -, parece-me uma perfeita idiotice. Uma (última) coisa é certa, se tivesse a Christina Hendricks no banco de trás dum carro, até eu (sim, eu) conduziria que nem um desalmado para fugir dos maus da fita. Seria o melhor condutor de todos os tempos. Seria melhor que um Fangio.

domingo, dezembro 04, 2011

Catch .44

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O Bruce Willis anda envolvido nuns projectos estranhos. E tudo por idolatração, parece-me. Pessoal novo chega ao pé dele, diz que o adora e que quer fazer qualquer coisa com ele, e o cavalheiro aceita tudo. Claro que assim que sacas um Willis vem logo uma data de gente atrás e uma banda sonora porreira. Incrível.

Este fascínio dos americanos por mexican standoffs é algo que ultrapassa-me. Acho-lhes piada, atenção. Agora, fascínio? Não, não tenho fascínio e acho que não justifica fazer um filme à volta. Neste caso, três miúdas que trabalham para um mafioso são mandadas para um café no meio de lado nenhum. A ideia será descobrirem quem anda a contrabandear na zona do mafioso. Praticamente ninguém sai vivo desta contenda.

Não acho que esteja a revelar demasiado. Não é isto que acontece sempre em mexican standoffs?

sábado, dezembro 03, 2011

The Debt

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The Debt é um pouco mais secante do que eu queria(precisava) ver. Não deixa de estar muito bem feito e ter uma óptima história, para além de estar bem contado. Acima de tudo, serve para provar que a Helen Mirren é a velha mais rija do mundo.

Mirren e os amiguinhos (tudo rapaziada com sangue judeu) entram na RDA com o intuito de capturar um nazi procurado por crimes de guerra. Mirren é a personagem no tempo real. Uma moça nova que agora aparece em tudo é a sua versão da altura. A coisa corre bem e Mirren e co. são considerados heróis. A filha escreve um livro sobre o assunto e tudo. Só que vamos vendo o que aconteceu e o que é certo é que a coisa não correu assim tão bem.

Puncture

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Esta tentativa de Chris Evans fazer filmes sérios não acertou bem no alvo. Puncture não é mau, mas...

Evans é um advogado pintas que vai a tribunal de suspensórios e camisas coloridas. Dá em todo o tipo de drogas, também não sendo muito esquisito em termos de moças com reputações duvidosas. A mulher não gosta muito deste estilo de vida. O sócio só fica chateado de vez em quando. O que é certo é que Evans é um bom advogado e, pior que isso, tem escrúpulos. Quando descobre que alguém inventou uma agulha com a qual é impossível ser picado acidentalmente, e que as multinacionais americanas não a produzem porque é demasiado caro, Evans torna a sua missão impedir que continuem a morrer tantos funcionários de hospital por acidentes deste tipo.

O final é pavoroso porque é colado a cuspo. Muito porque é baseado em factos reais. E as cenas dos discursos moralistas são maus. Não porque Evans não se safe com esse tipo de falas, é mesmo porque o texto é mau. De resto, até que se vê.

One Day

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Segundo filme seguido em que vejo Patricia Clarkson a morrer de doença terminal.

One Day é uma história típica amorosa de desencontros, em que o palerma só acorda para a vida quando chega ao fundo do poço e a relação só avança, não porque «não tenha dado», mas porque ele finalmente acede. Não me parece que seja muito equilibrado nem especialmente romântico. Talvez funcione melhor em livro. O que é certo é que vi uma mulher muito fixe e com piada (e eu que nem gosto da Hathaway) à espera dum palerma irritante (e eu que até gosto do Sturgess). Assim que ela largou o vício e quebrou o ciclo, seguindo e bem em frente com a vida, lá veio o palerma outra vez estragar tudo. O final ainda surpreendeu um pouco... mas estou ainda a decidir se foi no bom sentido.

Ah, e o dia é 15 de Julho, marcando o «aniversário» de quando tudo começou: acabaram na cama bêbados, sem terem tido sexo, depois da festa de final de faculdade. Não tinham falado até àquele dia e depois toda a acção passa-se no mesmo dia, em vários anos.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Pieces of April

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Houve uma altura em que a Katie Holmes até se esforçou para fazer filmes decentes. Não durou muito tempo, para ainda deu para ver o Go e... este é giro. Está bem feito. Tem sentimento. Não é a ideia mais original do mundo, mas aceita-se.

Todas as mulheres acabam por ser um pouco c@br@s em Pieces of April. Holmes é a filha mais velha, desnaturada por natureza, que sempre só fez m€rd@. A mãe está doente, a morrer, e dá-se ao luxo de o ser com toda a gente. A filha mais nova é de gene, sempre com a mania que é melhor que a mais velha. E os homens aqui são os patós que aturam os caprichos das mulheres. Holmes tenta fazer o repasto de dia de acção de graças, na sua humilde casa em NY. O namorado tenta ajudar... já o fogão não. Alguns vizinhos são porreiros. Outros nem por isso.

Lá está, um bom elenco e algumas boas interpretações e momentos, só que já percebemos, cineastas americanos, o dia em si é muito pesado e complicado de lidar. Sim, famílias são chatas. Boo-freaking-hoo. É um dia para comer à bruta perú e outras coisas. Não levam pena nenhuma da minha parte.

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Midnight in Paris

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Há muita coisa que sempre me encantou em Allen, mas a principal são os diálogos. Midnight in Paris nem é muito forte nesse capítulo. Ganha em grande pela fantasia e criatividade que Allen traz à história. É um pouco diferente dos últimos registos, tendo na mesma por base a relação que não está bem. Tem que haver sempre um casal. Maior parte das vezes o homem e/ou a mulher procuram consolo e respostas nos braços de outra(o). Este caso não é diferente, com a ligeira nuance que o protagonista, Wilson, procura respostas e aventuras na década de vinte.

A premissa é «a relva do vizinho etc» no tempo, mas sempre em Paris. E à meia-noite, claro.

domingo, novembro 27, 2011

Cowboys & Aliens

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Foi um dos que quis ver no Verão. Falou-lhe. Considerei ter sido a minha grande falha, ter perdido a experiência no grande ecrã, mas lá percebi que até foi melhor assim e que o filme não seria nada de mais.

Não é... e é. Não é algo que vá ficar para a história, mas é como me diziam ontem: é um óptimo filme para um domingo à tarde de sofá e ronha. O conceito é muito bom, por muito que tenha sido mal desenvolvido. Temos o Harrison Ford em grande. A Olivia Wilde nua, para quem gosta dessas coisas. Extraterrestre e cenas de acção. Tiros, porrada e pulseiras que disparam bolas de energia. Junta-se-lhe um snack qualquer e é um serão muito bem passado.

Apesar do universalmente considerado flop, espero que continuam com o conceito. Próxima paragem de ETs: Roma antiga é a minha sugestão.

The Art of Getting By

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Chego aos 300 este ano na companhia de Freddie Highmore, Emma Roberts e Michael Angarano, todos mais crescidinhos. Pelo meio aparecem ainda Rita Wilson, Alicia Silverstone e Blair Underwoood, mas foquemo-nos nos mais novos. Não é uma má companhia para um número redondo.

Highmore é um adolescente em Nova Iorque que acha que a vida é demasiado preenchida para se estar a perder tempo com coisas como trabalhos de casa. Rapaz esperto. Não é que não tenha capacidades, simplesmente não vê grande vantagem. Highmore é um artista. Um «artista sensível» e um cavalheiro. Isto chama a atenção de Roberts, porque ser geek está na moda. Highmore socializa e envolve-se mais com outros aspectos da vida. Depois, como é costume nestes filmes, quando tudo corre mal, Highmore aplica-se e faz o impossível, tudo porque perdeu-se de amores pelos olhinhos bonitos de Roberts.

Embora algo pretencioso, The Art of Getting By acaba por associar-se bem à marca redonda atingida neste blogue.

sábado, novembro 26, 2011

The Guard

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Este filme é maravilhoso.

(...)

É preciso mais? Não se percebeu já que qualquer coisa em que o Brendan Gleeson entra é sempre boa? Esta gente... Sempre a querer mais!

Gleeson é um polícia no meio de lado nenhum, na Irlanda. É um garda (óptimo nome). Tira as drogas dos miúdos locais que morrem em acidentes de carro, para que as mãezinhas não descubram... e depois toma-as. É logo a cena inicial. Um acidozito só assim ao de leve. Passa as tardes livres num hotel com p#t@s. Duas. Bem boas. Ao mesmo tempo. Aliás, umas das minhas falas preferidas é quando diz que gostava de assentar, mas anda demasiado ocupado «whorring around». he he he
É só assim. Diálogos deliciosos de tão estranhos/estúpidos. Traficantes de droga que discutem Nietzsche e outros filósofos, no carro. Citações e tudo. Um miúdo que passeia pela zona, de bicicleta com rodinhas e um cão atrelado, a saber do tipo da arma que foi usada para matar o Lincoln. Parece que estou a revelar tudo do filme, mas não. Há mais. E é tudo bom.

Tu.
Sim, tu que estás a ler isto em vez de andar a passear ou a coçá-los. Vê este filme. Que seja a última coisa que faças, mas vê este filme. É bem giro.

- You've been cautioned under the Bestiality Act.
- Man, that was fuckin' years ago. I thought that had been forgotten about. Same thing happened to Polanski.
- What was it? A sheep or something?
- It was a llama. I didn't know it was illegal to interfere with a llama. Did you?
- I would have assumed so, Billy. I mean, what would its parents think?

Moneyball

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Raios partam, se este filme não me estragou os planos. A ideia era ver um bocadinho, ir ao mercado, voltar e ver o resto. Entusiasmei-me e agora poderá ser tarde. Ainda vou ponderar ir na mesma, mas já estará tudo de bom ratado.

Em todo o caso, não é para saber da minha vida que as duas pessoas que lêem o blogue por aqui passam. O que é certo é que já deu para dar uma ideia. O filme envolve, agarra. Queres saber qual vai ser o resultado final. Queres saber o que o personagem de Brad Pitt vai fazer.

Pitt é gerente duma equipa de fundo da tabela. Consegue ter uma época bastante boa mas, como é comum nestes casos de sucesso dos pequenos, no final da época vêm os tubarões e levam o talento. Farto de ter que (re)construir uma equipa sem dinheiro, Pitt decide começar a decidir as suas compras com base em estatísticas e jogo simples. Estranho que ninguém tenha pensado nisso antes. Baseball não é mais que estatísticas, mas ok. Surge Jonah Hill, que dá-lhe uma data de fórmulas e quadros. Contratam gajos com base numa única percentagem. Isto leva o resto das pessoas à loucura. Os dinossauros vêm a sua raça a extinguir-se e revoltam-se. O equivalente aos nossos treinadores que não quiseram largar o bigode. Houve um período em que para ser-se um bom treinador, tinha que se ter bigode. Os tempos mudaram, os inteligentes adaptaram-se e compraram lâminas fortes. Os teimosos continuaram de bigode, deixando automaticamente de ser bons treinadores. Reclamaram o tempo todo, mas não deixaram de perder a batalha. Sim, batalha, porque a guerra ainda não terminou e estou confiante que o bigode volte.

Moneyball é fixe. Ter o Sorkin envolvido no processo do guião ajuda sempre a que qualquer situação mundana se torne empolgante. Esta não é apenas uma situação mundana, atenção. Estes jogadores «medianos» quebraram recordes. A situação tornou-se muito empolgante. E tive que conter-me para não ir ver algures na Internet o resultado final. E fiquei com uma vontade doida de jogar FM.

domingo, novembro 20, 2011

The Help

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Confesso que tinha muita vontade de ver este filme. Admito que pensava que era uma comédia, quando o descobri. Lá percebi que não, mas manteve-se a vontade. O elenco a isso puxava. Soube um pouco da história, não que a tenha procurado. O interesse cresceu. Preocupou-me, claro. Poderia arruinar o visionamento. Felizmente o DVD demorou a sair. Deu tempo para esquecer um pouco e sim, gostei de o ver. O elenco é mesmo muito bom.

Emma Stone arranja um trabalho a escrever uma coluna sobre limpeza da casa. A década é a de 60 e ainda é comum em Mississipi haver escravos, embora não se chame propriamente escravatura. Stone é uma miúda que pouco sabe de limpezas, pedindo assim ajuda às empregadas que conhece (da família e das famílias das amigas). Não contente apenas com esta colaboração, Stone pede também ajuda para escrever um livro com histórias do Sul, histórias de maus tratos e abusos dos sulistas ricos da zona. Numa altura de discussão e reinvindicação dos direitos civis, graças a este livro, o Sul nunca mais será o mesmo.

The Devil's Double

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Salto para uns árabes que falam inglês com sotaque britânico.
The Devil's Double é sobre o filho de Saddam Hussein e o seu duplo, um caramelo que andou com ele na escola e com quem é parecido. Claro que ambos os papéis são interpretados pelo mesmo actor, portanto as questões das intervenções cirúrgicas ou das vozes diferentes são um pouco ridículas. Não é muito mais que isto. É o mostrar duma realidade que existiu e existirá ainda, não com os mesmos intervenientes. É dar atenção a gente que não interessa ao dIABO. E contra mim falo, que acabei por ver o filme, após muita hesitação.

sábado, novembro 19, 2011

Ajami

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Ajami é um bairro onde crianças fazem coisas estúpidas, como todas as crianças fazem. Estas crianças em específico acabam por fazer coisa que deixam-me deprimido, como todos os filmes nomeados para Óscar Estrangeiro conseguem deixar.

O filme está dividido em cinco capítulos, fora de ordem e com personagens diferentes em destaque. Acabam por cruzar-se, alguns, culminando a acção principal no final, onde as crianças são particularmente estúpidas.

Correndo o risco de dizer o que vou dizer, valeu para perceber que entre o árabe e o hebraico que as pessoas aqui falam, notei poucas diferenças.

Trespass

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Joel Schumacher volta para dar-nos uma espécie de Panic Room. Nic Cage e Nicole Kidman são ricos, mas depois afinal não são. São assaltados na própria casa porque Kidman estava a ter um caso com um segurança, mas afinal não. A filha é uma idiota que vai começar a dormir com rapazes, mas afinal não vai. E vivemos nisto. Neste para trás e para a frente, sem jeito nenhum. A sermos ludibriados, como quando nos diziam que o Coelhinho da Páscoa existia.

(...)

Os pais são mesmo cruéis, a contar estas mentirinhas às crianças. O que vale é que ainda temos o Pai Natal. Ao menos isso.

terça-feira, novembro 15, 2011

El Secreto de Sus Ojos

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Durante muito tempo disseram-me para ver este filme, que era realmente muito bom. Percebo agora alguns detalhes. Mais que não seja, percebo o porquê de ter tido algum receio em vê-lo. É que em El Secreto de Sus Ojos abordam algo que assusta-me imenso: as oportunidades perdidas. Ter alguém a falar contigo e achares que está a pensar uma coisa, quando está a pensar outra diferente. Outra que é precisamente aquilo em que pensas. Ambos querem algo e acham que o outro não o quer. Que ideia aterradora. E o pior é que já terei passado por isso. Não tenho muitos momentos assim, mas tenho alguns. E volto lá. E analiso mais uma vez. Tento descobrir mais um pormenor. Tento descobrir aquela pista, aquele sinal que vai fazer-me ter a certeza. Temo ter tido demasiados desses momentos. Temo ter perdido oportunidades que nunca mais terei. Temo ter estado demasiado distraído. Será assim com toda a gente. Será assim com todos. Teremos os nossos arrependimentos e os nossos momentos/pontos de viragem. Estes patetas, como muitos patetas no mundo, demoraram a chegar ao ponto que queriam nas suas vidas. Porque a conversa das várias vidas é ridícula. Temos uma e é para aproveitar. Nada de presumir, porque é assim que se perdem oportunidades. Mais vale perguntar.

Ah, e pelo meio há um homicídio e uma investigação.
E adoro o Sandoval. Não dei nada por ele na primeira cena em que aparece. Tornou-se no personagem que queria que estivesse em todo o filme.

segunda-feira, novembro 14, 2011

Carjacked

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A premissa era, na melhor das hipóteses, débil. Ah, sim, aviso já que vou falar do final. Não me incomoda, porque se alguém decidir ver este filme depois de ler este post, então não estou a expressar-me bem. O final é atroz. Se a base já não era boa, então o final é de ir às lágrimas. Até poderia aceitar a Maria Bello como totó que não sabe o que fazer e que é usada e abusada pelos homens na vida. O Stephen Dorff safa-se como gajo simpático mas que afinal é um psicopata. Sim, ele rapta-a e ao filho para fugir às autoridades, depois dum assalto a um banco. Até aqui, vá, deixa-se andar. Ela tem um rasgo de inteligência e de sorte e consegue com que o miúdo consiga fugir. Ela própria consegue fugir de Dorff e da morte certa. Só que em vez de ligar para a polícia assim que consegue, não, mete-se a fazer chamadas para encontrar o miúdo. Haja santa paciência! Estamos a brincar, não!? Oh minha idiota, então não achas que a polícia faria esse trabalho por ti de encontrar o miúdo, se é que o fedelho é estúpido o suficiente para não ir logo ter com eles assim que conseguisse?! A partir daí foi sempre a descer. Bello vê Dorff a raptar uma mulher e a filha, roubando um carro para ir atrás deles. De caçadeira em punho, Bello ganha t0m@t€s e não só atropela o idiota (não o mata, calma) como ainda tenta roubar-lhe o dinheiro do assalto. Esta parte então foi má demais. Depois um polícia aparece do nada, só para levar um tiro do recém atropelado Dorff que, antes do encontro imediato com o carro, tinha ficado sem balas. E no final veio um julgamento a ver com a custódia do miúdo... Porquê? Tudo tão mau. Não é que estivesse à espera de algo bom. Mas assim tão mau? É que para chegar a este nível é preciso muito esforço. Não é assim tão fácil.

(...)

Ok, já chega de mandar vir. Vou mas é dormir.

domingo, novembro 13, 2011

La Teta Asustada

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Mais um nomeado para Óscar Estrangeiro. Mais uma depressão.
Fausta é um miúda bonita e com uma boa voz. Sofre desta «doença» da «teta asustada». A teoria é que uma mágoa é passada de mãe para filha, porque a mãe é violada durante ou logo após a gravidez. Fausta, cheia de medo de homens e de ser violada... não sei como dizer isto, não há mesmo forma delicada... insere uma batata para evitar... Pois, eu sei. Que coisa horrível. A miúda usa calças arregaçadas por debaixo das saias. Trabalha com o tio na organização de casamento e como dona de casa para uma pianista. Nos intervalos dos trabalhos e de andar a fugir de pessoas na rua, Fausta tenta fazer algo com o corpo da falecida mãe, porque dar-lhe um funeral condigno é demasido caro. Vai ficando debaixo da cama, até encontrar uma solução.

Our Idiot Brother

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Confesso que não estava à espera do que é realmente Our Idiot Brother. Pensava que seria o Rudd a fazer papel de completo pateta, com momentos hilariantes de coisas estúpidas que gajos broados fazem. Nada disso. É Rudd a ser idiota, sim, mas mais porque assume as culpas de todas as más decisões e erros que as irmãs cometem. O rapaz cai de paraquedas na vida das três, muito sem elas ou mesmo ele quererem. Interfere mas do ponto de vista lógico e inocente, comentando os elefantes que andam pela sala. Tenta e acaba mesmo por ajudar, por muito que contrarie a vontade delas. Acaba por ser mais carinhoso e familiar, do que hilariante, com o Steve Coogan todo nu. Sem necessidade nenhuma, na minha opinião.

Hævnen

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Aprendi algumas coisas com este filme.
Aprendi que consigo ver os filmes nomeados para filme estrangeiro (tenho guardados os cinco de cada ano, dos últimos dois anos, há bastante tempo... um e dois anos, respectivamente). (...) Não. Minto. Acho que consegui os de 2008. (...) Não, não consegui. Fui confirmar e acho que só vi um dele. Os de 2011 são os primeiros. Como já disse muitas e muitas vezes, está previsto ver os que tenho guardados, de 2009 e 2010. Como se provou aqui, não é fácil, mas acredito que aconteça.
Outra coisa que aprendi é que deveria ter ido quando houve oportunidade e deveria ir quando puder à Dinamarca. Vi muitas coisas muito bonitas. Pode ser efeito. Pode ser truque de câmara. Até pode não ter sido filmado na Dinamarca. Mas vi algo muito bonito em Hævnen.
Aprendi ainda que os dinamarqueses odeiam os suecos, apesar de serem frios em relação a tudo o resto. O filho vai parar ao hospital mas nem há muito ódio por quem o meteu lá. Já um sueco falar dinamarquês com sotaque... epá, isso é que não.

Hævnen é um drama, como todos os filmes nomeados a Óscar Estrangeiro são. Acho que nunca vi um que fosse bem disposto. Nem vou tão longe falando em comédias. Contentava-me com um filme divertido, por muito que fosse pesado. Uma comédia negra, vá. Pode ser uma comédia negra?

Terminando, Hævnen é bom mas lembrou-me o Good Son e fez-me ter ainda mais medo de miúdos.

sábado, novembro 12, 2011

Killer Elite

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Suponho que isto era o que o Expendables queria ser. Uma data de nomes sonantes. Porrada a torto e a direito, com tiros à mistura. E uma trama minimamente decente. Killer Elite é isso. Mete velhos e novos. Pessoal com bigode, o que é de louvar (pelo menos enquanto estiver na moda). Sotaques em barda (todos iguais, se bem que tentam ser diferentes). Ah, e uma loira gira que, por qualquer motivo, interessa-se pelo Jason Statham. A minha teoria passa por não haver mais homem nenhum num raio de muitos quilómetros.

quinta-feira, novembro 10, 2011

The Hudsucker Proxy

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Que saudades de ver Tim Robbins a fazer papéis decentes. (Acho que sempre que vir um filme mais antigo dos Cohen vou dizer isto.) Mas não é só Robbins. Vi aqui a Jennifer Jason Leigh como nunca a tinha visto antes. E ver o Bruce Campbell a fazer papéis «sérios» é estranho. De facto, os Cohen tiveram e têm uma bela colecção de actores. Criaram-nos e viram-nos crescer... bem, alguns não cresceram de forma muito saudável.

The Hudsucker Proxy é divertido e meio esquizofrénico... no bom sentido. É do estilo que gosto deles, dos trabalhos dos Cohen. Histórias pitorescas com interpretações estrambólicas. Até um pouquinho no Newman, o que será menos usual.

quarta-feira, novembro 09, 2011

Conan the Barbarian

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Não percebi a dualidade de critérios. Também não percebi a necessidade do 3D. Deveria ser para ver o sangue a salpicar. Fiquemos pela dualidade.

Matam o pai ao Conan. O rapazito procura o mauzaroco para vingar-se. Uma premisa básica e simples. Já o mauzaroco tenta reconstruir uma máscara maligna mágica, de forma a poder ressuscitar a esposa, assassinada por uma data de monges. Lá está. Não estou a perceber. Bastava uns retoques aqui e ali e isto poderia ser uma bela história de amor, onde o mauzaroco (que aqui não seria mauzaroco) tentava voltar aos braços da amada, que foi atacada por um clã de lunáticos. Ignorávamos a máscara e o desejo de tornar-se um deus, mais o pormenor que a esposa morreu porque era uma tirana que escravizava toda a gente, e isto quase podia ser uma comédia romântica. Em todo o caso, não percebo porque é que o Conan é rotulado de herói e o outro é o vilão, quando ambos querem, mais ou menos, a mesma coisa.

Isso e bárbaros a dizerem que amam outros bárbaros. Foi tudo uma confusão. Nada como ir ao básico e ter o nosso amigo Arnaldo a bater, grunhir e deitar... Deitar? Acamar? Pinocar? Qual é o verbo adequado aqui? Ok, esta última parte o novo Conan até que se safa bem. Tem o brilhante conjunto de frases que sim, levou a sexo: «I eat. I love. I slay. And I am content.» Lá contentado ficou.

domingo, novembro 06, 2011

Spy Kids: All the Time in the World in 4D

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Oito anos depois e Rodriguez não tinha nada melhor para fazer. Oito anos depois e os miúdos já não são assim tão miúdos. Oito anos depois são os únicos a aparecer. Oito anos depois temos uns cromos novos, mas o registo é igual. Jeremy Piven acaba por ser a grande estrela e, por muito que se esforcem, os ex-miúdos nunca vão ser grandes actores. Serão mesmo péssimos actores. Se bem que a ex-miúda pode dar aqui um salto e visitar-me sempre que quiser. Uma última nota para a única coisa digna de registo neste 4.º episódio: Ricky Gervais é muito engraçado como cão protector das crianças.

Spy Kids 3-D: Game Over

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Ok, já percebi. Fui ver os dados do IMDb para orçamento e receitas. O pior ainda foi o 2, que só duplicou as receitas. Este pagou-se no fim-de-semana de estreia. Assim também eu!

O 3 já é um pouco diferente. Junta mais um ou dois nomes, mas todos aparecem pouco. Mesmo a miúda só aparece cerca de 20 minutos. Este é só o miúdo e mais umas quantas crianças. Todas as estrelas devem ter despachado as cenas em menos de um dia.

Apesar do alto rendimento do franchise, pensava-se que tínhamos visto o último tomo em 2003. Afinal não.

Spy Kids 2: Island of Lost Dreams

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Já com menos participação dos adultos, mas mantendo o elenco original e acrescentando mais algumas caras conhecidas. Muito estranho este poder que Rodriguez tem, de angariar este tipo de nomes. Alguns vieram com ele, claro. Outros foi ele que ajudou a criar. Mesmo assim, não deixo de estranhar o conjunto.

Esta sequela teve o seu sucesso comercial e ainda não entra no campo das sequelas horríveis. Vamos ver como correu o terceiro.

Spy Kids

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Surpreendeu, na altura. Rodriguez não era conhecido por fazer coisas queriduchas, para miúdos. Lembra-se de juntar um elenco bem jeitoso e fazer uma coisa de pipoca, para a família, para a criançada. Correu-lhe muito bem, diga-se de passagem. O primeiro foi um sucesso de bilheteira. Seguiram-se demasiadas sequelas que sim, vou ver ao longo do dia. Este primeiro lembro-me bem. Os outros nem por isso. Vamos lá resolver essa situação.

Caddyshack II

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Se o I era fixe, o II é pavoroso. O Chevy Chase já não está tão novo, o velho que arranjaram para substituir o Rodney Dangerfield não tem nada piada nenhuma, a dupla Dan Aykroyd/Randy Quaid não tem nada a ver com o Bill Murray, e meter um boneco roedor a falar não é bem a mesma coisa que tê-lo a dançar. Já percebi porque é que até há bem pouco tempo não sabia que tinham feito uma sequela.

sábado, novembro 05, 2011

Caddyshack

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Com Chevy Chase (muito novo), Rodney Dangerfield (sempre velho), Bill Murray (de rédea solta), mamas (pequenas, mas vá) e um boneco roedor que dança... que mais necessita um rapazito num sábado à noite?

Por incrível que pareça, nunca tinha visto o início deste filme. Mas há mais.