sábado, janeiro 30, 2021

Finding 'Ohana


Se tivesse nascido no Havai e os meus pais me tivessem mudado para seja onde for, até Nova Iorque, teria tido um chilique.

Foi o que aconteceu a Pili e E. O pai morreu quando eram novos e a maravilhosa, mas mesmo assim imperdoável, Kelly Hu mudou-os para NY, onde não tinham família nem raízes, mas também onde não tinham a dor constante da lembrança do que perderam. Agora o avô está combalido e voltam a casa para ajudá-lo e ter uma aventura à la Goonies.

O Havai tem ar de ser espectacular. O resto é irrelevante, embora divertido.

sexta-feira, janeiro 29, 2021

Queen of Katwe


«In association with ESPN Sports» foi a mensagem inicial no filme e sim, tornou tudo muito mais emocionante, logo desde o primeiro minuto. Se é que é possível tornar um filme sobre xadrez ainda mais emocionante.

Phiona é uma moça pobre de Katme, no Uganda. Só sabe o que é vender milho, com a mãe. Até que aprende a jogar xadrez e torna-se numa jogadora profissional, representando o país em torneios internacionais. O que só a torna numa malcriadona, a empurrar Russos na rua. A mãe bem que tinha razão. O xadrez ia subir-lhe à cabeça. Toda a gente sabe que é um «desporto» que destrói a vida às pessoas.

Por fim, permitam-me partilhar a minha indignação, porque se há uma rainha de qualquer lugar que seja, é Lupita e mais ninguém.

quinta-feira, janeiro 28, 2021

Mank


Muito se fala da obra que foi Citizen Kane e do seu «criador» Wells. Pelos visto faltou falar-se do guionista que, segundo este filme, foi o único que escreveu o guião.

Mank foi uma criatura controversa e com os seus demónios. Maior parte deles terá encontrado no fundo de garrafas. Foi alguém que infiltrou-se na elite de Hollywood, só para os usar nas suas histórias. Quem nunca?

Mank presta homenagem ao verdadeiro Mank, um tipo que ninguém gostaria de ter na sua fina festa, por ser demasiado honesto e sardónico. Para além de que havia sempre o risco de regorgitar o que ninguém quer, literalmente.

quarta-feira, janeiro 27, 2021

Hamilton


Vi um musical da Broadway em dois momentos diferentes, em dias seguidos. Sim, porque duas horas e quarenta de cantorias não é fácil de aturar. Chiça, uma hora de cantorias a contar uma história já é um sacrifício, quanto mais.

Toda a gente louva o que Lin-Manuel Miranda trouxe para Broadway. Percebe-se porquê. Já há algum tempo que não aparecia alguém novo a criar uma peça, a ganhar espaço e a manter-se no famoso «bairro» de Nova Iorque. E até eu admito que o início é empolgante. A história do homem está bem contada, mesmo que em música. Muito da sua história merece narrativa, mas a peça é longa demais. Depois da guerra podia ter-se co(a)ntado mais um pouco, mas não tudo. Mesmo só sendo metade, no último quarto já estava com as comichões que pensava teria o tempo todo.

Está feito! Agora só vejo outro musical destes daqui a 24 anos, para manter a tradição. Creio que o último foi Cats, em Nova Iorque, em 1996, mas às tantas há mais algum por aqui perdido no blogue.

The Vast of Night


Ando outra vez numa daquelas fases de filmes obscuros. Antigamente seriam filmes indie. Hoje em dia não sei se tal ainda existe, dada a facilidade com que qualquer coisa chega a qualquer lado no mundo.

Em Vast of Night descobrimos que há uns «senhores espaciais» que gostam de passar férias numa terriola no Novo México. E se há coisa que não percebo é isto. Porque viagens espaciais, alienígenas, etc., tudo isso faz-me sentido. Já a preferência por um estado tão desinteressante como o Novo México, quando o Arizona está logo ali ao lado... É que nem nome original tem. É «novo» outra coisa qualquer!

Dizia eu que uns ETs curtem visitar a povoação, de tempos a tempos. Raptar malta, programar uns, fazer as tropelias que são conhecidos por fazer com outros. Acontece que, desta feita, são descobertos por um par de miúdos, que ouviram por acidente um som estranho em ondas de rádio.

É isto. Não há mais. É só o caminho até à descoberta. Mas é um bom caminho, muito envolvente.

terça-feira, janeiro 26, 2021

The Wolf of Snow Hollow


Este tipo é tão estranho.

Realiza e interpreta os próprios filmes, sendo que não é o melhor actor do mundo. Longe disso. Parece que está sempre a fazer o mesmo papel. O que é confuso, porque o outro filme que lhe conheço é uma comédia negra, onde faz de polícia pobre coitado, cheio de problemas emocionais, e este filme é um thriller policial, onde interpreta um polícia com problemas emocionais. Será o mesmo papel? Parece.

Neste falta-lhe o bigode.

segunda-feira, janeiro 25, 2021

Excess Baggage


Ao contrário do meu clube, eu consigo «concretizar» mais que uma vez numa noite.

Tristezas à parte, Silverstone esteve em pontas o filme todo, tamanho era o entusiasmo equiparável de Del Toro. Não sei até que ponto há um segundo nesta película em que o rapaz não esteja sob o efeito de alguma coisa. O que é de louvar, atenção, porque não era fácil conseguir fazer algo de jeito com este desastre de guião. Há duas ou três cenas que fazem tanto sentido como esta época...

Lamento. Hoje não consigo focar-me nas coisas certas.

The War With Grandpa


No passado qualquer estúdio assinaria de cruz um filme com De Niro e Thurman. Hoje em dia o que temos é uma especie de filme de família da Disney, mas sem o conseguir ser. Isto em termos de «sucesso de bilheteira» (se é que podemos falar nisto, nestes tempos), porque o filme em si...

Que eu não seja mal interpretado. Claro que o filme é fraco. Mas, não sei... Imagino que eu tivesse as expectativas completamente em baixo. É que isto não foi horrível de se ver.

A minha fasquia também não é propriamente muito elevada. Hey, a minha senhora teve um ou dois momentos de rir, a bom rir. Não posso exigir muito mais.

domingo, janeiro 24, 2021

Outside the Wire


Gosto do Mackie. Gosto deste tipo de filmes.

Este especificamente... Outside the Wire tem uma história demasiado estúpida, com um desenvolvimento absurdo, cuja linha condutora não consigo perceber.

Talvez seja eu. Acedo que posso não conseguir apreender tudo o que é este filme, mas:
1. Qual foi o raio do objectivo do miúdo estar presente? Mackie só precisava dum tipo orgulhoso e com a mania que sabe mais que toda a gente. Não há milhentos exemplos dentro do exército? Se o gajo atirasse uma pedra a um batalhão, de certeza que acertava num que servisse o propósito e já estivesse no país.
2. Que idiotice é esta de «se eu mandar uma bomba nuclear aos EUA, de certeza que vão parar de construir mais armas»? Uma bomba nuclear começaria uma guerra nuclear. E assim terminaria o mundo como o conhecemos. Esse era o princípio da guerra fria, caramba!

Este filme irritou-me. Não foi um bom começo dos filmes que estreiam este ano.

PS - O miúdo é fisicamente mais alto que Mackie, mas no poster... :)

Sylvie's Love


Continuamos na década de 60, com um pezinho nos anos 50. Ainda com algumas das mesmas temáticas que o filme anterior mas, felizmente, sem o racismo muito presente.

Não, o enfoque é em Sylvie, que em 1957 não pôde continuar a vida que queria, por imposições familiares, misturado com algum mau timing e o amor da vida ter de ir para Paris por uma temporada.

Tessa está muito bem e a produção é óptima. Quase nunca sentimos que não estamos nos anos 60. O rapaz é muito bom moço. Pelo menos parece. Mas não ia tão longe ao chamar-lhe «actor». Felizmente deram-lhe menos falas que a maior parte dos outros personagens. Ajudou. Tessa merecia ter outro tipo de parceiro, pois a sua interpretação é muito boa. É um esforço nobre para almejar à estatueta que todos querem, ainda por cima com a dificuldade acrescida de conseguir actuar tão bem com um calhau de frente.

One Night in Miami


Quando soube do filme fiquei com impressão que esta noite, em que quatro figuras gigantes encontraram-se em Miami, tinha sido casual. Acontece que afinal todos estavam na cidade para ver o combate de Ali.

A partir daí especulou-se sobre este encontro. E fez-se uma peça de teatro com base na especulação. E depois fez-se este filme com base nesse trabalho. E claro que, para não variar, a encenação emana ao toque teatral, mas também se acrescenta algo.

Só há um momento, depois do primeiro terço, em que estranhei que aqueles jovens e talentosos rapazes, que queriam era celebrar a vitória de Ali, ainda aguentassem estar fechados num quarto fajuto dum hotel de segunda categoria. O que faria sentido - e os próprios referem várias vezes, durante o encontro - é que estivessem numa mega festa. No entanto, lá estavam eles no quarto de Malcolm X, a discutir coisas bem sérias.

sexta-feira, janeiro 22, 2021

Destination Wedding


Que coisa peculiar.

Descobri este filme enquanto corria os vários menus/opções da app do HBO. Não fazia ideia que existia, embora a parelha Reeves e Ryder me fizesse todo o sentido. Tê-los-ia visto numa qualquer outra comédia romântica, e isso seria uma reedição - como ateimam em fazer com o Adam Sandler e a Drew Barrymore, por exemplo?

Lá para meio do filme apercebi-me que vi-os como casal no Dracula, de Bram Stoker. E que casal romântico eram. Emanavam cumplicidade e química. Até que veio o velhote corrompê-los e lixar-lhes a vida.

Em Destination Wedding não há velhote, mas há um animal feroz que precipita, de certa forma, a relação entre duas pessoas que acabaram de se conhecer num casamento. Nada como quase morrerem comidos vivos, para dar vontade de ter um encontro íntimo no meio do mato. Seria previsível. Quer dizer, não se previa a relação animalesca, mas os dois eram demasiado parecidos (chatos, entenda-se).

O filme é apenas com os dois a falar. Muito. Falam pelos cotovelos. Apenas eles. Tanto mais que o elenco  «oficial» é restrito apenas aos dois. Para além da tal cena no meio do mato, não fizerem mais que falar. Se bem que mesmo durante...

quinta-feira, janeiro 21, 2021

News of the World


O Tom Hanks é tão artista. Ele sabe bem que este tipo de papéis, de honrado homem, de nobre jornalista, valem prémios. Jornalista à antiga, entenda-se, que os de hoje em dia dão-se pouco ao respeito.

Como não pode interpretar um dos grandes nomes (seria estranho interpretar um jovem Walter Cronkite, por exemplo), lá teve de voltar muito atrás e descobrir que no faroeste havia news anchors.

É verdade. Segundo este filme, parece que havia uma profissão antiga de tipos que andavam de povoação em povoação a... ler as notícias. É mais elaborado que isto. Claro que é preciso fazer alguma encenação e teatro. Dá jeito ter o charme de Hanks, por exemplo. E não são bem notícias «notícias». São histórias contadas. Teatro. Um pouco do que se vê hoje em dia nos noticiários, em boa verdade. Não tão dramático, suponho. Com maior enfoque nas boas noticias. Ninguém quer dar notícias de covid em pessoa, suponho.

No processo de descobrirem a existências destes tipos, os escritores deste filme deram-lhe uma missão nobre e um passado complexo, arranjando assim um filme para Hanks batalhar pela estatueta, uma vez mais.

Ava


Sim, sim. A Chastain é uma malandra, alcoólica/drogada, ex-militar/assassina profissional, mata gente por dinheiro, etc etc.

Isso é tudo muito bonito, mas ninguém fala da cena verdadeiramente gritante. O Common andou com a Chastain no pior período, quando a moça deambulava entre bêbeda e drogada. Ou as duas coisas ao mesmo tempo. Vá-se lá saber porquê - imagino que a moça fosse divertida, pelo menos - o rapaz pede-a em casamento. Ela mete-se na alheta, também porque não é parva. Alista-se e começa assim a sua brilhante carreira de assassina com consciência. Entretanto o Common enrola-se com a irmã de Chastain. No filme, entenda-se. Chega mesmo a engravidá-la e pedi-la em casamento (noto um padrão).

Eu sei que Chastain desaparece sem dizer nada e isso é chato. Mas justifica imediatamente saltar para a próxima na família? Isto é OK com toda a gente? Já é aceite pela sociedade? Não se vê aqui à mesma algum conflito de interesses? E se a irmã se fizer à estrada também, tenta-se a mãe?

Estes filmes... Isto já vale tudo.

quarta-feira, janeiro 20, 2021

The Boy Who Harnessed the Wind


Chiça! Foi mais de hora e meia a levar no focinho, só para ter uma prenda no final. Terminou tudo bem, felizmente. Mas até lá é tareia atrás de tareia. Uma pessoa nem sabe para onde se virar.

Já para este rapaz, não deve ser fácil atingir um pico na vida tão cedo. Que raios poderá ele fazer ao mesmo nível depois disto?

«Pois, aos 10 anos salvei a vida a toda a gente na minha aldeia. Depois disso... fiz umas cenas... quase tão fixes. Quase...»

terça-feira, janeiro 19, 2021

McFarland, USA


Não é qualquer treinador que pode atirar uma bota à tromba dum dos seus jogadores, e não ser despedido. Esse privilégio está reservado apenas aos melhores dos melhores. O Costner deve achar-se o Ferguson, não?

Depois de ser despedido por não estar a fazer bem o seu trabalho - longe disso -, Costner muda a família para o único sítio disposto a contratá-lo. Em McFarland Costner vê um pouso temporário que o permitirá voltar à ribalta. O problema é que a equipa de futebol americano é uma trampa. Como tal, vai ter de arranjar uns miúdos para outro desporto qualquer. Como a corrida todo terreno.

Queria ver um história verdadeira optimista, à boa maneira Disney, para fazer esquecer o que está a acontecer na realidade. E não é que aparece, logo ao início, uma carrinha de mudanças com «corona» escrito de lado. Qual é a probabilidade?

segunda-feira, janeiro 18, 2021

Spontaneous


Uma história de amor adolescente. Rapaz decide-se a dar o passo e declarar-se a rapariga. Têm um par de encontros e apaixonam-se. Estão no precipício de começar a vida, no último ano de secundário.

Pelo caminho há uns quantos colegas do mesmo ano que explodem. Sim. Fisicamente explodem. Nas mais variadas alturas. Sem grande justificação. A qualquer momento, qualquer um deles pode explodir.

Como se um adolescente precisasse desse tipo de pressão.

domingo, janeiro 17, 2021

Promising Young Woman


Para um assunto tão sério, para uma história tão intensa, este elenco tem demasiado gente do mundo da comédia. Não é como se não sejam actores como todos os outros, mas têm automatismos e maneirismos mais para o ridículo. Aliás, para além de odiar boa parte destes personagens, por outros motivos, a minha grande questão aqui é que houve demasiados momentos sérios que tinham toques de ridículo, precisamente por causa dos actores que interpretaram esses momentos.

Tirando esta parte absurda e de somenos, muita gente aponta este filme e a interpretação de Mulligan aos Óscares deste ano. E percebe-se porquê.

sábado, janeiro 16, 2021

Wild Rose


A clássica história de talento desperdiçado em alguém que não pensa e acha que não tem de trabalhar, só porque o tem. Mas Rose é carismática e tem um vozeirão. Faltam-lhe ideias e dois dedos de testa, sendo a pecha compensados com vontade de celebrar a vida e levar tudo à frente.

Eventualmente a moça cumpre o seu sonho de chegar a Nashville, só para perceber que não é onde deve estar.

ugh

Não é assim tão mau, atenção. É mesmo só o momento final clichê, que é um bocado... ugh!

Shadow in the Cloud


There's someone on the wing... some... thing...

Alguém decidiu levar ao extremo um qualquer podcast ou uma história/novela de rádio. A primeira meia hora é a Moretz enfiada numa caixa dum avião militar da II Guerra, a ouvir comentários idiotas duma data de tipos da tripulação, no rádio do avião. Uma longa conversa que tinha apenas as reacções e falas de Moretz, como componente visual.

Que fique bem claro que vou sempre preferir olhar apenas para a Moretz e não para uma data de gajos anónimos de uniforme. Não é o que está em causa.

O problema é que, depois dessa longa cena, meteu-se um gremlin a destruir o avião, aviões inimigos japoneses aos tiros, a Moretz de pernas para o ar, fora do avião, assim como esta a aviar metade da frota aérea japonesa, enquanto que os palermas da machista tripulação iam caindo que nem tordos, a cada bala que atravessava a fuselagem.

A Moretz, para mim, tem mais credibilidade para fazer de Wonder Woman que Gadot, sendo que a segunda provavelmente tem o dobro da altura da primeira. Mas o nível de kickassery neste filme talvez seja um pouco exagerado.

Só um bocadinho, vá.

sexta-feira, janeiro 15, 2021

Big Time Adolescence


O Pete Davidson dá-se bem a fazer este tipo de papéis, que são, no fundo... Bem, são ele. Ou pelo menos a imagem que toda a gente tem dele. O que é fixe. Está a capitalizar na sua persona. Só tem de ser ele mesmo e pessoas vão querer que participe nos filmes e séries que façam. Claro que dá jeito que escrevam coisas para ele, ou «com ele». O que pode ser complicado. Nem toda a gente quererá ter um «Pete Davidson» na sua história.

Passo seguinte: o próprio escrever os guiões. Foi o que fez para o King of Staten Island.

Genius!

quinta-feira, janeiro 14, 2021

The Witches


Sou só eu a achar que esta história não é para miúdos?

Não li o livro, ou conto, ou que raio isto foi baseado. Não vi o filme de 1990. Não percebo o sotaque da Hathaway.

O que sei é que a nota, ao dia de hoje, de 5.3 no IMDb, poderá ser algo simpática. Nem tudo foi mau, atenção. O filme teve o dom de, em mais que um momento, responder às perguntas que eu ia fazendo em voz alta. «Porque raio é que o miúdo tem chocolate à volta da boca, se está a comer um pacote de batatas fritas?», perguntava eu. E lá aparecia alguém a responder.

Sim, eu questiono filmes em voz alta, volta e meia. Durante. Confesso que já tive alguns momentos contrangedores em salas de cinema.

quarta-feira, janeiro 13, 2021

In the Shadow of the Moon


Segundo filme do dia com um nome enigmático, que não deixa perceber qual a história. Se bem que este é bastante mais interessante.

Um polícia tem um caso muito estranho em 1988, com a criminosa a falecer no final duma perseguição. Nove anos depois, a criminosa aparece novamente. E assim sucessivamente. O polícia vai passar o resto da vida a tentar resolver este caso, de nove em nove anos.

Não dá para falar muito mais sem revelar demasiado da história. Convenhamos que a piada está precisamente em ir descobrindo o que se passa.

The Night Comes for Us


Filme Indonésio com muita porrada e bastante gore.

Devia saber o que esperar. Já vi um par deles. Sei como funcionam. Mas confesso que o volume de acção irritou-me um bocado - há um limite para a quantidade de gajos que um só tipo deveria conseguir «aviar» duma só vez - e tive de desviar os olhos de algumas cenas mais tipo Saw, com pedaços de pele e/ou carne a serem dilaceradas.

Será que estou a ficar velhote e estas coisas começam a não ser para mim? Ou o filme é fraquito?

terça-feira, janeiro 12, 2021

Pixie


Uma história disparatada duma moça que tem como missão principal sair da terriola onde vive na Irlanda, da casa do padrasto gangster (que até é bom tipo, em boa verdade, não fosse o facto de matar pessoas e vender drogas, etc.), e ir para São Francisco. Se para isso tem de recorrer à ajuda de dois jovens, ingénuos rapazes, para roubar 15 quilos de heroína e vendê-la a quem estiver para dar dinheiro, então pois que seja.

Venham de lá esses desafios!

Secret Society of Second-Born Royals


Até que nem começou muito mal. Apesar da premissa rebuscada, percebo o que a Disney queria fazer. Misturar princesas com superpoderes e superheróis... Dá para ouvir o dinheiro a entrar, com a venda de merchandising.

E tudo estava a funcionar com o descobrir dos poderes e do destino dos nascidos em segundo lugar. Em boa verdade, estava a ser o que o New Mutants deveria ter sido. A cena na «danger room», a fazer lembrar um pouco os Gladiadores Americanos, estava bem conseguida, mesmo não sendo feita com grandes efeitos.

Só que depois... O final... Jasus, tanta coisa errada. Perdeu-se, perdeu interesse, e tornou-se algo ridículo. Foi pena.

segunda-feira, janeiro 11, 2021

Magic Camp


O quê?!

Até o «campo de Verão» mais nerd de toda a história tem um bully? Como é que um miúdo que faz magia acha-se superior a quem quer que seja? Pior, foi bully, fez bullying, e não houve qualquer consequência.

A Disney anda a falhar miseravelmente nas mensagens que passa. Quase tão mau é a miúda dar um primeiro beijo ao nosso protagonista à frente de toooooooooooodos os pais e «professores». Toooooooodos!

So, so awkward.

domingo, janeiro 10, 2021

Guava Island


Devo considerar isto um filme? Tem duração de longa metragem, suponho.

No fundo é um grande vídeoclipe do Childish Gambino, com uns laivos de história social. É também uma boa desculpa para Glover passar tempo num sítio paradisíaco, a fazer o que lhe dá na telha.

Quem sou eu para julgar? Em podendo também ia para uma ilha. Ainda por cima para a ilha onde filmaram isto. Era já!

sábado, janeiro 09, 2021

The Three Musketeers


Que mega produção!

Tanto ao nível do elenco (todos os principais tiveram carreiras de sucesso... até alguns terem implodido... coff coff... Charlie Sheen... coff coff...) como até da música feita de propósito para o filme, com Sting, Bryan Adams E Rod Stewart. Curiosamente, os músicos acabaram por desaparecer mais rapidamente que os actores.

Les babettes que usavam eram todos estilosos, mas aquilo não devia dar muito jeito para lutar. Metia-se à frente dos braços e das espadas, não? E porque é que o Kiefer era o único que não usava o chapéu estúpido? Tinha um agente melhor que os outros actores, claramente.

Nota final para Tim Curry, o vilão origianl dos anos 90, até ser destronado pelo Alan Rickman.

Estava curioso para ver se o filme sobrevivia ao teste do tempo. Posso dizer que não desiludiu. Longe disso.

sexta-feira, janeiro 08, 2021

The Computer Wore Tennis Shoes


Este título é uma aldrabice de primeira apanha. Nunca vemos o calçado do rapaz. Sei lá se usa ténis ou não!

A ideia era fazer uma pequena maratona de Kurt Russell. Descobri há pouco tempo que o homem fartou-se de trabalhar para a Disney. Para mim ele sempre foi o Jack Burton e nada mais. Afinal foi também uma espécie de super-homem, aqui é um miúdo que fica com o cérebro de computador depois dum choque eléctrico. E ainda há outra instância onde vai tornar-se o homem mais forte do mundo... o que não é muito diferente do Sky High, convenhamos. Mas este último terá de ficar para outras núpcias. Não é fácil ver filmes antigos. Mais difícil fica ver vários de seguida.

Fica apenas a nota que Russell é um menino da Disney, desde ainda antes disso ser «a cena».

Sky High


Espectacular! Anos antes da Marvel fazer o Iron Man e elevar o comic book movie a outro patamar, e já a Disney fazia melhores filmes de heróis que a DC.

A sério. Sky High tem melhores heróis, vilões, narrativa e enredo que maior parte dos do DCEU, em especial os do Snyder.

Vi Sky High há uns anos. Surpreendeu-me por ser mais giro do que estava à espera. Quinze anos depois e continua a ser giro, para além de que tem uma guest appearance da Wonder Woman original, Lynda Carter, mil vezes melhor que no raio do WW84!

quinta-feira, janeiro 07, 2021

I Used to Go Here


A Britta foi tão Britta aqui, que o surpreendente foi não ter Brittado tudo para o elenco todo. Brittou um pouco, mas tendo em conta quem é, esperava-se ter Brittado um pouco mais.

Toda a gente queixa-se da vida. Os estudantes universitários estão na melhor fase, em que tudo é possível. O professor universitário tem uma vida fácil, uma relação aberta e o fascínio de estudantes universitárias. E ela... Ela tem um primeiro livro fraco e acha que a carreira terminou.

Maior parte dos jovens que querem ser escritores - e todos os ex-jovens - tudo fariam para ter uma relação com uma editora. Independentemente de ser ou não uma relação fraca. Ao menos a porta estaria aberta e mais fácil seria publicar outras coisas.

O filme não é sombrio, atenção. A malta é bem disposta e vai vivendo a vidinha da melhor forma, sempre de coração e portas abertas a todas as possibilidades. Quando assim é, está tudo bem. O queixume é o normal para qualquer pessoa.

quarta-feira, janeiro 06, 2021

Superintelligence


Feliz dia de Reis!

Para celebrar, tomem lá um filme com a Melissa McCarthy, realizado pelo marido, acerca duma inteligência artificial que apareceu do nada, e veio observar a vida e decisões de McCarthy, para assim salvar ou acabar com a humanidade.

Tudo extremamente verosímel, usando pleno conhecimento da tecnologia que existe no mundo e como funciona.

Certo.

Ah, e tudo está dependente de McCarthy conseguir reatar relações com o ex. Porque toda a gente sabe que a única forma de evitar o apocalipse é uma relação entre um casal banal, que vive numa qualquer cidade norte americana, funcionar.

terça-feira, janeiro 05, 2021

The Photograph


Quando é que o LaKeith atingiu este estatuto de «homem de sonho» de qualquer mulher? Não é que não mereça, atenção. É só que tenho ideia de que o grande papel, o que o levou ao presente estrelato, foi no Atlanta, onde ele não é propriamente um galã, ou sequer um «bom partido».

Photograph junta duas enormes estrelas neste momento, mais uns quantos jovens talentosos como secundários. E tem ainda uma boa história, envolvente e bem contada. Lembra um pouco o Notebook, sem tanta lamechice.

Quer isto dizer que está bem cotado no IMDb? Claro que não. Porque será? :(

The Incredible Jessica James


Ok, saltamos para um registo leve, como se pretendia inicialmente. Não há grande critério que justifique dois filmes tão discrepantes, tirando o facto de que ambos estão no Netflix e são de 2017.

Aproveitei para corrigir a falha. Este filme foi um dos que, na altura, decidi não ver, seja por qualquer motivo. Até que há pouco tempo apercebi-me que era do mesmo realizador de People Places Things, filme de que gostei muito.

Este pode não ser tão fixe, mas também vê-se bem.

The Discovery


A vida voltou a dar uma das suas voltas. Era previsível que acontecesse. Agora, enquanto não traz nada de novo, aproveito para despachar uns filmes da lista, com visionamentos durante dias úteis.

Começo com... Bem, não estava interessado em nada assim tão profundo e deprimente, para além de confuso, mas tinha de começar por algum lado.

Robert Redford descobriu que há alguma coisa depois da morte. É a «descoberta» que dá o nome ao filme. Não se sabe o que é, mas quando morremos vamos para um qualquer lado. Após a revelação, muita gente tem pressa para lá chegar. Seja lá onde «lá» for. A taxa de suicídio dispara. Para trás fica uma família a lidar com as consequências da maior descoberta de sempre. Segel, filho de Redford (certo, certo) volta a estar com o pai, procurando manter uma ligação que tentou acabar há anos.

Pelo meio há um culto que o pai fomentou, nova tecnologia para descobrir o que nos espera e... Uma moça. Há sempre uma moça, claro.

Se ao menos o sacana do velho deixasse o assunto sossegado.

segunda-feira, janeiro 04, 2021

Cheaper by the Dozen 2


Já que vimos o primeiro, porque não ver o segundo. Há vários motivos, afinal, descobri depois.

1. Maior parte das cenas são cópias do primeiro.
2. Aparece uma segunda família gigante, mas são apenas corpos estranhos, lá atrás. O enfoque volta a ser, novamente, a palermice dos pais.
3. O que me leva ao ponto mais importante. Isto são supostos filmes de família e só dão maus exemplos e maus momentos, uns atrás dos outros. Os pais são umas bestas. O Steve Martin - que eu adoro, atenção - é um péssimo pai em ambos os filmes. São só os maus momentos que podem dar história? Porque os miúdos e a mulher apoiam o pai quase cegamente, sem grandes gestos de redenção por parte do velhote. Tem de haver algo que o justifique, em que ele foi espectacular, fora de câmara. Que tal mostrar esses momentos, mesmo que só de relance?

É curioso que os actores da família principal quase todos acabaram por não fazer mais nada de relevância na representação. E os da segunda família, alguns deles, têm uma espécie de carreira. O próprio Levy está muito mais em altas que Martin, hoje em dia.

Estou muito desiludido com estes dois filmes. Tinha ideia de serem mais leves e engraçados do que vi agora. Pensava rever os Father of the Bride, mas agora já não sei. Tenho medo de manchar a memória que tenho deste talentoso - ou assim o considero, pelo menos - actor.

sábado, janeiro 02, 2021

Vaiana


Não não. Não me enganei no nome. Acontece que quando vi isto pela primeira vez acreditava chamar-se Moana, mas descobri agora que afinal chama-se Vaiana.

E porquê? Porque há uma «famosa» actriz europeia de filmes mais «adultos» chamada Moana. Como tal, na Euripa a Disney decidiu mudar o nome do filme, para evitar confusões.

Eu espero que parem de rir. A minha reacção foi mais ou menos a mesma.

Revi o filme porque hoje tivemos visitas mais imberbes cá em casa. Não que precise de desculpas ou justificações. O filme é bastante fixe. Mesmo que roubem a cena de «fantasma "mestre Yoda"» ao Star Wars. Eles podem. Pertence tudo à mesma casa, hoje em dia.