quarta-feira, março 25, 2020

Thunder Road


O filme salta constantemente entre a comédia e o drama pesado, nunca deixando antever a cena seguinte. Pode ser visto como um sinal de qualidade do realizador, que também escreveu a história e interpreta-a. Contudo não deixa de ser muito confuso para o espectador (para mim, entenda-se).

Dou como exemplo a cena inicial, que imagino tenha sido a base para todo o filme. O realizador tinha uma ideia, esta cena, e estendeu a coisa até dar para arranjar um filme.

O nosso personagem está num funeral. A mãe morreu. Era professora numa escola de dança. Como homenagem, como forma de despedir-se, decide fazer uma dança ao som duma música de Springsteen. Tudo corre mal. O sistema de som não funciona, logo não há música. Ele não sabe dançar. Engana-se várias vezes. Pragueja e cospe no chão (sim, é numa igreja). Fica frustado. Quer desistir. Continua.

A cena é constrangedora e algo hilariante. Mas não é suposto uma pessoa rir-se disto. É uma cena triste. Ou é suposto ser engraçado?

Que raios quer de nós este realizador/argumentista/actor?

Sem comentários: