terça-feira, abril 30, 2019

(Dean)


Hollywood é fantasia, isso já se sabe. Naturalmente, mesmo assim, este filme não é rotulado de «fantasia». Mas, se calhar, devia.

Dean é um tipo a passar um mau bocado. Terminou a relação com a namorada e ainda lhe custa a morte recente da mãe. Para mais, o pai quer vender a casa onde Dean cresceu. Porque é demasiado grande mas, acima de tudo, lembra-lhe demasiado da falecida esposa, o que é natural. Dean não gosta desta mudança brusca e, qual adolescente revoltado, viaja para LA para refugiar-se destes problemas todos.

Até aqui, nada de fantástico, claro. A fantasia é que Dean vive em plena Nova Yorque, sendo que o que faz é ilustrar. E não é como se ilustrasse para todo o lado. Não. Dean vive dos rendimentos do seu primeiro livro com ilustrações soltas. São ilustrações giras e inteligentes. Mas calma. Repito: livro de ilustrações = apartamento e vida em Nova Iorque.

Se tivessem aparecido dragões algures não teria ficado surpreendido.

segunda-feira, abril 29, 2019

Avengers: Endgame


Porque não há duas sem três.

Pensava que aconteceria mais tarde, mas o certo é que o meu compincha destes filmes, assim que aterrou no país, mandou logo mensagem a perguntar quando íamos ver... com uma forte «sugestão» para ser domingo. Um dia depois de ter visto o filme pela segunda vez. Três dias depois de ter visto pela primeira vez. E, mais uma vez, não tive qualquer resistência em fazê-lo. Primeiro porque gostei mesmo do filme. Segundo porque precisava de mais opiniões de malta próxima. A reacção de alguns dos amigos, no dia anterior, não tinha sido a melhor. Estaria eu errado em pensar que o filme era bom? Não era a primeira vez - e nunca será a última - que me deixo levar por emoções ao avaliar a qualidade dum filme. Se calhar estava errado em achar que os criadores tomaram boas opções.

[Vamos entrar um pouco aqui na história. Não quero spoilar, mas é possível que aconteça, mesmo que de forma ténue.]

Endgame é mais pesado no tom do que War. Era óbvio que teria de acontecer. Era notório nos trailers. Embora aceda que a Marvel é perita em ludibriar malta com os trailers. No final de War, Thanos conseguiu fazer o que queria fazer. O seu plano era nefasto. Se o consegue fazer, parece-me natural que os momentos depois da batalha, em que os heróis perderam, sejam momentos tristes. Toda a gente está perdida e traumatizada pelo que aconteceu. Poucos ou nenhuns serão os que não perderam alguém. Há uma realidade surreal com a qual as pessoas têm de lidar. Foi um senhor abanão no status quo. Era suposto os criadores do filme ignorarem esta parte? Endgame não podia ser igual a todos os outros filmes. Pelo menos em parte. Era importante lidar-se com a perda, para depois conseguir-se fazer algo de positivo. Percebo que a malta habituada aos Ragnarok ou aos Guardians não tenha gostado tanto. Mas este foi o filme em que sentem-se verdadeiras consequências aos actos. Não dá para ter a malta a fazer só piadinhas e aos saltos para apagar os fogos que vão aparecendo. Era outra coisa.

Atenção que não estou a dizer que Endgame não tem piadinhas e saltos a apagar fogos. São três horas e pouco de filme. Dá para fazer muita coisa nesse tempo. Tem efectivamente muito dos outros filmes. É uma fórmula, que a Marvel/Disney repete até à morte. Mas tem também outra profundidade e outras necessidades. Ambas a lidar com a perda, em boa verdade.

Verei o filme assim que voltar a «andar por aí»? Veria no cinema novamente, mas agora quero fazer em sequência e ver os dois de seguida. Porque, convenhamos, isto é o mesmo filme dividido em duas partes. Faria uma sessão dos dois filmes no cinema, na boa. Mas não sei se terei tempo para isso, ou se haverá um cinema por aí que se meta numa aventura destas. E claro que aposto que voltarei a arrepiar-me em determinadas cenas, como aconteceu em cada uma das três vezes que vi Endgame, em menos duma semana.

Para onde vai a história dos filmes da Marvel agora, alguém sabe?

domingo, abril 28, 2019

Avengers: Endgame


Segundo visionamento previsto. A grande questão era: deveria ou não revelar aos meus amigos que já vi o filme?

Não surgiu um bom momento para tal conflito. E, contrariamente ao que se possa pensar, não sou uma pessoa assim tão horrível. Confesso que tinha alguns remorsos de tê-los «traído» assim desta forma. Não disse nada. E assim pudemos passar uma tarde em boa convivência, a ver bocados dos filmes anteriores, enquanto comíamos demasiada comida. Tanta que acabou por impedir-me de apreciar a 100% a «sessão VIP» prevista. Os amigos queriam repetir a experiência do primeiro, visto há um ano em sala VIP, com direito a sofás e comida. Não conseguia comer. Foi a tarde toda em almoço tardio. Não quer dizer que não tenha aproveitado as gomas e as pipocas... mas não terminei o balde! Senti-me um criminoso mal agradecido.

O ridículo foi que perdi os primeiros dois minutos. Tendo já uma primeira sessão como preparação, sabia que tinha de ir à casa-de-banho antes. E, em minha defesa, na tal primeira sessão deram uns bons quinze minutos de anúncios e trailers. Aqui não foi bem assim e, ao chegar à sala, já a primeira cena decorria. Não fiquei incomodado. Estava mais preocupado em encontrar a minha pandilha. Não conseguia ver nada naquela escuridão. Ainda fiquei boa parte da cena inicial, na ponta da fila, a dividir as minhas atenções entre a tela e procurando vislumbrar algo que seja do meu grupo.

A partir daí, do momento em que me sentei, continuou a ser um gosto. Custou-me zero ficar novamente três horas e tal sentado a ver o filme. Não havia muitos pormenores que me tivessem escapado. Afinal, tinha estado umas boas horas, entre um visionamento e outro, a ver tudo o que era informação sobre Endgame na net. Foi quase como ter estado sempre a ver o filme. A diferença será que o segundo visionamento permitiu-me seguir a história sem a ansiedade de que poderia vir a seguir.

Continuando sem ter a liberdade para falar sobre o filme, esta verborreia, inútil e desinteressante para vós, é o que consigo transmitir.

Talvez à terceira consiga escrever um post mais interessante.

sábado, abril 27, 2019

Youth in Oregon


Olha que divertida viagem!

Ironia. Sim, ironia. Alguém devia inventar uma regra para destacar-se o texto, para que o leitor perceba a ironia inerente às palavras lidas. Porque dizer logo após tira-lhe bastante o impacto.

Bem, poderia explicar o porquê de estar a ser irónico. No caso, nunca poderia ser divertido fazer uma road trip com o sogro, para que este possa ir morrer. Sim, Billy Crudup foi incumbido de levar o sogro a uma consulta médica, num estado americano onde a eutanásia é legal. Porque tem uma doença terminal. Porque quer morrer a seu tempo. Porque conhece alguém que está a fazer o mesmo. Ou até porque tem amigos que morreram passado muito tempo de estarem doentes, algo que considera cruel para todos os envolvidos. Estando o homem no seu direito, não deixa de ser uma violência para toda a família.

Cúmulo da violência para o próprio espectador (no caso, eu) é termos de gramar novamente com Josh Lucas. Pensava que Hollywood tinha feito o favor à humanidade esquecer que o «actor» existe.

Agora não estou a ser irónico.

sexta-feira, abril 26, 2019

Inferno


Antes de mais, quero reforçar que gosto muito do Hanks enquanto actor. Ainda por cima dizem que é genuinamente um tipo porreiro, e isso é fixe. Posto isto, irrita-me vê-lo neste papel.

O próprio personagem tenta ser um herói de acção, mas super inteligente. Um Indiana Jones moderno e mais velho... bastante mais velho. Um tipo que corre, salta e faz peripécias, mas de fato. Um Bond americano e letrado, no fundo. E tudo soa a falso. Note-se que gostei do primeiro livro. Achei um «vira-páginas», assim como até acho os filmes relativamente empolgantes. Há sempre qualquer coisa a acontecer a este sexagenário(?), que parece passar tanto tempo a fazer exercício físico como a estudar história. Faz uma leitura ou um visionamento agradável. O problema reside em ser difícil acreditar que aquele actor consegue fazer as coisas que o personagem faz.

Suponho que o problema destes filmes sempre tenha sido uma questão de casting.

Assassin's Creed


Depois de excitação que foi o visionamento de Endgame e de andar livremente horas na net a ver tudo sobre/à volta do filme, lá volto à minha coisa de ver filmes de 2016, ano em que se fizeram demasiados baseados em vídeo-jogos. E quando digo «demasiados», não sei exactamente quantos foram - tenho conhecimento de dois, vistos nos últimos dias - mas, independentemente de quantos foram feitos, é efectivamente um número demasiado elevado. Porque nenhum deveria ter sido feito. Nunca.

Não vou correr a lista. Não vou pesquisar. Vou falar de cabeça: não há bons filmes baseados em jogos! Eu até acho piada a um ou outro, mas eu sou uma «meretriz fácil». Metem-me um filme à frente, desde que esteja bem disposto e eu vou estar entretido. Agora, universalmente, no que concerne à opinião do público em geral, não há filme na história que tenha sido considerado «bom», que tenha como material de origem vídeo-jogos. (Mais uma vez, falo de cabeça. Não ficaria surpreso se estivesse errado. Ficaria surpreso sim de haver realmente um bom filme destes.)

Ainda para mais Creed tem um elenco porreiro, com gente consagrada. Já nem vou ao facto de que os estúdios insistem em fazer estas adaptações. Choca-me sim que certos actores aceitem participar. É só a questão do dinheiro? Foi uma exigência dos filhos? Ou simplesmente jogaram muito Assassin's Creed, quando ainda eram desconhecidos e não tinham nada mais que fazer senão aguardar as constantes respostas de rejeições. Este jogo era a vossa forma de lidar com a frustração da vida real?

Aceito qualquer uma destas opções. Só não aceito que alguém tenha decidido entrar num filme destes porque achava que ia ser um sucesso!

Avengers: Endgame


Fazemos uma pausa na nossa programação habitual, para ver o filme mais esperado do ano.

Infelizmente, por motivos «obrigatórios» de embargo, não posso falar grande coisa do filme. E gostaria que os meus quatro leitores tivessem bem presente que não é fácil dizer seja o que for, sem estragar o filme. Como tal, relatarei a minha aventura para ver este Avengers, dando ainda detalhes das próximas vezes que verei o filme. Sim, porque mais já estão previstas.

O meu compincha habitual para ver estes filmes anunciou que não estaria em Portugal por altura da estreia. A minha reacção natural - e não estou a brincar - foi dar-lhe um estalo. Depois disso tive de explicar-lhe que não poderia esperar por ele. No fundo, fui mais honesto do que todas as mulherzinhas que têm de levar com o pedido «romântico» de quem vai para a guerra. E não podia mesmo esperar. Não com este filme. Havia demasiado risco de ser spoilado. Por muito que a Marvel tenha até gasto dinheiro em campanhas anti-spoilers, o certo é que existe muita gente parva neste mundo. Nem de propósito, no dia a seguir a ver o filme, já a Time Out tinha um post no Facebook em que título revelava o final. Não fui eu que vi. Eu não sigo este pasquim da treta. Um amigo enviou-me imagem desta «ocorrência», que deveria ter tido como consequência toda a gente deixar de seguir a página.

Não tendo a companhia do costume, juntei-me a um grupo de amigos que fazia planos para ver o filme em grande. Muito se conversou e planeou sobre o assunto. Começou por estar acertado irmos no dia de estreia (quarta). Depois adiou-se para o dia a seguir (quinta). Não sendo perfeito, lá teria de ser. O drama surge quando me encontro com os ditos amigos na quarta, para um ocasional encontro de copos, e dizem-me que «só deu para arranjar bilhetes para sábado». Devo ter ignorado um conjunto de mensagens trocadas. Erro meu, claro. Mas o certo é que não podia esperar tanto tempo. Lamento, mas num bai dar.

Saio do encontro com os amigos e dirijo-me de imediato ao cinema. Só há bilhetes para a primeira fila, em qualquer uma das sessões dessa noite. Já fiz uma coisa destas no passado. Lembro-me de ter visto o Matrix na primeira fila. Foi bom ter visto logo o filme. Não foi bom ter de andar com a cabeça dum lado para o outro, tipo jogo de ténis, a tentar acompanhar a acção. Comprei bilhete para o dia seguinte. Era ir e voltar a Santarém. Seguir directamente da estação, ao chegar, para o cinema. Sim, a excitação era tal.

Não sendo bom ir a estreias, porque o público não se sabe comportar (falam por tudo e por nada, riem-se quando não devem, não percebem certas coisas porque não leram a BD ou não viram os filmes anteriores!), o certo é que o filme não me foi spoilado.

E, depois de o ver, lá pude passar mais um bom par de horas na cama, antes de adormecer (também porque não conseguia adormecer), a passear livremente na net, a ver vídeos de entrevistas, ler artigos de teorias, previsões de próximos projectos, previsão de resultados na bilheteira, etc.

Foi um par de dias particularmente emocionante.

terça-feira, abril 23, 2019

Resident Evil: The Final Chapter


Baralha e volta a dar. Foi a sensação com que fiquei.

Depois de toda a salgalhada feita com os outros filmes (e atenção que, ao contrário dos fãs do jogo, não achei o primeiro assim tão mau), fiquei com a sensação que os criadores quiseram deixar uma porta aberta a um recontar de tudo. Ou, pelos menos, quiseram limpar toda a sujidade, para tentar «fechar» a história da melhor forma possível. Esperemos que ninguém se lembre de espreitar porta adentro.

Resident Evil é um fenómeno estranho. Não consigo conceber quem poderá gostar destes filmes. No entanto, fizeram-se muitos. Basta andar um bocadinho na net e só se encontram más avaliações e indicação de insucesso na bilheteira. Quando andei à procura de vídeos no YouTube para resumir os anteriores, todos começavam com «sou grande fã do jogo, mas odiei os filmes». No entanto, o franchise durou ainda alguns anos.

Quem andou a pagar estes filmes? E, mais importante, porquê? Para quem?

Underworld: Blood Wars


Tenho uma relação muito peculiar com este franchise.

Por um lado os meus posts neste blogue falam duma intensidade elevada, de excitação, intimidade, química e empatia.

Por outro não me lembrava de praticamente nada do que tinha acontecido em nenhum dos filmes até este Blood Wars. Talvez um bocadinho do primeiro. Talvez.

Recorri à Internet, mais concretamente ao YouTube. É o meu novo melhor amigo para lapsos de memória. Encontrei um canal porreiro de resumos de filmes. Coisas curtas, de dois minutos, como se quer. Porque muito mais que isso e já estou no Instagram, onde encontro um anúncio para a melhor carteira do mundo, o que me leva a pensar que deveria comprar um mochila anti-roubo, como a que vi num anúncio no Facebook, só para ver um vídeo de fails das notícias, para ler um artigo sobre as 100 melhores formas de cozinhar arroz, não esquecendo aquele meme do pássaro a...

De que estávamos a falar?

Vi os vídeos, que só provaram que Underworld é uma novela com temporadas a mais. Vi Blood Wars e concluí que é o que menos merece ser visto. E desta perda de tempo surgiu um pensamento curioso.

O ser humano tem alguma dificuldade em recordar-se de tudo o que se passou na sua vida. Falo por mim, que esqueço-me de histórias de filmes que até foram especiais na minha vida... pelos vistos. E quem diz filmes diz livros, séries, jogos de futebol... Chiça, como isto anda esqueço-me de coisas que aconteceram na minha vida real. Começo a esquecer-me de malta e episódios do meu passado.

Agora, sendo que nada se fala duma evolução espectacular em termos de memória e raciocínio quando alguém se torna vampiro, como será possível reterem recordações de séculos de existência?

Imagine-se uma noite, numa cidade qualquer:
- Carlos?! És mesmo tu? Como é, Carlos? Não estava nada à espera de te ver aqui! Há quanto tempo.
- Desculpa. Nós... conhecemo-nos?
- Como assim, Carlos. Vais dizer-me que não te lembras de mim. Então? E aquela nossa noite em Paris, com as prostitutas todas e, mesmo assim, depois acabámos todos só a beber o sangue daquele burro? Não te lembras?
- Paris, dizes tu. Em que século foi isto?
- Estás a brincar comigo, não? Foi naquela época louca do século XVIII. Ali entre 1713 e 1721. Não te recordas do grupinho? Eras tu, eu, o Zé dos Bigodes e o Toni.
- Lembro-me dum Toni, mas esse estive com ele em Bucareste... e creio que acabei a matá-lo no início do século XIX.
- Carlos, então?
- Desculpa, pá. A memória já não é o que era. Isto um gajo com quase 500 anos já não vai para novo.

O conceito era mais engraçado na minha cabeça, admito.

segunda-feira, abril 22, 2019

Patriots Day


Um filme super americano, para os americanos. Os do Norte, mas não totalmente a Norte, entenda-se.

Não consigo deixar de louvar a homenagem a gente que merece, que foi e é muito corajosa. Gente que sofreu com o atentado, gente que ajudou as vítimas no local, gente que fez tudo para encontrar os criminosos que cometeram o atentado. Não consigo deixar de sentir que tal homenagem é bonita. Não sou assim tão insensível. Mas isto não é um filme que recomendaria a muita gente. Porque é realmente uma questão de orgulho. A cidade de Boston leva uma chapada e levanta-se logo a seguir. E para os norte-americanos este tipo de narrativa está muito bem. Para o resto do mundo...

Eles até referem vários atentados mundiais no final. Há respeito mútuo, atenção. No fim das coisas somos todos humanos, todos iguais. Só que é EUA, EUA EUA, EUA, EUA, resto do mundo, EUA EUA EUA!

Voltando à minha regra de ouro sobre os filmes: há uns que cumprem objectivos e outros nem por isso. Não é uma questão de «bom» ou «mau». Este tinha um objectivo que não é para o público do resto do mundo. Só isso.

domingo, abril 21, 2019

Valerian and the City of a Thousand Planets


Luc Besson é óptimo neste universo de fantástico/colorido/europeu/moda extravagante. O Quinto Elemento continuará sempre a ser um dos meus filmes de eleição. E tenho de admitir que não desgostei deste Valerian, por muito que não tivesse ouvido coisas boas.

Só que o nosso Besson não consegue fugir de duas coisas:
- escolher modelitos para os seus filmes
- sexismo

Porque é que o nome da moça não está no título?

Ela é péssima. Concordamos. Estará quase ao nível d'O Pior Actor do Mundo, sendo que, como ele, só consegue representar uma emoção: chateada. A emoção dele é choraminguice, atenção. Mas se o material de origem chama-se Valerian e Laurelina, por que motivo o título do filme só tem o nome do rapaz? Sim, rapaz. Não homem. Ele tem cara de adolescente, quase pré, pelo amor da Santa.

Saber esta discrepância no título - algo que só descobri no final -, tirou algum do gozo ao visionamento, confesso.

Mortal Engines


A grande imagem do filme é a moça com a máscara. Aparece em todos os pósteres. Parece um mistério. Nem cinco minutos se passaram e a moça tira a máscara, para nunca mais a voltar a usar. Este filme é assim tão estúpido.

Juntar uma data de actores desconhecidos e fazer um filme em que a história não faz grande sentido, não me parece grande ideia. Quer dizer, como é que o mundo ficou assim? OK, houve uma grande batalha que durou 60 minutos, na qual todas as cidades foram destruídas e o mundo deixou de existir como nós o conhecemos. Como é que a humanidade passou para cidades steampunk móveis, que se comem umas às outras, sempre em movimento pelo mundo fora? Qual é o raciocínio por detrás disto? Quem pensa «O mundo está destruído. Embora aí meter umas lagartas gigantes debaixo de prédios, decorar tudo com símbolos da velha cidade, e chamar-lhe Londres. Assim podemos andar pelo mundo e assimilar as outras cidades... a não ser que andem mais depressa que nós. No processo, derretemos os poucos recursos que temos e vivemos de... Sei lá, do ar, ou assim.»

Tudo é bastante irrisório e dá a volta ao estômago. Os últimos 20 minutos são penosos. Londres tem um raio gigante, fruto da tecnologia, ainda existente, que aniquilou o mundo. Pretendem destruir uma grande muralha no oriente. Porque é bué fixe, no fundo. Mas não, não é a que estás a pensar. É outra. Há umas aeronaves ridículas a disparar contra torretas equipadas com metralhadoras e holofotes (é de noite, entenda-se). Algumas aeronaves dão numa de kamikaze, tudo para a moça da máscara-que-não-interessa poder «invadir Londres» e usar uma pen que a mãe lhe deu há décadas, e que ela só descobriu à última que tinha (estava num amuleto que qualquer recém nascido consegue abrir), para destruir o tal raio.

E que tal simplesmente disparar contra o raio? Aquilo não tem um escudo à volta. É mesmo só uma máquina. Fica a ideia para a próxima, pessoal. Talvez vos facilite a vida... ou salve, mesmo.

Para o caso de haver dúvidas sobre o quão mau é este filme: o herói/interesse romântico da moça da «máscara» (acaba mesmo só por ser um cachecol) trabalha num museu, embora sempre quisesse ser piloto. Algo que acaba a fazer no final, claro. Neste museu têm relíquias dos nossos tempos, quando tudo explodiu, no qual se incluem telemóveis e tablets. Para além disto, têm duas estatuetas dos Minions. Porque crêem ser divindades antigas.

...

Que piada tão gira.

The Grinch


Foi uma surpresa, admito.

Contrariamente ao que disse antes, não só terminei o filme, como fi-lo com gosto. Grinch conta a mesma história que sabemos - como a criatura «rouba» o Natal aos Whos -, mas sem grandes cantorias e com poucas rimas. Mais, acrescentaram um cão incrível. Eu sei, eu sei. No outro também havia um cão. Mas este fazia-lhe café de manhã! E tinha muita pinta, diga-se de passagem.

O único problema com ver este filme agora é ser pouco apropriado para o sol maravilhoso que temos hoje lá fora. Torna-se difícil acreditar que os personagens possam ter frio.

sábado, abril 20, 2019

Teen Titans: The Judas Contract


Caso não seja já claro, estou a despachar os filmes de animação que para aqui tenho. A cena dos Óscares funcionou bem para pôr-me a ver bastantes filmes, mas agora deixou um vazio. Ando a ver coisas soltas sem grande propósito. O que não deveria ser problema. Ver filmes só por ver deveria ser recompensa suficiente. Mas o meu cérebro (estúpido) agora precisa de mais. Precisa dum qualquer encadeamento. Começo pelos de animação, embora não tenha assim tantos. Falta-me um, que não sei bem se vou mesmo ver. É a versão animada do Grinch. Por muito que respeite o actor que dá a voz principal, conseguirão acrescentar grande coisa à versão de Carrey, de há uns anos?

A grande dúvida será para onde vou a seguir.

Judas Contract é um filme divertido e bem feito. Fiel aos personagens e à dinâmica do grupo. A história de redenção caiu-me um pouco mal. Porque a traidora não mostrou assim grandes traços de querer perdão. Temia que fossem dar o final feliz que o público costuma gostar. Felizmente não. Mesmo assim achei a coisa algo mal cosida. Não estragou o visionamento, atenção. Foi apenas um pormenor.

Batman and Harley Quinn


Foi um pouco fantochada. O personagem Batman não é conhecido pelo ridículo. Deu-se mais enfoque à natureza da compincha do momento, algo um pouco inusitado ou esperado, sequer. Para ela, com ela, fará sentido, pois claro. Estando em pé de igualdade com o «cruzado de capa», faz menos.

E o mais ridículo - para além da estratégia de dar a volta à vilã ter passado por chorar - é que Nightwing é tão personagem como os outros dois. Batman and Harley Quinn AND Nightwing era capaz de ser um título um pouco grande, parece.

sexta-feira, abril 19, 2019

Reign of the Supermen


World Without a Superman.

Tenho esse livro. É uma das grandes histórias, ou conjunto delas, da DC. Logo após a morte de Superman surgem quatro versões do herói, umas mais próximas que outras. Quase todas a insinuarem serem o verdadeiro, com algumas modificações. O mundo desesperadamente precisava do seu herói de eleição. É uma boa adaptação, embora talvez curta (como tem de ser, neste formato).

Isto chamou-me a atenção para um detalhe, no entanto. Apercebi-me ao ver o «boneco» que criaram para o Superman ciborgue. Qual a necessidade de fazerem-lhe uma boca que mexe, como se fossem lábios, etc? Qualquer máquina precisa sim dum coluna, que não tem qualquer necessidade de movimento de pormenor. Ainda para mais, como fazer uma boca metálica mexer da mesma forma? Só se for mesmo para humanizar o ciborgue. Não creio que haja outros exemplos assim, embora não tenha pensado assim tanto no assunto. Parece-me ter sido uma pequena gafe dos animadores.

quarta-feira, abril 17, 2019

How to Train Your Dragon: The Hidden World


O quê? É possível acabar um franchise, acabar um filme sem deixar a porta aberta para uma sequela?

Quer dizer, dará sempre para voltar a este mundo. Poderá sempre surgir uma história para contar, tanto antes, durante ou depois dos acontecimentos nestes três HtTaD, mas as palavras finais foram tão... finais!

Tenho a dizer, é muito ousado do estúdio. Imagino que dê para vender uma data de bonecos com estes filmes.

terça-feira, abril 16, 2019

Hotel Transylvania 3: Summer Vacation


Tenho de parar de ver filmes que não são para mim. Não é que seja mau, atenção. Estes filmes são para miúdos, cheio de tontices que têm mais impacto com malta mais nova. E terão, por certo.

Ao menos que haja alguém que ainda aprecia as tropelias de Sandler e co., não?

Shazam!


Ainda não foi desta.

Tinha esperanças com Shazam!

Pensava que finalmente veria um filme DC divertido e entretido. Não é que não o seja, mas não passa do que se vê no trailer. Não há mais para além do que já se sabe. E, talvez ingenuamente, achava que a DC teria algo mais para dar. Achava que as imagens já mostradas seriam a base para algo com mais conteúdo. Só que a DC/Warner Brothers já não sabe fazer filmes assim. Não têm capacidade para desenvolver um projecto, seja um universo ou apenas e só um filme. Não se dão ao trabalho de desenvolver a história, de explicar o porquê dos personagens fazerem o que fazem. Não os humanizam. E depois esperam que tenhamos empatia?

É fixe ver Levy a fazer tontices. Ele é um tipo engraçado. E será sempre um gosto ver heróis levantarem voo. Não estou assim tão anestesiado. Só que é preciso algo mais que isso. É preciso trabalhar aquela história, aquele mundo, aquele «universo» de personagens a interagir. Claro que também é preciso tempo para algo assim. E a DC não tem tempo. Precisa apresentar resultados. É absurdo terem acesso ao mundo da BD que têm, e não capitalizarem neste momento em que toda a gente ainda quer mais filmes de super-heróis. É descabido ter personagens como o Batman ou o Superman na gaveta, porque não sabem que fazer com eles. Logo, precisam lançar coisas cá para fora para mascarar a ineficácia.

Shazam! desiludiu-me um pouco, porque esperava mais. Não é um mau filme. De todo. É uma boa e relativamente fiel interpretação da história deste personagem. E é claramente melhor do que maior parte que tem saído deste estúdio ultimamente. Só não encheu-me as medidas, para não variar.

sábado, abril 13, 2019

Welcome to Marwen


Sou absoluto fã de histórias como Marwen. Fantasia, pura e dura, para lidar com as agruras da realidade. Pena que tenha tido a parte de «baseado numa história verdadeira» metida ao barulho. Estraga-me sempre o filme. Tira-lhe algum mérito, lamento. Porque não se pensou nisto. Não se elaborou esta história mirabolante e inspiradora. Foi a realidade que cruelmente a criou, sendo depois embelezada para aparecer em tela de cinema,

Essa ligação à realidade fez-me desligar do filme, impediu-me de criar uma ligação com a história, por irónico que possa parecer. Pode parecer frio, mas não quero ver uma história trágica dum tipo misturada com humor e fantasia, sempre com sol nos momentos felizes e chuva nos tristes e sombrios. Para isso vejo um documentário sobre o homem, se quiser mesmo saber dele.

E toda a gente sabe a minha opinião sobre documentários.

Bleed for This


O boxe é um desporto muito cinematográfico. Mais do que qualquer outro, parece-me. É aquela coisa animalesca, de homem contra homem, animal contra animal, em que só um pode sair vitorioso. É fácil mostrar isso, filmar isso. Não me parece que seja tão especial na vida real. O desafio só por si não chama a atenção assim de tanta gente. Há sempre aqueles combates grandes, com títulos muito apelativos, que até rimam. Esses são vistos por todo o mundo ao mesmo tempo. Se bem que... Convenhamos que o último era um boxer contra um tipo da MMA... Já começam a faltar os ganchos.

Isto para dizer que parei um pouco para pensar na dualidade da coisa.

No cinema, o boxe é uma luta majestosa, onde tudo o que se passou fora do ringue é posto lá dentro. E o «bom da fita» ganha quase sempre. Se bem que, para um verdadeiro apreciador do desporto, vai sempre parecer falso. Porque os actores não são atletas. Não têm metade da velocidade e nenhum do talento natural. Podem ter treinado durante meses, mas não treinaram durante anos. E estão a representar e dançar no ringue, não a lutar.

Na vida real há mais velocidade, imprevisibilidade e talento natural. Mas pouco dos dramas da vida real, que ajudam a completar a narrativa ou, pelo menos, a justificar porque dois adultos estão a tentar mandar-se ao chão com os punhos. E se é para ver só isso, então talvez não valha assim tanto a pena.

Ah, e Bleed for This é mais um filme de boxe, sobre superação... yadda yadda yadda.

The Happytime Murders


Honestamente não sei se não me sinto mais confortável no meio dos Razzies, do que no meio de Óscares. Não vou tão longe como dizer que gosto mais dos primeiros do que dos segundos, mas sinto-me mais em casa. Gosto mais dos projectos e, maior parte das vezes, dos intérpretes, realizadores, etc. É tudo malta que quer fazer o seu filminho, sem grandes alaridos.

Só que é difícil defender algo como Happytime Murders. Percebo o intuito. Querem voltar aquele mundo que viveu durante muito pouco tempo, onde era legítimo pensar numa convivência entre marretas e humanos. Um pouco à luz do Roger Rabbit, onde parece-me que Happytime vai buscar muita da sua inspiração. Não era algo fácil de fazer. Somos mais cínicos, nos tempos que correm. Precisamos de alguma legitimidade, mesmo assim. Sim, mesmo na época de deuses nórdicos lado a lado com tipos cheios de drogas experimentais, vestidos com uma bandeira americana. Ao menos esses são «humanos». Pensar num marreta polícia acaba por ser algo ridículo.

Não era uma má ideia, mas a execução era complicada. Não resultou. E não há grande coisa a fazer.

sexta-feira, abril 12, 2019

Snowden


Se... Se falar sobre o filme... o FBI passa a ter acesso à minha gaveta com cuecas?

A grande discussão será sempre «não ter nada a esconder» ou «ninguém tem nada a ver com a minha vida». Sempre fui mais inclinado para a primeira, mas eu sou inconsciente. Não paro para pensar em consequências e, para ser honesto, não acho minimamente que alguém possa ter qualquer interesse na minha vida. Aliás, tenho pena da pessoa que possa estar encarregue de vigiar a minha vida. Coitado(a)! Estará a morrer de tédio... ou então a curtir ver filmes comigo.

Falando exclusivamente sobre o filme, passou muito por um endeusamento do próprio Snowden. Houve um momento ou outro, em especial o final, onde o filme parecia ter sido encomendado, para fazer-se uma espécie de lavagem de imagem do rapaz. Independentemente de ter sido uma campanha, o certo é que não se pagou. Implica que não foi visto assim por tanta gente. Já ninguém quererá saber do rapaz. Já está tudo na polémica seguinte.

Olha, ainda esta semana prenderam o Assange!
Mais uma data de gente foi apanhada a «fazer sexo com quem não devia».
E o glúten... sempre é mau?

quinta-feira, abril 11, 2019

Holmes and Watson


A minha teimosia dá para muita coisa. É certo e sabido que este filme é uma porcaria. As críticas declaram-no com todas as letras. Não interessa. Tinha visto o trailer e gostado. Aprecio as qualidades cómicas de ambos os cavalheiros. Eles funcionam muito bem juntos. No início achei que podia sair daqui alguma coisa de jeito. Não aconteceu. Não sou mais esperto que o resto da população humana.

E então? Não foi um bocado assim tão mau passado.

Mas sim, o filme é fraquito. Está tudo no trailer. Não tem mais nada.

terça-feira, abril 09, 2019

Instant Family


É baseado numa história verdadeira... e ainda bem.

Sim, disse-o. Este tipo de histórias verdadeiras mexem comigo. É verdade, parece que ainda tenho emoções. Porque louvo o que estas pessoas fazem. É heróico. Adoptar assim crianças, ainda para mais três duma só vez... é qualquer coisa. Não teria coragem para o fazer e duvido que conheça assim tanta gente que o conseguisse fazer. Deve ser uma montanha russa de emoções.

Boa gente, esta.

sexta-feira, abril 05, 2019

Captain Marvel


Vejo pela segunda vez porque queria mostrar à minha cara metade. Porque ela gostou muito de Panther e porque tem uma personagem forte feminina, como principal. Algo que se quer muito, nos tempos que correm. Algo que já deveria ser norma há muito, convenhamos. Porque achei que ela ia gostar. Felizmente estava correcto.

Não há muito mais a acrescentar ao que disse antes. Continua a ser divertido. Funciona muito bem como aperitivo, enquanto se espera pela refeição principal.

Posso dizer que, desta feita, não me incomodou tanto a transição de quando Danvers descobre a sua origem. Agora passou sem tanto sobressalto. Gostava de conseguir explicar porquê, mas confesso que não tenho grande ideia. Talvez seja uma questão de humores do momento. Talvez contexto global da vida. Não sei.

Quando estreia os Avengers, mesmo?

Alien: Covenant


Tinha muito pouco presente do Prometheus. Lembrava-me dum par de detalhes e que o filme não tinha sido nada de especial. Há muito de culpa própria nesta questão. A memória já não é o que era e torna-se difícil lembrar-me de tudo o que vi. É o problema de ver demasiadas coisas. Antes de começar lá acedi à tecnologia e pus-me a ver vídeos de resumo no YouTube, para além do que era expectável de Covenant. Ajudou a visualização. Talvez por isso até tenha gostado um pouco desta sequela/prequela. O filme não está bem cotado, para o que é (mais um filme dum dos mais populares franchises de sempre), sendo que não se pagou em solo nacional.

Esperava-se bastante de Covenant, especialmente tendo em conta o regresso do realizador que tornou este bicho popular. Recordo que, nos tempos que correm, estúdios precisam tanto de franchises de sucesso para se manterem à tona, como o Porto precisa de penaltis para ganhar o campeonato. Antes do filme sair, falava-se já nos episódios seguintes, em séries, bonecos e trinta por uma linha. Hoje em dia não sei se a continuidade será assim tão garantida.

Acontece que, para mim, um tipo desligado e desinteressado no sucesso (ou não) dos bichinhos do espaço mais assustadores da história do cinema, até que gostei de Covenant. Não tem cenas parvas como o Prometheus (sim, refiro-me novamente à fuga a pé, da nave gigante a despenhar-se). Suponho que tenha ajudado voltarmos ao clássico «parto difícil» através da caixa torácica.

Vai ou não haver outro? Alguém sabe?

Ugh, lá vou ter de ir ao IMDb pela vigésima vez hoje.

quinta-feira, abril 04, 2019

American Made


Cá está o filme que me faltou ver do Tom Cruise. Também não demorei assim tanto tempo. Quase três meses, vá. Pelo meio meteram-se os Óscares. Não olhem para mim assim!

Cruise tem aqui a sua iteração mais «séria» dos últimos anos, no melhor filme de todos, claramente. Claro que será o menos rentável, por certo. Não fui confirmar, mas... quer dizer... MI, Reacher ou Múmias vs. uma história verdadeira a envergonhar o governo americano? Não há equilíbrio mínimo neste combate.

A história é... sei lá. Diria perfeita para a loucura de Cruise. Ele está bem no filme. Que fique já aqui registado. Eu gosto do rapaz. Nada a fazer. Mesmo tendo em conta toda a loucura na vida real, sim. Acho-o divertido e bom actor. Mesmo tendo isso em consideração, o papel que faz aqui é bom, digno dele, porque a história... Falamos dum piloto que foi encorajado pela CIA a trazer cocaína para os EUA, a levar armas para a América do Sul, fazendo uma porrada de dinheiro com tudo isto, quase criando uma indústria, para perder tudo no final. Quando foi contratado pela CIA, o objectivo passava pela obtenção de informação. Fotografias de locais ocupados por conhecidos militares comunistas, «inimigos declarados» dos americanos. Tudo relativamente simples. Só que, nestas andanças, uma coisa leva a outra e, quando se dá por isso, lá estava o rapaz e a esposa a desfrutar duma festarola organizada pelos agora mui populares cartéis colombianos.

Reforço: tudo enquanto era pago pela CIA.

Sim, é uma bela história.

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Com este chego ao 72 filmes vistos este ano. São 72 filmes em 94 dias. Em 2017 vi 72 filmes em 365. Igualei um ano... difícil. Sei que não é forma de olhar para as coisas, mas gosto deste tipo de números e de confirmar que este ano já foi melhor que o outro em alguma coisa. Por muito que seja algo banal.

The Dark Tower


Que aconteceu?

Havia um entusiasmo tremendo acerca desta adaptação das obras de King. Há uma legião de fãs. Não só do próprio autor, mas como deste reino. Depois temos o elenco anunciado. Não é mau, por muito que se possa ter resistência ao nosso amigo Matthew. A verdade é que estava tudo preparado para criar um franchise de sucesso.

O filme não é o que pintam, mas foi realmente muito mal recebido pelo público. Consta que a história foi mudada. Muito. Em parte acredito que fosse necessário fazê-lo. Recordo que narrativas literárias não são, de todo, narrativas cinematográficas. Mas parece mesmo ter havido muitos «dedos» do estúdio e, talvez, a equipa a liderar o projecto não tenha sido a melhor.

Posto isto, eu que não conheço nada dos livros, diverti-me. Se saísse um segundo, veria com agrado. Mas, antes de ver, não me lembraria nada deste primeiro, porque não me marcou em nada.

Bem sei. É uma dualidade peculiar.

Tully


O filme não estava a trazer grandes novidades à minha vida. OK, não sabia o que era uma «night nannie». Admito que foi uma revelação interessante. Mas, tirando isso, estava a ser uma história particularmente banal: uma mãe cansada, com dois filhos e um bebé prestes a sair da barriga. Quando os dois passaram efectivamente a ser três, mais cansada a mãe ficou, naturalmente. Até que entra a tal ama-seca, que a ajuda na vida nocturna de tomar conta do rebento.

Banal, certo?

Nisto mete-se um pormenor de história bastante apetitoso, que leva a um twist quiçá previsível, mas que não estava mesmo nada à espera.

Theron é sempre incrível em tudo o que faz. Não só pelos motivos óbvios, mas porque realmente tornou-se numa actriz muito interessante. Há ainda os bons diálogos a acompanhar as representações e uma realização competente. Mas foi o final que arrematou a coisa e fez com o que visionamento tenha mesmo valido a pena.

quarta-feira, abril 03, 2019

Most Likely to Murder


Pelos mesmos motivos do anterior, vejo isto por causa do elenco. Embora seja algo enganador. O poster dá a entender uma presença constante de Bloom no filme. Não aconteceu. Pally é o personagem principal. Bloom aparece a espaços, sem grande preponderância na história. Ambos produzem o filme, mas o rapaz é o protagonista. Já o terceiro cavalheiro não faço ideia de onde o conheço.

Pally regressa à terra natal, onde cresceu e foi bastante popular no secundário. Migrou com perspectivas de ser grande. Acabou por ser o tipo que limpa vómito de estrelas, em salas diversas. Ninguém do seu passado o sabe. Pally continua a vender a imagem que é o maior, para gáudio de uns e repúdio de outros. Como o falhado que é - algo que toda a gente começa a perceber -, porque não investigar um homicídio, enquanto bebe e fuma substâncias ilegais?

Parece ser o desenrolar mais lógico, não?

segunda-feira, abril 01, 2019

Crash Pad


Gleeson fez-me ver este filme. Ajudou ter os «perdidos» Applegate e Church.

Se lhe estou agradecido ou se lhe tenho qualquer azia pelo facto? Meh. Nem uma, nem outra. A história é algo original. O rapaz é meio tonto. Vai para a cama com Applegate, uma mulher mais velha, algo infeliz no seu casamento com Church. Numa tentativa louca de conquistar a mulher pela qual acha ter-se apaixonado, revela ao marido a traição. A consequência não é a esperada. Church muda-se para casa de Gleeson, para viver uma vida igual à do jovem solteiro. Uma vida que já foi sua, da qual tem saudades. Nisto tenta moldá-lo à sua própria imagem, tornando-o mais seguro, mais adulto.

É um pouco tolo, sim. Mas ao menos não é mais uma estupada baseada em facto verídicos. Quer dizer, gostaria de pensar que não é baseado em ninguém específico. Seria demasiado parvo se assim fosse.

Table 19


Sem qualquer intenção acabei por ver, de seguida (embora com vários dias de intervalo), dois filmes de ex em casamentos.

Este é um pouco diferente. O ex-namorado de Anna Kendrick terminou a relação durante os preparativos para o casamento da irmã dele e melhor amiga dela. Também seria normal que Anna não fosse, mas é um pouco justificável. O resultado acabou por ser ficar na última mesa, a mesa dos rejeitados, que não combinam com ninguém e que não deveriam lá estar. E, com isto, criou-se a pandilha mais improvável a tornar-se um grupo de amigos.

Achei divertido e até algo original. Está muito mal classificado no IMDb e percebo donde isso vem. Mas há boas interpretações e um cão. Depois duns dias em que andei estoirado, a fazer o que tinha andado a fazer nos últimos anos - algo que não esperava este ano -, soube-me muito bem ver este Table 19.