quarta-feira, junho 29, 2022

Good Luck to You, Leo Grande


A Emma Thompson nunca teve um orgasm...

ahahahahahahahahahaha

Nem consigo terminar a frase. Não pela questão em si. Muita gente terá existido - e existe ainda hoje - que nunca o tiveram. Por motivos vários. Alguns não quererão. Outros não lhes é possível. Apenas acho piada porque Thompson é uma mulher extraordinária, cheia de confiança por saber ser extraordinária. E pessoas confiantes não não têm nada, OK? Não faz qualquer sentido.

A personagem de Thompson teve uma vida enfadonha e pouco orgásmica. Passado algum tempo do falecimento do marido decide contratar um prostituto. Alguém novo, com quem deseja fazer o que nunca fez. Não quer alguém da própria idade e, segundo ela, apenas pagando conseguirá alguém novo.

A premissa é boa. E é estas coisas que surpreendem-me e por isso gosto tanto de ficção. Apenas com uma ideia simples deu para fazer algo com quase 100 minutos de filme. E não foi esticar a corda. Vê-se muito bem. Bom desenrolar, diálogos porreiros e um final bem... «climáxico».

terça-feira, junho 28, 2022

Choke


O ano era 2009. Corria o mês de Setembro. Vi Choke entre Crank: High Voltage e Taken. Ora aí está um belo trio. Vi também Max Payne, terminando o mês com Inglorious Basterds, visto numa memorável ida ao cinema. O resto do mês tem filmes dos quais tenho algumas memórias, ao ver o poster (os nomes não me dizem nada). Em 21 filmes tenho presente quatro. Porque de Choke lembrava-me quase nada.

Na altura, muito aguardei para ver a adaptação dum livro que achei piada. E gostei tanto deste projecto realizado pelo Agente Coulson, que decidi guardá-lo. Quase 13 anos depois precisei ver um trailer, há umas semanas, para relembrar-me da história.

História essa que não é má, atenção. A adaptação é porreira, apesar de ter muita coisa «diluída» face ao livro. E há partes da narrativa que gosto mesmo muito. Ao ver o filme muito voltou. Em algumas cenas, antes destas decorrerem já sabia o que ia acontecer. Só que... Porque raio vejo eu tanta coisa, se é só para esquecer-me delas, passado algum tempo?

...

Ainda é cedo no dia. Fixe. Tenho algum tempo para ter uma crise existencial.

Grandma's Boy


Um filme ao estilo de Adam Sandler, com todos os actores do costume, mas SEM o Adam Sandler... Foi uma decisão arriscada. E confusa. Vemos as caras do costume e estamos sempre à espera que o caramelo-mor apareça. A produtora é a mesma. Suponho que tenham tentado fazer coisas sem a estrela. Até podia ser um projecto de futuro, de ter mais «episódios» sem cansar o público, sempre com o mesmo tipo.

Se era esse o plano, Grandma's Boy foi o Solo destes gajos.

segunda-feira, junho 27, 2022

The Man from Toronto


Que não haja qualquer dúvida. Quero tornar isto o mais claro possível. Não quero ninguém a dizer «ah e tal, disseste que era uma coisa e afinal é outra». Não não. O filme é mesmo muito parvo. A premissa é ridícula. Não há justificação para maior parte do desenrolar que teve. E é chocante como é que ambos os personagens principais não acabam na prisão.

Posto isto, e admito que digo-o de plena consciência, o Kevin Hart tem piada, com a sua típica verborreia constante. E se uma pessoa aceitar a parvoíce que é este filme, há momentos em que dá para rir. Não se pode pedir muito mais dum filme que tem apenas esse objectivo.

domingo, junho 26, 2022

The Unbearable Weight of Massive Talent


He's back! Nicolas f########################################cking... Woooha...! Cage!

Se bem que, em boa verdade, ele não tinha ido a lado nenhum. Isto é uma frase recorrente no filme. Uma piadola. Mas é verdade. A bem ou a mal, Nic Cage tem andado sempre por aí. Com algumas coisas horríveis, mas também algumas fixes ou mesmo boas. O que acontece é que já não é uma promessa. Nem é o tipo maluco que toda a gente achava que ia queimar. É simplesmente um actor consagrado, com um tipo muito específico de representação.

Eventualmente, nos livros de cursos futuros de representação haverá um capítulo especial com a «técnica Nic Cage». Mas, até lá, Cage continuará a trabalhar, a mostrar algum talento e demasiada insanidade, muito ao seu estilo.

sábado, junho 25, 2022

Spiderhead


Esperou-se algum tempo para este filme sair. Era suposto ter estreado no ano passado. Estava numa lista infindável de filmes a sair em 2021, lançada logo no início do ano pela Netflix. Ficou para o fim. Não saiu, sem grande justificação. Aparece finalmente no serviço de streaming em Junho de 2022. Ano e meio depois. A espera...

Ya, não valeu a pena. O filme é fraquinho. Deram rédea solta ao Hemsworth para improvisar, sendo essa a sua cena preferida de fazer. O papel de cientista maluco não pegou bem. Foi só assim a modos que esquisito.

Beavis and Butt-Head Do the Universe


Here we go again.

Não sabia que ainda andavam nisto. Pensei mesmo que Judge tivesse seguido em frente, para melhores coisas. Que dizer. «Melhores». Não sei se é possível melhorar depois desta obra prima que é B&B. Será possível um movimento lateral. Talvez. Com um bocadinho de sorte.

Melhor que «we're gonna do it, as a team»? Não acredito.

quinta-feira, junho 23, 2022

Love & Gelato


Tivemos uma espécie de competição, aqui em casa. A minha senhora queria ver este filme, que tem todo o ar de ser o que acabou por ser. Eu não me fiquei e escolhi o anterior, para a coisa ficar equilibrada. Atenção que sou o primeiro a dizer que Perfect Pairing está longe de ser grande coisa. Mas este Gelato... Chiça, que coisa mais enjoativa. Quase mais que qualquer gelado, ou gelato, de pistáchio.

Pequeno aparte. Eu adoro pistáchio e mais ainda gelado. A combinação das duas coisas foi o pior gelado alguma vez inventado na Terra. Quase tão mau é este filme.

O aparte não foi grande intervalo. Afinal não tinha mais nada para dizer. Só que mal há gelato neste filme. É um título super enganador.

A Perfect Pairing


Ainda hoje vi uma lista dos filmes mais vistos na Netflix. Ryan Reynolds tem três, no top 10, incluindo a primeira posição. Sandra Bullock tem dois. Adam Sandler chegou perto agora com o Hustle.

Como é que os filmes da Victoria Justice não estão na lista, isso é que não percebo. Algo não está a funcionar. Poderá ser uma questão de marketing. Talvez. O Red Notice estava em todo o lado, por exemplo. Porque é que Afterlife of the Party não teve o mesmo tratamento? E porque é que Extraction teve tanta atenção? Foi só porque tem o australiano da moda? Perfect Pairing também tem um australiano loiro e barbudo. Aliás, todo o filme passa-se na Austrália.

Eu acredito. Esta moça ainda vai chegar ao topo da lista. Vai até ter um filme dela, em que Ryan Reynolds aparece.

terça-feira, junho 21, 2022

The Greatest


A cena inicial de Sarandon continua a matar-me. Dois segundos de calma, antes de aperceber-se de que o filho morreu. Dois segundos de nada, antes do regresso da dor horrível. Dois segundos de descanso antes do cérebro voltar à realidade.

Greatest teve mais impacto da primeira vez que o vi. Com um olhar mais maduro... Espera. Não sei até que ponto estou mais maduro. Cada vez mais penso o contrário, aliás. Com um olhar mais... grisalho. Dá para dizer isto? Um «olhar grisalho». Um olhar pode ter uma cor? Vou acreditar que sim. Acontece que, tantos anos depois, houve um par de cenas que fizeram-me pouco sentido. E há momentos que são só irritantes, a criarem mais problemas do que necessário, pelo meio. O princípio e o fim. O fim fim. Estas partes continuam a ter impacto.

Dois filmes seguidos com mortes de adolescentes. Que final de dia divertido escolhi para mim. A seguir vou bater com a cabeça na parede umas horas. Sinto ser o passo lógico seguinte.

The Be All and End All


Outro revisionamento. Este mais difícil de perceber. O filme é giro. As péssimas interpretações dos rapazes adolescentes não impedem de o ser. Mas não é muito mais que «giro». De qualquer forma, convém sempre dar mérito ao tremendo trabalho de wingman. o jovem sabe que o amigo vai morrer e dedica-se a encontrar-lhe uma última... Chamemos-lhe «aventura».

Depois - e isto deprime-me mais que um miúdo de 15 anos morrer -, se precisasse de mais sinais que estou a ficar velho, para além das dores nas costas e nos joelhos, dei por mim a pensar na moça que saciou a vontade ao rapaz. Senti comiseração. Se antes via-a como alguém doce e nobre, agora temo pela sua saúde mental. Tem de a afectar, não? Que ela tenha sido o último desejo duma pesssoa a morrer. A moça tem de ter uma mentalidade muito forte para lidar com uma situação tão lixada como esta, não?

Lá está. Velho.

segunda-feira, junho 20, 2022

Brasserie Romantiek


Ik zag deze Nederlandse film. Het was mijn laastse les van de Nederlandse cursus voor de zomervakantie. Het had ondertitels. Zij waren ook in Nederlands, maar het was goed. Zonder ondertitels zou ik niets begrijpen. Met hen begreep ik het meest. En dat was leuk. In het begin dacht ik dat ik er niets van zou begrijpen. Ik heb niet alles begrepen, maar wel het meeste. Dus... proficiat met mij!

Tradução abaixo. Mais ou menos.

Pois bem que vi mais um filme local enquanto emigra. Já são dois. Ena ena! Este foi-me forçado, suponho. Mas sem stress. Tenho sempre gosto em ver filmes, venham eles de que forma vierem. Vi-o na minha última aula de Neerlandês, antes da pausa do Verão. Depois virá novo curso, do nível seguinte. Não creio que vá ver mais filmes nas próximas aulas. Deveria vê-los no meu tempo livre, em boa verdade. Deste percebi quase tudo. Não tudo. Houve piadas específicas que passaram-me ao lado. Deu para perceber o geral. Não foi nada mau. O texto acima foi um exercício porreiro, mas é um texto ao nível da primária. Vamos ver se a coisa melhora e chega ao nível dos meus outros textos aqui. De nível do secundário, entenda-se.

domingo, junho 19, 2022

How do You Know


Voltamos aos «revisionamentos».

Há dois objectivos para a lista que fiz, de filmes guardados a rever. O primeiro é prático. O intuito é libertar espaço no disco. Quero ter o mínimo de coisas guardadas. Genericamente, sendo que aplica-se também ao digital. O segundo objectivo é perceber porque guardei estes filmes. Maior parte deles não faço ideia. Porque muitos, como How do You Know, já não me lembro grande coisa. Tenho ideias gerais, mas não é como alguns, em que ainda sei falas de cor. Longe disso.

Ao rever HdYK sei perfeitamente porque guardei o filme. Sei o que tirei dele então. É um bom filme. E, não sei porquê, continuo com a impressão que é suposto ser uma sequela do Graduate, tendo algo a ver com o clássico. Não sei. Foi algo que li, na altura, mas imagino que seja treta ou alguma confusão que esteja a fazer. A cabeça já não é o que era.

Desta feita lembrei-me que não é a primeira vez que Judd e Witherspoon fazem de casal improvável. Porquê? Por causa doutros «revisionamentos» recentes.

Widows


Ele há com cada coincidência...

Widows tem uma premissa semelhante a Kitchen. No segundo os maridos são presos e as mulheres têm de continuar com os «negócios» para sobreviver. No primeiro os maridos morrem e as mulheres, quase todas, têm de fazer um «trabalho» para pagar dívidas e continuar com as suas respectivas vidinhas.

Este filme tem um melhor elenco, mais ou menos, e um par de twists porreiros que, acedo, não estava à espera. O final é um pouco rocambolesco demais para o meu gosto, mas é, genericamente, um filme superior. Por muito que comece com o Liam Neeson e a Viola Davis numa cena de marmelanço excessiva, no meu entender, e com o Colin Farrell com um tom de voz ridiculamente agudo, algo que perde após a cena inicial, por motivos não explicados. Ainda bem que o perde, atenção, mas é estranho.

Superman: Man of Tomorrow


Domingo de manhã nublado e algo chuvoso, depois dum dia de muito calor. Que mais poderia ver que não bonecos?

Man of Tomorrow é mais uma história de origem, mais ou menos. Neste universo, Clark nem sabe ser de Krypton. Tem de ser o Lobo a revelar parte do seu passado. Enquanto dá-lhe umas valentes murraças, claro. O filme não é mau. É uma história porreiro de alienígenas, últimos da sua espécie (ou quase), e como a malta da Terra reage à sua existência. Só que...

Já vi este filme, por assim dizer. Algumas vezes. Logo, não é para mim, certo? Seria de pensar que não, mas o filme tem alguma violência e bastantes asneiras. Logo, também não é bem para miúdos. É para quem, então?

domingo, junho 12, 2022

Fantastic Beasts: The Secrets of Dumbledore


A ganância nunca pode funcionar a favor da criação. A ideia original tinha piada. Pegar num livro fictício e ter um filme a falar do seu autor. Giro. E o primeiro, na sua maioria, trata dessa parte. Eu gostei do primeiro. Lá está, achei divertido e cheio de aventura.

Depois meteram o Dumbledore ao barulho e o caldo entornou-se. Lembro-me de pouco do segundo. Lembro-me que teve pouco interesse, acima de tudo. O terceiro foi pelo mesmo caminho. Foi ainda mais ridícula a presença do personagem principal, claramente martelado para dentro uma história que não era a dele. E houve demasiadas coisas enfiadas neste saco de «fantastic beasts», desprovidas de nexo.

Pessoal. A haver mais filmes, chamem-lhe outra coisa. Pode ser?

Hustle


Enquanto via o filme apercebi-me da ironia. Nada de novo. Não é especial. Terei sido o último a reparar. É engraçada esta coisa de homens fazerem filmes sobre coisas másculas, mas que fazem outros homem chorar.

Sejam filmes de guerra ou desporto, volta e meia há «aquele» momento - o discurso, o lembrar do pai falecido, a homenagem, a última batalha, a jogada final que ganha o jogo ou é o momento de redenção do protagonista, o levantar da pequena criança no meio duma multidão -, o momento que faz o homem mais espadaúdo, mais macho, mais sereno, sério e cheio de pelos na cara e no peito, fá-lo pelo menos lacrimejar.

E os filmes são todos iguais. Sempre a mesma coisa. Muda o desporto ou a guerra. No tal momento, somos todos um. Choramos todos juntos.

sexta-feira, junho 10, 2022

Rogue One


Andava para ver este há algum tempo. Dos filmes Star Wars será o que vi menos vezes e, para mim, até é dos melhores. Mesmo o Solo vi duas vezes. No cinema! Rogue One vi apenas uma vez.

É curioso que, ao reler o meu post de então, vejo que pedi fan service, quando ainda não sabia o que era fan service. Eu não sou hipócrita. Não, não quero um filme que seja só isso (coff coff, Episode VII, coff coff), por muito que seja divertido. Mas sim, quero sentir-me especial ao reconhecer personagens doutros filmes, mesmo que só apareçam três segundos. Quero falas e imagens clichês. Quero sentir que o filme faz parte desta galáxia, assim como quero sentir-me parte do franchise. E, depois, claro que quero coisas novas e fixes. Rogue One tem um bom equilíbrio de tudo.

Corria o ano de 2016. O último antes da vida dar umas voltas parvas. Havia esperança. O plano era haver um filme Star Wars de dois em dois anos e, nos intervalos, ser lançada uma história independente, com relação à grande história. O Episode VII sai no ano anterior. Rogue One convence toda a gente que uma nova era Star Wars estava bem encaminhada. Solo e o Episode seguinte estragaram tudo para toda a gente. Agora temos de contentar-nos com três ou quatro séries por ano, mais a possibilidade dum filme, bem feito, aqui e ali.

Qual «contentar»! Três ou quatro séries e um filme de vez em quando é espectacular! Houve uns percalços, mas agora a máquina segue a bom vapor. Tão bom.

sábado, junho 04, 2022

People Places Things


Vi-o há uns anos e gostei muito. Queria ver se se mantinha o sentimento. Confere. O filme tem muito coração e, mesmo sendo muito simples, tem muita mensagem.

Agora, não deixa de haver um pormenor muito desconcertante. A miúda quer que o professor dela enrole-se com a própria mãe. Noutros filmes seria uma tentativa de sacar melhores notas. Nothing like pimping out your mom. Se isto não garante nota máxima, não sei o que garantirá. Aqui não é esse o objectivo. É só uma questão do prof ser um tipo fixe e a moça querer que a mãe seja feliz com alguém.

Eu sei. É muito estranho. Alguns diriam ser ficção científica ou, pelo menos, fantasia.

sexta-feira, junho 03, 2022

Fire Island


Alguém decidiu fazer uma nova versão do Pride and Prejudice. Péssima ideia, certo? É o problema de Hollywood. São só remakes ou filmes MCU. Não há ideias originais. Ou será que há? Esta versão é gay, passa-se numa ilha, e tem cenas duma natureza sesssual.

Agora já não sei. Escrevo isto mas não consigo ter a certeza se é uma boa ideia original ou não.

quinta-feira, junho 02, 2022

Save the Cinema


Esta gente tem cá uma lata!

O presidente da Câmara duma terra em Gales (que até por acaso tem vogais no nome; a terra, não o presidente, embora este também tenha), quer mandar abaixo o cinema local, para ali construir um centro comercial. Para quem não viveu bem os anos 90, era moda meter centros comerciais nas cidades pequenas, destruindo por completo o comércio local.

Há uma tipa que insurge-se contra a medida e ocupa o cinema. Mesmo assim quase não foi o suficiente. Teve de ir mais longe. Enviou uma carta ao Spielberg e pediu permissão para passar o seu novo filme no cinema. E não era um filme qualquer. Era o Jurassic Park. Spielberg soube da luta e enviou-lhe uma cópia do filme. Não pediu dinheiro. Apenas uma coisa: tinha de começar três minutos depois da estreia em Londres.

E não é que s@c@n@s passaram o filme cinco minutos antes! Há gente que não tem vergonha nenhuma na cara.