domingo, dezembro 31, 2017

Guardians of Galaxy


Demorou três anos e meio a ver outra vez. No todo, entenda-se. Já tinha visto pedaços várias vezes. Aquela coisa de meter o filme a dar, só para ver uma cena, e acabar por ver quase todas, meio aos saltos para trás e para a frente.

Houve duas boas desculpas para ver novamente. A primeira foi partilhar as melhores coisas com a nova cara metade. Depois, porque dificilmente vejo melhor forma de acabar o ano, do que com filmes como estes, que ainda nos fazem sonhar.

E sim, o plural é propositado, pois depois do primeiro vem...

sábado, dezembro 30, 2017

Pitch Perfect 3


Vou ter saudades destas moças.

Pitch Perfect foi uma das maiores supresas da última década. Nunca pensei gostar disto. Nunca acharia que ia dar três filmes, todos mais ou menos com o mesmo nível de sucesso, sempre com qualidade.

Foi pena que o meu cinema de eleição não concorde comigo e que me tenha obrigado a ir a outro, do qual já não gosto tanto. Estragou um pouco a experiência. Não muito. Apenas um pouco. Isto porque a companhia também era a melhor.

Não sei se voltam, mas gostaria muito.

Thanks, Pitches.

quinta-feira, dezembro 14, 2017

Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi


Não é nada fácil escrever este post. Porque, no fundo, este é talvez o pior de todos os filmes Star Wars. Sim, talvez pior que a segunda trilogia. Por muito desinteressante que tenha sido, ao menos mantinha-se fiel ao que foi feito antes. Tinha muito de ligações.

Este... Este episódio não teve um único momento épico. Um «momento Star Wars», que mexe connosco e nos faz ser miúdos outra vez. O episódio I teve a corrida, ao menos.

A título de exemplo: os guardas vermelhos. Andamos o filme todo à espera duma batalha épica com os ditos guardas. Mesmo antes do filme começar, com o trailer. E quando está acontece é só... meh.

Talvez tenha feito sentido realizar (ênfase na palavra) o episódio desta forma. Talvez todos quisessem fazer finalmente um corte com o passado e criar algo novo. Talvez tivesse mesmo de ser assim. Só que para se destruir convém criar algo novo. Podes matar toda a gente, mas convém dar novos personagens para nos manter cativados. Não foi o caso. E exemplo máximo disso é que voltará a ser Abrams a realizar o próximo.

Esperemos que o nosso amigo salve a coisa. Quero muito acreditar que sim. 

terça-feira, novembro 21, 2017

Justice League


Está quase lá. Pelo menos está no caminho. Ainda não é bom. Longe disso. Mas é o melhor da série DC/Snyder. E porquê? Porque o Whedon fechou o filme e conseguiu meter algumas cenas clássicas da BD lá pelo meio. Meteu humor e sentimento. Deixou de ser uma coisa fria e passou a ter algum coração. Algo que a DC em modo BD sempre teve. Até mais que a Marvel.

Posto isto, continua a haver demasiados momentos ridículos.

O claro bigode de Cavill.
A cara de parvo do Affleck quando vê o Super-homem a entrar na luta.
O péssimo vilão.
O disparate que fizeram com o novo Flash.
O desinteressante que continua a ser o Aquaman.

Vai haver outro? Isto pagou-se sequer?
Vamos ter que esperar que os filmes individuais paguem um novo, não vamos?
Talvez o segundo da Wonder Woman. Mas a verdadeira questão é: queremos ver outro? 

terça-feira, novembro 14, 2017

Thor: Ragnarok


O trailer mostrava uma tremenda salgalhada de histórias e enredos. Pelo menos três sagas de BD, mais alguns mundos diferentes pelo caminho.

E é uma misturada tremenda, mas está longe de ser confuso. Está tudo muito bem colado. Há mérito nessa parte.

Já a coisa da improvisação, do ridículo... Não funciona comigo, admito. Não gostei de ver cenas em que alguns actores não sabiam que dizer, porque era tudo à base da criatividade de cada um. Ou de ver cenas que foram claramente cortadas antes de actores começarem a rir-se. Temos alguma coisa contra guionistas, Disney?

Mas Thor sobrevive. Continua a sobreviver. Nem tanto o personagem. Esse é um deus. É normal sobreviver. Falo da sucessão de filmes. Não esperava que tivessem caído tanto no goto, e isso deve-se inteiramente ao humor colocado nos filmes. Veja-se a diferença de sucesso entre o primeiro e terceiro, face ao segundo. É qualquer coisa.

Últimas palavras para Blanchett, que está estranhamente muito bem com sra. Morte dos asgardianos. Foi... estranho... vê-la assim. 

domingo, outubro 15, 2017

The Dark Knight Rises


Lá consegui ver o terceiro, dividido em três partes. Tenho de controlar melhor os sonos, se quero continuar a fazer estes embaços.

Trilogia revista. Não custou, mas não sei se o devia ter feito. Os filmes como um todo são bons. Para a altura foram excelentes. Mas o grau de exigência é maior, hoje em dia. Sabendo todos os detalhes principais, torna-se demasiado fácil ver os que não estão assim tão perfeitos. E há uns quantos. Nolan é rei da emoção e da... explosão, à falta de melhor palavra. Falta-lhe a cultura BD e um pouco de... sei lá, de Sorkin. Falta-lhe não estar constantemente a repetir frases e cenas chavão. Revendo a cena da morte dos pais de Bruce, por exemplo, não há nada que se aproveite verdadeiramente da nova reencenação. Pior, existe algum motivo para a mãe não ter uma única fala? Um pouco machista, não? Até porque sabemos bem a importância da «Martha» num filme DC posterior.

Bane custou menos, desta feita. Não me irritou tanto as vozes dos dois lutadores. Acabei por reparar mais no esganiçar em dois momentos diferentes, das vozes do Gordon e do Robin. Giro ver que foi uma coisa generalista deste filmes e dos outros, a coisa das vozes.

sábado, outubro 14, 2017

The Dark Knight


Tenho algum receio de dizer isto. Poderá ser preconceito para com filmes da DC, mas o filme não parece estar a passar bem o teste do tempo. Nada contra Heath. Continua incrível. Mantém-se a pena de que não possa continuar o papel. O resto é que...

O desenrolar do enredo não é melhor. A acção mantém-te entretido, mas se se parar um pouco para pensar no que está a acontecer... Há demasiadas coisas estúpidas, algo despropositadas. Coisas que se passam sem grande coisa que o justifique.

Talvez o mesmo se passe com os filmes da Marvel. Talvez à terceira ou quarta visualização deixe de ser tão fixe. Farei esse teste eventualmente, quando tiver tempo para ver todos os filmes outra... Ya, cheira-me que isso nunca virá a acontecer. Quem tem tempo para uma coisa dessas?

Batman Begins


Estava para ver a trilogia Nolan há algum tempo. Sim, porque é a trilogia «Nolan» e não a trilogia «Batman». Convém ter bem presente quem tem mais protagonismo e quem ficou a ganhar com estes três filmes.

Há uns anos que Begins está numa luta feroz com o terceiro, a ver qual deles está mais próximo do segundo, também conhecido como «aquele que interessa» ou «o fixe». Não é que seja mau. E na altura foi uma pedra no charco, sem dúvida. Elenco de topo, por muito que alguns actores não seja perfeitos a 100% para o papel. Não interessa, antes qualidade na representação. Tem muita acção e consegue ser cativante a partir de certa parte.

O problema é antes de chegar a essa parte. Não me tinha apercebido na altura, mas muito do diálogo é super forçado. Senti um início aos tropeções, com pressa de chegar algures, antes que alguém perceba que algo está mal. Claro que depois entra o carro e os brinquedos e aqueles momentos que são épicos na nossa cabeça. E quase... quase!... ignoramos o facto de que o Batman salva o Joffrey.

Raios partam a Liga dos Assassinos. Cambada de incompetentes. Nem uma criança que viria a ser um rei petulante conseguem matar. pfffff

segunda-feira, outubro 09, 2017

Blade Runner 2049


O filme é bom. Não envergonha o franchise. Tem estética e muito respeito pelo material de origem. Mas terá valido a pena contar esta história?

A grande questão que me fica é essa. Não se adiantou realmente nada. Há um revisitar nostálgico a este universo e aos seus personagens, mas não aprendemos nada de novo sobre replicants et al.

Contradigo-me ao dizer que talvez tenha sido bom não tentarem fazer disto uma coisa em contínuo. Talvez seja mesmo isso apenas que tenha ficado: uma indecisão sobre o filme.

Serei um replicant, que não consegue dar respostas a certas perguntas?

domingo, outubro 08, 2017

Bad Santa 2


Este filme deixa-me para lá de chateado. É nojento. Não, não falo de todas as bocas ordinárias, lançadas por vários personagens, não só o Billy Bob. O nojento é mesmo a quantidade de acção que tem um ser vil e desprezível como o Billy Bob. O bêbado, que não só não toma banho, como ainda tem urina de criança no fato de pai natal sujo que usa, às tantas parece o Hank Moody.

Está tudo maluco?

Almost Christmas


Não, a parte estranha não é estar já a ver filmes de Natal. Como são do ano passado, nem sei se os estou a ver tarde ou cedo. O certo é que está demasiado calor para a temática. Não me apetecia ver mais nada. Que fazer? Contudo, volto a frisar que essa não é a parte estranha. A estranheza está reservada aos números.

Almost Christmas é um filme simples, com uma história bastante emotiva, ou não se passasse na época mais emocional do ano. Tem gente com nome e talento. Mas não é algo de extraordinário. É só simpático, vá.

Pagou-se bem. A mesma história, tudo igual, com um elenco branco, não se teria pago. E porquê? Porque recebem mais. E isso é deprimente com'ó raio. Quase tanto como estar a ver um filme de Natal em Outubro... com a janela aberta, de tanto calor que está.

sábado, outubro 07, 2017

Girls Trip


Chiça que isto pagou-se e bem. Faz sentido. Tem talento, alguma piada e é algo divertido de se ver. Mesma assim. Hoje em dia parece que só os blockbusters é que se pagam. Não há espaço para comédias ou qualquer outra coisa que não envolva spandex. E sim, sei que é ridículo eu estar a apontar isso, sendo que adoro tudo que tem spandex. Isto soou esquisito. Mas também gosto dum pouco de variedade...

Não. Este post só está a soar a estranho. Vamos esquecer tudo e recapitular.

Girls Trip é giro. Pronto. Devia ter ficado por aqui.

sábado, setembro 30, 2017

Big Bear


Chiça! Esta tarde foi uma sucessão de más escolhas. O primeiro ainda foi OK, agora este e o anterior...

Mas tinha de ver. Tem gente de que gosto e que acho piada. A premissa não era má. Podia ser que desse em alguma coisa de jeito. Acabou por ser apenas um grupo de amigos a juntar-se numa casa, no meio do bosque, a beber copos e a fazer tontices.

Atenção que refiro-me tanto à história, como à vida real.

The Little Hours


Publicidade enganosa.

Little Hours dá ar de ser uma coisa, e tenta ser outra qualquer. Algo que não sei bem. Cataloguei como romance, mas só porque não é uma comédia. Não sei onde colocar isto, se não na lista de filmes que não deveria ter visto. Só terminei porque estava distraído Em situação normal não teria chegado ao fim.

Se é para ver histórias de luxúria entre freiras, há outras coisas mais interessantes por aí.

The House


Numa sala apenas está enfiado uma data de talento. A lista perde-se de vista. Junta-se-lhe uma premissa tola e está tudo feito para termos uma comédia para ver, aninhados no sofá.

Não se pode dizer que The House seja um portento de qualidade. Serve o seu propósito e bem, com uma data de tontices empilhada em gente que já deu muito ao mundo. OK, que deu-me muito a mim. Poehler, por exemplo, já me fez rir uma data de vezes. E será sempre com gosto que a vejo.

The Accountant


Meter Affleck a fazer de ser robótico é ironia ao seu mais alto nível. Ou muitas críticas ao rapaz não passem precisamente pelo curto alcance representativo que tem. Posto isto, está perfeito para o papel. Ele é uma seca, logo faz bem de contabilista. Anda inchado como tudo, graças ao treino para ser o Batman, logo também funciona o lado de máquina militar mortal. Mas, acima de tudo, é o vazio no olhar dele que ganha a coisa.

Kendrick está muito desaproveitada aqui, fazendo ainda alguma confusão a diferença de idades entre ela e Affleck. Aquela relação entre os dois é para lá de esquisita.

Accountant baseava-se numa premissa difícil de engolir: como pode um contabilista ser um assassino? Mas vai para além disso. Tem alguns bons twists e a narrativa, o desenrolar de acontecimentos é bastante bom. Bom filme... para quem não odeia Affleck, claro está.

quarta-feira, setembro 27, 2017

The Edge of Seventeen


Estava algo entusiasmado para ver este filme. Gosto de adultos a «falar» através de filmes de adolescentes. Uma data de diálogos e falas demasiado inteligentes para mui hormonais comuns adolescentes, num cenário simples e inocente, quando tudo era muito mais complicado, apesar de não ser nada de especial.

Edge tem humor e sapiência. Esta última parte até a mais. É um filme muito de Hollywood de há uns anos, com toda a gente para lá de bonita e tudo perfeitinho, desprovido da mais pequena partícula de pó. Irrita um pouco toda esta perfeição, mas a história é doce e há personagens que vale a pena conhecer.

domingo, setembro 17, 2017

The Layover


Há quatro razões para ver este filme.

1. O Willam H. Macy é o maior. Claro que vou ver algo realizado por ele.
2. A Daddario é uma moça nova, com talento, bastante engraçada e com grande fairplay para fazer tontices.
3. Havia muita curiosidade para ver se Upton conseguiria dar o salto de modelo para representação, por muito que seja algo simples, como Layover.
4. Não há muitas comédias a serem feitas. Ainda menos com um mínimo de qualidade. E é bom ver protagonismo a ser dado a mulheres, na comédia.

Aposto que não pensavam que eram estas as razões.

American Honey


É um Kids, em versão moderna e On the Road. O Shia já não tem idade para andar de roda destas crianças, mas como tem estrelato e não há muitos outros que o queiram de roda dele...

Revirei os olhos ao começar e perceber que tinha duas horas e quarenta minutos. Mas não se passaram mal, tenho a admitir.

terça-feira, setembro 12, 2017

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children


O Tim Burton tem direito a mais quantas tentativas?

É que isto é bastante horrível. É uma espécie de Mary Poppins, misturado com X-Men, à la Burton. Houve demasiados momentos em que distraí-me a fazer outras coisas. Parei umas quantas vezes para isto ou aquilo. E não senti que estivesse a perder nada. A história é miserável. A Eva Green precisa de lavar os dentes. Os miúdos são uma seca. Não há grande diferença entre magia e realidade. E porque haveria eu de querer ver novamente a história do Harry Potter, mas desta vez para peculiares - mutantes, coff coff - em vez de magos.

Isto foi caro. Para além de ter um nome estúpido e demasiado comprido (Lemony Snicket?), foi caro. Porque não se pagou. Longe disso. Nada é caro quando dá dinheiro. Não foi o caso. Deu claramente prejuízo.

E daí que volte a perguntar: vão continuar a deixá-lo reutilizar uma datas doutras coisas e acrescentar-lhe o seu toque? Porque é só o que tem feito. Isto vai acontecer muitas mais vezes? Vai continuar a esforçar-se para falir o estúdio?

Só para saber. Um amigo perguntou-me há dias.

segunda-feira, setembro 11, 2017

Deepwater Horizon


Tenho algum fascínio pela ideia de trabalhar numa estação petrolífera. Não pelo negócio em si, claro. Apenas pela mecânica de trabalho. X tempo lá, X tempo em casa. Tendem a ser processos de 6 meses. OK, são 6 meses a trabalhar, mas depois são 6 meses em casa. Ignorando os riscos e a continuidade do trabalho, estamos a falar de 6 meses de férias, para todo os efeitos. Sim, será uma vida dura, sem dúvida. Mas 6(!) meses sem ter de fazer nada. No meu entender é apelativo. Ou era, depois de ver Deepwater Horizon, a história do maior acidente numa estação, nos EUA.

Aquilo foi horrível.

domingo, setembro 10, 2017

I Saw the Light


Vi por respeito ao Hiddleston e pelo absoluto e público fascínio que tenho pela Elizabeth Olsen. Mas isto é muito fraquinho.

Não é diferente dos milhentos outros filmes biográficos por aí feitos. Faz check a todos os lugares comuns: problemas com álcool e drogas; várias mulheres; filhos legítimos e ilegítimos; um patrão duro, que o obriga a fazer coisas em condição física debilitada; um problema físico, piorado muito pela vida na estrada; um conjunto de «amigos» que se mantêm perto dele, mas que não conseguem ajudar com os problemas (nem tentam muito, em boa verdade); armas e tiros; problemas familiares (mãe controladora E pai ausente); obrigações contratuais; más decisões a torto e direito; querer viver uma vida simples após «demasiada» vida de estrela... check, check, check... Mil vezes check.

É igual aos outros porque funciona. Já não funciona porque viu-se demasiadas vezes.

Tenho pena que algumas vidas/histórias não possam ser contadas. Mereciam, estou certo. Mas até vir alguém que consiga contar a coisa doutra maneira, não vale a pena continuar a fazer filmes destes. I Saw the Light foi um flop comercial de proporções épicas. E qualquer um que venha nos mesmos moldes será também.

sábado, setembro 09, 2017

Hell or High Water


Os texanos são tramados. E pitorescos. É uma combinação que aprecio. Porque por um lado elegeram o Bush. Por outro, são super hospitaleiros.

Aqui, no filme, são os primeiros a ir para a porta dum banco disparar aos ladrões, mesmo antes da polícia. Mas se há uma empregada de mesa mais velha, mau feitio, que os mete no sítio à bruta, comem e calam. Seria indelicado responder a uma mulher, até porque têm medo delas. São texanas também, afinal.

Já medo de andar aos tiros, isso não há texano que tenha. É um direito deles, até.

Que povo incrível.

Pete's Dragon


Não é assim uma coisa brilhante. Em demasiados momentos lembra mais o Mowgli, ou um qualquer filme com cães. Convenhamos que este «dragão» é mais labrador, que bicho alado que cospe fogo.

Para além de que tem demasiadas partes da história que estão coladas de forma ténue. E os miúdos têm uma carreira brilhante à frente deles... a fazer outra coisa qualquer que não representação. Mas uma coisa é certa, é mais filme de miúdos que o anterior aqui visto.

Kubo and the Two Strings


Grande, grande começo, daqueles que agarra na primeira frase. Mais, até são instruções de como ver o filme.

A partir daí torna-se fácil ver... Apesar de ser uma história de família particularmente violenta. Traição, morte, duas facções em guerra, desmembramentos, fratricídio, tortura, amnésias provocadas...

Isto não é para miúdos, certo? É um filme bem giro, atenção, mas será giro para toda a gente?

Ou estarei a ser demasiado fechado?

quarta-feira, setembro 06, 2017

Sully


Vamos lá ver se consigo explicar a complexidade desta história. Portanto, Sully é sobre um avião que levanta voo, é «atacado» por um bando de pássaros, fica sem motores e é forçado a amarar no rio Hudson. É isto. Atenção, é um feito extraordinário dum piloto que manteve a calma e tomou uma decisão impossível. Ele consegue algo que nunca aconteceu e provavelmente nunca voltará a acontecer. Toda a gente sobreviveu a algo no qual poucos sobrevivem.

Mas isto dá um filme?

Será por certo o mais curto de Eastwood. Sim, o Sully merece todos os louros que lhe possam dar. Já um filme...

É que foram 90 e poucos minutos de repetições de vários ângulos. Ao minuto 39 estavam a repetir muitas das falas dos momentos anteriores.

Epá, se calhar fazia-se outra coisa, não?

terça-feira, setembro 05, 2017

Little Men


O Greg Kinnear nunca engana neste tipo de papéis. Cavalheiro calmo, a lidar com agruras como pode. Nada de mais. Tudo coisas normais duma vida comum. Mas que moem, independentemente de terminarem ou não vidas. E ele lá vai fazendo as suas coisas, tratando das suas questões, sempre entre as gotas da chuva. Nunca é uma coisa que deslumbra, mas tem algum encanto. O homem é bom, é o que quero dizer. Em Little Men é acompanhado duma Jennifer Ehle que também está sempre muito bem. E em Paulina García encontramos uma belíssima surpresa, com uma personagem que tinha reacções talvez até irracionais, qual animado ameaçado, que mostra demasiado os dentes.

Mas as estrelas não são os crescidos. Tudo acaba por girar à volta dos miúdos. Nós, enquanto adultos, reconhecemos o momento pelo qual vão passar. Aquele que marca. Aquele momento que lhes parte o coração e os faz crescer. O momento que ninguém gostaria de ter passado, mas que acaba por acontecer a todos nós, mais tarde ou mais cedo. É uma sensação peculiar, de estar fascinado por ver algo assim acontecer, mas ter pena e não querer que aconteça.

Little Men foi engraçado de se ver.

domingo, setembro 03, 2017

Little Evil


Adam Scott não estranhou tudo ter avançado tão depressa com a Evangeline Lilly. É normal. É a Evangeline Lilly. Nenhum homem normal prestaria atenção aos detalhes do que se passa à volta. Em pouco menos dum mês Scott casou-se e mudou para casa da nova esposa. Independentemente do casamento ter-se parecido com um cataclismo tirado da Bíblia. Daqueles lixados à nascença, tipo fim do mundo. Não foi uma daquelas pestes simples, foi mais tipo para o fim.

Agora, na nova casa, começam a surgir os problemas. Ou melhor, um problema: o enteado. Scott tenta ver o melhor no miúdo, até à última, mas as provas começam a acumular-se e há a possibilidade do enteado ser filho do Diabo. Acontece a muitos padrastos por aí. A diferença é que Scott tem razão.

Não, ainda não é desta que a Netflix acertou nos filmes. Little Evil é girito por ter o elenco que tem, mas não deixa de ser uma brincadeira tola. Não passa disso.

Captain Fantastic


Uma visão interessante... Não, espera. O Viggo não gosta que se use essa palavra.

Viggo e a mulher criaram uma comuna com os filhos. Dão-lhes a melhor educação possível, a léguas do que poderiam aprender no sistema público, para além dum intenso regime físico. Digno de qualquer atleta olímpico. Claro que esta maneira de fazer as coisas, fora do convencional da sociedade, não é bem visto por ninguém. Coitados dos miúdos acabam por ser seres estranhos, aos olhos dos demais. Vendo as coisas por dentro, sabendo o que fazem, a única coisa criticável é a parte social. Por muito que metas os miúdos concentrados nas suas leituras, pouco aprenderão se não interagirem com outros da sua idade. Em especial a questão sexual. A partir de certa idade, se as únicas mulheres que um jovem adolescente vê são as irmãs, vai afectar-lhe o cérebro. Idem para as raparigas.

Felizmente - e uso a palavra num sentido bem lato - a morte da esposa acaba por abrir os olhos de Viggo às demais necessidades dos filhos. Não tanto a nível sexual. Isso é só o meu ser reprimido a projectar. Mas das necessidades sociais e de interacção, importantes para qualquer jovem em crescimento.

Não deixo de sentir alguma inveja. Estes miúdos não sabem o que é o Facebook, por exemplo. E ainda bem para eles.

Nerve


Quando vi o trailer confesso que achei piada ao conceito. O filme tem um bom começo. O problema - como é com tudo - é o final. Não que houvesse grandes alternativas, mas o final é demasiado caustico, sem grande aparente necessidade. OK, e a sobrinha Roberts. Falta-lhe o carisma da tia, suponho.

Yoga Hosers


O que um pai é obrigado a fazer.

Se uma filha tem aspirações a ser actriz... ou, neste caso, «actriz», e se, porventura, o pai tem acesso a câmaras e actores, então o pobre homem será forçado a fazer um filme banal e ridículo. Ele e os outros pais. Pois sim, até a Paradis aparece. Pré-traição e sova, presumo.

Para que não seja uma coisa só de cortar na casaca, admito que achei piada à filha Smith dizer a célebre frase, do filme que tornou o pai famoso. E não, não falo do «37?!»

sábado, setembro 02, 2017

Café Society


Eisenberg está entediado em Nova Iorque. Normal. É uma cidade onde pouco se passa. Decide ir para Hollywood, espevitar as coisas. Lá apaixona-se por Kristen Stewart...

Nooooope!

Limite traçado, ultrapassado. Acedo a qualquer tipo de ficção. Até pode envolver fadas, dragões, viagens ao espaço, ou ursos com antenas. O limite da ficção é alguém apaixonar-se pela Stewart, uma das mulheres mais sem sal do universo. A sério. Um calhau na lua tem mais sex appeal.

Mas OK. Em honra de Allen procurarei continuar.

A Eisenberg não foi dado o pior papel da história do cinema e o rapaz lá se safa da desenxabida. Ela escolhe outro... muito à sua maneira... Ele volta para Nova Iorque, onde acaba por casar-se com Blake Lively...

Não. Acabou. Não consigo mais. Nerd-mor com a mrs. Deadpool é só estúpido.

quinta-feira, agosto 31, 2017

The Intervention


Gosto desta fórmula.

Juntar uns tantos de gente talentosa, colocá-los numa casa em sítio remoto, e metê-los a interagir de todas as formas e feitios. Os finais são relativamente previsíveis, mas a forma como chegam lá acaba sempre por trazer algumas surpresas. E mesmo que isso não aconteça, nunca deixa de ser agradável o caminho. Este não fugiu à regra.

Foi um fim de dia sereno, contrastando com o caos que foi o resto.

quarta-feira, agosto 30, 2017

Money Monster


Alegre surpresa. Não achei que pudesse ser tão interessante. Achei que seria só uma coisa secante sobre os maneirismos e as formas modernas como Wall Street opera E é. Mas também tem uns tiros, ameaças de morte e o ocasional colete com explosivos, passeando pelas ruas de Nova Iorque. Claro que ajuda ter Clooney, que continuo a admirar muito, e Roberts que, apesar do que dizem, tem muito carisma e personalidade, ideal para interpretar este tipo de papéis. Para mais, os dois são amiguinhos, e a química passa para o ecrã.

O único problema é Jodie tentar que MM seja mais do que precisava ser. Podia ser só um thriller. Mas Jodie tinha de passar mensagem. Passou a ser uma coisa de investigação. É nesse ponto que perde algum crédito. Porque era só um programa espalhafatoso, à americana, sobre opções de mercado, da bolsa. Não era um programa de jornalismo de investigação. Nada tinham de experiência para acabar onde acabaram, a fazer o que fizeram.

Esse salto, no final, fez-me perder um pouco de atenção, confesso.

terça-feira, agosto 22, 2017

Sing Street


Realmente não há nada como ser criativo, para seduzir uma mulher.

Desde os primórdios dos tempos que homens inventam bandas, histórias, obras de arte em pintura, escultura, e outras insanidades. Poder-se-á dizer que haveria arte se a mulher não existisse? E, já agora, numa de feminismo, quando é que se viu uma história duma mulher criar algo para seduzir um homem?

Não me venham com a treta das gestação humana. Não é a mesma coisa.

Estranho. Este post foi por um caminho completamente diferente do que idealizava. Mas às tantas escrevia e apercebi-me que nunca vi uma história com essa inversão de papéis. Regra geral é mais apostarem no decote, maquilhagem ou falta de roupa interior. Clichê? Sim. Mas clichês são baseados em realidade.

Só estou a dizer que a sociedade continua muito enviesada. E que as mulheres não fazem nada.

sábado, agosto 19, 2017

Baywatch


Isto é péssimo.

Sem rodriguinhos. Sem grande conversa. Não há introdução possível para algo tão mau. O último terço do filme é angustiante. Só queria que terminasse. E eles continuavam. Má piada e má cena, atrás de má piada e má cena. E não digo nada disto com gosto. Não era fã da série. Só era fã das incríveis moças que lá apareciam, que para sempre serão símbolos de perfeição feminina. Mas tinha esperanças neste filme. Tinha esperança numa possível nova moda de trazer as séries dos anos 90 - que eram más mas ninguém sabia, porque não havia nada melhor -, e fazer boas comédias. Era a esperança que tinha, que fosse algo ao estilo de 21 Jump Street. Não é. Não foi. Não sei o que tenta ser. É suposto ser uma comédia e um filme de acção, mas as piadas são para lá de fracas e a acção não tem interesse nenhum.

Era assim tão difícil? Eles próprios tenta ridicularizar a coisa, sempre com pessoal a chamar a atenção que salva vidas não são suposto fazer nada do que se fazia na série. E, no entanto, depois de repetirem esta «piada» até à exaustão, tentam ser sérios na maneira como a história se desenrola.

Porque não poderia ser simplesmente um conjunto de salva vidas que, no meio do seu dia a dia, tropeça num caso um pouco mais sério? Porque insinuam ser uma coisa recorrente e que ainda bem que assim é?

Não. A sério. Não.
Estou muito indignado.

quinta-feira, agosto 17, 2017

Elvis & Nixon


Aconteceu um encontro entre o Elvis e o Nixon.

Não devia ser preciso fazer um filme sobre algo do género. Far-se-á um filme para contar a história do Barack conhecer a Beyoncé? Ou quando o Trump conheceu... sei lá, o Carrot Top? Claro que não. Hoje em dia será banal. Mas naquela altura estava longe de o ser. Elvis e Nixon eram duas das maiores figuras da cultura daquela altura. Pelo menos nos EUA, claro. O Elvis talvez fosse um fenómeno mais mundial. Nixon acabaria por vir a ser, por todas as polémicas em que se envolveu. No fundo, Elvis terá entrado em tantos filmes, como os que foram feitos sobre o Nixon.

Agora, se hoje em dia não é fácil encontrar pontos em comum entre os dois, na altura seria praticamente impossível. Um era o Rei. O outro era um totó, presidente dos EUA. Um era adorado por todos. O outro era gozado por todos.

No entanto, o certo é que encontraram-se certo dia - muito por insistência do Elvis, assim como dos assessores do presidente -, e tiveram uma aprazível conversa, para além de trocarem alguns favores.

Entre tanto ridículo acaba por haver muito de História, neste pequeno encontro. Compreende-se que se tenha feito um filme da coisa.

terça-feira, agosto 15, 2017

King Arthur: Legend of the Sword


Tenho duas dicas para Ritchie. Ou para quem quiser ouvir... que no fundo será ninguém, suponho.

1. Bana é vilão, não herói. Bana é daqueles actores que nunca fez nada por mim, até o ver a ser mau da fita. E, nesse papel, o rapaz brilha. Será um doce de pessoa na vida real, acredito. Em frente às câmaras tem de ser o mais velhaco possível.

2. É preciso star power. O grande filme de Ritchie é Snatch. E, por muito que tenhamos de lamentar que com a película tenha vindo a propensão para filmes de acção (fracos) de Statham, o certo é que deu-nos uma data de bons papéis, no qual se inclui o cigano Pitt. Isto para além dum óptimo filme, entenda-se. As audiências não vieram porque se sabia que o britânico que fez Lock Stock tinha algum talento. A grande massa de gente que viu Snatch foi por causa do Pitt. Ele levou gente às salas. E isso colocou Ritchie num mapa maior do que onde estava. Se quer safar-se a fazer filmes grandes, não pode ser com o Hunnam, por muito que até goste do rapaz. É com Pitts e Robert Downeys, e afins. O primeiro Sherlock deu bastante dinheiro. O segundo menos, mas lá se pagou.

Se queres fazer filmes de grande orçamento, Ritchie, tens de poupar nos efeitos e gastar mais nos actores. Se não, não te safas. Arthur não se vai pagar. Nem de perto, nem de longe. E nem acho que seja pela história, embora não seja brilhante. É mesmo pela falta de estrelas.

domingo, agosto 13, 2017

The Magnificent Seven


Quase todas as minorias safaram-se. Só o asiático não conseguiu fazer um contrato decente. E essa é a verdadeira mensagem a tirar do filme. As minorias estão aqui para ficar... por muito que o Denzel não esteja a fazer favores a ninguém, sempre com aquela mesma expressão de «concentrado»/com prisão de ventre, seja qual for a situação.

Tirando o final, mesmo final, a ser um pouco reles, com os sobreviventes dos «sete» a abandonar a cidade logo após o tiroteio, o resto do filme até é bastante interessante. Só que aqueles dois minutos finais. Talvez nem tenha sido tanto tempo. Deixa um amargo na boca. Não enterram os amigos? O vilão não terá amigos, ou irmãos, ou um primo distante com um terçolho tramado, que se queira vingar? Ao menos não podiam ficar para consolar as viúvas? Epá, qualquer coisa que não fosse sair a correr.

«Pessoal, foi fixe. Temos de fazer isto outra vez. Até estou a sangrar um pouco e a adrenalina não tarde vai-se toda. Às tantas ainda adormeço em cima deste cavalo. Mas tenho umas cenas a fazer. Já tinha combinado antes disto. Não dá jeito baldar-me. É uma cena de família. Sabem como é. Vêm uns primos de longe. Seria o único a não estar. Não dá mesmo para não ir. Mas eu depois tento dar aqui um salto. A ver se ainda ajudo a limpar e arrumar. Eu depois mando um text, a ver como está tudo por aqui, OK? A gente vai falando. I'm out!»

sábado, agosto 12, 2017

Sing


Este quase que faz tão pouco sentido como o anterior, ou não envolvesse cantorias. Não foi tão mau. As músicas não eram originais e cantadas no momento. São músicas populares, ou versões destas. Menos mal.

E o certo é que a história está bem contada. Os personagens são interessantes. Valeu tolerar algumas músicas demasiado pop, cantadas por porcos e afins.

The Boss Baby


Não sei que me fez pensar que gostaria deste filme. A premissa até é bastante imaginativa. É sobre bebés, cujos inimigos são cachorrinhos.

É desprovido de sentido.

sexta-feira, agosto 11, 2017

Trolls


Começa de forma bastante violenta. Aliás, a premissa é até algo hardcore. No fundo há uma raça que só consegue ser feliz a comer outra. Passa aqui um pouco por juízo, a comer outro ser vivo, mas até se pode fazer uma comparação a consumo de drogas, para esse mesmo efeito. Digamos que não é o tipo de temática que se procura num filme de animação.

Depois lá somos distraídos pela boa notícia que Timberlake é o único troll que não canta. Até que tem de pôr os seus traumas de parte e cantar, para o bem da trollmanidade.

Eu sei. Também foi uma desilusão para mim. Até porque o s@c@n@ impede-nos de ouvir Anna Kendrick a cantar o Dream a Little Dream of Me. Lá tenho de contentar-me com a Zooey a fazê-lo.

Power Rangers


Não é de estranhar que não se tenha pago. Os actores são fraquinhos e os personagens estão mal desenvolvidos.

É uma equipa de miúdos que não se conhece, antes disto. Uma equipa que só funciona se trabalharem como um todo... de desconhecidos... adolescentes... Onde o líder não lidera. Os fortes não o são especialmente. Não há grande inteligência ou destreza. E tudo o que aprenderam no treino foi como levar porrada até mais não. Não aprenderam a trabalhar em conjunto ou como manobrar as máquinas. Nem sequer sabiam que todas juntas formavam uma. Mas dou a mão à palmatória. Eu nunca andei à porrada desenfreadamente com os meus amigos. Se calhar é um mega momento de bonding, não sei.

Dito tudo isto, não deixa de ser melhor que a série, que era horrível.

segunda-feira, julho 31, 2017

Bridget Jones's Baby


Existirá um prazo para actrizes de comédias românticas?

Sei que seguem um certo perfil. Bonitinhas, maioritariamente loiras, usam sentido de humor como mecanismo de defesa... Mas têm um «prazo de validade»?

Onde anda a Meg Ryan? Há quanto tempo não víamos a Renée? Porque anda a Heigl a fazer outros filmes, bem piores? Quer dizer, na verdade a última pergunta é fácil de responder. A Heigl parece não ser das melhores pessoas com quem trabalhar. Aí não é tanto idade, é mais personalidade. De resto é pena deixar de ver determinadas pessoas, só por causa da idade. Espero ainda voltar a ver Ryan, mesmo que na terceira idade, a ter um meet cute com um octogenário qualquer bonitão, mas meio parvo.

Posto isto, este terceiro filme da «saga» é uma cópia do primeiro. Algumas pessoas chamar-lhe-iam remake, mas quem sou eu para dizer algo do género. O que verdadeiramente está a deixar-me intrigado é que não faço ideia que raios aconteceu no segundo.