quarta-feira, setembro 29, 2010

Moon

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Just what do you think you're doing, Dave?

Não, não vi o Benfica. Estava com um pressentimento. Pelos vistos tinha razão. Ia chatear-me. Havia esse receio. O dia nem estava a correr mal, mas à tarde a coisa complicou-se. Seria preferível ver um bom filme, para animar. Este era um dos de ficção científica que deveriam ser vistos. Tinha ouvido muito boas coisas de Moon. Em teoria, seria um filme que iria gostar.

Sam Rockwell trabalha na lua. Ele, apenas e só. Tem um robô com a voz de Kevin Spacey, mas nenhum humano. No início pensei que seria o trabalho de casting mais fácil do mundo. Encontrar um gajo para representar e outro para dar voz. Simples. Só que depois lá vão aparecendo outras pessoas em vídeo. A esposa de Rockwell e os patrões, dois gajos do IT Crowd, o patrão maluco e o asiático do episódio do Countdown. Vê-los aqui tirou alguma piada ao filme sério e intenso que estava a ser. Rockwell está prestes a terminar o contrato de três anos. Está quase a voltar para a Terra. Só que começam a aparecer incongruências. E a sensação de impending doom aloja-se.
«Este gajo não vai voltar para a Terra!»
«Este gajo está lixado!»
«Estão a fazer a folha a este gajo!»
Aqui entra a parte em que pensei que seria outro «Just what do you think you're doing, Dave?». Curiosamente, não.

O filme é bom. Não bateu tanto quanto esperava. Talvez daqui a uns dias. Talvez com o tempo. Hoje nada teria feito grande impressão, de qualquer maneira.

--//--

Com este são 30. Faço a média de um por dia, este mês. Amanhã não conto ver. Andei não sei quanto tempo a tentar estas marcas. Pensei que ficaria mais contente por conseguir.

terça-feira, setembro 28, 2010

Amreeka

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Uma mãe pega no filho e vai viver para os Estados Unidos, com a irmã e a família desta. Estavam fartos da Palestina. O ex-marido está com uma mulher mais nova, mais magra. E estão fartos de perder duas horas de cada vez que atravessam a fronteira. Vão com ideias duma terra paradisíaca, onde será fácil arranjar trabalho e todos os sonhos se realizam. Ok, talvez não tanto, mas vão com ilusões. E claro que as coisas não são assim. A mulher perde o dinheiro que tinha, no aeroporto. Não arranja emprego na banca, onde trabalhava. E o puto é mal tratado pelos coleguinhas de escola. A mudança dá-se na altura em que os americanos entraram no Iraque. Não são muçulmanos. Não são iraquianos. Mas desde quando é que isso fará alguma diferença? O mais ridículo é que a irmã, que está lá há 15 anos, só fala em voltar para casa dizendo que lá é que se estava bem. Esta pessoa vive no país há 15 anos e nunca comeu um hambúrguer do White Castle?! Tudo bem, não me incomoda assim tanto que as pessoas agarrem-se à língua e aos costumes. Já me incomodou mais. Mas custa assim tanto tentar as coisas do país para onde vais? Não precisam de ser todas, mas convém estares aberto às experiências, não? O filme é engraçadito, com meia dúzia de pormenores giros. Não tem grande direcção, mas o tempo da coisa também não o permitia. Ficam alguns detalhes, como saber que Matt em árabe significa morte.

segunda-feira, setembro 27, 2010

The X Files: I Want to Believe

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Notas várias:
- Nunca tive verdadeiramente a pancada dos Ficheiros Secretos. Vi as primeiras temporadas, como toda a gente, durante a fase da loucura. Desisti antes de maior parte do pessoal. Porque não era fã e porque acho que a série deixou de ter direcção.
- O primeiro filme que vi no cinema, quando mudei para Lisboa, foi o primeiro filme desta série. Ajuda ter o bilhete, mas lembro-me onde foi, com quem foi. Claro que do filme não me lembro dum segundo sequer.
- Durante a série, durante as primeiras, tive uma senhora pancada pela Scully. Passa bastante por ser ruiva.
- O casting disto é estranhíssimo. Os mais confusos são Connolly e Xzibit. Se bem que Connolly é sempre estranho, sempre que o metem em coisas sérias.
- Peculiar ver Hank Mooky a fazer de Fox Mulder, por muito que Duchovny tenha ficado conhecido pelo segundo.
- Ainda é esquisito ver a Scully e o Mulder enrolados.
- Giro ver o confronto entre Hank Moody e Lew Ashby. Os amiguinhos.
- Que raio de piadinha foi aquela de meterem o tiu-riu-riu riu-riu-riu (música do genérico) quando alguém viu a fotografia do George W. Bush?
- Qual é a pancada de ser sempre na neve?

Mais uma historieta dentro do esquema da série. Crimes fora do normal, com contornos esquisitos, que poderão ou não envolver algo fantástico, que acaba por nunca ser provado. Parece-me fiel ao original. Não sei. Os fãs saberão melhor que eu.

domingo, setembro 26, 2010

(Untitled)

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Sheish!

Uma daquelas «comédias irónicas». Um gajo não faz música, faz ruídos. Outro faz coisas com animais empalhados. Um faz peças com objectos banais do dia a dia (uma delas era apenas a parede, que «rodeava o mundo». E outro faz coisas simples, telas grandes com pontos e manchas de cor. E chamam a tudo arte. Umas coisas dignas de estar em exposição, outras nem por isso. Mas tudo arte. Pois claro. Ao início assustei-me, pois pensei que estavam a falar a sério. Depois lá apareceu Vinnie Jones como um dos artistas e fiquei mais descansado.

Bella

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O resumo do IMBb é um pouco confuso. Percebo o que querem dizer. Não concordo inteiramente. Não concordo com a parte de ser um romance, por exemplo.

O filme tem dois momentos de narrativa. Um no presente, num dia em que uma empregada de restaurante é despedida, com o chefe de cozinha a ir atrás dela, para confortá-la. O chefe de cozinha é irmão do dono, um patrão meio tirano, sem ser exactamente má pessoa. É só alguém que anda com a prioridades baralhadas. A empregada está grávida e algo perdida na vida. O chefe de cozinha esteve para ser uma «estrela» de futebol (do nosso, não do americano, entenda-se) só que a vida tem gaitas e tende a importunar o melhor plano. O outro momento é o dia em que a vida do chefe de cozinha mudou.

É muito simples, não no mau sentido. Muito passeio e conversa, tanto em inglês como em espanhol, com alguns momentos bonitos.

sábado, setembro 25, 2010

August Rush

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Andava a ver referências a August Rush aqui e ali, nos últimos tempos. Lembrei-me que o tinha em lista para ver. Seria mais indicado para domingo à tarde, sendo fantasia misturado com romance, mais um toque de família e música, mas agora também foi bom.

Um casal tem um encontro mágico, numa noite em Nova Iorque. Desconhecidos conversam e fazem mais qualquer coisa. O pai dela não acha muita piada a que a filha se tenha enrolado com um músico qualquer irlandês e obriga-a a ignorar o rapaz, logo no dia seguinte. Do encontro brota August, só que a puérpera foi atropelada antes do parto e não se lembra de ter mijado ossos. O pai dela dá o puto para adopção, dizendo à filha/nova mãe que a criança morreu. Já o irlandês está de volta ao país, frustrado e triste por ter perdido algo que nem teve bem noção que teve. Ambos os novos pais abandonam a música - ela tocava violoncelo -, e August é engolido pelo sistema, indo parar às ruas, onde é «adoptado» por um salafrário (curiosamente é Robin Williams, o que implica que esta manhã de sábado foi só para ele) que aproveita-se dos putos de rua, metendo-os a tocar e a roubar. Com dois pais musicais, August saiu-se um génio. Meio estranho, como todos os génios são, e com a total fé que vai ser a música que vai trazer-lhe os pais de volta.

Bonito. Muito lamechas para algumas pessoas, atenção. Eu gostei.
It was indeed serendipitous.

The Final Cut

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Neste «universo paralelo» (chamemos-lhe assim), pais implantam um aparelho no cérebro das crianças por nascer. O aparelho irá gravar toda a vida, desde a infância até à morte. No funeral é mostrado uma «versão final» da vida dessa pessoa. Robin Williams é um «editor» deste tipo de vídeos.

Há duas narrativas. Uma é a vida de Williams. Ele a lidar com um episódio trágico que ocorreu quando miúdo, ou a maneira como usou a sua profissão para poder envolver-se com Mira Sorvino (esta sim, a verdadeira parte de ficção científica). A outra narrativa é sobre o vídeo que está a editar, do advogado da empresa que vende os implantes. É que existe um grupo de pessoas que é contra esta tecnologia e quer acabar com a empresa. As memórias do advogado terão as provas incriminatórias para o fazer. A única ligação entre as duas narrativas: numa memória do advogado, Williams encontra alguém do seu passado, do tal episódio trágico.

Muito ténue e muito fraquinho.
Uma de duas coisas terá que mudar. Ou deixam de fazer filmes sérios com Williams, ou eu deixo de os ver.

sexta-feira, setembro 24, 2010

The Great Debaters

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Estou em completo estado de choque. E não é que é realizado pelo Denzel Washington? Não sabia. Não fazia ideia. Só percebi agora no final. Quem diria, hein? Um gajo que só faz papéis onde não sabe estar calado, sempre com a mania que sabe tudo, a ensinar/treinar uma data de miúdos que só falam falam falam falam falam falam falam falam falam falam falam falam... falam falam falam e mais falam. Nunca diria. Quem terá sido o génio que fez esta maravilhosa associação?

Great Debaters narra a história «verdadeira» dum grupo de jovens «afro-americanos» (peço desculpa, mas não sei porquê, não gosto de empregar o termo português), que fez parte duma equipa de debate duma universidade do sul dos Estados Unidos da América. A equipa desta faculdade esteve dez anos sem perder (não sempre com estes personagens), tendo inclusive ganho à respectiva equipa de Harvard, composta ela, pois claro, por uma data de branquelas.

Muito se fala em Great Debaters. Estranho, tendo em conta o título, eu sei. Para quem gosta de conversa, não está nada mau. Se bem que o debate final foi um pouco... Não, já me alonguei demasiado. Não vou debater mais.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Knight and Day

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Não percebo. Qual é o problema deste filme? Porque ouvi tanto mal? É bom? Não especialmente. Não ficará para a história. Nunca ninguém o mencionará num tom positivo, num bar, em conversa, daqui a dez anos. Nunca ninguém ganhará um prémio milionário respondendo a uma pergunta sobre este filme. Mas é divertido. Tem boas cenas de acção. Bastante humor. A Cameron Diaz carrega a dupla, apesar da falta de química ou do pouco entuasiasmo de Tom Cruise. Ele é mesmo o elo mais fraco aqui. Em alguns momentos, a sua nova persona de psicótico até veio mesmo a calhar. No geral, não era bem o que se pedia. O carisma está lá. O problema é o olhar alucinado. Estraga tudo. Porque é difícil acreditar que uma moça se apaixonasse por ele, por muito que a adrenalina seja um afrodisíaco. Não com aquele ar psicopata. Knight and Day é um óptimo «filme pipoca». Bom entretenimento.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Get Him to the Greek

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O personagem principal de estrela de rock já nos tinha sido apresentado em Forgetting Sarah Marshall. E sabíamos, apesar de ter metidos os palitos ao Jason Segel, que era um gajo porreiro. Mesmo assim... mesmo assim tenho a dizer que será a estrela de rock - com tudo o que a posição implica, desde drogas, sexo, álcool, variadíssimas e rápidas mudanças de humor, histerismos e caprichos de diva - mais dócil que alguma vez pensei ver. Jonah Hill diz-lhe que um dos seus álbuns é uma m€rd@, nega-lhe coisas, destrói-lhe a dose de heroína... trinta por uma linha. Faz de tudo mal e errado, com o único intuito de o levar ao Greek, o sítio onde deverá dar um concerto de celebração do concerto anterior, dado 10 anos antes, um dos mais consagrados do mundo. Sim, é verdade, Jonah cede imensas vezes e fartam-se de fazer coisas que a estrela quer, mas mesmo assim. Basta dizer uma vez que não e o palerma não só seria despedido como, muito provavelmente, morto a tiro, de forma cruel e dolorosa.

Get Him to the Greek tem bastantes momentos engraçados. Não é uma comédia extraordinária e seria mais engraçado se achasse mais piada a Jonah Hill. O personagem de Russell Brand é giro, mas demasiado de uma coisa boa não costuma funcionar. Este tipo de personagem não pode ser o centro da história. Convém ser rasgos rápidos e breves, no meio de outro enredo que só o envolve de forma ténue. Daí o seu sucesso em Sarah Marshall. Aqui precisa de ter emoções e alguma direcção. Demasiado estraga. E é isso. Gostei do fair play de muitas personagens famosas que aparecem. Já ver o Puff Daddy (eu não esqueço as suas raízes) a «representar» era francamente dispensável.

domingo, setembro 19, 2010

Every Day

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Liev Schreiber trabalha com Carla Gugino numa equipa de guionismo, de um série que parece ser pavorosa. Não tem gostado do trabalho, nos últimos tempos. Liev tem dois filhos. Um que revelou ser homossexual há seis meses, um facto que Liev tem tido alguma dificuldade em assimilar. O outro ainda é novo para se meter em grandes apuros, só que demasiado pequeno para tomar conta de si mesmo, pelo menos nas coisas básicas. É casado com Helen Hunt que, por sua vez, trouxe o pai para casa. Porque está velho e porque precisa que alguém tome conta dele. Helen nunca gostou do pai. Porque é casmurro e mau feitio, muito derivado de ser frustrado. O velho teve os seus sonhos, que nunca viu realizados. Helen toma conta do velho sem haver a mínima demonstração de agradecimento. Teve que pôr a carreira em stand-by, o que a deixa frustrada (tal pai, tal filha), não tendo muito tempo, atenção e/ou carinho para o marido, que começa a interagir demasiado com Gugino. O filho mais velho saiu do armário e quer começar a experimentar, sem saber muito bem como, acabando por fazer ou envolver-se com quem não devia. Ah, que bela idade para se ter (detectar muita ironia aqui). Uma data de problemas. Todos ao mesmo tempo, como tem que ser. É só mais um dia. É um típico dia. É todos os dias. É assim que a vida é. Normal. Não faz dela má.

He Was A Quiet Man

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Christian Slater é um panhonha. Não sei como é na vida real. Pelo menos aqui é um panhonha. É maltratado pelos colegas. Mulheres são frias e cruéis com ele. É obrigado a fazer o trabalho dos outros. Todos o ignoram. Ninguém o respeita. Há dois colegas, rapazes bonitinhos, «populares», que gozam com ele, tirando-lhe algo e não devolvendo, qual cena saída do ensino básico. As pessoas fazem este tipo de coisas nos escritórios? Não trabalhei assim em tantos, daí perguntar. Será que sim, ou foi só exagero para dar o tom? Bom, Slater fantasia com explodir com o prédio, matar toda a gente ou, pelo menos, matar cinco no departamento, guardando a última bala para ele. O problema é que há um colega que se antecipa. Slater mata o colega para salvar a vida a Elisha Cuthbert. Pode ser um panhonha, mas não é parvo. Cuthbert fica paraplégica e Slater toma conta dela. Apaixonam-se. Oh, que bonito. Mais ou menos. Não é esse tipo de filme. É assim uma coisa a dar para o psicótico, com uns toques de alucinogénicos. Vê-se, mas dispensável.

sábado, setembro 18, 2010

Mysterious Skin

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Dois putos foram molestados... «Molestados»? Esta palavra existe, ou estou a traduzir à letra? Deixa-me ver. Só um bocadinho, já volto. (...) Ok, sim, existe, mas não com o significado que quero dizer. Dois miúdos foram abusados pelo treinador de basebol. Um deles gostou e acabou por tornar-se um prostituto. O outro bloqueou as experiências e começou a pensar que tinha sido raptado por extraterrestres.

Entre as cenas com os miúdos e as cenas entre graúdos, o meu estômago estava a começar a dar as suas voltas. Mas o pior... o pior de tudo foi voltar a ver a Michele Trach... bleeeeeeeeeaaaaaaargh!!!!

Nem consigo dizer o nome dela sem... bleeeeeeeaaaarrrgh!!!

Nothing But the Truth

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Kate Beckinsale é jornalista e vai presa por não revelar a sua fonte. Não é suposto, mas esta fonte revelou a identidade de um agente secreto da CIA. Como tal, é uma questão de segurança nacional e o governo, querido, separa Beckinsale do marido e do filho, tentando forçá-la a revelar a dita fonte.

Odiei Beckinsale. Especialmente quando disse que «talvez» fizesse as coisas de forma diferente, se soubesse que iria estar quase um ano sem ver o filho. Talvez?! Sim, irritou-me. Sou todo a favor de defender princípios, até que começa-se a perceber que é mais uma questão de meter o trabalho à frente da família. Só que depois descobre-se a fonte... e aí a coisa complica-se.

Sugestão: Noah Wyle como vilão. Ninguém no mundo gostará deste gajo. Lembro-me que odiava-o no ER e era suposto ser o gajo porreirinho, meio totó mas com bom coração. Ele neste filme está meio armado em parvo e lembrei-me da possibilidade. A parte de odiá-lo é fácil, só falta ser convincente. Acho que é perfeito. Noah para vilão, !

Crossing Over

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Mais um daqueles com várias pequenas histórias, que se interligam e fazem uma grande história. O ponto comum é a emigração ilegal nos Estados Unidos. Não estou a menosprezar nem a criticar. Quando digo que é mais um, não quer dizer que não se distinga dos outros. É um tipo de obra bastante comum. Tens uma datas de coisas boas soltas. Porque não juntar e tentar fazer algo em grande? Há bons pormenores. Há o não saber quem se safa e fica no país no meio de todas as metodologias, quase. Há os que não têm dinheiro e tentam atravessar desertos. Há os que estão por lá e tentam fazer tudo legalmente. Há os que nem assim se safam. Há os que vão à procura de fama e sucesso, procurando qualquer maneira de por lá ficar. Um bom elenco, num conjunto de narrativas bastante bem construído. Vê-se bem.

quinta-feira, setembro 16, 2010

A Walk to Remember

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O
M
G

Oh, meu dEUS!! Ela morre! Ela sabe que vai morrer. Ela tem leucemia e sabe que vai morrer. Ela morre no final. Eles casam-se e ela morre. Não a vemos morrer, mas ela morre!! Um meliante anda com o pessoal errado. Às tantas conhece a futura defunta e apaixona-se. Claro que ela diz para ele não se apaixonhar. Fá-lo prometer. Mas desde quando é que isso funciona? Se te dizem para não fazeres uma coisa, claro que a fazes, não? Se uma moça te diz para não te apaixonares por ela, é meio caminho andado. Toda a gente sabe. Ela diz-lhe isso, mas depois sorri e é uma querida para ele. Ela «salva-lhe a vida» e ele apaixona-se pela totó da escola, a filha do reverendo. Que nojo!!

Sim, é um senhor spoiler, mas não quero saber. Não conheço uma única pessoa que vá ver esta bodega. Se houver alguém que apanhe o filme a dar na TV, eu sei que o vou sentir. Vou senti-lo e vou ligar a essa pessoa e dizer-lhe para mudar de canal. Imediatamente!

segunda-feira, setembro 13, 2010

Danny Deckchair

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O ser estranho do Notting Hill está um bocado aborrecido com a vida. Não percebo como é tal possa ser possível. Tem duas semanas de férias e o que mais quer fazer é acampar algures fora da Austrália (ele aqui é australiano). A namorada não está muito interessada e dá uma desculpa. Para mais, a ela as coisas começam a correr bem no trabalho e começa a dar-se com uma estrela televisiva, de modo a tentar vender-lhe uma casa. Ao ser estranho custa-lhe estar parado e é dado a tentar coisas esquisitas, que mais ninguém se lembra. A última pancada, a que vai tentar num churrasco com os amigos, é atar uma data de balões a uma cadeira e ver o que acontece. O que acontece, claro, é que levanta voo e faz uns quantos quilómetros para norte, acima de Sidney, que não é a capital do país, por muito estranho que possa parecer. Também pensei que fosse, em tempos. De todos os sítios onde poderia aterrar, o ser estranho vai parar ao quintal de Miranda Otto, uma moça duma terriola pequena, daquelas onde toda a gente se conhece e sabe tudo uns dos outros. Miranda também anda bastante aborrecida com a vida. Tanto, que até fica excitada quando o ser estranho lhe cai no quintal, pensando que poderia ser um extraterrestre (com aquela tromba, é assim tão pouco plausível?). Sim, também excitada a esse ponto, a badalhoca. Lá está, há uns quantos que têm o rabiosque virado para coisas grandes brilhantes que costumam andar por aí no meio de céus estrelados. Tudo bem. É como diz o outros das calças, a sorte favorece os audazes.

domingo, setembro 12, 2010

Splinterheads

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Justin, um gajo com demasiados maneirismos do Napoleon Dynamite, é o totó da pequena cidade onde vive. Não será o principal. Será um de muitos. Ficou por casa a tomar conta da mãe, depois do pai morrer. Trabalha com o melhor amigo a tratar dos jardins de outras pessoas. A vida dele é bastante normal, até aparecer uma feira ambulante e conhecer Galaxy, uma miúda muuuuuito gira que trabalha na dita feira. Primeira rouba-lhe 60 dólares. Depois mais cinco, num dauqeles jogos viciados de feira. Depois obriga-o a saltar dum sítio alto para dentro de água. Depois leva porrada do namorado dela. E depois vão à procura de mais tesouros. Como não apaixonar-se pela miúda maluca que só o mete em apuros? Já porque é que ela se apaixona por ele, essa parte é mais complicada de explicar. Porque já tentei o truque dele. O discurso de «desculpa não ser um idiota de m€rd@ e tratar-te mal como o teu namorado», eu já tentei. E não, não funciona.

A Film with Me in It

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AKA: O Apartamento dos Infernos

O personagem principal é um grande, grande looser. É actor e não consegue arranjar trabalho. Vive com a namorada numa casa cheia de coisas que não funcionam, ou estão prestes a partir-se. A janela não se mantém aberta. A luz e os estores da cozinha não funcionam. O armário pequeno pendurado na parede ameaça cair. Esse tipo de coisas. A namorada está farta dele há algum tempo e não partilham a cama. Ela partilha-a, às escondidas, com o senhorio, um salafrário que recusa-se a remendar ou arranjar o que seja, até que lhe paguem os três meses de renda que devem, situação que a namorada não sabe. Escusado será dizer que esta, o senhorio, o irmão na cadeira de rodas que o looser tinha que tomar conta, o cão, até uma polícia, acaba tudo morto. O mais ridículo é que o looser não matou ninguém. Foi tudo acidentes. Só que ninguém vai acreditar nisso. E agora?

Is he dead because you... did a murder?

Crazy on the Outside

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Tim Allen sai da prisão depois duma pena de três anos. O melhor amigo não é flor que se cheire e sempre o meteu em problemas. A prisão fez com que ganhasse algum juízo e Allen quer recomeçar o negócio de pinturas do pai. O problema é que nunca é fácil para um ex-prisioneiro recomeçar a vida.

Há transições que são lógicas. Começar a representar e acabar a realizar parece-me linear. Pior é quando passam de modelos para a «actores». Neste caso, o passo talvez tenha sido cedo demais. Allen interpreta e realiza, e notam-se demasiados erros de amador. Cenas demasiado longas ou demasiado curtas. Erros de transição na história. Coisas simples, vá, mas que tiram alguma qualidade à coisa. Pior ainda é o facto de que o papel devia ser representado por alguém bastante mais novo, mas nem vamos por aí. Por outro lado, o facto de ser estrela levou a conseguir um bom elenco para uma história nada de especial. Não é um mau ensaio. Talvez para a próxima se meta num projecto com um pouco mais de sumo e, das duas uma, ou Allen deixa outra pessoa ser cabeça de cartaz, ou então arranja uma história mais adequada à sua idade.

Leap Year

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Amy Adams namora com um rapazito bem parecido e simpático. Um cardiologista com sucesso. Têm boas carreiras e vão ter a casa dos seus sonhos. Só que o palerma ateima em não pedi-la em casamento. Quer dizer, não é bem ateimar. Houve uma vez que ela pensava que o ia fazer, mas afinal foram só uns brincos que vinham na caixinha. Logo, Adams vai seguir uma tradição irlandesa onde no dia 29 de Fevereiro, ou seja, em cada ano bissexto, a mulher pode pedir o homem em casamento. Uma daquelas idiotices que só vem acentuar a diferença entre sexos. Como o palerma vai estar na Irlanda nesse dia, Adams tem que viajar e meter-se em aventuras que não queria ter. Pelo meio, apaixona-se por um gajo que bate em três meliantes que lhe tinham roubado a Louis Vuitton. Faz sentido.

sábado, setembro 11, 2010

Primer

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Vi numa lista qualquer de filmes de ficção científica, que este era um dos que valia muito a pena ver. Tendo em conta que era o único da lista que não tinha visto, fiz questão de o ver. Não fazia ideia que existia. Nunca tinha ouvido falar dele. Posso dizer que, sem qualquer sobra de dúvida, é o filme mais confuso que alguma vez vi. Não por ser mau. Nada disso. Acho que o podia ver três ou quatro vezes seguidas e, mesmo assim, iam haver coisas que passar-me-iam ao lado. É um filme independente muito bem feito. Só que com esta temática...

Dois amigos, muito sem querer, muito sem saber que o faziam, inventam uma máquina de viajar no tempo. Não percebendo completamente as ramificações desta invenção, começam a fazer coisas pequenas. Viajam apenas um dia para o passado. Compram acções que sabem que vão subir. O problema é que não se substituem a eles próprios. Ou seja, a qualquer dado momento, podem existir dois ou mais duplos, que são a mesma pessoa, só que de outro tempo. E pode estar outro dentro da caixa que usam para viajar no tempo. E serão eles o duplo, ou o original? E deverão esconder-se do mundo, ou ser mais pró-activos? Quem é que era suposto ir trabalhar naquele dia? E se se safam com o esquema das acções, porque não fazer mais?

The Road

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Num mundo pós-apocalíptico, Viggo Mortensen «anda na estrada» com o seu filho para Sul, em direcção ao mar, ao longo da costa. Porquê? Porque está tudo destruído, não há mais nada para fazer e o mundo está todo virado do avesso, com canibais e outros psicopatas, a fazerem de tudo para sobreviver.

É a segunda adapatação de obras de McCarthy que vejo. Tenho que começar a ler os livros, porque os filme... meh!

Contrato

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Não fosse a possibilidade de voltar a ver os seios de Cláudia Vieira e tinha parado o filme logo no início.

Cláudia é enfermeira. Pedro Lima é assassino profissional, ex-militar. Convém ter em conta que não é um bom assassino, da mesma forma que Cláudia não é boa enfermeira, só boa mesmo. Pedro vai parar ao hospital, depois de levar uma tareia por motivos não muito claros. Cláudia confia num desconhecido ao ponto de dar-lhe a chave de sua casa, para se esconder duns mânfios. Enrolam-se no início e é logo possível ver os bonitos, embora falsos, seios de Cláudia Vieira. Só que já tinha visto umas cenas mais à frente e sabia que havia mais. Logo, fui-me deixando andar. Não devia, claro. O filme é confuso e desprovido de grande... qualquer coisa. O final então é qualquer coisa de extraordinário. Dois assassinos (supostamente) são apanhados de surpresa pela Sofia Aparício no meio da praia do Amado. A Aparício acabou de herdar uma fortuna mas, mesmo assim, vai matá-los e roubar-lhes o dinheiro que Pedro recebeu pelo dito contrato. Filha, tu és rica, porque carga d'água não contrataste alguém para tratar do assunto!? Até podias ter ido, numa de vingança, mas não fazia mais sentido levares companhia? E para quem não conhece a praia do Amado, estando no meio é impossível não ver alguém a aproximar-se. O areal ainda é grande. Mais que não seja, estaria lá sempre o Júlio a fazer kung fu... todo nu.

terça-feira, setembro 07, 2010

Predators

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Não. Não! Para quê complicar?! Duas espécies? Cães?! Para quê? Que raios.

Vamos pela parte simples e que, estranhamente, chamou-me logo a atenção: Que raio de elenco é este? O Naifas aparece e faz sentido (se bem que não ia armado de facas), e desaparece pouco depois. Metem um africano lixado que é meio choramingas. Um russo (não é bem russo, mas é desses lados) com uma arma gigante e o homem borra-se por todo o lado. Um redneck que não está ali a fazer nada. Uma Alice Braga que começa a cair muito no goto, o que até é menos mal. Não deixa de ser uma moça sniper que, para ali, traz pouco de útil. Um samurai que não é samurai, mas sim um yakuza. Ok, sim, gostei do japonês. O Brody, por muito que perceba que ande ali mais uma vez a fugir de bichos maus (acabei de comparar os nazis a jamaicanos gigantes invisíveis, com sérios problemas de dentição, sim), mas é suposto ser um judeu franzino. Não é suposto imitar o Arnaldo cheio de lama, andar à porrada e aos tiros. Isto tudo, esta gente toda, para levar ao Topher Grace. Quando o amigo do costume mandou o trailer, a minha reacção imediata - e em minha defesa, acho que foi a de muita gente - foi: O TOPHER GRACE!?!? Ainda se fosse mais uma vez (embora fosse pela segunda vez mal escolhido) o Venom, epá, ainda seria com'ó outro. Mas não. O palerma chegou ali com um bisturi no bolso e disse que era médico. Alguém questionou? Não, claro que não! A Braga chegou à conclusão durante o filme: «Na terra éramos nós os predadores.» Então que raio está ali a fazer o Topher? Era um «twist» daqueles que ninguém espera (atenção, frase pejada de ironia). No final revelam. Como se fosse grande surpresa. Desnecessário, lá está. Aprenderam no Requiem a simplificar e aqui decidiram complicar outra vez.
Entreti-me e foi engraçado ver certas partes. Não trouxe nada de novo decente. Houve coisas novas, não boas. Mais do que uma sequela, é uma homenagem/remake do primeiro. Humanos na selva a serem caçados. Não é é uma selva das nossas. É a única coisa. Foi giro, mas saio com um amargo de boca. Queria mais.

O curioso é que comecei esta noite a pensar que ia ver o Expendables e acabei a ver o Predators. Muito gostava eu que tivesse metido o elenco do primeiro no segundo. Acho que um mash-up dos dois funcionaria muito melhor.

domingo, setembro 05, 2010

Robin Hood

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Continuando na senda de velhos a mexerem-se demasiado. Agora é o William Hurt a andar à porrada no meio de batalhas. Mesmo o Russell não será o moço mais novo do mundo para estar a fazer este tipo de papéis.

Não sei se concordo com toda a gente quando dizem que este Robin Hood é o Gladiador 2. É o mesmo registo, sim. Mesmo realizador e personagem principal e talvez mesmo alguns secundários. Não sei, não prestei assim tanta atenção a qualquer um dos filmes. Não está mau, nada disso. Só tem é pouco a ver com a lenda. Será uma introdução. Uma espécie de «origem» do Robin dos Bosques. Gostei da pandilha. Os «merry men». Boas escolhas e deram algum (não muito) sumo. Continuo a preferir a versão do Kostner.

Harry Brown

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Isto agora está na moda? Isto de velhos a matar pessoal? É o Liam no Taken. O Clint no Torino. Havia outro. Eu lembrei-me de outro. Bolas. Bem, agora é Michael Caine neste Harry Brown. Caine vive num bairro infestado por miúdos britânicos estúpidos, que fazem o que querem. Ocupam um túnel por baixo da linha e aterrorizam a zona. Harry vai deixando passar, até que matam o seu amiguinho, outro velhadas que por lá morava. Caine não tem muito mais com que se preocupar, e toca de matar uma data de putos irritantes. Tudo muito lento, atenção.

sábado, setembro 04, 2010

Unthinkable

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O homem faz tudo. É um lobisomem líder duma «matilha» de lobisomens. É o primeiro ministro de Inglaterra. É um treinador de futebol. Entrevista o Nixon. Faz comédia, fantasia ou acção. Este homem é Michael Sheen e sim, começo a ficar impressionado. Aqui, Sheen é um ex-militar americano, novo muçulmano, terrorista, que ameaça rebentar não uma nem duas, mas três bombas nucleares. Cabe a Sam Jackson torturá-lo para saber informações, enquanto Carrie-Anne Moss e Co. são a consciência americana, dividida entre fazer o correcto e fazer o que é necessário, para salvar uma data de gente. Este Unthinkable até é girito, até chegar ao final, onde estragaram tudo.

Year of the Dog

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Molly Shannon tem ar de alucinada. Como tal, faz sempre papéis de alucinada. Não lhe acho muito piada. Há muita gente que acha. Queria ver algo alucinado e meio estúpido. Não seria a melhor opção, mas como tinha um bom elenco (para além de Molly), achei que estava seguro. Errado. A mulher adora o cão que tem. Muito giro, por sinal. Só que morre. E ela flipa um bocado. Torna-se vegan. Adopta todos os animais que consegue. Tenta impôr coisas às pessoas. Usa cheques da empresa para apoiar causas. Alucinada qb. Não tanto quanto eu queria.

Guy X

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Jason Biggs é enviado para uma estação militar na Gronelândia, por engano. Estamos em 1979. Não há Internet, nem nada dessas modernices. Houve uma confusão. Biggs foi parar onde foi e, o cabo que toda a gente pensa que é, foi parar ao Havai (sortudo!). Como toda a gente que vai parar à Gronelândia apela a que foi um erro, Biggs não tem muita sorte na sua argumentação. Lá, frustrado e com dificuldades a adaptar-se a seis meses de sol, seguidos de seis meses de escuridão, Biggs acaba por descobrir alguns segredos por detrás da existência da estação militar americana mais inútil de todas.

Bolas, esqueci-me que este era o post 900. Devia ter visto algo mais marcante. Volto a frisar que não implica que tenha visto 900 filmes desde 2006. Relembro que há posts que não são filmes vistos e há outros que têm mais do que um filme. Não andará longe dessa marca, no entanto. Digam lá, vá. Em coro, todos os dois ou três: feliz 900.º post!
Estou tão contente.