domingo, agosto 31, 2008

Martian Child

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Já perdi a conta à quantidade de vezes que o John e a Joan fizeram de irmãos em filmes.

A carreira de John Cusack é daquelas que é estranha para mim.
O homem teve bastante sucesso em comédias românticas nos anos 80. O seu ar irónico/geek/pintas/mordaz apelou aos jovens da época e não acho que exista uma pessoa que não se lembre deste cavalheiro, de gabardine, no meio da rua, com uma boom-box, braços no ar, a proclamar o seu amor por uma jovem moçoila. Cusack era o protótipo de gajo porreiro que acredita no verdadeiro amor. O gajo que na vida real nunca fica com a moça que quer, mas que na tela acaba sempre por ter sucesso.
Os anos 90 acabaram por não fazer nada pelo rapaz e pensou-se que se tinha perdido um ícone cómico/romântico. Foi fazendo coisas, é verdade - Con Air, Midnight at the Garden of Good and Evil, Being John Malkovich - tudo filmes onde até é personagem principal, mas parece que fica sempre atrás de alguma coisa.
Veio o filme que o meteu na berra - High Fidelity - e nova legião de fãs (esta mais consciente da escolha) surgiu. Com um projecto pessoal, Cusack representou um papel com que toda uma geração de amantes da música se identificou. Desgostos de amor toda a gente tem, mas aquele tipo de relação com a música... isso não é para toda a gente.

Com Fidelity, Cusack volta em grande e eu - como acho que muito boa gente - fiquei contente com este regresso. O problema é que, desde então, não se aproveita grande coisa que tenha feito. Fez umas coisas grandes como o Serendipity ou o Must Love Dogs, que tiveram algum sucesso comercial mas não são propriamente bons. Talvez o Runaway Jury ou o Identity...
Naaahh!

Martian Child não é mau. É uma tentativa de fazer qualquer coisa séria, mas mantendo-se no seu papel padrão de gajo da boca mordaz. Aqui, Cusack é um viúvo, escritor bem sucedido de ficção científica, que decide adoptar uma criança... peculiar! O miúdo pensa que é de Marte. Como tal, muita gente naturalmente considera-o esquisito. Como Cusack também tinha sido esquisito na infância, o emparelhamente é considerado bastante lógico.

Top 5 de Filme de John Cusack (por nenhuma ordem especial)
- High Fidelity
- The Sure Thing
- Bullets Over Broadway
- Being John Malkovich
- Midnight at the Garden of Good and Evil

Resurrecting the Champ

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Josh Hartnett é um jornalista com uma carreira estagnada. Filho dum conhecido jornalista radiofónico de boxe, Josh vive na sombra do pai, sabendo perfeitamente que nunca será tão bom, mas fingindo que o é.
Josh descobre um antigo pugilista, com alguma reputação no meio, a viver nas ruas. Aproveita-se do pobre vagabundo para impulsionar a sua carreira, contando a história dum homem que quase foi grande, que acabou nas ruas da amargura, sendo espancado ocasionalmente por putos nojentos bêbados, só pelo «divertimento» da coisa. Josh mente a toda a gente, incluindo o próprio filho, só para parecer maior do que é. O chamado full of shit.

Não curto quando fazem filmes sobre gajos assim.
Sei que a ideia era falarem do pugilista que, como tantos, levou tanta porrada na cabeça, que acabou por não bater muito bem dela. Só que, invariavelmente, acabam sempre por dar um toquezinho de herói aos palermas desta vida e isso... isso incomoda-me.

Para o Josh houve um final feliz que não merece.
Para o pugilista fica um pouco de glória, mas não muito mais que isso.

Senior Skip Day

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Eu sei que tinha dito que ia deixar-me destes files ranhosos durante uns tempos. Estava a precisar duma coisa destas agora. Um pouco de «actividade» desprovida de qualquer pensamento.

um pouco disto

















e disto

















E mais os clichés da praxe, que aparecem em qualquer filme de adolescentes deste calibre.
o geek porreiro, completamente apaixonado pela bonitinha da escola
a bonitinha a andar com o jock, que lhe mete os cornos porque não lhe dá sexo
a festa em casa dum pai ausente
os nerds a terem acção de miúdas demasiado boas para eles
a miúda esquisita mas atraente
festa caótica onde acontecem coisas mirambolantes que ninguém percebe muito bem como
porrada
sexo
álcool
e drogas

Soube-me bem.

sábado, agosto 30, 2008

Star Wars: The Clone Wars

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E após um demasiado longo interregno, o camarada panasca do costume lá me arrastou de volta para o mundo da sétima arte. Não existe qualquer outro motivo para esta pausa tão grande, que não a de vícios de outro calibre. O embaço de South Park, mencionado no penúltimo post, continua e ainda demorará mais um pouco. Tenho muito bom filme para ver e, a julgar pelo tempo que terei pela frente neste meu futuro, serão todos certamente vistos.

Esta versão animada da história galáctica mais famosa do planeta, tem duas notas pertinentes:
- O personagem animado do Anakin é um actor francamente melhor que o Hayden (AKA: pior actor do mundo). Muito mais expressivo, muito mais carismático. Se compararmos a representação do boneco animado com a «representação» do outro palerma... digamos que o boneco merece um Óscar!
- Maior parte das vozes estão muito semelhantes às dos actores. O Samuel e o Christopher Lee fazem deles mesmos, mas são os únicos. A da Padmé (Natalie Portman na trilogia), o Imperador ou o Anakin (palerma) estão muito perto da perfeição e a do Obi Wan (Ewan) ao início está algo diferente mas depois até pensas que é mesmo ele.

A nível de história, esta animação não acrescenta rigorosamente nada à saga. É apenas uma boa aventura de se ver. Faz ter vontade de ver a série e apetece mesmo pedir para irem fazendo mais umas coisinhas destas, de tempos a tempos.

Única nota estranha: ver um Hutt a não falar naquela língua esquisita do Jabba.
Muito peculiar.

domingo, agosto 10, 2008

The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor

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Maior parte das pessoas não gostou da afronta, mas o que é certo é que esta dose de Mummys é o seguimento natural dos Indiana Jones. Porque é que as pessoas não gostam deste parente pobre? Para além das diferenças naturais entre Brendan Fraser e Harrison Ford, é o mesmo princípio das sequelas: os primeiros são sempre os melhores.
Se tivermos ainda em conta que os Indianas apareceram numa altura onde não havia muita coisa no género (o início da era herói underdog), as Múmias nunca tiveram grande hipótese. Hoje em dia, filmes de acção/aventura, misturados com uma grande dose de humor e criatividade, desse tipo há praí filmes aos pontapés.

Gostei dos dois primeiros. Não tenho vergonha nenhuma em assumí-lo. Só que eu não odeio o Brendan, para além de ter uma senhora pancada pela Rachel Weisz.

Posto isto...
...este terceiro (não contemos com o Scorpion King) é muito fraquinho.
O humor é forçado em maior parte das cenas. O filho mais parece irmão.
A acção está gira, mas todas as cenas normais parecem forçadas e despachadas. E para piorar tudo, por muito que goste da Maria Bello, ela não é a Rachel Weisz!

Como justificação para este decréscimo de qualidade, é tão simples como ver a alteração de realizador/escritor para esta terceira aventura. É voltar à velha máxima: em equipa que ganha não se mexe.

South Park: Bigger, Longer & Uncut

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Vi isto outra vez porque estou a fazer um embaço da série.

Confesso que não gostava de South Park até um panasca me «obrigar» a ver o filme. Em minha defesa, na altura, South Park só dava dobrado num canal brasileiro da TVCabo.

Este filme tem tantos bons momentos... tantas falas que já usei, vezes e vezes sem conta, mas esta: I don't trust anything that bleeds for five days and doesn't die.
Esta fala meteu-me literalmente no chão a rir. Para mais, é uma daquelas verdades universais. E ainda dizem que não se aprende nada com desenhos animados.

Tem razão, Mr. Garrison... tem razão.