sexta-feira, novembro 30, 2012

Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb

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Então era isto. Todo o alarido era acerca desta hora e meia de várias interpretações do Sellers e duns actores que não conheci tão novos. Certo.

Color me not impressed.

quinta-feira, novembro 29, 2012

Lay the Favorite

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Pequeno grande (no pun intended) aviso: para quem sempre sonhou vislumbrar os seios da Donna, este é o filme a ver. Se tenho que explicar quem é a Donna, é porque nunca tiveram o sonho de os vislumbrar.

Posto isto, o filme é fraco, como se esperava. Apesar do elenco que até é interessante. Temos uma moça que é uma taranta mas tem jeito para números e letras. Acaba por trabalhar nas apostas para alguém por quem se apaixona. Um erro, porque a esposa não acha muita piada à coisa. Acaba por trabalhar para outros num estado onde a coisa não é legal. Mete-se em apuros e, no final, é uma aposta enorme que a poderá salvar... ou não.

Fraco, mas tem dois belos seios no início. Quatro, se contarmos com a moça que não sei quem era. E vá, uma frase bem gira que fez-me rir:
- Well, you are a little drunk.
- Yeah, but it just makes me more articulate about my feelings.

terça-feira, novembro 27, 2012

End of Watch

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Comecemos por dizer que fazer este post vai custar-me. É que não estava à espera. End of Watch é muito bom. Temos dois gajos que já vi fazerem de meninos, de totós, de vítimas, de panhonhas idiotas. E aqui são durões. São caubóis. (Incomoda-me escrever esta palavra em português.) São bravos da montanha. Mais, o filme começa com eu a odiá-los, porque comportam-se como idiotas. E não conhecendo quem são, de onde vêm, o que fazem... com base em trinta segundos de filme decidi que ia odiá-los. Só que depois provam ser heróis. Mesmo. Salvam crianças de edifícios em chamas. Fazem tudo certinho. São bons polícias. E sim, são bons tipos. Idiotas, mas bons tipos. E o meio do filme... Nem falo no final, que supreendeu-me bastante. O meio do filme é... Vai em crescendo. Eles vão-se suplantando. Os personagens vão ganhando cada vez mais dimensão. E começamos a torcer por eles. O que é chato.

Já disse demasiado. Peço desculpa. Não devia ter dito tanto. Devia ter ficado por um qualquer comentário idiota à moda dos noivos fazerem danças próprias nos seus casamentos. Teve piada ao início. Agora é só mais uma coisa tradicional irritante de casamentos.

Devia ter ficado por aí.

segunda-feira, novembro 26, 2012

For a Good Time, Call...

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Miúdas a dizer ordinarices. CHECK
Piadas engraçadas. CHECK
Um enredo simples de seguir. CHECK
Gente famosa a fingir que se masturba. Um perturbador CHECK

Mesmo o que precisava para dar alento para mais uma semana.

Eu mencionei que havia miúdas a dizer ordinarices?

domingo, novembro 25, 2012

Interiors

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Procurei novamente a companhia do cavalheiro Allen para dar-me algum alento para mais uma semana que começa. Confesso que não era bem disto que precisava. Mais que não seja porque Allen nem aparece. As honras de anfitrãs vão para as hábeis três (na altura) jovens moçoilas. Apenas uma delas chega a atingir a verdadeira fama depois disto, mas nenhuma merecendo tal distinção menos que as outras. Ok, talvez a mais nova. Aparece menos. Não deixa de ser um bom filme. Aliás, é de ignorar o comentário anterior. É um bom filme. Eu nunca namoraria com qualquer uma das mulheres aqui participantes. Muito menos casaria. Isso então seria impensável. Mas eu sou um ser estranho e esquisito. Pouco dado a pretensões, vá. Estranho na mesma.

Love and Death

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- Boris, you're a coward.
- Yes, but a militant coward.


Acho que não é preciso um curso para saber qual das falas é de Allen. Este personagem medroso é épico e faz parte do meu imaginário cinematográfico. Será impossível ser-lhe indiferente. E aqui Allen está brilhante. Está sempre brilhante porque todo ele é um personagem brilhante, bem sei. Em Love and Death brinca com filosofia e com tudo o que é russo, de certa forma. E isso faz com que apaixone-me por ele da forma mais gay possível: apaixono-me pela sua mente.

The key here, I think, is to not think of death as an end, but think of it more as a very effective way of cutting down on your expenses. Regarding love... It's not the quantity of your sexual relations that count. It's the quality. On the other hand, if the quantity drops below once every eight months, I would definitely look into it.

Natural Selection

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Casados desde muito novos. Namorados antes disso. Ela não consegue ter filhos, também por causa dele. Ambos religiosos, mas mais em adultos, o que é só estúpido. Como não podem procriar, não faz sentido terem sexo, o que é ainda mais estúpido. Claro que não o impede de visitar regularmente um banco de esperma, para fazer umas doações. Doações essas que até já deram fruto, há algum tempo. Com ele a morrer depois dum acidente, a mulher decide procurar o filho que ninguém sabia que tinha e trazê-lo para perto do pai. A coisa não corre conforme o planeado, mas tanto melhor assim. É da maneira que temos filme.

sábado, novembro 24, 2012

Sleeper

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The brain? That's my second favorite organ.

Pena que Allen tenha largado esta coisa do futuro. Tê-lo num futuro em que há máquinas para sexo (claro), a explicar como era o passado, é bom demais. Giro também começar a ver os genéricos padrão, apenas com os nomes e uma musiqueta. Por outro lado é estranho perceber o quão gira era a Diane Keaton.

Tenho que ir apanhar uma molha. Não há tempo para mais.

ParaNorman

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Um jovem rapazito vê pessoas mortas. Fantasmas, vá. (Que é que isto me faz lembrar?) Os pais não gostam que tal aconteça. E há um tio qualquer a quem também acontece. Um tio ostracizado, pois claro. Os miúdos tratam-no mal na escola. Também pudera, o idiota do rapaz é mais simpático com os mortos do que com os vivos. A coisa vai piorando, até que o tio lá fala com ele. Explica-lhe da maldição da bruxa e como é responsabilidade da família apaziguá-la. E toda a gente sabe que com grande responsabilidade, blah blah blah. O miúdo faz o melhor que consegue, por muito que tenha medo (a sério que isto lembra-me alguma coisa), e com a ajuda de novos amigos e velhos inimigos lá consegue aacbar com a maldição. Que mais há para dizer? Ah, sim: meh!

Rebel Without a Cause

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- You're tearing me apaaaaart!

Overacting much? O rapaz era um exagerado. Para além de que estava broado maior parte do tempo. Percebo perfeitamente o apelo de bad boy. Dado ainda por cima a maneira como vivia a vida, o rapaz teve a sorte (ou azar) de viver naquele tempo específico em que o mundo precisava de um bad boy como ele. Alguém para atormentar os pais, para ser o ídolo de jovens moçoilos, e para fazer tremer os joelhos das miúdas. Não digo que Rebel Without a Cause não tenha momentos marcantes. Seriam mais na altura, claro, mas depois de ver o filme completo percebo um chorrilho de piadas e referências de séries e outros filmes que, aquando do visionamento, passaram-me ao lado. Para além de que há uma data de outras histórias com algumas das premissas aqui vistas. Dean era um pintas, disso não haja dúvida. Agora, como seria a vida dele se não se tivesse metido no cinema? Estaria vivo? Seria um velho reformado, depois de ter trabalhado num banco durante 50 anos? Não seria um ícone, certamente. E que piada teria uma vida pejada de tamanha banalidade?

Live slow? Die old? Leave an ugly @ss corpse?

Naaah!

sexta-feira, novembro 23, 2012

Lawless

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Isn't that just like you to believe your own damn legend?

Pequena pergunta: porque é que tanta gente estava interessada em participar neste projecto? Não que seja mau. E há um ou outro que já tinha trabalhado com o realizador. Só que é muito nome para um mesmo filme. Alguns da berra. Alguns refundidos, mas mesmo assim conhecidos. Alguns de outros meios. Outros só porque sim, parece. É mesmo muito nome. E depois há este fascínio americano pelo vilão, pelos artistas ilegais que fazem mal, mas mesmo assim são venerados. Mesmo assim ficam por cima, no final. Safam-se, mesmo não merecendo. Percebo que o vilão faça a história, mais que o herói. Não só aceito como concordo. Mas só na ficção, não? Porque é o mesmo na realidade? Toda a gente gosta mesmo é de um salafrário. É o caso destes três irmãos que produziam e vendiam álcool ilegalmente, com o mais novo a ser um idiota, como não podia deixar de ser. A criar problemas para os mais velhos resolverem. Alguém devia dar um valente tabefe ao caçula. Não que não tenham dado. Não que tenha aprendido algo com isso. Só mesmo porque sim.

quinta-feira, novembro 22, 2012

The Odd Life of Timothy Green

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A nova moda em Hollywood é ter os próprios personagens a criar personagens. É o cúmulo do comodismo. The Odd Life of Timothy Green é uma versão do Ruby Sparks, mas mais fofinho. Em vez de criar uma namorada, um jovem casal que não consegue ter filhos decide criar um. Imaginam-no. Vivem-no durante uma noite. Plantam-no no quintal. Não foi preciso muito tempo para brotar Timothy, o rapaz que os vai ensinar a ser pais, deixando-os cometer todos os erros possíveis, sempre com um sorriso na cara. Lá está. Fofinho.

domingo, novembro 18, 2012

Hope Springs

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Acabei de ver pouco mais de hora e meia de três pessoas a falar de sexo de forma envergonhada. Correcção: um casal de velhos envergonhados. O terceiro de meia idade estava relativamente confortável. Pudera. Não era da sua vida sexual que falavam.

Após 30 anos de matrimónio, os últimos cinco (mais ou menos) sem sexo, Streep leva Lee Jones a uma sessão duma semana de terapia intensa para casais... com especial enfoque na parte que se passa no quarto. Ou na cozinha. Muito na sala, suponho. Alguma coisa no corredor. Ah, no duche, claro. Escritório. Escadas. Elevador. Uau, três palavras seguidas começadas por E de sítios onde se pode fazer coisas marotas. Se isto fosse um jogo estaria a ganhar. Não é o caso. Acabei de ver velhos a falar e a tentar ter sexo. Estou a perder.

Por muitos.

Estou a perder por muitos.

Superman Returns

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Continuo sem perceber porque é que este filme foi tão mal recebido. Só a cena do avião... Ainda deste vez fiquei todo arrepiado. Podiam ter contado a história outra vez, claro que podiam. Aliás, se calhar deviam ter esquecido o que estava para trás. Quiseram respeitar e ser fiéis a um universo já criado, evitando poderes estúpidos que não fazem sentido (ao menos isso). Tudo bem. Podiam não ter tantos exageros no que concerne ao final ou à situação do miúdo. Queriam criar algo. Queriam desenvolver uma série de filmes ao nível dos X-Men. E juro que não percebo o problema com Routh. Acho-o um óptimo Clark Kent e Superhomem.

A sério. Qual é o problema deste filme?

Superman IV: The Quest for Peace

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Vá lá. Também não é tão mau como me lembrava. É pior que os anteriores, convenhamos, para mais porque toca no tópico da moda dos anos 80. A questão nuclear hoje em dia é vista com mais ligeireza, mas na altura havia todo o pânico duma guerra nuclear e declarava-se em qualquer momento que os países deviam ver-se todos livres de todas as suas armas do tipo. Curioso como a coisa só é abordada ao de leve, nos tempos que correm. É o que dá haver uma crise para monopolizar os noticiários. Ainda é um assunto abordado em BD, curiosamente. Sempre que há um dominar de seres com poderes, acaba por ser uma das medidas, sejam bons ou maus. Lá aparece um caramelo poderoso a pegar numa data de misseis e a enfiá-los em algum lado, salvo seja. Já o mau da fita neste filme... Bem, é o Luthor o principal, mas o seu capataz é para lá de ridículo. Poderoso, sim, mas ridículo mesmo assim. Ainda por cima tendo a voz dobrada de Hackman. Percebe-se mais uma vez a limitação do personagem que é o Superhomem nestes quatro filmes, como já tinha referido antes. Como arranjar-lhe vilões condignos? Luthor acaba por aparecer em todos os quatro filmes. Não no terceiro, é verdade, mas o vilão não dista muito do que personifica: um tipo rico e inteligente com planos e meios para dominar o mundo, seja directamente, seja economicamente. Luthor regressa na tentativa moderna. Veremos isso já a seguir.

Superman III

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Isto já é muito Superhomem só para um dia, mesmo com o Richard Pryor ao barulho.

O que sempre me surpreendeu no personagem... Ou melhor, o que sempre me surpreendeu na capacidade dos escritores deste personagem, é a maneira como conseguem arranjar desafios para alguém que é... super. Ok, tem as suas fraqueza. Pedaços do seu planeta são-lhe radioactivos (algo que sempre fez-me confusão). Há a cena do chumbo. E tem uma cena com miúdas com as siglas LL. Se conhecesse o Cool J, apaixonar-se-ia por ele também? Com as mulheres e o chumbo não dará para fazer tanto, mas com a kryptonite sim. Mais que não seja podem sempre pintá-la de várias cores, tendo efeitos diferentes. Verde mata. Vermelho tira poderes. Azul fá-lo ser um s@c@n@. Não reparei se a fizeram azul desta vez. Acho que não. O que é certo é que apostaram no ângulo s@c@n@, chegando mesmo a embebedá-lo... algo que fez-me também muita confusão. Em todo o caso, o terceiro ainda é divertido. Veremos o tal quarto amanhã.

sábado, novembro 17, 2012

Superman II

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Estas liberdades que os guionistas tiveram com os personagens é que estragou a coisa. Tudo bem que o rapaz dispara raios dos olhos, mas não das mãos. Que conversa foi aquela na Fortaleza com os três caramelos a dispararem com as mãos e o Super a responder? E porque teve que ser humano durante dez minutos? Aliás, como é que dois humanos saíram da Fortaleza? Estas e mais perguntas apenas e só numa sequela dum projecto bem bom, para a altura. Convenhamos que anda toda a gente contente com coisas como os Avengers e os Batman. Antes disso tudo já andavam a contratar grupos de actores para fazer não um nem dois, mas três filmes. Deixa ver como é o quarto. Tenho ideia que já não terá bem as mesmas pessoas. Para além de que também tenho ideia de ser horrível.

Superman

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É quase perfeito. O Christopher Reeve não sabe representar, mas tem o aspecto de Superhomem e de Clark Kent. A Lois Lane é um pouco horrível (a actriz, entenda-se). Nunca percebi a pancada, mas respeito. A pandilha do Lex e companhia é demasiado ridícula, mas não interessa. Tudo acaba por funcionar bem, com aquela dose de fantasia suficiente para não nos fazer desacreditar na história. Sim, é estapafúrdio um extra-terrestre na terra que consiga voar, tenha mais uma data de poderes e seja todo bonzinho. Não interessa. É possível dar o desconto aqui. Até ao final. O final é tão mau. Até em miúdo achei estranho. Andar à volta da terra a uma velocidade suficiente que a faça rodar ao contrário? Pior ainda: que esta mudança de rotação faça o tempo andar para trás, mas só em algumas coisas? Mau demais para ser verdade. Permite-se, porque tudo o resto está bastante bom, só que... Fica aquele amargo pequeno na boca.

Claro que tudo é esquecido só de ouvir a música. É incrível. Está ao nível das melhores de sempre. É impossível ouvir e ficar indiferente. Para além de que fica na cabeça. Esta música faz-te acreditar em tudo.

sexta-feira, novembro 16, 2012

Bananas

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De Bananas já tinha visto um pouco. Ocorreu há muito tempo atrás, numa galáxia distante (parece), na casa do costume do amigo de sempre. Não deu para ver tudo. Era tarde. Era interrompido constantemente. Havia uma festa a seguir. Íamos sair. Não sei. Terá sido por um destes motivos. Neste filme, Allen dedica-se a uma outra das suas temáticas preferidas: sexo. Sempre com a desculpa da procura do amor... mas tendo por base o interesse em sexo. O que é de respeitar, não quero ser mal interpretado. Começa a notar-se o humor seco e sério de Allen, embora desvie ainda muito para o humor goofy, a roçar o spoof. Felizmente sabemos que vai ser aprimorado, limado, melhorado, exagerado e mais uns quantos ados e afins.

Atingi o mesmo número de posts do ano passado. O objectivo não era esse. Não é sequer chegar aos números do melhor ano até agora. O ojectivo é ir mais além. Vamos a isso. Já falta pouco.

The Eagle

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Houve demasiados momentos em que roçou o Brokeback Mountanismo. O Tatum tudo bem que quer recuperar a honra do nome de família, porque o pai perdeu umas batalhas lá na Bretanha, mas andar pelo mato a salvar e a ser salvo pelo Bell tem que se lhe diga. Numa hora um é escravo do outro, depois afinal já é ao contrário. E «não te vou abandonar aqui» e «na primeira oportunidade que tiver vou matar-te»... Soou demasiado a preliminares, a meu ver.

A águia é aquele objecto de ouro que as companhias romanas tinham. A que estava a cargo do pai de Tatum foi roubada, com o pai a ser morto por Bretões selvagens. O próprio Tatum ficou magoado numa batalha e dispensado do exército, para sua grande aflição. Chateado por não ter nada que fazer, pega num escravo Bretão que salvou e mete-se no meio do mato. Lá está, para o meio do mato com um rapazinho escravo. Quem é que esta gente está a tentar enganar?

quarta-feira, novembro 14, 2012

Take the Money and Run

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- We're going to have a baby.
- Get out of here.
- No, we're going to have a baby. I went to the doctor. We're going to have a baby. That's my present for Christmas.
- All I needed was a tie.


Pronto, agora já só tenho 16 filmes do Woody Allen para ver.

Take the Money and Run é mais ao seu estilo. Muito gosta ele de documentários falsos e de meliantes burros. E o personagem principal deste filme é mesmo muito burro. Tenta tudo por tudo levar uma vida de crime e falha miseravelmente em cada tentativa. Sempre com uma ou outra frase mordaz. Sempre com tontices misturadas com rasgos de genialidade. Sim, adoro Allen e tudo o que faz. Mesmo que seja comer a filha adoptiva, com a mulher no quarto ao lado.

terça-feira, novembro 13, 2012

What's Up, Tiger Lily?

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Death and danger are my various breads and various butters.

Em mais um dia que odiei pessoas por serem pessoas, nada como ver um filme que ainda não vi dum génio que, como pessoa, deixa muita a desejar. Como qualquer pessoa no mundo, entenda-se. Não é pior que os outros. Para além dos muitos defeitos que poderá ter enquanto pessoa, vamos não esquecer que Allen casou-se com a filha adoptiva. Sim, foi quando tinha 18. Porque não terá acontecido nada antes, de certeza. Em todo o caso, o visionamento serviu para acertar os pensamentos na cansada cabeça. Uma coisa é como as pessoas são. Outra é em que te podem ser úteis. No caso de Allen, dá-me filmes que fazem-me rir e põem-me bem disposto. Curioso é como esta sua primeira aventura nas longas metragens tem tanta moçoila asiática.

E sim, em resposta à tua pergunta, ainda não tinha visto este filme. Como ainda não vi outros 17 filmes do Woody Allen. Situação que pretendo remediar. E sim, há 17 filmes dele que já devia ter visto, que ainda não vi, como há 500 e tal outros filmes (pelo menos) que eu já vi e que tu ainda não viste. É assim a vida.

The Expendables 2

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É impressão minha ou o Arnaldo passou o tempo todo a dizer clichês? E que se passa com o Willis nestes filmes, que não consegue representar nem que lhe apontem, literalmente, uma arma à cabeça? Isto de fazer filmes com os amiguinhos tem que se lhe diga.

Não há muito mais a relatar. Já não me lembro da história do primeiro, se é que havia. Não me lembro quem morreu, sendo que tenho apenas uma ideia que houve alguns vira-casacas. São uma data de gajos grandes, alguns velhadas, aos tiros e à porrada. Para os velhadas chega a ser um pouco esquisito de se ver. São mercenários, mas neste até são muito correctos, procurando vingar a morte do irmão do Thor, pelas mãos (pé, entenda-se) do mau da fita que cada vez fala pior inglês, o João-Cláudio. E o Norris aparece para salvá-los demasiadas vezes, o que foi um problema para certas pessoas. Eu só tive problemas com a barba do cavalheiro, que estava muito escura por algum motivo. Lembro-me dele ser mais ruivo. Será que anda a pintar-se? Não. Seria demasiado estranho.

domingo, novembro 11, 2012

Total Recall

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Se calhar devia ter revisto a primeira versão. Se calhar não. Não é suposto comparar, mas é difícil não o fazer. Em boa verdade, tenho boa memória do filme de 1990. Vi-o umas quantas vezes. Gosto muito. Em especial a parte da fantasia, das memórias, de ser agente duplo/triplo, ou então se calhar não ser nada disso. Acho que essa parte do enredo funciona muito melhor na primeira versão. Ou então se calhar não teve efeito agora porque já sei a história. Não sei. Sei que não gostei do último terço desta nova versão. [Atenção: SPOILERS a partir daqui.] E acho que foi muito por causa de terem evitado Marte. Porque Marte dava-lhe outra dimensão. Esta coisa de estar tudo na Terra e ser uma questão de espaço para viver, para mim não foi suficiente. Até porque vamos lá ver uma coisa. Em Marte havia mutantes porque havia pouco oxigénio. Essa era a briga. Os rebeldes queriam oxigénio. Os gajos ricos no poder queriam cobrar cada vez mais dinheiro. Era através desse bem valioso que controlavam a população de Marte. O que é certo é que havia essa justificação para haver mutantes. Nesta nova versão evitaram tudo isto. Nem há Kato, o que desilude um pouco. Agora, se não há mutantes, porque não há justificação para haver mutantes, porque é que há uma prostituta com três seios?

As cenas de acção nesta nova versão estão brutais, por muito que o Farrell esteja sempre com cara de c# nas cenas de pancada. Principalmente no início, quando está só a reagir, estando surpreendido por saber matar tanta gente ao mesmo tempo. A Beckinsale suplanta a Stone e a Biel está ao nível da outra que ninguém sabe o nome. O Farrell não é o Arnaldo, mas safa-se. Tudo o resto está um pouco ela por ela, se bem que despacharam a cena do «aeroporto» e o filme parece ser todo passado a correr, numa grande perseguição. O covil dos rebeldes é ridículo e pior é a maneira como de repente apareceu lá toda a gente. TODA a gente. O elenco todo estava enfiado no mesmo sítio, a certa altura.

Moral da história: vê-se bem porque é bonito e muito activo, mas não suplanta em nada o primeiro.

sábado, novembro 10, 2012

The Neverending Story III

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O terceiro episódio é para lá de miserável. Nem o facto do Jack Black ser o mau da fita, liderando um grupo de bullies na escola, consegue salvar esta bodega. Chega ao ponto ridículo do Falcor ser um boneco diferente com outra voz. Fica a memória do universo e a música, que ainda não tinha referido.

Neverending stoooooooooooryy!

The Neverending Story II: The Next Chapter

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S@c@n@ do miúdo. É um mariquinhas em relação a tudo, mas para roubar livros tem gaitas.

Desta vez Bastian passa a história toda em Fantasia. E desta vez reparei em mais pormenores do que no outro. Porque raio é que um ser de calhau haveria de comer calhaus? Isso não faria dele um canibal? Sei que é ridículo, mas distraiu-me da história.

Uma sequela nunca é tão boa como o original, mas esta tem momentos bons. Toda a fuga para a fantasia porque em casa não corre bem. A má da fita ser uma espécie de madrasta. Não que o pai na realidade tivesse uma namorada, mas haveria sempre o risco da mãe ser substituída. O II visto agora roça demasiado o ridículo, mas para a altura nem estava muito mau. Suponho que o mar de ácido não era para toda a gente.

The NeverEnding Story

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Será, sem dúvida, um dos filmes da minha infância. Ainda há dias li um artigo que dizia que esta era uma má adaptação dum livro. Como as pessoas têm conhecimento, eu não sei ler, por isso essa parte incomóda-me pouco. O que é certo é que um filme destes (sim, com um cão/dragão voador), em que o miúdo introvertido acaba por fazer uma aventura fantástica, terá sempre efeito no imaginário de qualquer um. Crescer com estes bonecos do Henson moldou-me. Mesmo com o toque mais assustador destes filmes. É verdade, sim, assustador. Havia partes aqui que metiam medo. O s@c@n@ do lobo, por exemplo. Sei que era suposto ter medo, mas seria exagerado para as associações de mães de hoje em dia... que não têm mais nada que fazer.

Mais, o raio do filme proporcionou uma daquelas piadas clássicas/tontas dos Simpsons que lembrar-me-ei para sempre... até ser atacado por Alzheimer. Lionel Hutz, esse brilhante advogado, com a referência a um processo grande de publicidade enganosa. Tão bom.

quarta-feira, novembro 07, 2012

Savages

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Necessito poucas referências para decidir se quero ver um filme. Regra geral basta-me o póster. Havia um qualquer motivo que fazia-me não querer ver este filme. Não fazia sentido. Quanto mais sabia de Savages, mais achava que devia ver. Só que havia um sentimento contraditório lá atrás. Havia algo que fazia-me não gostar de Savages mesmo antes de ver. Era a porcaria do póster. É igual ao do Babel. Apercebi-me agora no final, quando procurava a imagem. Não há nada de mau ou errado para não gostar deste filme que não o póster. Tem um bom elenco e realização. Ok, a Blake Lively é quem narra a história. Admito o incómodo causado pelo pormenor. Felizmente é só no início e no fim. Pelo meio, no sumo todo, está caladinha.

Dois melhores amigos desde sempre têm um negócio de erva legal (em parte) e bastante limpo (na sua maioria). Um é o cérebro. O outro o músculo. Um cartel mexicano «requer» os serviços da parelha. Os meninos preferem fechar a loja e partir para um sítio mais calmo. O problema é a moça. O outro vértice do triângulo amoroso. É o elo mais fraco e é quem os vai colocar numa posição de desvantagem. Com a moça raptada em posse da manda-chuva do cartel, os rapazes ficam um pouco de mãos atadas. Apenas um pouco, entenda-se.

terça-feira, novembro 06, 2012

Killer Joe

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Fui descobrir este filme numa lista de melhores filmes indie dos últimos tempos. O conceito de filme indie mudou mesmo muito desde que surgiu. Dantes tínhamos coisas a preto e branco feitas por universitários. Hoje em dia temos nomeados para Óscares em películas com todas as cores. Peculiar, esta evolução.

Emile Hirsch é um redneck burro, filho de rednecks burros. Tem uma dívida elevada para com pessoas que lhe farão mal se não pagar, e não falo de metê-lo na lista negra dos bancos, a quem não emprestam dinheiro. Se é que há essa lista nos EUA. Eles não emprestam dinheiro a toda a gente? Para pagar a dívida, Hirsch elabora o inteligente plano de contratar alguém para matar a mãe, para que a irmã (meio louca, atenção) receba o dinheiro do seguro. A quantia será assim repartida por ele, pela irmã, pelo pai e pela madrasta, que pouco mais tem a ver com o plano que não apenas existir nesta família idiota. Dividirão a quantia que sobrar, entenda-se, que primeiro têm que pagar ao Killer Joe, um polícia assassíno profissional. Primeiro o Killer Joe exigiu pagamento adiantado, algo que não foi possível. Ficou-se pelo «avanço» da dita irmã. Agora que afinal poderá não haver dinheiro de todo, a coisa poderá ser um pouco mais complicada.

Tentando estragar o filme a... bem, ninguém, porque não acredito que conheça uma pessoa que vá ver este filme... a cena final é duma psicose bem aprazível. Acho que já não via algo tão incómodo e sádico há bastante tempo. Gostei muito.

domingo, novembro 04, 2012

Teenage Mutant Ninja Turtles III

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Como não podiam trazer o Shredder de volta dos mortos, decidiram mandar as Tartarugas para o passado. Para o Japão feudal onde toda a gente fala fluentemente inglês. Mais, dado o enredo deste terceiro, acho que a ideia seria repetir a proeza da viagem pelo menos mais uma vez. Ficaram-se por três filmes, para grande pena da criança que fui (sou?). Dizem que vai sair um novo, realizado pelo outro dos robôs com rodas enfiadas algures no corpo. Dizem ainda que tudo aponta que saia uma bela c@g@d@. Vamos ver no que dá. Sei que tinha saudades dos meus quatro amigos verdes. Sei que vou ter novamente saudades daqui a uns tempos. Até do rato, de quem nunca fui grande fã. (Eu e os meus problemas com figuras autoritárias.) Em boa verdade, talvez devesse ver a nova série de animação que dá hoje em dia, algures na TV. Seria a mesma coisa?

Teenage Mutant Ninja Turtles II: The Secret of the Ooze

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Arranjaram uma April mais gira e largaram o Casey por um sidekick mais simpático. E quando se pensava que este franchise não poderia melhorar, surge o Vanilla Ice a fazer uma música «original» em cena. As Tartarugas aparecem num «clube» refundido num armazém, mesmo ao lado do quartel dos maus da fita. (Curioso.) Em vez de entrarem em pânico, as pessoas continuam a dançar, em especial quando o grande Ice cria o rap ninja. Será um dos momentos mais incríveis do cinema? Não serei a dizê-lo. Não sou especialista. Não um estudioso. Não vou à televisão falar de filmes. Não escrevo crónicas para jornais. Mas sim. É um dos momentos mais incríveis do cinema.

Qual rosebud, qual carapuça.

Teenage Mutant Ninja Turtles

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Melhor que bonecos de manhã temos coisas que fazem voltar um pouco atrás no tempo. Voltar para uma altura mais simples. Eu era completamente doido pelas Tartarugas Ninja. Aliás, já o provei neste mesmo blogue. Via os desenhos animados. Tinha os bonecos. Sabia as falas todas de cor. Tinha sempre as músicas na cabeça. Curiosamente, nunca li nada da banda desenhada. Reza a lenda que as adaptações às telas grande e pequena estavam longe do material original, muito mais sombrio e pesado. As Tartarugas foram aligeiradas para a miudagem. No que me compete, agradeço. Gostei de ser um miúdo alegre e bem disposto ainda mais algum tempo. Depois veio a adolescência e deitou tudo por terra. Era esta mesma famigerada condição do crescimento humano que condicionava as decisões de Raphael ao longo deste filme. Muito que desgostava do rapaz. Hoje em dia já o entendo um pouco melhor. O meu preferido sempre foi o Michaelangelo. A seguir o Donatello. Simpatizava com o Leonardo, mas nunca fui fã de líderes. E sim, graças a estes personagens aprendi um pouco mais sobre artistas italianos.

Deixo-vos, para já, com a melhor expressão de sempre, representativa de todo aquele período dos anos 90: cowabunga.

Cowabunga, meus amigos.

sábado, novembro 03, 2012

Deadfall

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Continuo estupefacto com pessoas que deliberadamente escolhem viver em sítios frios como o Alasca, ou semelhantes. É que quando faz frio, faz um frio dos diabos. Não é assim aquele frio que dá para aguentar. É frio de enregelar os ossos. É frio de caírem-te partes do corpo congeladas. Como é que alguém escolhe viver num sítio destes?

A outra coisa que continua a surpreender-me é Eric Bana como mau da fita. O s@c@n@ é mesmo muito bom como s@c@n@. Em Deadfall Bana rouba um casino índio, mais a irmã, com quem tem uma relação demasido próxima. Fogem pela neve, tendo acidente atrás de acidente, procurando chegar à fronteira. No outro lado da história temos um filho saído da prisão, medalhado olímpico em boxe, caindo em desgraça após a vitória. O (mau?) filho a casa torna, cruzando-se com a irmã de Bana e apaixonando-se... muito porque ela é fácil e têm logo sexo. As duas famílias cruzam-se, partilhando um dia de acção de graças muito especial, com armas e tiros ao barulho.

Brave

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Bonecos logo pela manhã. Haverá coisa melhor? Claro que sim. Há um milhão de coisas melhores, mas ver bonecos é bem fixe.

Este filme desiludiu-me bastante. Não que seja mau, mas prometeu mais do que acabou por oferecer. É bonito e tem aquela moral que os filmes de animação nos habituaram a ver, mas o final é um pouco feito às três pancadas, com algumas decisões com as quais não sei se concordo. Não deixa de ser uma boa história para miúdos, esperançosa e divertida, e as vozes são hilariantes.
Pronto, agora tenho que voltar para o mundo dos crescidos.

On the Road

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Um manifesto de uma geração. Uma exploração física, intelectual e sexual. Um mistificar das estradas norte-americanas. Um reino por explorar completamente diferente do sonho americano das white picket fences. Um mundo de drogas que libertam e prendem a mente. Um estilo de vida invejado por alguns, repudiado por outros. Depende das idades, suponho. Já invejei mais, tenho que admitir. Li On the Road há muito tempo atrás. Lembro-me de andar com o calhamaço atrás, perdido por ruas e em transportes duma cidade que mal conhecia. O contraste do cimento à minha volta com o cimento da estrada de Kerouac. Lembro-me de sonhar com esse tipo de viagens. O filme não me levou atrás no tempo. Acho que muito porque pareceu-me bastante mal construído. Não seria fácil. Faz sentido que tenha demorado tanto tempo a haver uma adaptação.

Este vai dedicado a um amigo que termina agora a sua viagem pelo país das 50 estrelas. Depois desta não te faltarão histórias, RD.

sexta-feira, novembro 02, 2012

Fire with Fire

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No lado dos bons temos o bombeiro excelente rapaz, herói. Do outro lado temos o barão do crime que suja demasiado as mãos, chegando mesmo a ter uma suástica tatuada no peito. O primeiro testemunhou um homicídio pelas mãos do segundo. Apesar do perigo, decide testemunhar contra o vilão. O herói é protegido pela polícia, mas as pessoas que lhe são próximas não são. O herói tem assim que combater o vilão usando as armas deste: matando, torturando, intimidando. No final usa mesmo um fogo para chegar ao vilão. É verdade, ele realmente combateu com fogo. Sim, é esse tipo de filme.

The Watch

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Juntar um grupo de cromos raros, e um pretexto a dar para o ridículo, não era suficiente. Tinham que dar-lhe um twist especial e enfiar extraterrestres ao barulho. Confesso que das primeiras vezes que vi coisas sobre este filme não fazia a mais pequena ideia. Pensei que era só uma coisa tonta com um grupo de idiotas. Um grupo de amigos, entediados numa pequena cidade, a fingirem ser grandes. Não, afinal não. É sobre um idiota frustrado, que faz clube atrás de clube, até que faz o tal grupo de vigilância de bairro. Só que em vez de encontrarem vândalos e gandulos, acabam por encontrar uma raça de extraterrestres que quer destruir o planeta. E uma orgia. Também encontram uma orgia. Tudo o resto passa muito pelas loucuras que já conhecemos de todos estes actores, com especial destaque para a capacidade de improviso e diálogo entre todos.

É divertido, sim.

Looper

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Começo por dizer que gostei muito do Looper. Continuo por dizer que sou um pouco suspeito. Acho que antes de ver sequer o genérico inicial já sabia que ia gostar. Adoro o Levitt. Adoro o Willis. Gosto dos secundários que aparecem. E gostei dos anteriores do realizador. Para mais, é sobre viagens no tempo. Não tinha como não gostar. Podia ser a maior trampa a ser feita na história do cinema. Gostaria na mesma. Mas diria que é uma trampa. Seria... Sou, aliás, sempre honesto. E se fosse uma trampa, começaria por aí, em vez de dizer que gostei. Seria algo como «Começo por dizer que, apesar de ser uma trampa, gostei muito do Looper.» Posto isto, tenho que fazer o aviso. Há uma questão fulcral para se gostar do Looper. Tem que se ignorar completamente a questão temporal. Ou seja - e atenção que sei o quão difícil é esquecer a parte das consequências de viagens no tempo num filme sobre viagens no tempo -, é não pensar um segundo no facto de que viajar no tempo tem consequências. De que qualquer acção no presente tem influência no futuro. Pensamento zero. Porque nem é preciso ser um especialista neste tipo de enredos. A história não tem sentido nenhum. O realizador teve que tomar algumas decisões em termos narrativos que, se pararmos para pensar, não fazem um milímetro de sentido. Por isso, é não parar para pensar em momento algum. É focar no facto de que Levitt teve um óptimo trabalho de maquilhagem em cima para parecer-se mais com um Willis novo. É ser surpreendido (mais uma vez) pela capacidade de representação de Levitt, que conseguiu apanhar uma data de maneirismos e trejeitos de Willis. É deixar-se levar pelas cenas bandeirosas de acção interpretadas por um velho com quase 60 anos. Tudo isso é brilhante, a sério. A parte das viagens no tempo... é ignorar por completo. Conseguindo esta difícil (bem sei) tarefa, garanto que Looper é um óptimo visionamento cinematográfico... para quem gosta do género.

quinta-feira, novembro 01, 2012

The Millionaire Tour

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O comum mortal pensará que passar uma manhã de feriado na companhia do hobbit perdido será como um sonho. Não, sonhos são coisas diferentes e muitas vezes molhadas. Ver dois filmes seguidos com o pequenote, em que ainda por cima faz sempre papéis irritantes, não é em nada um sonho. Também não é um pesadelo, atenção. É uma coincidência, no fundo. Uma curiosidade ao mesmo tempo, já que podemos fazer uma análise à carreira de alguém que passou por dois dos franchises mais bem sucedidos de sempre, e agora faz longas metragens curtas (este Millionaire Tour tem 80m). Nenhum dos dois filmes é mau, mas bons também não poderão ser chamados. Este envolve o mesmo tipo de interacção entre personagens, com situações intensas e muita conversa nervosa. O hobbit é uma de duas pessoas que rapta um caramelo no aeroporto e leva-o a um patrão do crime, a quem o caramelo roubou muito dinheiro há algum tempo atrás. Pelo meio tencionam parar em várias máquinas multibanco para levantar dinheiro. Daí o nome de turné milionária. O filme tenta dar uns twists para tornar a coisa interessante. Há um ou outro momento em que funcionou.

Agora tenho que mudar os lençóis da cama. Com licença.

The Day

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O Apocalipse aconteceu. Não faço ideia como, nem porquê. Não interessa. É um dado adquirido. Está feito. Não mexe mais. Um grupo tenta sobreviver neste pós-A. Um grupo... Qual é a melhor tradução para rag-tag? Teremos uma tradução que se aproxime sequer? Bem, são três amigos de secundário e duas miúdas que apanharam não sei onde. Uma mais disposta a socializar que outra. São liderados pelo hobbit que tinha a mania que estava perdido... vá-se lá saber porquê. Ao que parece, o mundo está dividido em dois tipos de pessoas: canibais e não canibais. Uma espécie de luta entre omnívoros e vegetarianos, mas menos estúpida e com verdadeiras consequências para as pessoas. Grupos caçam-se uns aos outros. É a sobrevivência do mais forte em mais uma sociedade idiota que descambou completamente. As cenas de acção em The Day são para lá de fracas, mas compensam com alguma boa interacção entre personagens e um desenrolar minimamente decente da história.

Cockneys vs Zombies

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Oh... meu... dEUS! Finalmente um filme de zombies em que alguém chama zombies aos zombies, reconhecendo-os de imediato. Sabem como os matar e até sabem o que acontece quando alguém é mordido. Parece um sonho. Ok, um pesadelo na mesma, porque envolve zombies mas... Não, não há maneira de conseguir tornar esta conversa plausível.

Na noite de Halloween meto-me a ver zombies. Pouco original, bem sei. Este merecia uma atenção especial. Para além de um ou outro personagem que queria ver, este filme envolve uma mulher incrível, de seu nome Michelle Ryan. Só não entra na lista de Top 10 porque já cheguei àquela fase em que não faço ideia quem tirar. O que é certo é que foi quem identificou os zombies. E nesse momento apaixonei-me por completo. Quando a vi aos tiros certeiros, então aí soube no âmago do meu ser que será a mulher dos meus filhos (que não quero ter). É uma moça incrível. Lado romântico à parte, CvZ é muito divertido, com um ponto alto de zombies (dos lentos) a «perseguir» um velho num andarilho. Foi hilariante, como foram outros momentos durante esta película de «terror».