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domingo, dezembro 06, 2020

Klaus


Encetamos a época de filmes natalícios com o Oscar que me faltou o ano passado. Não o quis ver quando tive acesso, precisamente porque seria fora de época.

Terá sido, provavelmente, a pior opção possível para começar. Porque o filme é super querido, inteligente, com bons desenhos, personagens adoráveis e uma versão inteligente da fábula que todos conhecemos do senhor Kringle.

Tenho mais uns quantos filmes de Natal para ver, mas duvido que algum chegue aos calcanhares de Klaus. O Netflix fez um excelente filme de animação, que deveria ter ganho a estatueta o ano passado.

Olha, Feliz Natal a 6 de Dezembro. Venha de lá o Ano Novo e a depressão de janeiro.

sexta-feira, maio 08, 2020

The Lion King


Faltava um dos filmes dos Óscares deste ano. Se é que se pode considerar que o filme pertenceu ao grupo. Porque é curioso como o original teve tanto sucesso e impacto, quando saiu, e este... Este foi maioritariamente ignorado. Qual a lógica?

OK, não é uma história original. De todo. Mas o primeiro era animação, algo ignorado pela academia até aos dias de hoje. Faria sentido que uma versão mais «realista» apelasse a mais gente. Porque sempre se disse que a história era boa. E era... Se bem que eu nunca fui grande fã.

É verdade. Arrisco-me a que as pessoas me vejam ainda mais como um ser desprovido de sentimentos, mas a verdade é que não chorei ou sequer tive qualquer emoção forte ao ver o Rei Leão. E até vi no cinema. Não sei porquê. Não acho a história nada de especial. Não fiquei todos excitado nem quando o bebé aparece, nem quando o paizinho morre (maioritariamente por culpa do pirralho, vamos não esquecer), ou quando todas as músicas melosas são cantadas. Aliás, para as músicas então tenho zero paciência. Só vi o filme porque a minha moça queria ver. Se não fosse ela...

Moral da história: para mim é lógico que tenha sido um flop. Para o mundo poderá ter feito alguma confusão. Já a Disney está a marimbar-se para o que todos acham ou deixam de achar e vão continuar com esta cena do live action. Vá-se lá entender porquê.

terça-feira, março 24, 2020

Missing Link


Fraquito. Esta produtora lançou cá para fora o Coraline, há uns anos. Desde então é flop atrás de flop. Os desenhos são giros, mas as histórias...

Nem vou muito longe, pois a cena final é ridícula. Não se percebe o papel da mulher, cuja relação com o personagem principal é duvidosa, no mínimo. Aliás não há química entre nenhum dos personagens. Os actores individualmente estão bem, mas sempre que interagem não se perceber a afinidade de que falam.

Este é de evitar... assim como se calhar a produtora que o fez.

segunda-feira, março 23, 2020

Dolor y Gloria


Voltemos à lista. Acho que estou a fazer um esforço maior a ver estes filmes, do que a Academia quando os escolheu este ano.

Uma das poucas vantagens é que volto a ver um Almodóvar. Não acontecia há algum tempo. E a verdade é que tinha algumas saudades. Os filmes deste cavalheiro são das poucas coisas que respeito vindas do nosso país vizinho. Os últimos dele não têm sido incríveis e/ou não têm andado muito na ribalta. E que foi necessário para voltar à dita: contar uma história pessoal.

Funciona quase sempre. Quando bons realizadores decidem contar histórias que têm algo de biográfico o público levanta logo às orelhas. Não creio que seja uma questão de querer saber da vida das pessoas. Acho mesmo que essas histórias são contadas com muito mais emoção, com mais carinho. É o caso de DyG, que terá bastante da vida e das agruras do realizador Espanhol mais famoso do mundo.

E falando em carinho, vai um abraço para Espanha. Não é que vos tenha grande respeito, mas também não vos queria isto. Ninguém merece esta m€rd@. Força, irmãos.

sábado, março 21, 2020

1917


De volta à vergonha Oscariana '20.

Este é um dos quais esperava alguma coisa. Mas ataquemos à cabeça o ponto fulcral deste filme: nunca na vida poderia ser um único plano contínuo.

Seria incrivelmente difícil contar esta história duma só vez. Não que seja uma narrativa tremendamente elaborada. São dois tipos que têm a missão de entregar uma mensagem. Não é isso que está em questão. Acontece que os dois têm de atravessar um campo de batalha e uma cidade francesa destruída. A pé. A fugir de tiros e de aviões a cair. A tentar evitar armadilhas e a procurar comida no processo. É demasiada coisa a acontecer para ser de seguida. Mesmo no teatro a mesma história teria pausas para mudança de cenário.

E atenção que este facto em nada tira força ao filme. Continuam a ser vários planos contínuos muito bem feitos. Honestamente não precisava que o marketing me tentasse com uma cenoura absurda. Veria o filme de qualquer forma. Tenho total respeito pelo trabalho do Mendes. O que acho ridículo é haver pessoas a acreditar num filme de guerra, de quase duas horas, filmado apenas num take. É quase tão estúpido como os tiros falhados nas ruas a direito, na dita cidade francesa em ruínas.

Posto isto, estava a ser um óptimo visionamento até que... Um Lannister irmão dum Stark?! Mas está tudo parvo? Que raio de casting foi este?

sexta-feira, março 20, 2020

Jojo Rabbit


Voltemos ao raio dos Óscares deste ano, um dos piores que me lembro. A sério. A lista tem piorado, de ano para ano. Pior, para mim, dos mais recentes, foram os de 2018. Fraquíssima. Os do ano passado estiveram ao nível. Este ano tem um ou outro filme de qualidade superior, mas no todo é uma autêntica vergonha. Muitos dos filmes entretanto desisti. Nem tenho paciência para os ver (estou a olhar para vocês, Irlandeses e Romanos). E nem falemos da vergonha que foi voltarem a não ter grande diversidade, do absurdo de terem contratado a Issa Rae e o Kumail Nanjiani só para anunciar uns poucos de filmes feitos pelos mesmos homens brancos do costume.

Posto isto, Jojo Rabbit é realmente uma das melhores coisas a sair da edição branquelas deste ano. É um filme enternecedor, até àquele momento em que somos levados de volta à terrível realidade do que se estava a passar. Nazis, mortes, terror, vidas miseráveis, etc etc etc. É uma história a lembrar um pouco A Vida é Bela, com melhor humor, no meu entender.

E Sam Rockwell esteve absolutamente «fabuloso». Este rapaz... consegue tanto fazer de tipo execrável que odiamos, como alguém levado a fazer coisas parvas mas que é boa pessoa. Tudo ao mesmo nível.

Faltam-me quatro filmes dos Óscares. Não os vou ver seguidos. Não consigo. É demasiado.

segunda-feira, fevereiro 10, 2020

Bombshell


Xiiiiiiii! Tanta mulher a aparecer!

Imagino a cena em Hollywood. Às tantas aparece um projecto sobre mulheres a vingarem-se dos homens e foi tudo aos saltos, a aparecer de todas as direcções. Aquilo foi mails, telefonemas, whatsapps a torto e direito, mensagens Facebook, Instagram, Snapchat, fumo e afins.

Pick me!
Pick me!

Pessoal a sujeitar-se a papéis minúsculos, só para poder dar um pontapezinho no cadáver. Pontapés esses merecidos, atenção, que o cavalheiro em questão era um pulha. Um dos muitos que por aí andou e ainda andam, durante demasiado tempo.

Pena que o resultado final - o filme em si, entenda-se - não tenha sido tão bom como o resultado da revolta das mulheres da Fox News. A dramatização não fez jus à realidade.

sexta-feira, fevereiro 07, 2020

Gisaengchung


Já vi três filmes deste realizador. Cada um mais diferente do outro. Serei fã do cavalheiro?

O grande mérito, para já, vai para a diferença entre esses filmes. Alguma diferença de registo, acima de tudo em termos de história. O visual está lá. Assim como o interesse em histórias... cáusticas, por assim dizer.

Este filme será o melhor que vi até agora dele, sendo efectivamente o melhor dos Óscares até agora. Toda a história... o homem leva-nos dum ponto ao outro sem nunca sabermos muito bem onde vamos parar. Óptimas interpretações das duas famílias. Belíssimas imagens. E um final... jasus.

quarta-feira, fevereiro 05, 2020

A Beautiful Day in the Neighborhood


Chegámos ao ponto em que Tom Hanks é a estrela de tudo, mas só é um personagem secundário. É natural, tendo em conta que pouco há a fazer em filmes biográficos que já não tenha sido feito antes. Aqui tiveram de arranjar um história secundária a provar que o tipo mais incrível de Hollywood estava a interpretar o tipo mais incrível da TV.

O filme não é nada de especial mas, como é óbvio, Hanks está maravilhoso. E é caricato que o próprio Mr. Rogers sempre disse que, a ser interpretado por alguém em filme, seria por Hanks. Tudo muito furtuito neste projecto que tinha de acontecer. Pena que não houvesse muito para contar, de modo a tornar o filme um pouco mais interessante.

Once Upon a Time... in Hollywood


Muito gosta Tarantino de reescrever História, para que os bons da fita derrotem os maus da fita. Isso e adora Hollywood. Tanto que decidiu fazer um felácio à famosa terra, no final dos seus tempos dourados.

Não tendo problemas à segunda parte (ele que adore o que quiser), já a primeira incomoda-me um pouco. Tive o mesmo problema com Basterds. A mudança de histórias conhecidas, a mudança da História, no fundo, tira-me da narrativa. O meu cérebro detecta algo anómalo e lança alarmes, o que tira-me do filme e da experiência inerente. Posto isto - e para não ser tudo mau - o final é ridiculamente divertido, à boa maneira Tarantinesca.

E sim, Pitt e DiCaprio merecem prémios. Mas não só por estes papéis. Merecem por serem incríveis. Em boa verdade, DiCaprio traz mais de novo a este papel do que Pitt, que já nos deu a interpretação «castiça» em muitas outras interpretações.

Acima de tudo, espero que continuem a trabalhar com Tarantino, que pode elevá-los a belíssimos níveis. E que deixem os outros realizadores que não interessam ao dIABO.

Venha de lá o 10.º, Taras, que este 9.º não foi assim tão incrível.

segunda-feira, fevereiro 03, 2020

Little Women


Tenho uma dúvida fulcral, que impede-me de o poder avaliar o filme condignamente. Acontece que não conheço de todo o material de origem. Nem sequer vi a versão feita nos anos 90.

É que não sei se... A personagem da Saoirse é suposto ser assim tão irritante? Ou é só a actriz a fazer dela mesmo?

Se é suposto, então foi um casting perfeito. Se não... Mataram um bocado a personagem, não? 

Gosto mais do trabalho inicial da Greta. Agora tem mais recursos, mas continua a apostar no cavalo errado que é a Saoirse. Deixa-a largar esta desenxaibida, a ver se não ganha logo uma data de Óscares.

terça-feira, janeiro 21, 2020

Knives Out


Antes de mais, preciso tornar claro que não concordo nada com a nota de 8.0 no IMDb. Não acho, nem pouco mais ou menos, que o filme seja assim tão bom. Claro que, sendo honesto, poderá ser só embirrância com o Rian Johnson, ainda por causa do Episódio VIII.

Posto isto, gostei das surpresas dentro das surpresas. Logo no início o homicídio é revelado. É revelado quem o fez. Agora, como se chegou lá e, acima de tudo, como se desenrola a história a partir daí, nesses espaços temos umas belas surpresas.

Essa foi a diferença. Porque este registo dos policiais está um bocado visto até à morte (no pun intended). Não é nada fácil chocar o público actual com uma revelação de quem cometeu um crime. É sempre um elenco curto, por muito que se tenham metido linhas no cartaz. Será sempre um deles, certo? Mas Knives Out tem mais do que só uma surpresa. Tem mais bons detalhes, alguns bons personagens e algumas interpretações muito bem sacadas.

Tirando o personagem do Craig. Achei-o esquisito à brava. Era suposto ser mega inteligente. É burrinho, maior parte do tempo. E tropeça demasiado nas pistas. Não as descobre. Aterra em cima delas, por acidente.

Claro que isto também poderá ser embirração com alguém que quase destruiu outro franchise de que gosto muito.

sábado, janeiro 18, 2020

Marriage Story


Quando vi o trailer quase pensei que tinham separado as duas versões e feito uma espécie de dois filmes diferentes, cada um com uma versão dos acontecimentos. Duas formas diferentes, duas facções a ver o mesmo acontecimento. Afinal não. Foi só um trailer muito bem montado.

O certo é que esse é o filme. São duas versões, duas formas de ver as coisas, mas misturadas. Como qualquer filme. Como qualquer relação, seja ela amorosa ou não. Quem nunca brigou com amigos, porque viram algo de forma diferente?

Apesar de ser uma história até bastante simples, dou mérito ao realizador. Porque mesmo nas cenas mais banais há uma angústia natural dos acontecimentos. Algo que supostamente só os próprios sentiram, embora, mais uma vez, qualquer pessoa num rompimento de relação também terá sentido.

É fixe sentir algo assim, só com um filme. Não é uma sensação fixe no geral. De todo. Felizmente o casal até foi bastante civilizado e conseguiu resolver as coisas. Já o facto do personagem do Adam Driver ter posto os palitos à personagem da Scarlett... Epá, é estúpido. Nada a fazer.

Frozen II


Muito entusiasmo por aí havia, para ver a sequela. Entenda-se... a minha senhora não parava de falar no assunto. Lá vimos o filme e o entusiasmo desvaneceu.

Frozen continua a ser um universo giro de se ver, perfeito para as miúdas que por aí andam, fixe para palermas como eu que gostam das idiotices do Olaf. Mas havia mesmo mais alguma coisa para contar? Nem por isso.

Acrescentaram umas coisas à origem das irmãs, da família. Meteram os actores a improvisar mais. E arranjaram uma música que é quase a mesma coisa.

Viu-se. Bem... mas apenas isso. Viu-se.

terça-feira, janeiro 07, 2020

Toy Story 4


Esta sequela é uma afronta para quem chorou a ver os anteriores. Não é o meu caso. Não tenho problema algum em dizer que chorei em alguns filmes. Os Toy Story não tiverem esse efeito em mim, mas conheço a quem tenha acontecido. Porque são coisas que mexem com os sentimentos. Perda de inocência. Fim de ciclos. O abandono de algo que nos foi tão querido, tão especial.

Chiça, até sinto uma lágrima a formar-se, só de pensar em tudo isto.

Para as pessoas que sentiram os filmes desta forma, de conseguirem despedir-se dos personagens e do universo, terem feito mais uma sequela... Epá, é uma chapada na cara de muita gente. E tira força ao terceiro, pelo menos.

Para mim foi fixe, atenção. Curti ver mais uma etapa na vida do Woody.

Venham mais!

quinta-feira, dezembro 19, 2019

Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker


Antes de começar a escrever este post, este muito difícil post, pensei pesquisar se haverá por aí algures terapia para os fãs de Star Wars. Porque sinto que preciso. Porque sinto que preciso de falar sobre esta última trilogia com gente que perceba o que estou a passar. Porque quero ser consolado e poder tentar consolar todos os que sentem a minha/nossa dor.

Se bem que não sei que diria. Não tenho as ideias em ordem.

Sei que, por um lado, senti enorme alegria a ver o filme. Foi divertido. Como todos os filmes Star Wars são/devem ser para mim. Foi uma correria o tempo todo. Senti que não houve descanso. Que era uma grande aventura, ao largo duma galáxia inteira. Que era preciso fazer umas quantas coisas rapidamente, ou os «maus» ganhavam. Que era preciso improvisar e adaptar-se ao que ia acontecendo. Que era tudo mágico... embora aqui a base seja mais «ficção científica». Senti que este filme faria o meu eu miúdo muito contente.

Mas...

Senti o mesmo com o episódio VII. E, convenhamos, esse é apenas um remake do IV. Terei sido enganado pelo senhor Abrams novamente? Terei sido enganado sequer?

Falou-se muito em «fan service». Que Abrams meteu no tacho todas as coisas que os fãs gostam e cozeu... qualquer coisa. Sim, se parar para pensar, há muita coisa que não faz sentido. Mas não é assim com maior parte dos filmes? E sim, nota-se demasiado o emendar dos «erros» que o cavalheiro que veio antes cometeu. Coisas que não gostei, é certo. Coisas que ele decidiu arriscar mas que, no meu entender de fã ainda com ranho no nariz, não tinham espaço no «meu» universo. Para além de que destruiu certas narrativas lançadas no VII. Só que Abrams também tirou personagens femininos. Minorias. Coisas novas que podem não pertencer, mas que têm direito de tentar ganhar o seu espaço. Abrams, em Rise, bateu em todas as teclas do costume, com todos os actores/personagens que estamos habituados a ver desde os anos 70.

O fã em mim ficou contente, claro. O fã mais maduro não pode ficar contente com a falta de visão, com a falta de imaginação de levar um universo tão rico e tão especial para tanta gente... a lado nenhum. Porque a realidade é essa. Se não se acrescentar alguma coisa a esta grande história, como esperar mais episódios? O fã maduro teme que, aquilo que o fã miúdo sempre desejou, não se vá realizar. A Disney já cancelou projectos encaminhados. Deixou de haver planos para filmes individuais, depois do que foi Solo. Sabe-se lá como será o episódio X, se é que tal coisa existirá.

Gostei de ver Rise. Claro que gostei. Não gosto como estão a tratar um dos meus franchises preferidos. O fã miúdo não tem noção. O fã adulto está frustrado e preocupado. A realidade é essa.

Há por aí mais alguém que sinta o mesmo?

segunda-feira, novembro 18, 2019

Ford v Ferrari


O nome é um pouco enganador, já que a Ferrari não foi exactamente o grande rival nesta história. Convenhamos que, na grande corrida, os carros da Ferrari estoiraram todos, ou tiveram acidentes. Foi mais Ford v Ford, ou mesmo Ford v Bale/Damon, já que os grandes conflitos foram todos internos, com a chefia a querer fazer uma coisa e o pessoal talentoso outra.

As corridas longas são uma seca para mim, lamento. Aquela coisa de ver carros a fazer a mesma coisa vezes e vezes, quase sem conta, não puxa por mim. Mas funcionou em filme, porque para criar emoção basta fazer o plano fechado à maneta das mudanças e meter uma acima. Aposto que, para além de pesquisarem a história destes acontecimentos, os criados viram bem os «Fast & Furious».

Nota final para o palerma do Josh Lucas, um claro típico vilão idiota. Nem precisou de representar grande coisa neste papel.

sexta-feira, novembro 01, 2019

Joker


A vida até estava a correr bem ao rapaz, mas aquelas escadas levariam qualquer um à loucura. Entende-se. Eu tenho vivido muito com escadas, nos últimos anos. Houve uma altura em que tinha de fazer três andares tanto em casa, como no escritório. Não foi uma vida fácil. Também pensei em tornar-me um mestre sanguinário do crime, arqui-inimigo dum ricalhaço qualquer vestido de animal noturno.

E depois há a outra questão. O Joaquin corria que se desunhava. Para trás e para a frente. Era correr atrás de miúdos, só para depois andar a correr de miúdos. Era chato, porque pelo meio tinha de levar na tromba. Mas tudo valeria a pena. O Quin tinha um sonho. Estas contrariedades só o ajudariam a chegar lá. Chegaria o dia em que ele teria o Flash como arqui-inimigo.

Acontece que alguém falou com ele. Trouxe-o de volta à realidade. Explicou-lhe que dificilmente conseguiria correr tão rápido. Pior, que tinha de contentar-se com o Batman.

E se as escadas não fossem uma frustração gigante só por si, é juntar-lhe ter de contentar-se com um «homem morcego»...

Como não enlouquecer?

quarta-feira, outubro 23, 2019

Rocketman


Continuando na senda da música, aqui está mais um biopic musical. E, convenhamos, que Rocketman foi feito tendo por base o êxito do filme sobre os Queen. Alguém viu o bem sucedido que foi e pensou «se o público gosta de ver deboche nos meandros da música britânica/mundial, então toda a gente vai querer ver a história do Elton John».

Foi interessante, de facto. Não fazia ideia que o Elton tinha consumido tantos narcóticos. Não sabia ainda que a sua vida tinha ficado pior depois do relacionamento «sério» que teve. Há ainda as partes muito coloridas, graças aos fatos especiais do rapaz.

E sim, o Elton teve músicas incríveis, que ficaram esquecidas durante muito tempo, por causa do incidente «candle in the wind». (Às tantas parecia que o homem só fazia músicas melosas/pirosas.)

Não sei se justifica continuarem com este tipo de histórias, mas Rocketman teve um bom pacing e as músicas entravam nas cenas magistralmente.

segunda-feira, setembro 30, 2019

Ad Astra


Não saía da sala de cinema com um ódio tão visceral ao que tinha acabado de ver há algum tempo.

Dizer que o filme é péssimo é ser muito, mas muito simpático. Quase nada faz sentido numa premissa que, claramente, apenas serviu para capitalizar o sucesso que tiveram filmes como Interstellar ou Gravity. E depois é escolher Pitt, que não é mau actor, de todo, para fazer um papel onde não é suposto ter qualquer tipo de expressão facial, ou outra reacção física, em relação a nada. É um tipo a quem nada afecta. O que, como devem imaginar, é algo que queremos todos muito ver em cena.

- Então que filme queres ver hoje, querida?
- Que tal aquele em que o actor principal, o único que aparece em maior parte do filme, não tem qualquer reacção a nada do que acontece?
- Querida, sabes bem que o Manoel de Oliveira já morreu. Não há filmes dele nas salas de cinema, graças a dEUS.

Caso não tenha sido claro: Ad Astra é uma m€rd@.