quinta-feira, maio 24, 2018

Solo: A Star Wars Story


Paint by numbers foi a expressão mais usada por um amigo meu.

É isso que o filme é: um conjunto de cenas expectáveis. Tudo o que se espera do personagem, da sua história, da sua origem, aparecem aqui. Mais uns pormenorezitos que seriam dispensáveis, mas também não incomodam ninguém.

A minha pergunta é: e então?

Qual o problema? Se inventassem, era porque inventaram. Não inventaram, não trouxeram nada de novo, mas também não estragaram. Até porque fazer este filme não seria fácil. Muito por causa dos problemas durante a produção, encabeçados por um terrível erro de casting no que concerne aos realizadores. A certa altura temi o pior, porque as notícias que surgiam era de todos os actores estarem completamente perdidos nos seus papéis. Ninguém sabia ao certo o que fazer, como o fazer. Previa-se uma catástrofe.

Fazendo um paralelismo que me é caro, é como no futebol. Contratas um treinador no início da época e pensas que está tudo bem. Problema é que não aparecem resultados. E os jogadores que tens no plantel são bons. Bons o suficiente para ganharem títulos, para jogarem bem. Mas nada parece resultar. Logo, tens de mudar a cabeça, se o corpo não funciona. Mas isso não é fácil. Não há treinador que queira pegar num barco a afundar (analogias a mais?). Vais buscar um consagrado, que ninguém pode criticar, para meter aquilo a funcionar em automático. Não ganhas a Liga dos Campeões. Nem pensar. Talvez nem ganhes o campeonato. Mas sacas uma taça e ficas no topo da tabela classificativa. Não queimas ninguém e salvas a época, dentro do possível.

Tudo fica colorido como era suposto, dentro das linhas, com as cores certas, etc.

Paint by numbers. Seja.

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