quinta-feira, junho 28, 2012

Bel Ami

IMDb | Sítio Oficial

Vejo duas possibilidades. Uma assusta-me. A outra é só esquisita.

Por um lado, podemos ter três mulheres com alguma credibilidade e influência nesta coisa dos filmes. Juntam-se e decidem dar uma lição a um palermita que apareceu agora. Por outro, existe a possibilidade do palermita em questão escolher as mulheres a dedo, correndo uma lista extensa de desejos de conquista. Uma das duas teve que acontecer. Porque é a única justificação para fazer-se algo tão enfadonho e desprovido de originalidade.

E sou só eu a achar que este palerma podia ser o irmão mais velho do Harry Potter?

quarta-feira, junho 27, 2012

Electric Dreams

IMDb

Um jovem infoexcluído e ainda para mais, meio taranta, decide comprar um computador e ligá-lo a tudo o que é electricidade e electrodoméstico pela casa. Tudo aquilo que o Jobs e o Gates andaram a idealizar nos últimos anos, este computador fazia. E quando digo tudo, é mesmo tudo. Mesmo coisas que hoje em dia não fazem. À boa maneira dos anos 80, um descarregar dum computador mais potente (com que rede?) e um pouco de champanhe, e o computadorzeco ganhou vida, fez «música» (vai com aspas porque é dos anos 80), apaixonou-se... tudo e mais um par de botas. Também como qualquer computador que ganha vida num filme dos anos 80, torna-se birrento (qual criança) e mau, tentando roubar a vida e (pior) a namorada ao dono. Estes computadores daquela altura... faziam o que queriam. Ainda bem que não continuaram com aquela tecnologia e ficaram-se pelo tablets e afins, senão este mundo andava de pantanas e nem o Neo nos safava.

terça-feira, junho 26, 2012

TiMER

IMDb | Sítio Oficial

Não achava piada à Emma Caulfield. Foram necessários alguns episódios da caçadora de vampiros para convencer-me do contrário. Isso e a companheira de visionamento achava-lhe piada. Fui por arrasto. De tempos a tempos a frase cantada «It could be bunnies.» surge-me na cabeça. A personagem de Caulfield era um demónio/ex-demónio com pavor a coelhinhos. A piada repetia na série, de tempos a tempos. E em mais que uma ocasião fez-me rir à gargalhada. Ou não fosse Whedon também meu mestre. Em todo o caso, foi gostar de Caulfield e ver este filme numa lista de filmes de ficção científica/romance, acho. Porque é difícil justificar o rótulo de ficção científica aqui. Ok, nesta realidade há um aparelhómetro que as pessoas têm ao pulso que lhes indica quando vão conhecer a sua alma gémea, mas apenas se a dita pessoa também tiver um aparelhómetro. Mas é só isso. Sou capaz de concordar mais com a classificação do IMDb de fantasia, porque este tipo de tecnologia é demasiado rebuscado para ser científico. Em todo o caso, a história passa pelas frustrações de Caulfield, já que o seu contador está a zeros e não lhe indica quando vai conhecer o seu príncipe encantado. Já o irmão mais novo, por exemplo, descobriu que ia conhecer a mulher da sua vida cinco dias depois de colocar o aparelhómetro. No outro lado do prisma temos a meia-irmã, que tem uma data de daqui a 5000 e tal dias. Caulfield stressa com toda a situação e com razão. Algo que era suposto simplificar-lhe a vida só a complica, porque tornou-a obcecada. E TiMER é giro... porque não é preciso mais do que já disse, não?

domingo, junho 24, 2012

Airplane II: The Sequel

IMDb

- My God! The sun!
- What is it, Simon?
- The fiery ball in our solar system, but that's not important now.


Adoro este estilo de humor. Porque é que já não se faz destas coisas? Ok, bem sei que as últimas têm sido particularmente horríveis e sim, será por esse motivo que não se faz mais. Não deixo de ter pena. Era engraçado. Preenchia aquele nicho de humor ridículo que todos nós precisamos nas nossas vidas, de tempos a tempos. Tão bom.

Airplane!


Em homenagem ao companheiro de casa que vai passar o dia inteiro num avião, revi este magnífico e ridículo clássico da nossa infãncia... Bem, mais ou menos. Em boa verdade, o filme saiu no ano que decidi aparecer para o mundo. Por muito que goste de ver filmes, admito que não é algo que faça logo desde que os meus olhos se habituaram à luz.

Não há nada dizer em relação a Airplane! que não tenha sido repetido vezes e vezes sem conta, se bem que não me lembro se alguma vez falei com alguém sobre o facto disto chamar-se Aeroplano em português ser um pouco ridículo. E sim, ainda vi alguns detalhes que não tinha reparado nas primeiras vinte vezes que vi o filme.

Em todo o caso, ver isto é sempre hilariante. E mais logo vou ver a segunda parte. hihihi

sábado, junho 23, 2012

The Best Exotic Marigold Hotel

IMDb | Sítio Oficial

E dizem que os velhos não têm utilidade nenhuma no mundo. Estão aqui para entreter-me num sábado de manhã, pois claro.

Ainda há dias li um artigo a ver com isto. Não com o filme. Com sítios no estrangeiro para velhos passarem os seus últimos anos. Faz sentido, não? Já não tens trabalho. É possível que boa parte dos teus amigos estejam mortos. Os filhos de certeza que não te ligam nenhuma ou então acham-te um problema (os s@c@n@s). Porque não passar os dias num sítio diferente, que seja mais agradável? Sim, é um facto. Já ando a sonhar com a reforma. Eu metia-me na alheta em três tempos. Sei o que vão dizer. «Ah, e tal e ver os netos e o camandro.» Caso venha a acontecer (dúvido, mas vá), eles é que têm as perninhas novas. Que mexam o cu e vão lá ter. A minha ideia é ir para a praia que, por norma, é um sítio onde as pessoas e os miúdos em particular gostam de ir. E mais vale estar com família num bom ambiente uns dias seguidos, mesmo que sejam poucos, do que um ou dois ao longo do ano, aqui e ali, no meio de correrias e stress, não? Portanto marquemos todos já viagem para o Best Exotic Marigold Hotel. Que não seja este, que seja o vosso «hotél exótico» de preferência.

Short Circuit 2

IMDb

Premissa dos anos 80: sequela ser mil vezes pior que o original. CHECK

Metem o robô (agora com o nome Johnny Five, adoptado no final do primeiro) na cidade grande, a imitar os rufias da rua, a ser enganado por tudo e todos. Juntam-lhe os secundários do primeiro mais uns quantos marialvas. Resultado: algo horrível para ver numa tarde de domingo... ressacado... a dormitar pelo meio.

Se bem que quando o robô ia morrendo no final... confesso que soltei lágrima em miúdo. Agora não. Agora fiquei apenas comovido.

(Óptimos trocadilhos no póster, no entanto.)

sexta-feira, junho 22, 2012

Short Circuit

IMDb

Aqui há uns anos, quando apresentaram o WALL·E, fiquei muito indignado porque achei uma robalheira a este Short Circuit que, para mais, era um dos meus filmes de infância. Esquecido, é bem certo, mas estava lá atrás na memória. Tive que agradecer porque relembraram-me desta pérola, mas acima de tudo achei incrível como é que pessoas com ancinhos e tochas não iam protestar à porta dos estúdios da Pixar contra tão infame e óbvio plágio. Depois vi o WALL·E, chorei que nem uma menina e deixei-me de idiotices. São robôs iguais em quase todos os aspectos. Amorosos e divertidos, queridos na sua «robo-essência». Mas as histórias são diferentes. E basta isso. Porque acho que há espaço no coração de todos nós para mais que um robô que só quer viver e ter companhia. Só ainda não sei é se fiz bem em rever o Short Circuit, porque tinha uma memória inocente e quase imaculada do filme. E agora tive que relembrar cenas do robô a gostar  músicas dos anos 80... o que estragou tudo, como é óbvio.

terça-feira, junho 19, 2012

Doghouse

IMDb

Comecemos com uma premissa de Bachelor Party, mas mais ou menos ao contrário. Dentro dum grupo de amigos, um deles vai divorciar-se. Como forma de o animar, o grupo planeia uma festança de homens numa terra de mulheres. Numa pequena povoação nos arredores de Londres, as mulheres ganham aos homens quatro para um. (Deve ser esta a terra do sketch, dos outros mal cheirosos.) O plano é bom. Ficar em casa da avó de um deles, que ainda por cima está fora num cruzeiro; beber, fumar e fazer tudo o resto longe das respectivas esposas e namoradas; ter uma noite ou duas de arromba. O problema aqui é o vírus que o exército decidiu testar na pequena povoação. O vírus que transforma as mulheres em zombies bem lixados, que pegam em facas ou machados e desatam a tentar matar os homens. Mesmo sendo em teoria mais frágeis que os homens, e mesmo sendo zombies, com todos os impedimentos físicos que isso implica, as mulheres ainda são mais que eles. Tendo a maioria, há algumas vantagens.

Doghouse é mais comédia que terror, sendo claramente um filme feito por homens ressabiados. Ou não houvesse uma data de piadolas em relação à opressão conjugal feminina, ou que não andassem eles às punhadas com tacos de golfe às mulheres zombies.

segunda-feira, junho 18, 2012

A Bag of Hammers

IMDb | Sítio Oficial

Dois rapazitos bem intencionados mas um pouco estranhos fazem da vida roubar carros, entre outras judiarias. Nada muito violento. Fazem-no de forma discreta. Vão a funerais e fingem ser um serviço de valet. Há disto em Portugal? Se sim, que nome tem? Um valet é alguém que estaciona o carro por nós. Aqui a questão é que não trabalham para ninguém. Como tal, nada os impede de levar o carro se o dono lhes passa a chave de livre vontade. Entre outras formas tão criativas de ganhar dinheiro, os rapazitos bem intencionados arrendam uma casita em frente à deles. Arrendam-na a uma mãe e filho. A mãe não é muito bem intencionada e, para piorar, tenta desesperadamente encontrar trabalho... sem grande sucesso. Acaba por sair de cena e o filhote de 12 anos fica nas mãos dos rapazitos bem intencionados, que não tinham a mínima intenção de adoptar um pré-adolescente. O que é certo é que conseguem... vá-se lá saber como. O sistema americano é estranhíssimo. Como é que dois gajos sem emprego conseguem ficar a tomar conta dum miúdo de 12 anos? É certo que não é um processo directo de adopção. Funciona mais como uma casa de acolhimento. Mesmo assim. É esquisito. Em todo o caso, nada melhor para os miúdos... todos os três. Os mais velhos são obrigados a crescer um pouco (não muito, atenção) e o pequenote tem uma casa decente onde crescer, com dois paizinhos... que não são homossexuais... o que imagino que seja mais complicado de explicar aos coleguinhas de escola. É que homossexualidade começa a ser uma coisa comum. Agora, como é que se explica dois amigos viverem juntos a partir de certa idade? A sério. Dava-me jeito saber. Acredito que seja informação que ser-me-á útil no futuro.

domingo, junho 17, 2012

Newlyweds

IMDb

Um casal recentemente casado vive bastante bem a sua relação. Há quem aponte que talvez tenham casado demasiado depressa, mas não é esse o sentimento do par. Aliás, a única coisa que afecta a relação, na realidade, é a família. Nem mesmo o ex dela é uma dor de cabeça assim tão grande. Já as irmãs, tanto dum lado como do outro... Uma apareceu do nada, depois de anos e anos de ausência. Vem de LA, apenas para «ficar uns dias» em casa deles, enquanto procura um sítio. O objectivo é reconquistar o ex-namorado, também casado há pouco tempo. Já a irmã dela está num casamento em fase terminal. Durante 18 anos viveu para a criança não planeada. Assim que saiu de casa, o casal apercebeu-se que pouco mais queriam partilhar. Família... Não é sempre assim? As coisas até são fáceis, mas a família tem que atrapalhar tudo.

Dragon Age: Dawn of the Seeker

IMDb | Sítio Oficial

Torno aqui oficial a seguinte premissa: é aceitável ter jogos baseados em filmes; não é aceitável ter filmes baseados em jogos.

Se bem que acedo que este Dragon Age não é assim tão mau. Não é bom, entenda-se. Mais 10m e não terei recordação da narrativa. Mas é divertido e os dragões lá aparecem em grande no final. Foi algo que estava-me a fazer muita espécie, como é que um filme que tem Dragon no título passou 80% do tempo sem um dragão em cena. O resto da história é simples: uma guerreira e um mago (até então rivais) descobrem uma conspiração que envolve o rapto duma miúda que consegue controlar dragões. Perseguidos por todos, cabe-lhes a tarefa de revelar e destruir esta conspiração... bla bla bla. Divertido, se bem que simples, lá está.

sábado, junho 16, 2012

Norman

IMDb | Sítio Oficial

A Emily VanCamp é a miúda mais fixe do mundo. É nova na escola e toma a iniciativa de falar com o palerma do pedaço. Sai com ele. Faz-se a ele. Convida-se para ir para casa deste e, quando o palerma recusa, convida-o a ir para casa dela. E ainda (como se isto não fosse mais que suficiente) perdoa-lhe a grande mentira de dizer que tem cancro. Sim, Normam mente a toda na escola. Diz que tem cancro e que morrerá dentro em breve, quando na realidade é o pai que está nesta situação. Norman procura comiseração, atenção e alguma margem de manobra para poder comportar-se como um idiota... que vai perder o pai. Para além de ser fixe, VanCamp é para lá de gira.

A Thousand Words

IMDb | Sítio Oficial

Existirão uma data de filmes destes, onde algo incrível acontece ao personagem principal, algo que ao início parece negativo, mas que o ajudará no crescimento pessoal. Curioso como acontece sempre na meia idade. A minha referência é o Liar Liar, tenho que admitir. E ainda por cima este A Thousand Words é muito parecido. Temos o executivo com sucesso, mulher e filho. Só que para ter sucesso, a parte familiar é negligenciada. Tudo parece perfeito, mas é apenas paz podre. Um vislumbrar com mais atenção e percebe-se que está tudo construído com cartas. E se o personagem principal não quer perder tudo, tem que mudar. Se não muda a bem, então muda com uma árvore «mágica», que por cada palavra proferida perde uma folha. E quando perder todas as folhas estará morta... assim como quem proferir todas as mil (folhas) palavras.

Wrath of the Titans

IMDb | Sítio Oficial

Percebo e não percebo a não inclusão de Hércules nestas histórias «recontadas». É um herói batido e tudo mais. Para além de que trazer de volta ao mundo o Kevin Sorbo poderia ser arriscado. Em todo o caso, estamos aqui a correr todos os filhos de deuses com humanos. Semi-deuses por semi-deuses, nada melhor que meter o Hércules na contenda. Mas isto sou a dizer. Poderei ser tendencioso, já que acredito que mais ninguém no mundo continuará a achar piada ao Kevin Sorbo. Esta sequela deste universo esquisito - que a única coisa que tem de bom é o Ralph Fiennes como vilão (e até isso conseguiram estragar) -, é uma bela telenovela mexicana, com neto a matar avô, a mando do pai e tio, que cedo ignoraram a sua família apenas semi-deusica. Sim, foi um ligeiro spoiler, mas acho que ninguém levará a mal. Mais uma vez, o final, ou pelo menos a grande batalha, volta a aparecer no póster. Repito o que disse em relação ao primeiro: efeitos especiais e cenas de acção não compensam a falta dum enredo consistente. Nesse sentido, Wrath é em tudo semelhante ao Clash... com a agravante que aqui ainda conseguiram estragar o personagem do Ralph.

sexta-feira, junho 15, 2012

Superman vs. The Elite

IMDb

Nada como começar o dia com bonecos. Mesmo que esses bonecos sejam um pouco estranhos e a mensagem algo... Bem, comecemos pelo início. O Superhomem é um gajo fixe e faz as cenas à sua maneira, o que nem sempre é o mais prático. Porque meter vilões na prisão apenas para fugirem uns meses depois, provocando nova batalha e muita destruição, parece não ser a solução mais conveniente para as pessoas normais que vêem os seus carros virados ou as casas perderem grandes bocados quando alguém é arremessado contra elas. Surge então a Elite. Um grupo de gente meio esquisita com poderes, lideradas por um britânico que foi ao cúmulo de tatuar a Union Jack no peito. Estes jovenzitos acreditam que a melhor maneira de vencer os vilões é matando-os, o que faz alguma confusão ao velho Supes, mas não ao público em geral. Hijinks ensues. A mim fez-me alguma confusão as fragilidades que o gajo do S grande ao peito apresentou, mas este filme acabou por ser divertido o suficiente.

quinta-feira, junho 14, 2012

The Deep Blue Sea

IMDb | Sítio Oficial

Sometimes it's difficult to judge when you've walked between the devil and the deep blue sea.

The Deep Blue Sea foi interrompido por uns maravilhosos dias a sul. Confesso que entretanto esqueci-me que tinha começado a ver. Sim, estava a ser assim tão marcante. Faltava cerca de meia hora. Como era pouco, lá fiz o esforço. E ainda bem! Porque se não tivesse feito o esforço, teria perdido cerca de meia hora de alguém a passar com as unhas num quadro, fazendo aquele ruído irritante que dá um arrepio na espinha e faz os dentes doer. É que até posso ter apreciado ver o Loki como galã, roçando-se numa Rachel Weisz semi-nua, mas aquela meia hora em que o casal termina o relacionamento, aqueles últimos momentos confrangedores quando uma pessoa só quer sair porta fora e a outra quer tudo por tudo que fique, quando apesar de saber-se que está mais que acabado, o cérebro de uma está a mil, a tentar arranjar forma de dar a volta a algo inevitável... não foi agradável de ver.

Jeff, Who Lives at Home

IMDb | Sítio Oficial

A cena chata foi que fui obrigado a reviver o Signs. O personagem de Jason Segel adorou o filme e é fixado em toda a simbologia e uma ideia de «destino» por detrás dessa possibilidade. Será pertinente dizer que Segel é um broado que vive na cave em casa da mãe. Já o irmão, interpretado por Ed Helms, é um idiota com a mania. Não ouve a mulher e depois estranha que esta possa estar a pensar traí-lo. Compra um Porsche quando o que a mulher lhe pede é que comprem um casa para viverem. Num dia, os «destinos» destes dois irmãos vão-se cruzar, para que ambas as suas vidas possam melhorar, entrando nos respectivos caminhos certos. E para que tudo aconteça, basta que Segel siga a pista deixada por uma chamada que, para todos os efeitos, tinha sido engano. Alguém queria falar com um tal de Kevin.

Wanderlust

IMDb | Sítio Oficial

Paul Rudd e Jennifer Aniston são casados e vivem em Nova Iorque, num mini-apartamento que acabaram de comprar. Ele tem um trabalho que odeia. Ela está na sexta ou sétima profissão, sempre a tentar encontrar o seu nicho. No mesmo dia, ela vê o seu documentário ser recusado por um canal de televisão e ele é despedido. Ou melhor, a empresa fecha, mas o resultado é o mesmo. A caminho de viverem em casa do irmão dele, em Atlanta, param numa comuna, onde passam a noite. Lá tudo parece ser especial e bom. Voltam a ter alegria em viver, no meio do campo e de toda a liberdade. Ainda tentam a vida em Atlanta, com um trabalho na empresa do irmão, mas a ideia idílica de viver naquele tipo de comunidade é demasiado apelativa e acabam por decidir tentar. A experiência não é igual àquela primeira noite. Ele sente-se maravilhado com a possibilidade mas cedo começa a sentir falta dos pequenos confortos, como ter uma porta na casa-de-banho. (Parece-me importante.) Ela acaba por adoptar melhor o estilo de vida excêntrico daquelas pessoas. Seguem-se uma data de momentos engraçados, que incluiem uma corrida em câmara lenta duma data de velhos todos nus. Wanderlust não é uma comédia hilariante, mas é divertida.

Fifty Pills

IMDb

Isto foi muito menos engraçado que esperava. É uma comédia que tenta ser algo sério, com um toque de romântico pelo meio. Falha em todas as categorias.

O palermita personagem principal lixa-se porque o companheiro de quarto na faculdade é um idiota. Organiza festas no quarto e mete-os em apuros. O palermita perde o direito à bolsa e agora tem que fazer pela vida para poder manter-se na faculdade. Isto é logo no primeiro mês. Solução para arranjar dinheiro para as propinas: vender 50 comprimidos de ecstasy. Ao início a coisa é relativamente simples, mas a certa altura (vá-se lá saber porquê) um dealer grande de NY mete-se com ele, porque um palermita a vender meia dúzia de comprimidos poderá ser um problema, pelos vistos. Toda esta interacção com o «submundo da droga» acaba por afectar a sua relação com a mui gira e simpática Kristen Bell, que é só uma amiga, mas até poderá ser mais qualquer coisa, na condição dele não se tornar num traficante de droga. Muito exigentes, estas moças de hoje em dia.

Grind

IMDb | Sítio Oficial

Antes da Jennifer Morrison andar para aí no House, a fazer filmes decentes, ou a ser mais uma das namoradas do Ted, fazia filmes em que fingia que andava de skate. Ou melhor, não era bem fingir. Acho que só há uma cena em que ela anda mesmo num skate e é em frente. O resto eram cenas filmadas com um duplo. Uma dupla, no caso. Como aliás acontece com maior parte das cenas em que alguém anda de skate, com a provável excepção do Wee Man. Vi este Grind há algum tempo. Acho aliás que o vi com um pessoal bem fixe. Só que não me lembrava disto ter tanta gente do Jackass. Sabia do Bam. E até acho que este filme é um dos motivos para não gostar dele (a certa altura é um idiota para a Jennifer). Só que há mais pessoal aqui metido. O gordo, o Wee Man e mais um que não sei o nome. Não é grande revelação e até faz sentido. Isto é mais ou menos um filme MTV e é sobre skateboarding... e eles são quase todos . Foi assim que se conheceram. A associação é mais que directa.

Grind não é um filme magnífico. Não é muito inteligente, sequer. Mas é divertido e vê-se bem, em especial quando se pede alguma descontração.

quarta-feira, junho 06, 2012

Dog Soldiers

IMDb

Como é possível que não soubesse da existência desta pérola? Sou um felizardo por ter amigos que alertam-me para estas minhas tremendas falhas pessoais. Folgo ainda em ter mais um pouco de tempo nesta terra para poder apreciar belíssimas obras de arte cinematográfica como este Dog Soldiers, onde «reino unidenses» combatem gajos com fatos pirosos de lobisomens.

Uma pandilha militar anda pelos bosques a fazer exercícios de combate. Deparam-se com um membro de forças especiais que é um mauzaroco e dispara contra cães sem justificação aparente. Está em más condições, este mauzaroco, e balbucia frases soltas em que diz que «eram mais que um», que «não estavam preparados para mais que um». Toda a sua equipa foi desta para melhor, devorados pelos tais gajos com os fatos pirosos. Uma moça faz a ponte e revela-lhes que os monstros em quem já cuspiram uma porrada de balas são, efectivamente, lobisomens. Mesmo assim não acreditam. Porque cães mutantes gigantes resistentes a balas é algo que faz muito mais sentido. Tentando ser assustador, Dog Soldiers tem uma data de momentos bastante hilariantes, como um dos soldados quase a ganhar a uma das criaturas apenas e só porque sabe umas coisas de boxe. Atenção que disse «quase». Claro que não sobreviveu. Também não vamos a extremos. Veio o lobisomem amiguinho e no dois para um já não teve hipótese nenhuma, que estes lobisomens hoje em dia são muito pouco correctos.

terça-feira, junho 05, 2012

The Trouble with Bliss

IMDb | Sítio Oficial

The Trouble with Bliss é uma história simples sobre um gajo que teve uma semana complicada. Michael C. Hall vive com o pai, que está sempre a perder as chaves. Envolve-se rápido demais com uma miúda que vem a descobrir ser filha dum amigo de secundário. Um melhor amigo, embora Hall não tenha noção disso. A miúda é menor, uma jail bait do piorio. Envolve-se ainda com uma vizinha, embora esta esteja apenas a usá-lo para fazer ciúmes ao marido. Já o verdadeiro melhor amigo envolve-se com outra vizinha de Hall, que afinal é dona do prédio, o que implica que tem bastante dinheiro, mas que também é ocupa doutro prédio pronto para remodelações. Obra essa a cargo do pai da miúda adolescente com quem se envolveu rápido demais. A mãe de Hall morreu nova e veio da Grécia para os EUA. Hall não faz nada da vida, mas sonha em viajar, começando pelo país natal da mãe. Por muito ou pouco que possa parecer, esta é a história de The Trouble with Bliss.

domingo, junho 03, 2012

Take This Waltz

IMDb | Sítio Oficial

- What happened, Geraldine?
- I'm an alcoholic, moron. Nothing happened. This is my natural state.

Este não é o enfoque do filme. É só uma fala da personagem de Sarah Silverman que curti. Não é uma personalidade que ache muita piada mas quando em personagem, a sua honestidade bruta tem piada. Não, o enfoque da história é Michelle Williams, que tem um ar demasiado infantil/juvenil para alguém que fez/faz sempre papéis muito sexuais. O que é incómodo, tenho que admitir. Pelo menos aqui foi. Williams é casada com Seth Rogen e está no ponto difícil de qualquer relação: os cinco anos. Está com comichões, podemos dizer assim. Conhece um rapazito que descobre ser seu vizinho da frente e começa a sentir coisas que já não sente na relação. Nada desta relação com Rogen é negativo, atenção. Dão-se bem. Muito bem. Cheios de cumplicidades e carinho. Amor, mesmo. A paixão é que... Bem, já lá vai o tempo. É normal. Apesar de tudo, Williams tenta tudo por tudo para manter a sua vida bem perfeitinha com ele, com a família dele (na qual encontramos a alcoólatra Silverman), só que... As reticências. As famigeradas reticências duma relação. Faz sentido investir no novo, quando o novo eventualmente poderá tornar-se no mesmo velho? Ou pior, podendo nunca chegar a isso sequer? Vale a pena abandonar algo certo por uma nova aventura? É ou não melhor viver algo?

Voltando a uma faceta Mr. Skin e apenas porque este será um «cromo mais raro», o facto de Take This Waltz ser filmado por uma mulher, faz com que nudez feminina acabe por abundar (para além duma data de cenas claramente de «gaja», claro). Williams despe-se, sim, mas não se pode dizer que seja novidade. Tenho ideia de já ter acontecido algumas vezes. Chamo sim a atenção para Silverman. Para quem tiver a panca (não é o meu caso), este é o filme onde se vê a moça nua. Toda nua. É verdade que para poder assistir a esta cena temos também que ver uma data de mulheres mais velhas nuas. Não, não é uma orgia. É num balneário feminino duma piscina municipal. Dá-se toda uma cena aí. Para mim, o chato foi que fui «apanhado» por um dos companheiros de casa a ver essa cena. Não é fácil de explicar. Nada fácil, mesmo. «Não, não estava a "fazer das minhas"» não chega.

The Perfect Family

IMDb | Sítio Oficial

Kathleen Turner não tem uma família perfeita porque tal coisa não existe. Todas as famílias são uma dor de cabeça, dê por onde der. Tem uma família normal, cada um com as suas idiossincracias. Ok, a filha é lésbica mas até se casou. O filho fez o que devia ter feito e casou-se com a miúda que engravidou... por muito que agora esteja fora de casa e tenha uma namorada. O marido foi alcoólico, mas tem-se mantido sóbrio há algum tempo. Então porquê a fixação com a aprovação da igreja e dos outros? Porque é que as pessoas têm a mania de complicar tudo e mais alguma coisa? Não há paciência.

sábado, junho 02, 2012

Project X

IMDb | Sítio Oficial

Project X é um nome estranho para um filme sobre a festa adolescente mais épica alguma vez filmada. Já estive em muito boa festa, felizmente. Noites cheias de histórias ou mesmo noites em que a memória só existe no dia a seguir, com alguém a relatar os incidentes. Mas como esta... Chamo a atenção para uma pequena diferença desta festa para qualquer que tenha estado. Já estive em festas que acabaram com a polícia aparecer? Sim. Por muito que houvesse negociação ou apelo a apenas «mais uma horita», o que é certo é que estas festas acabaram sempre que a polícia apareceu. Mesmo quando falta a luz, a festa pode continuar. Com a polícia a aparecer, é impossível. Neste caso, nesta festa, neste Project X, os polícias tiveram que esperar, porque não havia maneira da festa acabar ali.

The Pirates! Band of Misfits

IMDb | Sítio Oficial

Porque é que as crianças (todos nós, entenda-se) têm um fascínio por... como dizer isto?... «criaturas». Sei lá, monstros, fantasmas, zombies, piratas. Tudo por norma associado a coisas más. Antigamente contavam-se histórias de piratas para assustar as criancinhas. «Se não te portas bem vêm os piratas e levam-te no barco para alto mar.» Hoje em dia é isto. O Johnny Depp todo desorientado e animações com piratas simpáticos que dão mais valor a um animal de estimação do que a ouro. Não quero ser mal interpretado. Este filme é simpático e o elenco é bem escolhido, tornando tudo muito mais divertido, mas estava só a pensar na evolução estranha que se deu. O que me leva ainda a pensar (e a assustar um pouco, confesso): que mete medo a crianças, hoje em dia?

Thin Ice

IMDb | Sítio Oficial

O que intriga o tempo todo é que sabemos logo ao início que Greg Kinnear safa-se. Ele está num sítio quente a contar a história de como ia-se lixando à grande. E vemos a evolução da coisa. O desenrolar do problema. E passamos dele querer ser o melhor vendedor de seguros, para aldrabar um novo colaborador, tentar vender mais seguros a um velho do que precisa, roubar coisas valiosas ao velho, ser cúmplice num homicídio, vender material roubado e cometer fraude de seguros. Mas como é que ele se safa de tudo isto? É que foi sempre em crescendo. É como um corte pequeno que infecta ao ponto de gangrenar. Só que Kinnear tem os membros todos no início da história. Como é que conseguiu manter os membros todos? É a piada da coisa. Foi um bom desenvolvimento final. Pena que seja a única cena com piada do filme. Tudo o resto não vale assim tanto os noventa minutos.

sexta-feira, junho 01, 2012

Collaborator


Bom ver que a Mona ainda está viva. Estranho vê-la num papel religioso ao ponto de ter uma estátua da Virgem Maria no jardim das traseiras.

Martin Donovan regressa a casa em LA por uns dias, depois duma experiência falhada nos teatros de NY. O objectivo é ter um par de reuniões para próximos projectos. Fica em casa da mãe. Reúne com um produtor e com uma actriz com quem trabalhou, uma mulher por quem teve(tem) uma paixão. O vizinho da frente, da idade dele e que vive com a mãe, procura-o, sugerindo saírem para beber uns copos e meter a conversa em dia. Donovan gentilmente diz que sim, que o deverão fazer. Mal sabe ele que vai ser forçado a passar mais tempo com o vizinho, amigo de infância mas esquecido naquele período, do que desejava. É que na noite seguinte, o vizinho entra-lhe pela casa com o pretexto de beberem uma cerveja rápida juntos (Donovan pretendia encontrar-se com a actriz), só que vem-se a descobrir que é procurado pela polícia por um assalto a uma loja de conveniência.

DUM DUM
DUUUUUUUUM