quarta-feira, dezembro 31, 2014

The Interview


Só para fechar o ano muito rapidamente com o filme mais polémico dos últimos 365 dias. Pelo menos polémico recentemente. Se calhar houve algum ainda mais polémico. Não me lembro.

Nunca saberemos o verdadeiro sucesso que este filme poderia ter tido. É impossível analisá-lo esquecendo tudo o resto. Era preciso ser um completo info-excluído/ermita para não saber que se passou. Como tal, temos aqui um sucesso ainda antes de estrear. Porque não há nada que o americano goste mais do que apoiar algo anti-censura. Liberdade de expressão é o mais importante... bla bla bla. Se pelo meio der para enaltecer os restantes valores e mais valias do país, melhor. O mais irónico, no meio disto tudo, é que os principais mentores deste projecto são canadianos.

A Diana Bang (sim, é o nome verdadeiro da Sook) é a minha nova paixão. Se aparecer em mais alguma coisa (sinónimo de «não me esquecer dela»), entra no Top 10, de caras.

Coherence


Gosto destas histórias que colocam pessoas normais em situações nada convencionais, sem ter aquele peso de terem que salvar o mundo, ou sobreviver a todo o custo. Talvez deva fazer uma introdução, já que este filme é pouco conhecido. Será?

Um grupo de amigos junta-se para jantar, numa noite em que um cometa passa muito perto da Terra. Coisas estranhas começam a acontecer, em teoria por causa da ocorrência celestial. Universos paralelos tornam-se acessíveis. Interacções com outras iterações são uma realidade, que acaba por ser assustadora. Durante umas largas horas nada mais existe no mundo, a não ser aquela casa e aquelas pessoas... elevadas a n.

Algumas reagiram mal. Outras ficaram curiosas. Se fosse confrontado com esta possibilidade, acho que estaria no segundo grupo. Não sou uma pessoa agressiva por natureza. Curtia conhecer outras versões de mim, por muito que quase iguais. Seria fixe poder mandar vir comigo, sem ser outra vez só comigo. Acho, claro. Só no momento se sabe como reagir. Pena que não possa acontecer.

Nada de interessante acontece na minha vida. sigh

terça-feira, dezembro 30, 2014

Dr. Cabbie


Ter personagens indianos, que têm sucesso nas suas vidas, é sinónimo de sucesso cinematográfico. Dr. Cabbie tem uma nota muito enganadora no IMDb. Não é que não tenha qualquer piada. Tem um bocadito, muito por força de achar piada ao Rajesh e à Bobbi Moore (ex-Princesa Diana). Não justifica a elevada cotação.

O filme é básico, com todo o enredo a bater nas teclas que estamos habituados a ver... quer dizer, ouvir, se vamos respeitar a metáfora. Depois há situação criminosas (literalmente) que somos obrigados a aceitar, só porque o personagem principal é bom rapaz. Como se não bastasse praticar medicina no banco de trás dum táxi (sítio super higiénico, já agora), ainda tem o desplante de receitar medicamentos. Sem receita, entenda-se. Sim, sabemos que o faz por bem. Não deixa de ser ilegal. Em situação normal, se víssemos uma notícia destas nos jornais, como até é usual vermos, de temos a tempos, condenaríamos as acções do «meliante». Como é um filme bem disposto... Vá, deixem lá o rapaz fazer o que gosta à vontade. Qual é o mal?

segunda-feira, dezembro 29, 2014

Dumb and Dumber To


- Would you like some hot tea with lemon?
- Oh no! I can see where you might think that. Two gentleman traveling together. But we're straight.

É impressionante como 20 anos é o suficiente para deixarmos de gostar de determinados personagens. Eu, como muita gente, achei um piadão a estes idiotas no primeiro. No segundo... Acabam por ser só um bocado irritantes. Se calhar também houve muita gente que o achou logo ao início. Se calhar não é uma questão de certo tipo de humor ter que surgir em alturas específicas. Se calhar.

Sei que este não foi tão divertido.

The Trip to Italy


Encontramos na sequela mais do mesmo. Muda o cenário, mas a premissa é igual. Dois amigos a dizerem tontices, de parte a parte, num país diferente. E vá, continuam a comer e a passar por crises pessoais.

Não sei os contornos todos. Talvez fosse fácil pesquisar e descobrir. Não estou para isso. Parece que estas serão as versões cinematográficas da série homónima. Só que na série parece ser Coogan quem passeia. O amigo Rob terá aparecido algures, como outros indivíduos acabaram por fazer. Serão os filmes compilações das melhores cenas? Prefiro assim. Não sei se seria capaz de ver temporadas inteiras, mesmo que britânicas, deste nível de ócio e opulência.

Claro que seria capaz. Que tontice. Já vi tanta coisa pior.

terça-feira, dezembro 23, 2014

Men, Women & Children


Relacionamentos modernos. Cenas. Maneiras diferentes e digitais de interagir. Estamos a tornar-nos autómatos. Atenção limitada. Sempre ligado. Demasiada liberdade. Demasiado acesso a tudo. Outras cenas.

bah

Não interessa o que possa dizer do filme. Poderei ser o mais eloquente e articulado que alguma vez tenha sido. Não fará diferença. Será o mais fraco de todos os filmes de Jason Reitman, cavalheiro que já leva com uma bela colecção de películas. Eu achei piada. O que é certo é que nunca vou conseguir convencer ninguém a vê-lo. Tudo porque tem o Adam Sandler. E nada que tenha o Adam Sandler poderá alguma vez ser bom. Mesmo que já tenha feito bons filmes. É o Sandler. É impossível.

segunda-feira, dezembro 22, 2014

The Disappearance of Eleanor Rigby: Them


Foi um dia de ruivas. Parece-me bem. Mais assim fossem.

Neste caso, Chastain tenta esquecer uma tragédia familiar, o que a faz esquecer também a relação com McAvoy. Tal é uma chatice. Porque ela desaparece em pleno caos emocional e o rapaz fica meio à deriva. Tentam encontrar-se, que é como quem diz «ele procura-a várias vezes». Ela vai dando um ar da sua graça, volta e meia, mas cedo volta a desaparecer.

O projecto parece ter sido feito em partes. Pelo menos foi assim que conheci disto. Terão separado a parte dele e dela. Pensei em tentar arranjar maneira de ver assim, em partes separadas. Mas teria funcionado? Qual ver primeiro? E a segunda não perderia impacto? Teve que ser assim, da forma convencional. Fica a nota para se alguém se quiser aventurar.

domingo, dezembro 21, 2014

Still Alice


Julianne Moore passa o tempo todo agarrada às memórias, que lhe escapam a uma velocidade alucinante. Tem uma variante rara de Alzheimer.

Já eu quero esquecer este filme o mais rapidamente possível.

sábado, dezembro 20, 2014

The Boxtrolls


Não há nada a apontar a Boxtrolls. É um filme ternurento, que bate em todas as teclas certas com alguma agilidade. Foi pena não ser para mim.

Está longe de ser um ponto negativo. O grande problema reside do lado do espectador.

segunda-feira, dezembro 15, 2014

Comet


- I can't believe you're curing cancer now. Does that mean you've stopped hating people?
- Not at all.

Odeio cada vez mais comparar qualquer filme a outra coisa que já tenha visto. Comet é um misto de dois filmes que adoro. Como tal, gostei muito de Comet, mas nunca poderei dizer que o adoro. Talvez amanhã. Talvez daqui a uma semana. O verdadeiro teste será se me lembrar dele daqui a uns tempos largos. Costuma ser bom sinal e quer dizer que cresceu. O que é certo é que Comet deixou-me com aquele gosto maravilhoso no final. Deixou-me baralhado e a apreciar, uma vez mais, esta maravilha da 7.ª arte, que tanto adoro como odeio.

Amo saber que há pessoas que vão sentir o mesmo sobre este filme, que eu sinto pelos outros dois. Por pessoas, entenda-se crianças. Não é depreciativo. Justifica não terem visto os outros e acharem este especial. Como eu que também não conheço e não vi os que influenciaram os que adoro.

Amo a construção desta narrativa e os efeitos que se meteram pelo meio das cenas. Quase todos.

E amo a Emmy Rossum, que está perfeita em todas as cenas, com vários penteados e estilos quase radicalmente diferentes um do outro. A mulher é extraordinária. E digo-o sem uma ponta de luxúria, embora a tenha. É o maior elogio que posso fazer. Porque existirão um bilião de mulheres mais bonitas. Só que Emmy tem uma cena... É-lhe natural. Um saber estar e ser. Uma sensualidade tremenda que a coloca a léguas de todas as outras. E fosse eu não hetero, acharia o mesmo.

Gostei muito de Comet. Talvez seja por não esperar nada. Talvez seja por completar um fim-de-semana que já estava a ser para lá de agradável. Talvez esteja especialmente afável pelo resultado que se deu esta noite. Não sei. Sei que veio no momento certo e mereceu a minha total atenção. Coisa rara nos tempos que correm.

domingo, dezembro 14, 2014

The King of Kong: A Fistful of Quarters


Considero-me como um grande geek. Adoro muitas coisas que, se fosse um adolescente americano nos anos 80/90, colocar-me-iam em sérios riscos do «problema» que hoje em dia rotula-se de bullying. Não fui grande alvo disso. Fui por outras coisas, mas nunca por gostar de BD, filmes estranhos, músicas não populares, séries, jogos ou outras coisas deliciosas do género. Rocei sempre o nerd, mas nunca cheguei lá. Talvez fosse essa a diferença.

Uma coisa é certa. Estarei perto do nerd, mas a léguas do que estes cavalheiros são.

The King of Kong é das coisas mais nerds que vi na minha vida. E o bully que existe e sempre existiu de forma ténue na minha pessoa tem vontade de maltratá-los. Confesso. É o nerdismo levado a um extremo absoluto, ao nível religioso (que foi algo que nunca entendi). A trama que inventaram para tornar esta história, esta rivalidade, interessante...

São dois totós com demasiado tempo livre nas mãos, que são muito bons a jogar um jogo. E atenção que vejo mérito em ser bom em qualquer jogo, seja futebol ou Pong. Só que estes gajos... Epá, lamento. Não dá. Não consigo ver uma relação Messi/Ronaldo... ou melhor, Maradona/Pelé, para não ser tão conflituoso e trazer para aqui comentários que não fazem sentido (as pessoas são demasiado emotivas sobre a primeira parelha)... nestes dois cromos. Um deles realmente parece até ser um tipo fixe, apesar da obsessão. Poderá ser a maneira como o pintam no documentário, para melhorar a história. O outro é o totó-mor, rei dos totós. Um daqueles tipos para os quais nunca tive paciência. Ou então é manipulação narrativa. Sei lá.

Suponho que seja igual. Não interessa se envolve milhões de euros, mulheres diferentes a cada dia da semana, carros ou casarões, ou mesmo só um grupo restrito de cromos de borbulhas a idolatrarem-te numa casa de jogos. A partir do momento que és o melhor do mundo em alguma coisa, passas a ser um idiota. Só a escala é que muda. E sim, é sempre ridículo.

sábado, dezembro 13, 2014

Horrible Bosses 2


Um daqueles casos raros em que a sequela é melhor que o original. Pelo menos para já. Lembro-me de zero do primeiro, se bem que, segundo o que escrevi, até apreciei. Suponho que gostar do elenco faça toda a diferença. Estaria muito bem disposto quando vi ambos? Será que se sair o terceiro também vou achar este mau, só porque já não me lembro dele?

Às vezes ter um blogue ajuda a perceber se gostei dum filme ou não. Neste caso foi só confuso. Podia jurar que não tinha gostado.

Bem, insanidades a roçar o Alzheimer à parte, este teve uma data de boas idiotices que fez com que os personagens principais se safassem de quase tudo, de forma bastante lúdica. Teve Aniston a ser particularmente ordinária, algo que aprecio a todos os níveis, vá-se lá saber porquê. E tem o Chris Pine a repetir um papel de vilão histérico e meio parvo. Adoro. Adoro-o, aliás. Não é de agora. Adoro o seu Kirk. Mas começa a tornar-se doentio. Começa a roçar um mega-mancrush.

Não sei se estou preparado para ter outra relação deste género na minha vida.

The Hundred-Foot Journey


Outro óptimo exemplo dum póster péssimo, a dar uma imagem errada dum filme. Não que o filme seja muito melhor da palhaçada mostrada aqui, mas também não é isto. Não tem Mirren como personagem principal, para já. É apenas a actriz mais conhecida do elenco. Do mundo ocidental, atenção. Não faço ideia se qualquer um dos indianos é mega estrela de Bollywood, porque isso torna o póster ainda mais ridículo.

Cláusulas contratuais de actores à parte, o filme também não é esta palhaçada que se vê aqui, em que mais parece um filho bastardo da Mary Poppins. É uma história duma família que sai de país, depois dum trauma, à procura dum melhor pouso para o seu restaurante. Acabam por encontrá-lo no meio de França, sítio conhecido pela sua arrogância... eeer, queria dizer prepotência... não, não, queria mesmo dizer pela sua culinária. E pela maneira como recebem estrangeiros.

A partir daqui entra um pouco de fantasia à Hollywood, mas ainda não à Mary Poppins. A culinária indiana mistura-se com a francesa, entrando ainda no popular, hoje em dia, campo da fusão. E é neste ponto que deixa de fazer qualquer sentido. Porque se caril se misturasse com cordon bleu, alguém já o tinha inventado.

Lamento. Podem fazer filmes sobre deuses com martelos, homens que voam, ou cientistas geeks que vão para a cama com modelos. Agora, metam-se a inventar com comida e aqui o DaMaSCo fica chateado. Esse é o meu limite.

sexta-feira, dezembro 12, 2014

I Origins


Já tinha apreciado o primeiro filme grande deste realizador. Ambos têm o mesmo registo. Um misto de ficção cientifica/metafísica - que alicia a um outro tipo de público de géneros menos «convencionais» - e histórias profundas, de base o mais humana possível - que apela à grande maioria do público espectador mais... lá está.

A história aqui é boa. É simples, por muito que altamente improvável. Um casal tem um primeiro encontro numa festa de Halloween. O rapaz só lhe vê os olhos. A rapariga vê aquele tipo de coragem muitas vezes associadas a geeks científicos. (Ele vacilou no momento em que iam pinocar, logo no primeiro encontro. Daí resultou o fracasso do encontro.) E sim, falamos de duas pessoas que se conheceram naquela noite, em que lá percebemos que uma é um geek daqueles grandes e ela é modelo. Só em Hollywood ou na melhor das ficções científicas... lá está.

O desenrolar da narrativa é bom. O terceiro acto está bem conseguido, embora tenha um personagem estranho de ter aparecido e uma cena completamente descabida que fez-me dar muitas voltas no meu novo poiso preferido no mundo. Durante uns minutos agoniantes, juro que pensei que a história ia por outro rumo completamente diferente, muito mais dramático. Ou não tivesse eu maldade na cabeça e no coração... lá está.

Este último «lá está» não fará qualquer sentido sem ver o filme. Talvez nem faça mesmo tendo visto o filme. Tentei fazer uma cena engraçada com o texto. Não teria funcionado com um melhor escritor. Não era assim uma cena tão engraçada...

quinta-feira, dezembro 11, 2014

The Skeleton Twins


Há listas de pessoas e entidades várias onde este filme surge como um dos melhores do ano.

Sou o primeiro a dizer que não é por um actor ser «cómico», que não saiba fazer coisas com mais substância. Isso prova-se com a parelha de «irmãos», que nos presenteiam com uma história sentida de gémeos muito, mas muito deprimidos com o mundo. O desequilíbrio químico estará presente, embora os mais tradicionais na forma de pensar poderão apelar que é apenas um condicionamento familiar. O pai suicidou-se. Logo os irmãos têm uma tendência para o acto, tendo ainda uma proximidade tal que acaba por aproximá-los (e em boa hora) nos momentos de decisões muito infelizes.

Não colocaria numa lista de melhores do ano, mas muito porque estou cada vez mais esquisito e infantil na minha apreciação cinematográfica (houve demasiados blockbusters, entenda-se), mas é realmente um bom filme. Prova que a indústria poderá ter alguma esperança de fazer coisas simples, de qualidade. Já se serão viáveis economicamente, não sei. É preciso repensar o modelo de negócio, e isso é algo que não quero fazer a estas horas.

quarta-feira, dezembro 10, 2014

St. Vincent


No outro lado do prisma, contrastando e muito com o último post, temos St. Vincent. A crítica recebeu-o com os maiores elogios, muito por causa da interpretação de Murray, que é genial, como sempre. Tudo o resto está longe de o ser. A história é básica a vista milhentas vezes. Os restantes actores não estão à altura. E o miúdo é facilmente esquecível. Aliás, já nem me recordo da tromba do imberbe. McCarthy, ao contrário do que se poderia esperar, começa a saturar imenso. Faz sempre o mesmo papel. E se seria tolerável a um nível pequeno de séries, quando começamos a falar de produções maiores, com os nomes que daí advêm, é tudo menos. Já não há paciência.

Lamento, minha querida. Quero gostar de ti. Faria sentido que o fizesse. Estás a tornar a tarefa impossível.

terça-feira, dezembro 09, 2014

This Is Where I Leave You


A reacção inicial, ao saber do filme, foi de entusiasmo. Elenco óptimo. Uma temática negra. Alguns «cromos» a ter em conta. Tudo OK. Teria visto o filme mais cedo, até em piores condições, não fosse a má cotação no IMDb. Nem sempre é regra, mas em mais ocasiões acertam do que erram. Terá ajudado, com certeza. Num qualquer universo paralelo terei escrito um texto completamente diferente, em que mandava vir com os «deuses» de Hollywood que desperdiçaram mais uma boa ideia.

Assim, acabo por dizer que foi divertido, como esperava. Que teve algum sumo, como se previa. Que foi um prazer ver estes actores a fazerem estes personagens, com alegria e inteligência, como seria de esperar. Foi com gosto que vi a dupla de irmãos Bateman e Fey. Foi com júbilo que deliciei-me com uma história duma família pitoresca. E foi com apreço que vi e ouvi todas as piadas sobre as mamas falsas (da personagem?) de Fonda, culminando com a Fey a apertá-las, elogiando o plástico nos recém-retocados montes peitorais da famosa actriz, que aqui interpreta a sua mãe.

Haverá melhor referência para terminar um post?

sábado, dezembro 06, 2014

Northern Soul


Este póster é péssimo demais. O filme está longe de ser tão mau como aqui parece. É um filme que, não sendo incrível, satisfaz maior parte dos meus requisitos: história simples, personagens não demasiado elaborados mas aprazíveis, boa banda sonora e bastante envolvimento musical no enredo, miúdas giras... ou, neste caso, uma miúda gira, tipos com buços...

Northern Soul é sobre uns miúdos muito entediados em Inglaterra, que descobrem o soul. O resto é bastante previsível e igual a milhentas outras coisas mas, sinceramente, num sábado que se queria pachorrento, foi mais que suficiente.

sexta-feira, dezembro 05, 2014

The Maze Runner


Spoilers à parte, o final irritou-me. Depois deixou de irritar-me. Continuei irritado durante um pouco. E agora não sei que sentir.

Soube do filme há quase um par de meses, através dum póster, em terras estrangeiras. Parece que é baseado num qualquer bestseller. Não são todos? A premissa acaba por ser sempre a mesma: pessoas novas a fazer coisas. Não se vê muitas coisas a serem feitas, na realidade. Neste só correm. Aquela cena da moda.

A história precisava de tempo para desenvolver. Os personagens do mesmo. A acção acaba por passar-se demasiado depressa, o que tira impacto a todo o envolvimento.

E se há coisa que um labirinto precisa é de envolvimento.

quarta-feira, dezembro 03, 2014

Magic in the Moonlight


- I'm gonna take care of you and pamper you for the rest of your life. Do you like to travel? I mean, on yachts? Do you like to go to parties and buy jewels and clothes and go dancing? I'm a very good dancer.
- I'm sure I could get used to yachts and jewels.

Imagina-se a Emma Stone a dizer isto com o seu ar meio perdido, a tentar ser simpática, apesar de não conseguir esconder que é tudo o que não quer. Como é possível não morrer de amores por ela?

Bem, aqui está um pouco mais magra do que dantes. No meu entender, demasiado magra. Mas aos olhos de maior parte do mundo, eu sou um pouco insano.

Vá, seja. Terei que amá-la pela sua mente e pelo humor seco. 

Pelo humor seco apenas, claro. Quero lá saber da mente duma mulher.

domingo, novembro 30, 2014

Stretch


Strech é o nome dado a uma limusine, sendo também a alcunha do personagem principal. Foi para Hollywood tentar ser actor - não vão todos? -, e acabou por ser só mais uma pessoa a ter um emprego que odeia.

Juro que pensava que ia começar a ver o filme e desistir logo ao início. Pensava ser uma banhada. Tinha-o aqui para ver, por respeito ao Wilson. Acabou por ser uma alegre surpresa. Wilson continua igual a si mesmo e Pine foi muito engraçado. Eu sei que é engraçado, não é de agora, mas não esperava um bom personagem completamente fora. A parte final, o clímax, é tirada a ferros. O final em si então é demasiado perfeitinho.

O que conta e fica é a diversão até essas partes, e o quanto agarra ao início.

sábado, novembro 29, 2014

Supergirl


Tentando manter o registo e sucesso dos filmes versão masculina, Hollywood insistiu com o franchise, tentando dar-lhe outro ângulo. Se o terceiro Superhomem já era fraquinho, esta Super-Rapariga então é pior. Poderá até ser pior que o quarto Superhomem.

Em termos de moral, pode esperar-se zero do filme. Há dicas de outras raparigas que se for muito espera, ninguém gostará dela. Há um homem que se apaixona através de magia, e isso fica. Há todo a questão da saia... Bem, eram os anos 80. Melhor só encolher os ombros, com aquela confiança (errada) que hoje em dia é tudo muito diferente.

Depois há a história, que é má do princípio ao fim. A base não é terrível, e até nem está muito longe das histórias de BD. Só que... é fraco. A miúda faz porcaria na terra kriptoniana onde vive. Não vou entrar na explicação da existência duma cidade kriptoniana que sobreviveu à destruição do planeta. Não vale a pena. Fiquemo-nos pelo facto de que a miúda sai da tal cidade, vem à Terra e imediatamente fica com o fato de Super-Rapariga. Surge do nada. Como aliás todas as suas mudanças de equipamento ocorrem. O objectivo é recuperar um artefacto poderoso. Vá-se lá saber porquê, em vez de andar à procura do dito, decide inscrever-se numa escola, tendo um alter-ego em tudo semelhante à situação do primo. A má da fita é feiticeira o que, mais uma vez, nem é mal pensado para este universo. Uma das fraquezas do homem do S é a magia.

As motivações de todos os personagens é um chorrilho de disparates, regra geral tendo sempre por base querer dar uma queca. E tomar conta do mundo. Mas acima de tudo a parte da queca.

Estranho é até terem conseguido um elenco bastante razoável. Muito estranho, mesmo.

domingo, novembro 23, 2014

Sin City: A Dame to Kill For


Não fosse a hora e poder-se-ia ter toda uma discussão sobre mérito e valor de sequelas.

- Será que uma sequela seria melhor recebida, se tivesse sido feita primeiro?
- Uma sequela perde qualidade só por ser sequela?
- Quanta da qualidade dum filme tem a ver com ser novidade ou o tempo de lançamento?

Porque A Dame to Kill For não é mau. Longe disso. Está rigorosamente igual ao primeiro, que foi um sucesso, na altura. Tem o mesmo nível de talento na representação e é a mesma fórmula. Só que, lá está, não é novidade. Sai numa altura em que há muitas outras coisas melhores, dentro do género (as atenções estão focadas noutros lados). E terá as «segundas» histórias de Miller, do universo Sin City.

Seria uma discussão interessante. Claro que precisava ser tida noutro fórum e por outro interveniente que não eu. Mas seria interessante, sem dúvida.

sábado, novembro 22, 2014

About Alex


Um grupo de amigos junta-se numa casa no campo, num fim-de-semana, por causa do suicídio dum dos amigos. Fumam ganzas, dormem uns com os outros e ouvem boa música. Há uma namorada mais nova, que não pertencia ao grupo. Conversam e têm discussões, uns evitando, outros abordando o assunto desconfortável. Chamam-se ambos Alex.

Oooooooh, alguém viu Os Amigos de Alex quando era novo. Tão fofinho!

A diferença aqui é que o amigo não morre. É só uma tentativa de suicídio. Tudo o resto é, mais ou menos, o mesmo. Poder-se-á discutir o talento presente em cada um dos filmes. No original teremos mais talento, em tese. Eram nomes consagrados do cinema, suponho. Não sei se na altura. Nesta versão mais recente são talentos da televisão, para já. Se calhar, quando o original saiu, houve um palermita que escreveu num dos seus diários, a dizer que tinha acabado de ver um bom filme, com uma data de talentos emergentes.

About Alex não é mau. Até tem uma cena ou outra bastante conseguida, mas fiquei foi com vontade de ver o original.

A Merry Friggin' Christmas


Sim, sim, eu sei. É cedo para estar a ver filmes de Natal. Não resisti. Estava com saudades de Williams. Gostei ainda da ideia de ver uma parceria com McHale.

O filme é péssimo, atenção, apesar do bom elenco. Não se aproveita quase nada, apenas uma ou outra piada. Quem terá tido a ideia de meter Williams a fazer de mau feitio, péssimo pai, que odeia o Natal?

When the Game Stands Tall


Este filme é... estúpido. É todo um universo de estúpido. É um tsunami de estúpido, que leva toda a população de clichês à frente. Não interessa se são arranha-céus de clichês. A onda de estúpido que é este filme é capaz de afogar o Evereste. É a mãe de todas as avalanches de estúpido.

Falamos duma equipa que ganhou 150 jogos seguidos. Perde dois. E depois tem a capacidade de «dar a volta por cima». Fazem-se filmes disto? Já não há mais uma única história de desporto que justifique um filme? Tem que se recorrer a isto, a este culto de miúdos que não ganham jogos com força ou velocidade, mas sim com «coração», fé e entrar em campo de mãos dadas.

Pensei e quis ter abandonado o filme a meio. Aliás, quis logo no primeiro terço. Decidi, com coração e não força ou velocidade, ir até ao fim. Só para poder desancar nesta estupidez até mais não.

Valeu a pena.

quinta-feira, novembro 20, 2014

White Bird in a Blizzard


And like that, in a blink, my virginity disappeared. Just like my mother.

Sim, houve momentos em que quis desistir. Este foi um dos mais dramáticos. Expressões destas levam pessoas à loucura. É com estas coisas que se começam guerras. Levam à criação de partidos políticos. Ou até de blogues.

Mas ainda bem que não desisti. A Shailene mostra os seios. Várias vezes.

They are real.
And yes, they are spectacular.

terça-feira, novembro 18, 2014

Rudderless


Tive que fazer uma pausa. Vi o filme. Pausa. Ver Family Guy. Voltar para falar do assunto. Convém criar alguma distância. Perceber se é só entusiasmo, ou se é apreço genuíno.

A primeira reacção foi odiar a sinopse do IMDb. Revela demasiado. Irritou-me saber tanto, logo à cabeça. Achei que estragaria o filme. A sinopse distraiu-me tanto que só mais tarde percebi que foi realizado pelo William H. Macy. Reconheci-o no filme, claro. Vi depois o nome no genérico como produtor executivo. Na página do filme é que li a blurb a enaltecer o trabalho. E é bem enaltecido. O filme está muito fixe. Ajuda ter um elenco de luxo. Os dois principais são dos meus favoritos. E é sempre um prazer ver Crudup a voltar à música.

Tem muita emoção. Algum bom humor. Condescendência não abusiva. Lágrimas. Bastante urina no rio. Barcos, barcos, barcos. Revelações bem feitas. Um pouco de flanela. Bastante álcool. Demasiada emoção com uma banda de bar. Exagero na evolução enquanto «músico».

E assim se faz uma sinopse interessante, sem estragar a m€rd@ da história!

sexta-feira, novembro 14, 2014

Life Partners


Não sendo apenas sobre um relacionamento amizade, interrompido por um relacionamento relação, também é sobre isso. Mas muito é sobre esta necessidade absurda do ser humano de amadurecer e ser crescido, só para ter saudades de ser novo e inconsciente, quando finalmente se torna crescido. É absurdo e irónico. Passamos demasiado tempo chateados com mudanças, quando no fundo tudo é mais ou menos igual.

Desengane-se quem pense que é uma questão de amor, para além de amizade. Interessa pouco se uma delas é lésbica. É só uma questão de alguém sentir falta de outro alguém, quando aparece um terceiro alguém.

Já vi filmes que começavam assim. Quer dizer. Não vi tudo. Andei um pouco para a frente, até às partes mais fixes.

E depois adormeci.

quinta-feira, novembro 13, 2014

Seven Psychopaths


- Put your hands up.
- No.
- What?
- I said no.
- Why not?
- I don't want to.
- But I've got a gun.
- I don't care.
- But... It doesn't make any sense.
- Too bad.

Com um humor assim a dar para o tonto, Seven Psychopaths narra as histórias de seis psicopatas, que por sua vez têm a sua história contada por um guionista... e os seus dois amigos.

Sim, seis apenas. O nome é enganador. Pior, o nome é revelador, mas também não será uma revelação por aí além.

Há uma data de elementos roubados a outros filmes, aqui e ali, que dão um ar pitoresco à película. Nada que deslumbre, mas também nada que incomode. No geral, é um filme que se vê, não deixando grandes memórias. Por muito que esteja bastante bem feito, com representações óptimas.

quarta-feira, novembro 12, 2014

Run & Jump


Tirando o nome menos usual, Vanetia tinha uma vida de sonho. Um marido com jeito com as mãos. (Carpinteiro. Calma.) Uma casa bonita no campo. Dois filhos saudáveis, inteligentes e divertidos... por muito que o mais velho seja um pouco virado do avesso. Amigos. Família. Boa disposição. A mulher tinha tudo, tendo motivos para sorrir. Até que lhe aparece o Will Forte,  a ter que ir para país estrangeiro, para poder ser sério. Vem para estudar a situação médica do marido de Vanetia. Este teve um ataque cardíaco que deixou-o limitado, em termos de interacção social e outros. E, mesmo depois de todo este problema, com tudo o que daí advém, Vanetia continua a sorrir e a espalhar boa disposição. Está a morrer por dentro, calma. Não é uma idiota insensível. É só daquelas pessoas extraordinárias que não se deixa ir abaixo, porque há outras pessoas envolvida. Que segura as pontas e não desiste. E que o faz dançando e brincando com toda a gente.

Parece que se chamam «optimistas». Será uma raça diferente da minha. Só pode.

terça-feira, novembro 11, 2014

Interstellar


Nolan atingiu um estatuto tal que pode trabalhar com qualquer pessoa. Pode fazer o que quiser, no fundo. O mais «grave» é que tudo o que faz acaba por ser bom. E Interstellar é muito bom. O maior elogio que lhe posso fazer é que as quase três horas de filme passam num instante. Depois, é dizer que todas as cenas de espaço estão lindíssimas. E parece que houve muito estudo científico feito, o que ajuda sempre à história.

Dois problemas que as pessoas terão que ignorar, de modo a apreciar o filme:
- Matthew Maconaheyhey. É o herói. Se é impossível achar-lhe piada, então será difícil gostar do filme.
- As cenas científicas. Ou são demasiado complexas, ou são só espalhafatosas. Não que tenha o mínimo de conhecimento para contestar a mais pequena teoria aqui disparada. Fez-me confusão as viagens entre planetas.

Tirando isso, não me recordo de muito mais a abordar. Talvez o final demasiado perfeito. E que gostava de viver num mundo assim pós-apocalíptico. Ao menos não teria que preocupar-me com coisas de somenos. Só que é tarde. Não há tempo para falar disso. E, infelizmente, tenho demasiadas coisas de somenos com que preocupar-me.

quarta-feira, novembro 05, 2014

Upside Down


Quando descobri o filme achei muita piada à premissa. OK, o tema será batido. É mais uma variante dum amor proibido. Em todo o caso, o universo em si pareceu-me engraçado.

Depois a vida meteu-se ao barulho e esqueci-me que existia. Até que havia um dia ou outro em que deparava-me com o filme outra vez. E lá vinha a vontade de o ver... até que o esquecia novamente.

Desta feita não deixei passar. Andei a correr os filmes todos que tinha por aí. Separei os que tinha mais vontade de ver. Hoje, no meio da confusão do costume e de mais um jogo positivo, lá surgiu a oportunidade.

A premissa continua a ser engraçada. E o início está bem construído, bem desenvolvido. A meio faltou o orçamento. E a narrativa foi acelerada. Demasiado. Duas ou três cenas passam sem se dar por isso, sendo coisas importantes que mereciam ser mastigadas. O filme termina e fica um sabor agridoce de algo que tinha que ser trabalhado. Como os personagens, no seu universo com demasiadas forças gravitacionais, a coisa andou aos tropeções e tudo se resolveu de forma demasiado simples.

Pena.

terça-feira, novembro 04, 2014

The Signal


Já lá ia o tempo que não via uma mamadice universitária. Parece depreciativo. Não é.

Começando pelo negativo, percebe-se que Signal pretendia ser algo diferente do que acabou por ser. Não que o registo se tenha alterado. Simplesmente o foco da narrativa passou para outros interesses. Tiveram que massificar a coisa, com uma relação. Tiveram que baixar um pouco o nível.

Passando para o positivo, a história é interessante. A simplicidade dos momentos é agradável de se ver. E as cenas de tensão são verdadeiras cenas de tensão. Há um envolvimento que se tenta e se consegue.

Pelo meio há uma data de tentativas de mensagem que, sinceramente, pouco fazem aqui.

No centro duma data de detalhes que não vou aqui revelar, o verdadeiro sinal de ficção científica é dum nerd informático ter uma namorada super gira, a quem dá uma tampa.

Com isso sim, sinto-me «agitado».

domingo, novembro 02, 2014

Get on Up


Em muitos momentos da vida acreditei que o sr. Brown só não foi um supreassumo da música, ao nível de Elvis e afins, por causa da cor da pele. Claro que isto é apenas e só com base numa profunda paixão que tenho pela sua música. Não se pode afirmar algo assim sem fazer o mínimo de pesquisa. E pelo que vejo no filme, o homem (deus?) teria alguns defeitos bem graves. Como todos os génios, era temperamental e de personalidade forte, entenda-se conflituosa. Teve uns momentos com a esposa que, infelizmente, não têm como não estragar a imagem que tinha dele. Continua a ser um dos grandes. Um dos maiores, mesmo. Era um assombro em palco. Se algum dia tivesse possibilidade de viajar no tempo, (para além de mudar umas decisões tomadas) iria com todo o gosto ver um dos seus concertos.

Não seria apenas esse o seu trunfo. Era o maior dentro e fora do palco. Mesmo que fosse o maior idiota. Era o maior. E se metade do que diz no filme lhe saiu da boca, então o mito sobe para mim.

Paralelamente, o filme está muito bem montado. Começa a ser cada vez mais difícil fazer destas biografias. Há uma fórmula que há muito teima em manter-se. Os saltos de cenas para cenas, todas em tempos diferentes, acabam por funcionar em termos narrativos, conseguindo-se assim fugir um pouco aos clichés que estamos habituados e ver. Muito bom exercício.

Termino, desafiando os meus três leitores a não terminares a frase seguinte, mesmo que seja só na vossa cabeça.

Say it loud...

Obvious Child


Continuando a conversa do post anterior, neste caso continuo sem estar convencido pelos dotes cómicos desta criatura. Talvez seja por fazer uma papel super irritante na mesma série que Poehler. Talvez seja porque a própria é um pouco irritante. O que é certo é que apenas dou-lhe o desconto porque entra numa série que gosto muito.

Não foi por isso que vi o filme. Aliás, esta conversa nem tem nada a ver. É mesmo só porque não tenho mais nada para falar. A moça em questão é uma desorientada e entrou num ponto na vida onde tudo desabou. Perdeu namorado e emprego. O sonho está longe. E engravidou numa bêbada noite com um estranho. Está tudo de pernas para o ar e há pouco a que se agarrar.

Solução óbvia: beber e contar todos os podres em palco, durante o seu espectáculo de stand-up. Acho que todos faríamos o mesmo, nesta situação.

Are You Here


Nunca pensei dizer isto, mas a Amy Poehler faz-me ver tudo em que entra. Não literalmente. Ela não vem cá a casa obrigar-me a ver coisas. Com pena. Teria vergonha pela casa, mas adoraria tê-la cá. Diríamos parvoíces. Eu ia rir-me de tudo o que dissesse ou fizesse. Mesmo as coisas sem piada nenhuma. Até das coisas que não seriam piadas. Adoro-a. Não sei se é claro.

Não foi sempre assim. Não lhe achava piada nenhuma. Chegava mesmo a não gostar dela um pouco. Era parvoíce. Faltava-me percepção de quão engraçada é. E agora estamos nisto. Tudo o que ela fizer, eu vou ver. O que nos leva a este post. A ter visto um filme que tenta ser sério e não cómico. Um filme com muito pouco interesse, para além dos pares de seios que surgem despidos, aqui e ali. Mais o Zach nome-grego-impronunciável sem barba. Imagino que tenha aparecido sem barba noutros sítios, mais ao início da carreira. Nunca tinha visto. É muito estranho.

O Owen Wilson tenta ser sério.

Não há mais.

sábado, novembro 01, 2014

Transformers: Age of Extinction


Não há um minuto em que não esteja a acontecer algo estúpido, ou desprovido de sentido. O filme é péssimo e não tem jeito nenhum. A história é disparatada. Não há um personagem que seja coerente ou minimamente realista. Sim, sim, eu sei. Falar em realismo aqui é absurdo. Refiro-me a coerência.

Exemplo: o Marky Mark é um nerd inventor de coisas falhadas, que afugenta pessoas da sua quinta com um taco de baseball, e chega ao final do filme como mega herói de acção. Antes disso fazia parte da equipa de futebol americano da faculdade, que imagino fosse de ivy league de tecnologia. Os seus sidekicks são a filha de 17 anos, que quer proteger mas que leva para o meio duma batalha de robôs gigantes. E o namorado dela, cuja existência era-lhe desconhecida até meio do filme, e a qual ele ameaça terminar demasiadas vezes, não chegando a cumprir.

Foi demasiado estúpido e pondero não ver a próxima sequela. O franchise está no buraco.

Teenage Mutant Ninja Turtles


Há coisas que preferia que deixassem quietas. Adoro de morte estes personagens. Adorava os desenhos animados, assim como os filmes. Toda a essência de anos 90 é algo que levarei comigo para o túmulo, guardado num cantinho especial no coração. Foi dos primeiros genéricos de série que memorizei, mesmo sem esforço. Dei por mim a saber a letra. E claro que vou sempre ver tudo o que fizerem das tartarugas. Não tanto séries animadas. Não são para mim. Mas tudo o que for longa metragem, animada ou não. Só que ver uma coisas destas... este exercício fútil com o pior casting alguma vez visto... custa muito ver uma coisa destas.

O filme é divertido. E procurando um par de horas de cérebro desligado é perfeito. Mas não passa disso. E deveria passar. Se não lá está, mais valia estarem quietos.

sexta-feira, outubro 31, 2014

Hercules


Haja paciência para Ratner. Pegou na mitologia de Hercules e fez um filme de acção... tirando-lhe toda a mitologia.

Sim, Hercules é apenas humano. Toda a história de ser filho de Zeus e tudo mais, é tudo treta neste universo. Dizê-lo assim é um spoiler, é certo, mas não é nada que estrague o filme. O que estraga o filme é Ratner. Qual o interesse de fazer um filme sobre o Hercules, se do semi-deus a única coisa que tem é o nome?

domingo, outubro 26, 2014

Let's Be Cops


Sabendo da disponibilidade deste filme, precisava tanto de o ver, como de respirar. Era um desejo. Uma necessidade absoluta de desligar o cérebro e ver uma data de parvoíces desenvolvidas, vistas no trailer há uns tempos atrás. Gosto dos actores. Estão com malta que já fez outros filmes com piada. E a premissa é gira.

O filme é um flop. As cenas engraçadas estão todas no trailer e o desenrolar «sério» da história é só tolo. Mas o que é certo é que o filme salvou-me a sanidade, talvez até a vida. Pelo menos neste dia.

domingo, outubro 19, 2014

Lucy


Luc Besson no seu melhor. Está longe de ser o meu filme preferido dele, mas é sempre fixe vê-lo a destruir/envolver o seu país (talvez a sua cidade), no meio duma data de acção (alguma dela gratuita) e tentativas de análises profundas da natureza humana.

Em Lucy, Besson vai buscar a história do Limitless, dando-lhe uma protagonista, em vez dum protagonista. A origem é um pouco diferente. E o que cada personagem faz com as duas novas capacidades também acaba por diferir. Até porque logo à cabeça Lucy sabe do seu fim. Parte, aliás, que é a mais fraca. O resto do filme é divertido, mas o final já é uma memória distante. Resumindo, é a mesmo história, com muito mais acção.

E é sempre fixe ver Scarlett a arriar numa data de gajos, mesmo quando nem precisava de o fazer.

Planes: Fire & Rescue


Começa a ser difícil arranjar histórias interessantes, neste universo de carros, aviões e outros meios de transporte falantes. Já tinha apontado o problema da falta de sentido, para questões humanas aplicadas a estas espécies. Agora o problema é mais falta de imaginação no enredo.

É sempre um defeito a obrigar o herói a procurar outra profissão. Regra geral tem a ver com idade. Sei que estes filmes são para miúdos. E o intuito principal será sempre vender bonecos e todo o tipo de merchandising. Mas isso impede uma pessoa de pedir um pouco de qualidade?

Estarei a ser demasiado técnico e/ou exigente com filmes de animação?

Frank


Não poderia acabar um embaço deste calibre sem passar por um filme a roçar ligeiramente a «mamadice». Não é das coisas mais estranhas que vi. Longe disso. Mas ter um vocalista de banda que usa uma máscara gigante, 24 horas por dia, torna esta história um pouco mais peculiar que as outras. O personagem principal é um totó britânico, que tudo fará para cumprir o seu sonho de ser músico profissional. Até fazer parte duma «banda» que demora mais dum ano a gravar o seu álbum, numa casa no meio da floresta, sendo que não há qualquer verdadeiro intuito de serem ouvidos por outras pessoas. Mas o verdadeiro interesse é o nosso vocalista e a sua particularidade.

Vale por um Fassbender escondido, assim como um irlandês descencente de outro irlandês, com verdadeiro talento.

sábado, outubro 18, 2014

Wish I Was Here


Louvo os esforços de Braff em tentar criar algo especial, baseado em histórias relativamente comuns. O escritor/actor/realizador cria personagens densos e tridimensionais. Outros momentos na história são mais inacreditáveis, mas isso é porque o rapaz é fã de alguma fantasia. E não falo das alucinações deles, enquanto herói.

É giro ver o conjunto de actores amigos, que aparecem aqui apenas e só pela amizade. Um projecto deste tipo nunca atrairia estes nomes. Mas é bom. Dá qualidade e credibilidade à coisa. O rapaz mexe-se bem. E não, não falo de qualquer dote de bailarino. Nesse aspecto tem ar de fazer bem jus à sua tez.

Deveria ter visto este filme noutra altura, quando tivesse mais cabeça para o apreciar. Não no meio duma data de outras coisas. Há diálogos que teriam tido mais impacto, em situação normal. Foi pena.

Life After Beth


Parem com a cena de misturar romance com zombies. A sério. Que seja o último exercício deste calibre.

Aubrey Plaza dá um delicioso ar da sua graça ao interpretar um pré-zombie, com toda a maravilhosa evolução que tal implica, mas tudo o resto é balela.

What If


You totally killed my sex/nacho high.

Não desprovido de alguns momentos divertidos, assim como diálogos «fora da caixa», What If bate em todas as teclas que não se devem bater, se falamos duma comédia romântica. Para mais, o Harry Potter estraga e muito a coisa. Mesmo do baixo do seu metro e meio, o palerma britânico falha em convencer alguém que poderia ser cativante para uma mulher. Uma premissa essencial, se vamos convencer o público que será capaz de roubar uma mulher a outro homem.

O casal melhor amigo é fixe. Assim como maior parte do tempo em que aparece a irmã, do espectacular que é a sua loucura feminina (vista à distância, claro). Até a moça principal, que poderá ser considerada desprovida de sal, tem algum encanto. O problema é mesmo o britânico e a sua péssima representação, que estragam um pouco a película.