sábado, outubro 18, 2008

Wanted

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Confesso que já não me recordo de grande coisa da BD que deu origem a isto.
Confesso que a li um pouco na diagonal.
Confesso que não é das minhas coisas preferidas do deus que é Millar.
Mas tenho ideia que este filme não tem grande coisa a ver!

A história foi... hollywoodada.
Os livros de BD passaram para uns gajos que criaram uma história.
A história passou para uns outros gajos que escreveram o guião.
E lá veio o realizador dar o seu toque pessoal.

Não me entendam mal. O filme é fixe e vê-se bastante bem, sendo que tem alguns detalhes geniais, e nada como ter a Jolie como eye candy. A sério! A mulher não faz mais nada neste filme senão poses!! Foi uma reedição do brilhante papel no Gone in Sixty Seconds, só que com mais tempo de antena.
Moral da história é: isto não é completamente Millar.

Das cenas com detalhes geniais, esta é a melhor:

Journey To The Center Of The Earth

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É um filme giro de aventura/fantasia. Dava jeito ter visto no cinema, onde a vertente 3D pudesse verdadeiramente ser apreciada. Fica a nota que na Islândia (país em voga, nos últimos dias) afinal não há só a Bjork.

Esta miúda é muito gira.

Get Smart

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Era fã da série. Achava-lhe piada e tive mesmo um pequeno crush de criança pela Agente 99. Sou fã do Steve Carell. Sou fã do The Rock que, surpreendentemente, já abdicou desta alcunha. Sou grande fã do Alan Arkin. E sou fã dos seios da Anne Hathaway.

Contudo, há uma realidade inabalável: certas coisas são suposto ficar no passado. Nos tempos que correm temos fácil acesso a todo o tipo de séries e filmes do passado. Sabendo isto, Hollywood faz remakes e versões de tudo e mais alguma coisa, desde a década de 70. Não vale a pena. As lembranças são boas e muita coisa deve ficar no passado. O filme até é giro e os criadores aproveitaram muita coisa da série - a totozice do Smart, o sapato telefone - só que não é a mesma coisa.

Tudo tem o seu timing e é por isso que há que aproveitar as coisas na altura certa. Anos depois há um risco demasiado grande de não ser a mesma coisa. Há o risco da desilusão. É assim com quase tudo. Às vezes não é assim, mas por norma...

terça-feira, outubro 14, 2008

Burn After Reading


Os Cohen são cavalheiros com talento. Disso não me parece que haja dúvidas. Depois, há a vantagem da aposta na Frances McDormand. Passo a explicar: a Frances é casada com um deles. Daí que apareça em todos os filmes. É chato quando se tem que meter a esposa em tudo, independentemente dela não saber representar. Aqui não é o caso. Frances é uma excelente actriz e ainda bem que aparece sempre.

A questão é que os manos têm dois tipos de filmes.
Intensos e negros, como o Blood Simple ou o Fargo, com personagens peculiares e assustadores. Ridículos e zbróink, como o Ladykillers ou o Big Lebowsky, sempre com personagens estranhos/burros/caricatos, mas com uma forte dose de humor inteligente.
A minha preferência vai para a segunda categoria, confesso. Ainda hoje cito - com alguma frequência - cenas do Lebowsky.

Este Burn...
Até já passou algum tempo desde que o vi (uma hora e pouco, maior parte do tempo à procura de lugar para estacionar), mas mesmo assim continuo sem saber em que categoria o colocar. Suponho que seja entre as duas. Começa como parecendo pertencer à classe séria. Aparece o Brad Pitt e claramente passa para o outro pólo. Mete um pouco de trama político e o Malkovich e a Tilda Swinton, qualquer um deles especialmente assustador. O Clooney surge a fazer o mesmo papel de desorientado a que nos tem habituado nos últimos tempos, muito ao estilo do O Brother ou do Leatherheads.

Começa sério e acaba de forma ridícula. Pelo meio tenta ser um pouco de uma coisa, nunca esquecendo a outra.

Não o recomendo. Prefiro mil vezes outros filmes dos manos. No entanto, parece-me que não ficarão completamente desiludidos se o forem ver na mesma.