terça-feira, janeiro 31, 2012

Hunger

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Em 2008 fez-se uma data de filmes em prisões. É a conclusão a que chego. Pior. Há um actor que apareceu neste e no outro que vi há dias. E este actor, em parceria com o protagonista aqui, fazem os dois uma cena do outro mundo. Cerca de 15 minutos de diálogo, só num plano, mais cerca de dez em monólogo, mais ou menos. Uma cena incrível. Daquelas que queres ver outra vez e não queres ver nunca mais. Porque sabes ao que leva. Porque percebes que vai levar a uma greve de fome de 66 dias que, invariavelmente, leva à morte. Uma morte lenta e horrível. Para a pessoa e para a família, que tem que o ver a morrer. Há gente que faz tudo por uma causa. Eu não consigo passar muitas horas sem comer. Tenho vergonha, pois claro que tenho. Também não tenho uma causa. É um facto. E ainda bem. Não seria a pessoa indicada para levar uma coisa destas avante.

domingo, janeiro 29, 2012

Anonymous

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A teoria aqui é que não foi William Shakespeare a escrever as peças e tudo mais. A teoria é que foi o filho da rainha, que chegou mesmo a dormir com ela - se bem que em defesa de todos, o mais provável era nenhum saber -, com quem teve um filho ilegítimo. Toda a gente mais próxima sabia que era ele a escrever, mas não era nem correcto, nem muito digno que fosse público em geral. Tiveram que arranjar um bode expiatório, um cretino manipulado pelo verdadeiro autor. Através das peças, o velho «Bill» tentou arranjar maneira de destruir todos os que se meteram na sua vida e nos seus planos. Pena que a artimanha tenha saído um pouco ao lado.

Happy Feet Two


Serei uma pessoa tão ruim que pinguins aos saltos,  a cantar e a dançar, não seja suficiente para alegrar-me?

É que cheguei a um ponto, durante o filme, em que estava muito irritado com tudo. Porque é que eles cantam e dançam por tudo e por nada? Porque é que mesmo quando estão num buraco (digo-o de forma bastante literal) estão a cantar e a dançar? Epá, não. Já chega. Por um minuto que seja, parem quietos, pássaros irritantes que não voam!

Ok. Sim. É oficial. Sou uma pessoa ruim.

(São pássaros, certo?)

The Escapist


Devia ter prestado mais atenção. Este filme merecia mais atenção. Comecei a vê-lo de manhã. Alguém interrompeu com um plano de ir ver bola júnior. Mais tarde houve bola sénior. E quando finalmente consegui retomar o visionamento, as mamas da Katherine Heigl apareciam de cinco em cinco minutos, num dos TVCines, no Killers. Assim não há grandes condições.

O que é certo é que Brian Cox volta a brilhar num filme com algumas escolhas estranhas de casting. O velho descobre que a filha é uma drogadeca em apuros e orienta uma fuga de prisão. A ideia seria serem poucos mas, à medida que a trama adensa, mais juntam-se à pandilha. O filme termina com um pequeno mas muito iinteressante twist.

Lá está, não estivesse eu distraído com as marufas da outra e este post talvez fosse interessante... hum, mamas e bola. Sim, foi um belo sábado.

sábado, janeiro 28, 2012

Arthur Christmas

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Mais um de Natal... tarde demais. Deveria guardá-los para o ano? É que gosto de começar o dia com um filme de animação... e não saiem assim tantos por ano...

A família Christmas tem a tradição de Natal há já algum tempo, sendo o fato vermelho passado de geração em geração. Neste caso temos o avô (reformado), o pai (recusa-se a abdicar do posto), o filho mais velho (militar, desejoso pelo lugar) e o mais novo (que só quer que todos tenham um Feliz Natal). Arthur é o mais novo. O desengonçado. O que nunca poderá ser Pai Natal. Só que é o único que vê ainda as coisas pelos olhos duma criança. Que acredita e que gosta de tudo o que envolve o Natal. Por isso, quando se descobre que não foi entregue uma prenda, Arthur enfrenta os seus medos e, à revelia de toda a família (menos do avô maluquinho), mete-se no velho trenó e vai entregar a prenda à criança que falta.

Fiquei com uma lagrimazinha no canto do olho. :')

quarta-feira, janeiro 25, 2012

The Big Year

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Isto não é uma comédia. Sim, eu sei que rotulo o filme como tal, mas não é bem bem uma comédia. É algo simpático e agradável de se ver, com pessoas que têm piada e que até tem alguma graça. Mas não é a comédia que se espera que seja um filme com Steve Martin, Jack Black e Owen Wilson. E não é uma comédia como parece ser por este póster, que dá a ideia que o Steve Martin é um idiota e o Owen Wilson está vestido à trekkie. Longe disso. É uma história simpática sobre três pessoas que adoram pássaros e que querem ter um ano em grande. Big Year é uma espécie de concurso em que ganha quem vir mais espécies de pássaros diferentes. Não é necessário haver qualquer tipo de registo. Funciona tudo à base da honra e honestidade. Portugueses nunca poderiam participar. Portugueses inventariam espécies novas só para garantir que ganhavam. «Sr. Carlos, é impossível você ter visto um milhão de espécies diferentes. Só existem mil e tal!», diria um especialista, usando um número bem mais próximo da realidade do que «mil e tal», sendo que não faço ideia se «mil e tal» estará sequer próximo da realidade. Sim, poderia pesquisar na Internet, mas depois teria que aprender coisas e estou um pouco cansado para isso. Só de ver estes a passear de um lado para o outro à procura de pássaros cansou-me.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Alvin and the Chipmunks: Chipwrecked

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Não. Não acho que tenha tendências masoquistas. Sim, o primeiro não é nada de jeito. O segundo é horrível. Este não é muito melhor. Só que precisava duma coisa curta de se ver. Simples, que não precisasse de muita atenção, enquanto tratava duns afazeres por casa. Pelo meio até teve uma pausa grande, para dois dedos de conversa com recém-chegados. Não custou assim tanto de se ver. Custa mais de ouvir, que os s@c@n@s dos esquilos são estridentes.

Continuo é sem perceber o que é que o Jason Lee saca disto. Será que recebe assim tanto dinheiro?

domingo, janeiro 22, 2012

A Very Harold & Kumar 3D Christmas

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Isto agora vai irritar-me, porque vão sair uns quantos filmes de Natal que vou ver demasiado tarde. Claro que nunca consigo ficar muito irritado quando vejo coisas divertidas como a última «aventura» destes dois marialvas de outras etnias.

Harold e Kumar já não são os amigos mais próximos. Sim, eu sei. É muito triste. Ao que parece, Harold fartou-se um bocado de meter-se sempre em apuros, muito por causa do seu desorientado amigo. Separaram-se e, enquanto Harold decidiu assumir a coisa séria e adulta de assentar e constituir família, Kumar continuou a fumar ganzas. São opções. Não sou grande fã da segunda hipótese mas admito que a primeira também não é assim tão tentadora. O que é certo é que nenhum dos dois está feliz. Harold tenta tudo por tudo cair nas boas graças do sogro e Kumar lida (mal) com o abandono da namorada. A namorada namorada. Não é uma insinuação que os dois são amantes, atenção.
Uma prenda misteriosa em forma de mega-ganza surge do nada, unindo os dois melhores amigos em mais uma data de situações ridículas (mas divertidas), como ter uma criança a dar em vários tipos de drogas, o NPH como NPH (mas heterossexual novamente), um tiro acidental ao Pai Natal, drogas e alguns seios (entre outras partes) de freiras. Uma óptima noção da missa de Natal, aliás. Ou seja... mais do mesmo.

sábado, janeiro 21, 2012

Elegy


Mamas. Começar o dia com mamas é a melhor forma de começar o dia. Se tivermos em conta que são as da Penélope - o seu verdadeiro atributo enquanto actriz -, então melhor que isso só começar com mamas verdadeiras.

Ben Kingsley é um velho mulherengo. Professor e especialista em coisas que só velhos que querem comer moças novas é que se interessam. Sendo velho, dá um grande paleio à moça das mamas, falando-lhe de arte, filosofia, bla bla bla... Coisas que velhos têm que fazer para engatar moças com mamas. Só que esta é diferente (lá está, tem um belo par) e Kingsley fica baralhado e ciumento, como nunca foi antes. Não a quer perder mas, sabendo de antemão que acabará, vai boicotando a relação, forçando o terminus que se antevê.

E e isso. Um velho a lidar com a mortalidade, tanto a dele como a dos outros, tentando evitá-la no peito duma jovem moçoila.

The Oxford Murders

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Segundo filme seguido com John Hurt. Juro que não foi de propósito.

O Frodo é um nerd da matemática. Vai para Oxford de propósito para trabalhar com o seu ídolo, um über nerd da matemática e outras coisas, interpretado por Hurt. Assim que lá chega é rejeitado pelo velho, mas saca duas moças, uma delas um mulherão espanhol. (Porque toda a gente sabe que elas gostam é dos patetas obcecados com equações.) Apesar do saldo claramente positivo, fica frustrado e amua, querendo ir para casa. É nessa altura que uma velha morre e, de repente, os nerds são detectives privados e tentam ajudar a polícia a encontrar o assassino em série, que se baseia na matemática para matar.

Vale pelo mulherão espanhol que, felizmente, mostra os belíssimos seios. E valerá para quem quiser ver o Frodo a pinocar.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Immortals

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Tarsem Singh faz filmes muito bonitos. Lindos, mesmo. O problema é que, na constante procura da beleza, Singh acaba por meter uma data de gente bonita em tela... mas que não sabe respresentar. Ou, pior, que não tem idade sequer para o papel que representa. Modelitos a fazer de deuses gregos... epá, não. Essa foi a pior parte. Foleiros à brava. De deuses tinham muito pouco. E os Titãs então... Esta gente não sabe que os Titãs eram gigantes? Para mais, a batalha final decorreu num túnel, por baixo duma gigantesca mulhara. Os dois exércitos combateram aí, enquanto aconteciam outras coisas noutros sítios. Sempre que se voltava ao túnel, os corpos dos que morriam na cena anterior tinham desaparecido, como que por magia. E lá fora encontrávamos ainda legiões, à espera de vez.

É pena, porque esteticamente este homem é delicioso. Só que faz é filmes de m€rd@.

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Passchendaele

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Paul Gross realiza e entra. É o personagem principal. É herói de guerra retornado à terra natal do Canadá. Está traumatizado e não disponível para voltar ao combate. A Guerra é a Primeira Grande. E Gross apaixonou-se pela enfermeira que o tratou, já no Canadá. Após muita novela chachada canadiana (nunca pensei ver uma novela canadiana, é algo que posso riscar da minha lista), o irmão da enfermeira vai para a guerra com o aval médico do pai da namorada. A ideia seria ganhar consentimento para casar. A lógica é que o pai queira que vá morrer longe. Literalmente. Gross vai atrás, falseficando papéis, para proteger o miúdo. Tudo para conquistar a drogadita da enfermeira. Sim, porque a primeira vez que se deitou com ela foi para apoiá-la na desintoxicação de morfina. Gross volta à guerra que o traumatizou e, mais uma vez, é o herói, abdicando da própria vida em prol do irmão (idiota) da mulher que ama.

Parece-me nobre. Mas parece-me pouco.
Já eu sim faço o verdadeiro sacrifício, devido ao facto de que vi este filme só porque tem uma miúda gira.

Por outro lado foi bom ver/ouvir uma moçoila com o seu ar deslavado de loira canadiana a dizer «Do you want to introduce some foreign matter into me?». Não faz sentido assim solto. Poderá até soar um pouco estranho. Contudo, confirmo que foi ordinário.

terça-feira, janeiro 17, 2012

Johnny English: Reborn

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Os filmes do «Johnny English» baralham-me sempre. Eu não devia achar tanta piada. O que é certo é que acho.

Dá um ar de ser qualquer coisa na linha da Pantera Cor-de-Rosa, mas sem sotaque ridículo francês. Só que acaba por ser um ligeiro patamar acima. O agente aqui é incompetente, mas com alguns rasgos de brilhantismo propositados, só para voltar a ser um pateta dois segundos depois. Sim, é um Mr. Bean com toques de Black Adder cangaceiro. É muito confuso e baralha-me. Invariavelmente é Rowan Atkinson e eu parto-me sempre a rir com ele. Talvez seja doença. Já não é de agora.

segunda-feira, janeiro 16, 2012

The Double

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A ideia não era má. E tenho que admitir que gostei de Gere como assassino (não é spoiler nenhum, é dito no trailer e sabe-se nos primeiros 10m de filme). Até estou com pena de não terem tido a ideia mais cedo. Acho que gostaria de ter visto Gere mais vezes como o mau da fita. Quer dizer, para todos os efeitos, ainda podem aproveitar-se desta nova faceta dele durante algum tempo. Alguém sabe a idade de Gere? Não serei o único a achar que ele está igual já há mais de 20 anos, certo?

Em todo o caso, uma boa ideia não faz um bom filme. The Double está cheio de erros e coisas que não fazem sentido nenhum. São mesmo muitas ocorrências. Ia dizer as que me lembrava, mas demasiadas vieram à cabeça para serem enumerados aqui. E o final então... essa parte não posso mesmo falar. Seria um senhor spoiler. Se bem que o verdadeiro estrago será se muita gente for ver este filme.

domingo, janeiro 15, 2012

Puss in Boots

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Continuamos no P, saltanto do francês para... bem, não será exactamente inglês. Algo parecido e cheio de sotaque, é certo. Entre o Banderas e a Hayek, mais valia terem feito isto em espanhol, não?

Tenho todo o respeito por Banderas. O homem mexe comigo como nenhum homem deveria mexer. Mas não o consigo ver aqui como principal. Sim, gostei do personagem nos «Shreks», só que não sinto que tenha sumo suficiente. Será o síndrome dos spin-offs? Puss in Boots vale e muito pela acção e por meia dúzia de pormenores de piadinhas de gatos. Aquele humor a que estamos habituados, vindo destes cavalheiros.

Piadas de gatos. Hmmm. Será que fãs de «Shrek», mas que odeiam gatos, terão visto isto?

Parlez-moi de la Pluie

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Gosto das personagens de Agnès Jaoui. Simples e muito falíveis. Humanas, portanto. Gosto da interacção entre elas. E, acima de tudo, gosto como mete quase sempre o marido a fazer papel de totó. Não é para todos.

Agnès vai de férias à casa de família. Acaba por aceder a ser entrevistada para um documentário, realizado por um taranta com algum talento, mas quase sempre broado, e o filho da caseira da casa de família. As entrevistas não correm da melhor forma, não só por culpa do taranta, que por coincidência tem um caso com a irmã de Agnès. O filho da caseira anda também apaixonadito por uma colega de trabalho. E a própria Agnès está com problemas na «relação» que recusa-se a solidificar, preferindo não viver com o companheiro, não ter filhos e não casar.

Alguns momentos engraçados e muito coração é o que se espera destes filmes. E é o que se encontra em Parlez-moi de la Pluie.

War Horse

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Acabei o filme com lágrimas nos olhos. Não porque seja comovente, se bem que tenta ser. É mais porque...
eu...
não acredito...
que acabei de ver um filme candidato a prémios...
com duas horas e tal...
em que o personagem principal...
é um cavalo!!

Estão a brincar comigo? É que ainda por cima isto é o Forrest Gump, versão Primeira Guerra Mundial! O cavalo andou em todas as frentes a ser passado de um lado para o outro, qual meretriz. Começou com britânicos, passou por alemães e franceses, tudo para no final voltar ao dono.

Epá, ridículo por demais.

sábado, janeiro 14, 2012

Division III: Football's Finest

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A minha busca por uma comédia decente continua.

Esperava encontrá-la em Division III: Football's Finest? Não. Tinha esperança que desse para encontrar uma ou duas cenas decentes. Porque tirando o Andy Dick, até estão aqui algumas caras conhecidas do MAD TV, por exemplo.

Mas que raios pensaram estes gajos quando escolheram Dick para fazer de treinador durão? Ok, ele faz bem a parte de ser parvo. Bem até demais. Bate-lhes e é irritante. Nem se pode dizer que esteja a representar. Agora tudo o resto... não é credível e não se pode pensar que poderá ser engraçado. É mesmo só triste.

Henry Poole Is Here

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Luke Wilson baixa os braços e muda-se para um sítio onde sente-se seguro, apenas para morrer em paz. Deixa de cuidar de si e segue uma dieta rigorosa de álcool. Até que aparece uma loirinha que fá-lo ter novamente vontade de fo... eeerrrr... de viver! Isso. De viver. Só que, mesmo assim, Wilson não está convencido que mereça mais da vida. Vai ser preciso um milagre, tipo uma mancha escura que parece a tromba do JC (se fechares um pouco os olhos e estiveres broado, claro), para o fazer querer continuar.

Aquilo que poderia ser o Leaving Las Vegas afinal é outra coisa. A certa altura transforma-se numa coisa religiosa e de fé, e em como a humanidade é bonita e protegida por um cavalheiro barbudo de robe. É mais uma daquelas coisas que tem tudo e todos para ser engraçado, mas que afinal quer ser sério.

The Tree of Life


Já estava a dever este a dois cavalheiros há já algum tempo.
Primeiro tardava em ser possível arranjá-lo. Depois vieram alguns comentários menos favoráveis. Ainda para mais falávamos de duas horas e tal. A ser um flop, seria um longo flop. A tensão aumentava. Era preciso um dia/noite relativamente calmo. Ter tempo para pausar e distrair. Hoje pareceu-me a altura ideal para tentar.

Ao princípio parecia uma espécia de resumo de vida pré-morte. Aquela coisa de «life flashed before my eyes». Uma compilação de momentos marcantes, mais positivos que negativos. O miúdo não viveu assim tanto tempo, por isso é natural que sejam todos mais ou menos no mesmo período. O que fez-me pensar quanto tempo duraria o Tree of Life da minha vida. Daria para uma curta? Ou seria um anúncio de segundos? Em todo o caso, a partir de certa altura começaram a ser demasiados momentos maus e muito menos momentos bons. Ou a vida do miúdo tinha sido horrível, ou o propósito do filme seria outro.

Não sou fã de Malick. Longe disso. O que posso dizer de Tree of Life é que será uma bela experiência visual. Ainda para mais se vista no cinema. Eu não teria paciência para ver no cinema, confesso. Quando lá vou, não é à procura de experiências visuais.

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Restless

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Querido diário,

conheci hoje um novo tipo de depressão.
Já tive a minha dose de depressões na vida. Chorei pelo Benfica perder. Fiquei triste quando me faltou o leite para comer os cereais. Gritei com o mundo quando se m'acabou a tinta na caneta. Contudo, nunca tinha sido confrontado com este tipo específico de depressão. Decidi chamar-lhe Restless, a história dum casal (imagino que adolecescente), em que a moça vai morrer e ele é meio louco. Eles passam os três meses que restam da sua curta vida a fazer outras coisas que não pinocar de todas as formas e feitios, até alguém ficar assado(a) e o outro alguém ter que ir comprar um creminho para poderem continuar a pinocar.

A coisa até que não começou mal, com uma musiqueta simpática, à qual se seguiram outras do género. O problema foi mesmo tudo o resto, que deixou-me deprimido como nunca pensei possível. E eu que até fiz parte da neura generalizada da final do Euro 2004.

Bem, era só isto que queria partilhar, diário. O resto do dia foi a banalidade do costume.

Beijinhos,
DaMaSCo

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Last Chance Harvey

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Queria ver algo com pessoas que sabem representar. Não estava à espera de ver o Before Sunrise, versão geriátrica.


Dustin Hoffman vai muito contrariado assistir ao casamento da filha em Londres. É-lhe inconveniente por dois motivos. Primeiro por ser tão longe de casa e, à bom americano, Hoffman não gosta de deambular para longe. Segundo porque as coisas no trabalho estão complicadas e querem afastá-lo por ser velho. Com o que Hoffman não contava era que engataria a amazona Emma Thompson durante o fim-de-semana.

Passeiam à beira rio. Partilham refeições. Esperam um pelo outro. Quase partilham uvas. Conversam e brincam um com o outro. Chegam a partilhar alguma saliva... o que foi tão nojento como poderá soar. Dançam e aparecem em casamentos sem serem convidados. Uma directa é partilhada. Vão parar ao hospital com problemas cardíacos. Tudo muito bonito e adolescente... umas décadas mais tarde do que era suposto.

Ela ao lado dele é gigantesca. Daí a piada da amazona.

terça-feira, janeiro 10, 2012

Tinker Tailor Soldier Spy

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Tinker Tailor Soldier Spy é um péssimo nome para um filme, mas isso não faz com que Tinker Tailor Soldier Spy seja um mau filme. Isto porque Tinker Tailor Soldier Spy é um bom filme. Posso confirmar que Tinker Tailor Soldier Spy é muito inteligente. Para além de que Tinker Tailor Soldier Spy guarda a sua surpresa até ao final. Passamos todo o Tinker Tailor Soldier Spy à espera que seja revelado o grande vilão e só no final de Tinker Tailor Soldier Spy é que descobrimos quem é a última parte de Tinker Tailor Soldier Spy. Foi uma mui agradável surpresa, este Tinker Tailor Soldier Spy. Muito porque não costumo gostar de filmes como Tinker Tailor Soldier Spy. Neste caso admito que Tinker Tailor Soldier Spy é, efectivamente, um dos filmes de 2011 a ver. Por isso já sabem, vão todos ver o... bolas, esqueci-me. Como é mesmo o nome do filme?

domingo, janeiro 08, 2012

Real Steel

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Vim pelos robôs. Claro que vim pelos robôs. Há mais coisas para além disso. Menos do que pensava, mas mais do que se pedia. Há Hugh Jackman e Evangeline Lilly. Qual deles o mais bonito?... Há um bocadinho de história inicial, que depois só se torna em todas as histórias de underdogs de sempre. Há um bocadinho de tudo aqui. Só faltava o robô andar descalço por cima de vidro. O que é certo é que é uma história de redenção e reunião familiar, tudo à bela moda antiga americana de ter coisas à porrada. Destruição e caos traz o melhor das pessoas ao de cima, como se sabe. E depois de meter um robô pequeno a bater em tudo e todos, Jackman finalmente se apercebe que afinal quer estar na vida do filho que há muito tinha abandonado. E isso é bonito.

Ignorando partes lamechas e despropositadas... são robôs à porrada e é bué fixe!

Bucky Larson: Born to Be a Star

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Há aqui uma data de gente talentosa. Até ver o velho DJ tem a sua piada. Só que os meninos do SNL têm que perceber que nem tudo o que criam deve ser esticado para formato longa metragem. O estralato não lhes trouxe só mulheres, fama e dinheiro. Com isso vem uma grande responsabilidade de ter cuidado com o que mandam cá para fora. Não devem fazer qualquer idiotice só porque lhe apetece. Não devem... mas podem. E, como qualquer criança a quem se deixa fazer tudo, aqui os bebés gigantes vão continuar a fazer filmes estúpidos como Bucky Larson: Born to Be a Star. Safa-se o Kevin Nealon, que não sabe não ter piada.

I Don't Know How She Does It

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Posso dizer que continuo sem saber como é que ela o faz. E, pior ainda, tenho poucas justificações para ver filmes com ela. Tenho a Munn e a Hendricks, tudo bem. Mas a Jessica Parker é tão irritante. Em tudo. Mesmo quando tenta ser querida, vem ao de cima a moça fútil a que nos habituou na série mais para gajas do que qualquer outra série feita em algum momento na nossa história. Admito que achei-lhe piada há muito, muito tempo atrás. Ela era engraçada. Só que perdeu-se. Até que recomendaria este filme a um certo nicho de pessoas. A sério que recomendaria. Só que não o faço porque ela aparece. Única e exclusivamente por causa disso. Porque não tenho problemas com películas com elevado nível de estrogénio. Não tenho mesmo.

sábado, janeiro 07, 2012

Fireflies in the Garden

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Fez-me alguma confusão a escolha de alguns actores para fazer papéis de certa idade.
Passo a explicar: temos um pai e uma mãe, o filho e a irmã da mãe. Só que a irmã parece pouco mais velha que o filho. Isto num determinado espaço de tempo. Digamos há 15 anos. Hoje em dia, o filho tem uma irmã que parece filha dele. A irmã da mãe já é bem mais velha, com dois pequenos muito novinhos. O que implica que temos primos com cerca de 25 anos de diferença. Fez pouco sentido e distraiu da história: a matriarca da família morre num acidente que é um pouco culpa de todos. O pai é uma besta. A irmã é uma boa mãe que deixa as crianças brincar. A pequenita tem força de braços e bateu a bola com o taco, com demasiada força. O pequeno é inconsciente, como todos os pequenos são. E o pai é uma besta. (Não consigo não reiterar esta parte.) Porque é que as pessoas aturam bestas na família? É daqueles problemas de difícil resolução.

sexta-feira, janeiro 06, 2012

La Piel que Habito

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Filmes do Almodóvar deixam-me sempre baralhado.
É porque é uma novela. Ele adora a cena novela humana. Os dramas. Os desamores. As traições. A tragédia da vida. Só que ao invés de fazer uma novela daquelas que se vêem à tarde no Canal 1, é uma novela um pouco mais... qual é o termo que procuro?... fora, vá. Fiquemos por fora. Para não dizer doentio. Não nos outros, mas aqui é doentio, lamento. Não tem nada a ver com géneros ou sexo, é mesmo só a cena de... a cena igual à esposa... epá!... Limites passados.

Mas é nisto que ele é muito bom. Não é choque. Não tenta chocar. Nada disso. É dar-te a coisa pesada. É agarrar num calhau e meter-to ao colo. «Toma. Vá, agora lida lá com isso.»

Vou ter sonhos estranhos, hoje.

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Miller's Crossing

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What's the rumpus?

Gabriel Byrne leva porrada de quase todos os outros personagens deste filme. Até da Marcia Gay Harden (óptimo nome, já agora). Para além desta sua faceta (para mim desconhecida), o sacana acaba também por safar-se de tudo e mais alguma coisa, demasiadas vezes mesmo à última hora possível. Para alguém com tanto azar ao jogo, Byrne tem muita sorte.

Miller's Crossing é mesmo muito bom. Uma história que agarra desde o primeiro segundo. Densa e cheia de detalhes, com óptimas interpretações de quase todos. De se lhe tirar o chapéu, vá.

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Perfect Sense

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Faz perfeito sentido.

Uma epidemia alastra-se pelo planeta. Ninguém sabe como surgiu, porque surgiu ou, mais importante, como se cura. Pessoas são atacadas pela depressão mais profunda apenas para, pouco depois, voltarem ao normal... mas sem o sentido de olfato. Segue-se uma fome imensurável... e a perda de paladar. Com a raiva vai-se a audição. E, finalmente, com a alegria, carinho e amor, segue a visão. Como será com o tacto ninguém sabe, porque ninguém consegue ver ou ouvir o que se passa. Pelo meio, um homem que carinhosamente expulsa as suas amantes da cama, e uma mulher que acha-se insuficiente para qualquer homem, apaixonam-se. É bonito, sim. Não fosse toda a tragédia que assola a humanidade.

O que é que faz perfeito sentido? O porquê do fascínio da Eva Green: tem umas mamas espectaculares.

domingo, janeiro 01, 2012

50/50

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Novo ano, nova oportunidade de atingir a minha meta de um filme por dia num ano. Em 2011 fiquei um pouco aquém. Mau início e o mês de Maio sempre a lixar. Este ano, Maio continuará a ser um problema, mas vamos tentar que o arranque dê alguma margem de manobra.

Começamos com algo bem do meu agrado. 50/50 junta uma data de actores que gosto e um realizador que está em crescendo. A temática não será a mais bem disposta, mas o dia pedia algo assim mais mordaz, para despertar da letargia que se instalou dado os abusos da última noite de um ano e primeira de outro. Tanto Levitt como Rogen estão bem à altura da temática e do ambiente, confirmando a minha teoria que Rogen é muito melhor quando outro escreve. Todas as mulheres que aparecem estão bastante bem, sendo que entenderei sempre uma panca pela Angelica Huston (seja por que motivo for), agora pelas duas mais novas? Não entendo bem, mas também não é algo que incomode. Ambas aparentam saber representar, por isso não me custa vê-las aqui e ali. Já a história em si: Levitt tem cancro e 50% de hipóteses de se safar. Não é mau. Em qualquer casino não há muitos jogos com este tipo de hipóteses, como tão bem aponta Rogen quando descobre.

50/50 não descobre nada de novo. Não é a primeira e está longe de ser a última história de alguém com cancro. Está bem feito, bem construído e bem representado. Pouco se pode pedir mais a uma abertura de novo ano cinematográfico.