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sexta-feira, novembro 01, 2024

The 4:30 Movie


O meu amigo Kevin tentou voltar às origens. E ainda bem, que o rapaz andou aí meio perdido, durante uns tempos. Não terá sido assim tão bem sucedido agora, mas louvo-lhe o esforço.

Kevin Smith sempre foi bom a contar histórias pessoais. Foi assim com Clerks e Chasing Amy, os seus maiores sucessos. Mesmo Dogma tinha a parte religiosa da sua educação. Depois, e como muita e boa gente (e bandas) quando atingem o sucesso, a vida torna-se mais acomodada (entenda-se: estabilidade financeira e vida familiar) e deixa de haver histórias interessantes para contar. Logo, o cavalheiro decidiu voltar a tempos mais confusos, quando as hormonas dominavam todas as escolhas na vida. Sim, Smith contou algo da sua adolescência, mostrando o seu amor por filmes e por uma moça da escola.

Não será a história mais verídica do mundo. A adoloscência nos anos 90 era um pouco mais hardcore do que agora. Não é possível contar uma história verídica sem ser criticado ou, muito mais provável, cancelado. Mas foi uma boa tentativa. E 4:30 bate numa data de teclas saudosistas. É uma história bem fofinha de se ver.

sexta-feira, outubro 25, 2024

And Mrs


Aisling Bea não acredita no casamento. Respeito isso. Ajuntou-se ao Colin Hanks, quiçá numa tentativa de aproximação ao pai deste. Entendo. Aturou-lhe o excessivo romantismo. Todos temos cruzes para carregar. Aceitou relutantemente casar. O que tem de ser tem muita força, suponho. O rapaz morre e ela passa a não querer mais nada que não casar com ele. (...)

Quem sou eu para julgar? Quem é alguém para julgar? Todos fazemos o luto de forma diferente. Problema é quem não o faz. E a moça precisou disto e da ajuda da Billie Lourd para lidar com o trauma. E ainda bem que tiveram uma à outra.

PS - A Carrie Fisher é avó! Não sabia. Sei pelo filme, já que Lourd está grávida durante. Eu não estou a chorar. Tu é que estás a chorar!

segunda-feira, agosto 05, 2024

The Holdovers


So, before you dismiss something as boring or irrelevant, remember, if you truly want to understand the present or yourself, you must begin in the past. You see, history is not simply the study of the past. It is an explanation of the present.

Para mim, a nomeação para os Óscares quase funcionou ao contrário, em relação a este filme. Porque achei que era mais uma coisa pastelosa, daquelas que aparece nos prémios porque é suposto.

Por acaso vi o realizador, a premissa e talvez o trailer ou parte dele. Talvez tenha bastado o realizador. A verdade é que, tirando Giamatti, as representações deixam algo a desejar. E há boa parte inspirada por coisas do passado. Mas tem uns momentos porreiros. E sim, o Giamatti é o maior.

Não é um filme soberbo. Não ficará para a História. É muito bonito, em mais que um sentido, em vários momentos. Sempre é qualquer coisa.

sábado, agosto 03, 2024

Wicked Little Letters


Continuando na profanidade, passamos do Deadpool para inocentes senhoras, dum passado já algo distante, a praguejarem como se não houvesse amanhã. Devo dizer que esteve ao nível, em termos de entretenimento.

Não sou o maior fã de ficção baseada em factos verídicos, mas uma história sobre a polémica duma punhado de cartas insultuosas ter merecido a atenção de toda uma nação, devo confessar que isso tem piada.

Para além de humor e uma parte de interesse, tem ainda um elenco de referência. Tudo misturado dá um serão bastante aprazível.

sexta-feira, maio 24, 2024

Asteroid City


Vão ser muito poucos filmes este mês. Vou tentar que ao menos sejam filmes «grandes».

Sabes que a vida mudou abruptamente quando demoras demasiado tempo a ver um Wes Anderson. Raios, há curtas dele na Netflix que ainda não vi! Não que seja o meu realizador favorito ou que adore todos os seus filmes. Já o disse antes. Há uns que, para mim, são brilhantes. Há outros que são só tiros ao lado.

Curiosamente, Asteroid City é as duas coisas. Adorei a cookyness habitual, do princípio e meio, muito bem explorado. No fim soltaram demasiado a franga, no meu modesto entender.

São sempre uma experiência. É o que os tornam especial. E são cada vez mais uma «colecção de cromos» e um exercício notável de gestão de agendas. O realizador cresce cada vez mais com o tempo e não tem como não ficar para a História. E é também por isso que os vejo. Assim que posso. Quando posso.

terça-feira, março 19, 2024

American Fiction


Gostei deste filme. Como o homem branco que sou, tenho total autoridade para dizer se este filme é bom ou mau.

Huh!

Enquanto pensava no que dizer sobre o filme - ainda este decorria -, só queria evitar entrar na questão racial. Porque, como já referi várias vezes, eu sou um idiota. Para mais, sou um idiota ignorante de tudo o que é questões raciais. Eu nem de andar na rua devia falar, e é algo que faço quase todos os dias. Dizia eu que pensei bastante em evitá-lo e em como evitá-lo. Assim que começo a escrever sai-me a m€rd@ acima.

O elenco é muito bom. Achei a narrativa bem conseguida. E gosto sempre de ver diálogos inteligentes, dos quais American Fiction tem bastantes. Só não gostei muito da cena «meta» no final. O Get Shorty já o fez há muito tempo.

sexta-feira, novembro 03, 2023

Clerks III


Acreditas que só vi isto agora?!

O filme, do realizador que gosto e que marcou uma parte ou outra da minha vida, saiu há um ano. E só agora estou a vê-lo. Porquê? Não há grande justificação, tirando o facto de que sou um idiota.

Clerks III está bem melhor do que as últimas m€rd@s que este caramelo tem feito. Porque voltou a ter uma história pessoal para contar. Clerks era a vida dele de então. Amy foi uma relação que o marcou. O III tem o ataque cardíaco que sofreu. Também tem a cena meta do personagem que criou a filmar o filme onde ele criou o personagem. Passemos ao lado dele estar sempre a reciclar o seu próprio material.

III volta a ter coração, onde todos os últimos eram só parvoíce. Há muito de saudosismo e não estou a dizer que é um grande filme. Em boa verdade deu-me foi vontade de ver o filme que espoletou tudo. Mas III fez-me lacrimejar. E não tenho vergonha alguma em dizer que gostei de sentir-me assim. Outra vez.

domingo, julho 09, 2023

You Hurt My Feelings


Filme simpático, com Louis-Dreyfus a tentar ser séria. Não que não consiga, ou que não o tenha feito antes. É só que continua a ser difícil não imaginá-la em certos papéis. Mais que não seja porque neste filme diz ter saudades de diners. Quer dizer... Come on!

Bastante talento presente. Algumas cenas bem interessantes. Mas muitos «problemas» de gente branca privilegiada. Como, por exemplo, ter sucesso profissional e, mesmo assim, duvidar das suas capacidades. Pagar demasiado por terapia, achar que não serve para nada, mas continuar a ir. Ou miúdos desiludidos com a vida porque sempre lhes foi dito que eram capazes de fazer o que quisessem.

Este filme teria sucesso há um par de décadas. Agora chega tarde e a horas bem mais complicadas.

sábado, julho 08, 2023

Are You There God? It's Me, Margaret.


Este filme, esta história, está longe de ser para mim. Nem sequer é para as actuais pré-adolescentes, parece-me. Foi uma história para jovens moçoilas, até ao período (no pun intended) em que passou a haver Internet.

Os jovens passavam por uma fase esquisita em que sofriam alterações físicas e não sabiam que se passava. Os jovens ainda têm estas experiências, atenção. A diferença é que basta pesquisar um bocado na net e cedo encontram pornografia.

Chegando a esta fase, deixa de haver grandes dúvidas, e os problemas passam a ser outros.

sábado, julho 01, 2023

Somewhere in Queens


Não começou mal, este exercício de realização do cómico Ray Romano. É verdade, de «toda a gente gosta dele», decidiu agora saltar para «toda a gente é-lhe indiferente». Porque por muito que não tenha começado mal, ninguém vai fazer grandes referências a este filme no futuro. E quando digo «futuro» falo de mais à frente no ano.

Começo interessante, um meio que perdeu-me, e um final que surpreende um bocadinho. É isto. Não é pouco. Simplesmente não o suficiente.

domingo, abril 30, 2023

Wildflower


Wildflower tem um elenco simpático e algumas cenas interessantes, começando e acabando no mistério de como a personagem principal entrou em coma. Fora isso é apenas uma cópia descarada de CODA que, só por si, já é uma remake americano dum qualquer filme francês.

A partir do momento que apercebi-me disto «desliguei». E não consegui mais apreciar o filme.

segunda-feira, março 27, 2023

80 For Brady


O filme tem demasiados momentos parvos, daqueles completamente descabidos. Não indo muito longe - porque há exemplos bem piores - elas às tantas conseguem entrar no estádio onde decorre a Super Bowl. Sem bilhetes. Assim que entram encontram quatro(!) lugares vazios, todos juntos. Num estádio cheio para a Super Bowl? Certo.

A minha questão é que não era preciso. Como não eram precisas maior parte das cenas exageradas e nada credíveis. O filme podia ter sido um pouco mais «realista». Entraram pela porta do cavalo. Tudo bem! Depois é encontrar o amigo da Jane Fonda e irem para uma skybox. Como, aliás, acabou por acontecer. Não era preciso o teatro dos lugares livres.

Sem estes exageros o filme seria francamente melhor. Até à roçar o aceitável. Assim, foi apenas um filme que vi por desespero, porque não há mais nada.

terça-feira, março 21, 2023

Wunderschön


Continuo a gostar deste tipo de exercício. O de colar histórias pequenas, todas com um tema comum. Estão ligadas entre elas por relações mais ou menos óbvias entre as personagens.

Neste caso é sobre um conjunto de mulheres, com idades diferente, nos vários pontos da vida. Lidam com trabalho, relações, maternidade, frustrações, sonhos, reforma, ambições e, acima de tudo, com a constante pressão de terem de ter determinado aspecto. Algo imposto pela sociedade, pelos mais próximos e por elas próprias.

Eu gosto das ligações entre as histórias. Faz parecer uma coisa mais próxima e caseira. Neste filme gostei ainda de cada uma estar num momento chave na vida duma mulher. E é um filme alemão, o que dá-me um ar de que sou conhecedor e todo erudito. Que não vejo só americanices É um ar falso, sem dúvida. Mas, por um ligeiro momento, parece.

domingo, março 19, 2023

I'm Totally Fine


Natalie Morales é a rainha dos «filmes COVID». Talvez este filme não seja. Convenhamos que o COVID foi há algum tempo. Mas parece. Ora analisemos a história.

Jillian Bell numa casa no meio de lado nenhum. A melhor amiga e parceira de negócio morreu, muito pouco antes deste fim-de-semana. Festejariam um grande negócio concretizado. Atingem o sucesso professional e a moça morre. Logo, a festa foi cancelada. Mais ou menos. Jillian decide passar o fim-de-semana sozinha nesta casa, como forma de luto, de despedida.

Ou seja: «meio de lado nenhum», elenco super reduzido e poucas interacções entre estes, apenas as duas principais têm contacto maior. Se não é um «filme COVID», engana bem.

sábado, janeiro 28, 2023

White Noise


Não sei bem que pensar. Não, não é verdade. Sei bem o que acho deste filme. Acho-o pretensioso e a tentar ser coisas que não fazem grande sentido. Mas eu não sou um rapaz muito esperto. O mais provável é, simplesmente, que o filme ultrapassa-me. Não é para gajos como eu, que preferem filmes da Amazon Prime aos da Netflix.

Sim, dêem-me a J-Lo semi despida, de caçadeira na mão, em vez dum Driver gordalhufo e com penteado dos anos 80, com uma mini-pistola na mão. Por favor e obrigado.

quinta-feira, janeiro 26, 2023

Mijn Vader is een Saucisse


Ik heb nog een niveau van de cursus Nederlands afgerond, dus moest ik op de laatste dag nog een film kijken. En het is OK. Het is een goede manier om een cursus af te sluiten. Het is niet de reden waarom ik de cursus volg - ik heb geen hulp nodig bij het kijken van films - maar het is een goede manier om te leren. Dit was wat ik deed toen ik een kind was en Engels leerde. Het was een grote hulp. Misschien is het beter voor mij om meer Nederlandse films te zien. Misschien zou mijn Nederlands dan beter worden.

Nu, de film was leuk en sympathiek. Ik zie dit soort films graag. Heb ik alles begrepen? Meer dan de vorige keer. De acteurs spraken niet te snel en ik heb dit soort verhalen al vaak gezien. Maar ze hoeven niet origineel te zijn. Ze moeten hart hebben. Emotie. En Mijn Vader is een Saucisse heeft dit veel. Het was een goede film.

--//--

O pai é uma salsicha. É preciso explicar mais? Quer ser actor. Não quer trabalhar mais num banco. E a filha ajuda-o a ser uma salsi... um actor. Não é para isso que se tem filhos ou filhas?

quarta-feira, janeiro 25, 2023

The Banshees of Inisherin


- [...] you didn't say anything to me. And you didn't do anything to me.
- That's what I was thinking, like.
- I just don't like you no more.

E com isto faz-se um filme, com o Gleeson chateado com o Farrell. Tudo numa ilha à costa da Irlanda, numa povoação na ordem das dezenas, provavelmente. Também há o realizador que fez outro bom filme com os dois, vá. Uma espécie de reedição duma dream team de filmes com momentos profundos e profundamente parvos.

Sempre tive fascínio por ilhas. E ver Gleeson a viver numa casota por cima da praia, com mais nada à volta - por muito que seja uma casota reles - leva-me a níveis de inveja elevados. Quase que faz-me lamentar todas as decisões que tomei na vida. Quase. Mas a verdade é que não anseio por uma vida em ilhas nos tempos de outrora. Convenhamos que dá-me jeito ter algumas «modernices». Um volume decente de livros e talvez um qualquer aparelho com Internet. Um pouco de entretenimento, no fundo, que isto de olhar para beleza natural não enche a alma por completo.

sexta-feira, janeiro 20, 2023

Amsterdam


Muita gente queixa-se que estes «grandes» filmes não têm o sucesso de outrora no cinema. Essa gente acusa os blockbusters, os filmes da Marvel et al, as sequelas, prequelas e reboots, de roubarem o público do «verdadeiro» cinema.

Eu entendo as pessoas não terem ido ao cinema ver Amsterdam. Porque, para além de quase nada passar-se na cidade dos canais, este filme é um bocado mamado dos cornos. Há cenas em que os personagens ou, em concreto, o personagem do Bale, está sob o efeito de narcóticos e parece que vemos a coisa pelos seus olhos distorcidos. Contudo, há outras cenas em que não é o caso, mas mesmo assim parece que estamos nós sob o efeito de alguma coisa, dado o esquisito que algumas cenas são. (Não estava sob o efeito de nada quando vi o filme, juro.)

Tenho lido algumas coisas sobre o realizador, que também escreveu o filme. Polémicas, no fundo, de conflitos entre ele e os actores. Uma delas é bastante conhecida, quando ele e Clooney andaram à porrada nas filmagens do Three Kings. Há mais casos, bastantes mais. O que apraz-me dizer é que, tendo em conta este filme, parece-me que o homem tem um fusível queimado. E o que surpreende não é que tenha menos gente a ver os seus filmes. Não, o que surpreende é como, apesar de todas as polémicas, tem tanto talento nos seus filmes. Isso é, no meio de tudo, o que não faz sentido algum.

sexta-feira, dezembro 30, 2022

5-25-77


Ena, mais um filme sobre um adolescente que quer ser realizador e faz filmes amadores com os amigos. Estão tão contente de ter perdido duas horas e tal da minha vida para ver outro Fabelmans.

Eu adoro Star Wars. Hoje em dia então sei mais do famigerado universo do que sabia quando era miúdo. OK, não é grande comparação. Em miúdo não havia Internet. Hoje sei e vejo mais coisas de Star Wars do que há 15 anos. Não me refiro ao facto de que há muitas séries na Disney+. Vejo vídeos YouTube e leio artigos sobre Star Wars. A doença é grande e real.

Mesmo assim, ver um filme sobre a obsessão dum miúdo sobre filmes e Star Wars, na altura em que saiu, é demasiado. Há limites. É aqui que residem. Eu hoje ultrapassei-os. E estou arrependido.

quarta-feira, outubro 05, 2022

The Greatest Beer Run Ever


O irmão Farrelly separou-se do outro irmão e agora só faz destes filmes. Histórias «americanas» escritas em livro, adaptadas a cinema. Não me parece que vá muito longe assim. Especialmente depois da polémica do último. Ele lá sabe.

Eu percebo o apelo destas histórias. Esta em particular tem um senhor «gancho». Um civil decide levar cerveja aos amigos de bairro que estão no Vietname. Para além de ser uma ideia completamente fora, o mais incrível é que consegue fazê-lo, com arte e engenho. Estes tipos dão histórias incríveis. Não será bom lidar com eles, porque ou vais no esquema ou ficas a pagar a conta. Já vendo de fora, de fora é tudo super divertido.

Claro que, falando bem a sério, coitados destes rapazes. Já não basta estarem a viver o que estão a viver, a lutar numa guerra que não faz qualquer sentido (como todas, é certo), a única coisa que recebem de casa é cerveja norte-americana. E quente, ainda por cima, depois de andar aos trambolhões. Ugh! Haverá coisa pior para se beber? Pobres almas.