CODA é uma sigla para «criança de adultos surdos». Não literalmente. Estou a traduzir livremente, caramba. Em PT seria CDAS, o que parece ser um novo partido político qualquer.
A jovem protagonista deste filme é uma CODA, não tendo ela qualquer debilidade física... se bem que padece de ter uma unibrow. Não se pode ter tudo, né? Para mais, Ruby tem uma paixão por música, sendo que canta a plenos pulmões no barco de pesca / negócio de família. Nem o pai, nem o irmão, ambos também pescadores, podem apreciar a (bastante banal e típica daquilo que os norte-americanos acham ser uma boa voz) voz da moçoila. Felizmente Ruby tem um fraquinho por um colega que entra no coro da escola, fazendo-a finalmente dar um passo em frente para uma carreira promissora de aparições no The Voice e demais programas do género. O professor de música, dum secundário qualquer duma pequena terra norte-americana, acredita nela. Por isso temos de acreditar também.
Piadas e estereótipos à parte, CODA é um filme muito doce, sobre uma moça que cresceu numa família carinhosa, forte e cheia de coragem. Tudo qualidades que Ruby herdou. E há um momento em que o pai mete as mãos à volta da garganta de Ruby, para poder sentir a filha cantar, depois do concerto que a família viu mas não conseguiu ouvir, numa altura em que Ruby tinha de abdicar da faculdade para ficar e ajudar a família. O pai só queria ter a certeza... só queria perceber e partilhar com a filha a sua paixão...
I'm not crying! YOU'RE CRYING!
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