terça-feira, setembro 07, 2021

CODA


CODA é uma sigla para «criança de adultos surdos». Não literalmente. Estou a traduzir livremente, caramba. Em PT seria CDAS, o que parece ser um novo partido político qualquer.

A jovem protagonista deste filme é uma CODA, não tendo ela qualquer debilidade física... se bem que padece de ter uma unibrow. Não se pode ter tudo, ? Para mais, Ruby tem uma paixão por música, sendo que canta a plenos pulmões no barco de pesca / negócio de família. Nem o pai, nem o irmão, ambos também pescadores, podem apreciar a (bastante banal e típica daquilo que os norte-americanos acham ser uma boa voz) voz da moçoila. Felizmente Ruby tem um fraquinho por um colega que entra no coro da escola, fazendo-a finalmente dar um passo em frente para uma carreira promissora de aparições no The Voice e demais programas do género. O professor de música, dum secundário qualquer duma pequena terra norte-americana, acredita nela. Por isso temos de acreditar também.

Piadas e estereótipos à parte, CODA é um filme muito doce, sobre uma moça que cresceu numa família carinhosa, forte e cheia de coragem. Tudo qualidades que Ruby herdou. E há um momento em que o pai mete as mãos à volta da garganta de Ruby, para poder sentir a filha cantar, depois do concerto que a família viu mas não conseguiu ouvir, numa altura em que Ruby tinha de abdicar da faculdade para ficar e ajudar a família. O pai só queria ter a certeza... só queria perceber e partilhar com a filha a sua paixão...

I'm not crying! YOU'RE CRYING!

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