Estava à espera duma coisa mais... cómica.
São dois irmãos, con artists, que encontram um tipo rico, desesperado, a querer falar com Deus. O Deus. Não um tipo qualquer com um nome peculiar. Os irmãos criam uma ilusão e apresentam-no a Deus. Um Deus. Não O Deus. Mas o rico não sabe isso. Parece ser engraçado, certo? Afinal é mais intenso e sério, mas com os twists que se esperam duma história com «artistas».
Duas questões engraçadas.
A primeira a ver com o filme. O tempo todo em que o rico falou com «Deus», em pessoa, eu só pensava em maneiras de apanhá-lo na mentira. Não é difícil, convenhamos. Mas, ao parar para pensar no que o rico estava a passar, dá para entender que o desespero leva-nos a fechar os olhos a muita coisa. Isso e as quatro garrafas de whisky que ele disse andar a beber ao pequeno-almoço. Pois claro. Com tanto álcool nem dá para ver, quanto mais perceber que está a acontecer.
A segunda é que, dados os cenários, elenco curto e falta de figurantes em quase todos as cenas, às tantas achei que seria um «filme COVID». Ou seja, que foi filmado nas condições desoladoras que vivemos no ano passado. Até que dão uma cena dum concerto num bar. Estava cheio. Lá se foi a teoria. Afinal é só um filme «indie» de baixo orçamento, em que não é possível ter muitos figurantes. Raios partam a pandemia, que continua sempre presente na mente.
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