quinta-feira, agosto 31, 2023

Who Invited Charlie?


O cartaz dá um bocado ar de You, Me and Dupree. Por acaso, não tem muito a ver. Há um casal com questões e um loser meio cola. São as semelhanças, que ficam por aí. Este tem Covid como pano de fundo. Já não me recordo bem da história do outro. Tenho ideia de ter sido mais leve nas questões pandémicas.

A verdade é que nunca soube muito bem para onde ia este filme. Desde o início. Lá pensei que o Covid só marcasse presença ao início, porque fez do filme muito datado. Esteve sempre presente, mas o filme não era sobre isso e sim sobre uma família disfuncional, que é ajudada por um marialva a quem a figura paterna deve algo. Tal como o Down and Out in Beverly Hills.

Vi tantas vezes DaOiBV em miúdo. Devia vê-lo outra vez. Não acho que vá pensar o mesmo de Who Invited Charlie? daqui a 30 anos.

Quasi


Chiça, que estes cavalheiros podem estar mais velhos, mas continuam numa de trabalhar. Em Quasi até trabalham a dobrar. Cada membro dos Broken Lizard tem não um, mas dois papéis neste filme. Não têm mais amigos? É um grupo assim tão restrito, a roçar o elitista? A Palicki deixaram entrar. Porque será?

Malandros.

Quem os viu e quem os vê. Começam com filmes de broados e piadas parvas à volta de state troopers. Agora andam em histórias de fantasia e a gozar com croissants. E com piadas parvas à volta de corcundas. Não que tenha baixado muito o nível do humor mas, se calhar, com a idade poderiam ter como objectivo subir um pouco o nível, não?

Parvoíce. Interessa é fazer coisas tolas e rirem-se todos juntos, em amizade. Fazem bem. Eu faria o mesmo, se pudesse.

quarta-feira, agosto 30, 2023

The Mother


Não sei muito bem porquê, mas até queria ver este filme. Quando corria a lista dos que tenho para ver, ao passar os olhos por Mother pensei «É mesmo este!» E, agora que o vi, penso «Ya, vi... um filme.»

Mother é um chorrilho de clichês a serem atropelados pelo camião do óbvio. Dou-lhes o desenrolar. Não foi mau e até um pouco diferente. Claro que ela «despachar» os dois vilões que a queriam matar de forma individual e não duma só vez, é mais porque os actores não estariam disponíveis para muito. O Bernal aparece em duas ou três cenas, convenhamos. Não foi um toque de mestria no guião. Foi simplesmente falta de orçamento.

Mas pronto. Já passou. Não me custa assim tanto ver coisas com a J-Lo, a verdade é essa.

domingo, agosto 27, 2023

Happiness for Beginners


Este filme andou um bocadinho por todo o lado.

Percebeste? É um filme em que uma divorciada vai fazer uma caminhada pelo mato. «Andou.» Genial!

Desde o primeiro minuto que sabemos tudo o que vai acontecer neste filme. Tudo. Como acontece é que acaba por surpreender. Nem sempre pela positiva, atenção. Há coisas feitas às três pancadas. Outras foram agradáveis surpresas. Não que recomende este filme. Longe disso. Simplemente acabou por ser melhorzito do que esperava. O que nem é dizer assim tanto.

sábado, agosto 26, 2023

Vacation Friends 2


O primeiro foi mais engraçado. Bastante engraçado, mesmo. Foi a primeira (e única) vez que achei piada ao Cena. E se o s@c@n@ a teve. Foi uma gigante surpresa, dum filme do qual não esperava nada.

O segundo não foi tão fixe. A surpresa estava gasta. Não houve ideias originais. Simplesmente aumentaram a parada. E não foi fixe. Se uma amizade imprevisível tem piada, ter totós a safarem-se de tiros, mais que uma vez, é demasiado parvo.

Atenção, o primeiro foi muito parvo. O segundo é só parvito, vá. Se bem que Hagner está, ou continua, genial nos impropérios. Valeu por isso.

sexta-feira, agosto 25, 2023

The Flash


Andava há demasiado tempo para ver isto. Fiquei de ir ao cinema. Hesitei. Entretanto saiu de cena. Demasiado rápido, até. Se eram precisos mais sinais... Podia ter visto de «determinada forma», mas não valia a pena. O filme foi-me spoilado de todas as formas e feitios online. Decidi esperar que saísse na HBO Max. Não que houvesse informação sobre a estreia. Nada. Só restava esperar.

A semana passada lá anunciaram a estreia em streaming para hoje. Finalmente pude ver o meu belo «acidente automóvel». O desastre pelo qual tanto esperei ficou disponível. Posso assim agora dizer, com toda a segurança e legitimidade, que o filme desilude... até em ser uma desilusão.

Tanta coisa. Tanta expectativa. Tanto tempo para lançar este filme. Tanta polémica e tanto leak. Tanta hesitação e tanta incerteza. Tudo para chegar a quase duas horas e meia que fizeram rir, mas não foram divertidas. Que tiveram muito a acontecer, mas sem a consequência prometida dum universo limpo e fresco. Tanta coisa, tanto entusiasmo sobre este multiuniverso, um que poderia explicar e resolver tudo, e passam toda a acção sempre no mesmo sítio. Tanto potencial para ser bom e não chegar nem perto. Tanto potencial (e facilidade) para ser mau e nem isso conseguir.

The Flash exemplifica na perfeição tudo o que é a DC, versão live acion. Tanta coisa, só para fazerem sempre o mesmo.

domingo, agosto 20, 2023

Space Oddity


O rapaz tem um objectivo de vida. Arranjou um projecto. E, por muito que a família/amigos sejam contra ou apoiem de forma falsa, o rapaz não consegue ser demovido. Ele quer ir para Marte. Há um projecto privado, à frente da NASA. Ele tem pressa para sair da Terra. E não voltar. Também tem pressa disso. A missão a Marte é só de ida. Não há regresso previsto. Toda a gente acha que não está a pensar bem. Que poderá estar deprimido. Que a morte do irmão poderá ser a verdadeira motivação. Ele não pode ser demovido.

Até conhecer uma moça.

Oh que caraças! Tanta coisa só para isto? Como ele, também sinto que desperdicei o meu tempo.

PS - Primeiro filme, visto este mês, que não é uma sequela. Sei que não tenho visto muitos. Mesmo assim. Em cinco, um não é sequela. Mostra qualquer coisa.

sábado, agosto 19, 2023

Transformers: Rise of the Beasts


Deixem-me ver se percebo.

Os bons - que agora são animais e não carros (sempre é melhor para o ambiente) - têm um doohickey poderoso. Os maus querem o doohickey para viajar no tempo e no espaço. Para poderem conquistar todos os planetas. Só que os bons nem usam muito o doohickey. Só para passear e tal. A minha questão é: se não usam e não querem que os maus o roubem, porque não destróiem a coisa?! Sou só eu a achar parvo?

O início até que não foi mau. Agarrou-me, confesso. É sempre a mesma coisa. Uma qualquer premissa com os robôs gigantes, colada pela narrativa dos humanos underdogs. Estava a funcionar comigo. Outra vez. Que posso fazer? Sou fácil. Só que depois...

A partir do momento que chegam a Peru tudo ficou parvo. Muito parvo. Tomemos apenas um exemplo simples. Há uma festa numa povoação e toda a gente está na rua. É preciso investigar um local, à procura do doohickey. Local esse que não tem ninguém. Vão os humanos, porque passam despercebidos. Os robôs gigantes chamam muito a atenção. Quando os humanos são atacados pelos robôs maus, os robôs bons, transformados em carros, viajam até ao local. Ninguém na povoação dá por eles, tirando o facto de que vão muito depressa na estrada. Então mas...?

A partir daqui foi sempre a descer. Arrependi-me um pouco de ter começado a ver este filme, nesta altura. Eu que prometi a mim mesmo que não via mais filmes de Transformers.

sexta-feira, agosto 18, 2023

Happy Death Day 2U


Não se tenta explicar o time loop. Simplesmente não se faz. O Murray estava preso na cidade pequena e precisava crescer como ser humano. Ponto. Não há mais explicações necessárias. Explicar só estraga. Mais que não seja, pouco sentido fará, por certo. É o que acontece nesta sequela. Nada faz sentido. Mesmo quando tentam explicar, é só tolices. Nem é a questão da ciência ser demasiado avançada ou simplesmente ficção. O enredo deste filme é só absurdo. A única coisa que os criadores queriam fazer era divertirem-se, voltando a um bom dia.

E a verdade é que essa parte é divertida. A miúda é divertida neste papel, em especial na montagem em que suicida-se uma data de vezes. Eu sei, soa estranho, mas é efectivamente divertido. O resto, toda a confusão de multiuniverso (sim, também aqui) e renhonhonhós, dá para ignorar.

terça-feira, agosto 15, 2023

Spider-Man: Across the Spider-Verse


Sempre odiei To Be Continueds. Agora faz-me menos confusão, embora continue a incomodar. Mas quando era miúdo ficava piurso. A primera vez que deparei-me com as famigeradas palavras, de que me lembro, foi num Back to the Future. Lembro-me muito bem da frustração que senti. «Então e agora quanto tempo tenho de esperar para ver o resto?» O que é especialmente irónico, tendo em conta que era um filme sobre viagens no tempo. Dantes um gajo não sabia nada sobre filmes futuros. Agora sabemos tudo. Quando sai, se há atrasos, como vai sair e onde. As polémicas em que os artistas se metem, que até põem em risco o lançamento do filme. Sei que tenho de esperar um ano para ver a continuação de Spider-Verse. A não ser que vá ao cinema ver a segunda parte. Vou ter vontade. Sem dúvida. Mas se não vi a primeira...

Como é possível a Sony fazer estas obras de arte? Os Spider-Verse são qualquer coisa de extraordinário. Lindas representações em tela, de algo adaptado duma data de histórias e personagens. É um caos de acção visual, uma explosão de informação disparada na nossa direcção, tudo muito bonito e bastante fiel a uma BD que não existe nesta forma.

Mal posso esperar pela segunda parte. Por muito que tenham aldrabado um personagem que, neste momento, até é pano de fundo no meu telemóvel. E quem diz que andam a fazer demasiados filmes de super-heróis, claramente não anda a ver estes.

segunda-feira, agosto 07, 2023

Guardians of the Galaxy Vol. 3


Saiu na Disney+ e vi outra vez, na companhia da minha senhora que, aparentemente, é desprovida de qualquer emoção. É possível que esteja a viver com um robô, porque ela mal ameaçou chorar neste filme. Houve ali um momento em que pareceu ter ficado emocionada, mas negou-o. Não sei que fazer da minha vida agora. E a Madame M.? De onde veio o rebento, se a minha moça é um robô?

De qualquer modo, este filme é muito especial. Esta trilogia é muito especial. E porque é especial?

O facto dos filmes serem «volumes» e não terem títulos individuais. Só isso mostra que quem anda lá dentro e decidiu, esta malta sabe o que é banda desenhada. Vê-se isso no todo. Vê-se a dedicação ao projecto. O humor. As lágrimas. O sentimento abrangente de família. O coração que foi posto neste filme e que estava bem presente nos outros. É a diferença entre ter alguém dedicado a fazer algo marcante, em deixar legado, e alguém a receber um cheque. Gunn criou uma belíssima trilogia, que ficará para a história.

Poderão dizer que o segundo não está ao nível. E até aqui vemos a importância de Gunn e da sua equipa. Ele faz o primeiro com bastante liberdade. Foi genial. O segundo já teve mais influência do estúdio, igual a todos os outros filmes MCU. É mandado embora por causa da polémica. O grupo é tão unido que toda a gente, publicamente e para com o estúdio, todas as estrelas do filme fazem pressão e exigem que Gunn regresse. Não fazem o filme sem ele. Gunn não voltaria pelo estúdio, parece-me. Mas voltou para trabalhar com esta malta. E voltou com poder reforçado. A Disney terá cedido, para tê-lo de volta. E, assim, temos o terceiro volume com uma data de emoção. Temos um bom projecto MCU.

É assim tão complicado de perceber?