quinta-feira, dezembro 19, 2019

Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker


Antes de começar a escrever este post, este muito difícil post, pensei pesquisar se haverá por aí algures terapia para os fãs de Star Wars. Porque sinto que preciso. Porque sinto que preciso de falar sobre esta última trilogia com gente que perceba o que estou a passar. Porque quero ser consolado e poder tentar consolar todos os que sentem a minha/nossa dor.

Se bem que não sei que diria. Não tenho as ideias em ordem.

Sei que, por um lado, senti enorme alegria a ver o filme. Foi divertido. Como todos os filmes Star Wars são/devem ser para mim. Foi uma correria o tempo todo. Senti que não houve descanso. Que era uma grande aventura, ao largo duma galáxia inteira. Que era preciso fazer umas quantas coisas rapidamente, ou os «maus» ganhavam. Que era preciso improvisar e adaptar-se ao que ia acontecendo. Que era tudo mágico... embora aqui a base seja mais «ficção científica». Senti que este filme faria o meu eu miúdo muito contente.

Mas...

Senti o mesmo com o episódio VII. E, convenhamos, esse é apenas um remake do IV. Terei sido enganado pelo senhor Abrams novamente? Terei sido enganado sequer?

Falou-se muito em «fan service». Que Abrams meteu no tacho todas as coisas que os fãs gostam e cozeu... qualquer coisa. Sim, se parar para pensar, há muita coisa que não faz sentido. Mas não é assim com maior parte dos filmes? E sim, nota-se demasiado o emendar dos «erros» que o cavalheiro que veio antes cometeu. Coisas que não gostei, é certo. Coisas que ele decidiu arriscar mas que, no meu entender de fã ainda com ranho no nariz, não tinham espaço no «meu» universo. Para além de que destruiu certas narrativas lançadas no VII. Só que Abrams também tirou personagens femininos. Minorias. Coisas novas que podem não pertencer, mas que têm direito de tentar ganhar o seu espaço. Abrams, em Rise, bateu em todas as teclas do costume, com todos os actores/personagens que estamos habituados a ver desde os anos 70.

O fã em mim ficou contente, claro. O fã mais maduro não pode ficar contente com a falta de visão, com a falta de imaginação de levar um universo tão rico e tão especial para tanta gente... a lado nenhum. Porque a realidade é essa. Se não se acrescentar alguma coisa a esta grande história, como esperar mais episódios? O fã maduro teme que, aquilo que o fã miúdo sempre desejou, não se vá realizar. A Disney já cancelou projectos encaminhados. Deixou de haver planos para filmes individuais, depois do que foi Solo. Sabe-se lá como será o episódio X, se é que tal coisa existirá.

Gostei de ver Rise. Claro que gostei. Não gosto como estão a tratar um dos meus franchises preferidos. O fã miúdo não tem noção. O fã adulto está frustrado e preocupado. A realidade é essa.

Há por aí mais alguém que sinta o mesmo?

quarta-feira, dezembro 18, 2019

The Guernsey Literary and Potato Peel Society


É estranho pensar nisso, mas havia ilhas, na costa de Inglaterra, ocupadas por Nazis. Quer dizer... Guernsey fica mais perto de França que Inglaterra. Afinal é estranho pensar que um pedaço de terra tão longe possa ser considerado «solo nacional». Claro que nós também temos Açores e Madeira... OK, afinal para mim é só estranho pensar.

Outra coisa deliciosa de ver como o mundo mudou, muito rapidamente, nas últimas décadas, é como uma pessoa podia simplesmente abandonar o trabalho e ir para uma ilha durante semanas, «fazer pesquisa». Deixa-se para trás trabalho e noivo, só para ver se há a possibilidade de escrever um artigo para o jornal. Um artigo. Só um. Não são vários. Não é necessariamente uma reportagem. Um artigo.

Foi o que a moça, protagonista deste filme com um título gigantesco, foi fazer a Guernsey. Consta que eram necessárias histórias «humanas», depois da guerra. Por lá apaixonou-se pelas pessoas... em particular por um rapazito muito charmoso que, mesmo sendo atraente e tudo mais, mantém-se solteiro... num pedaço de terra com muito pouca gente a viver. Certo...

O filme é engraçado, atenção. Piada à parte, há muitos detalhes simpáticos, sendo que está bem feito, para este tipo de registo. Percebe-se porque a Netflix decidiu apostar no filme. Não se percebe como depois deixa de fazer parte do catálogo, só porque sim. Essa parte é um pouco mais complicada de entender, confesso.

domingo, dezembro 15, 2019

The Knight Before Christmas


Um cavaleiro medieval é transportado para o nosso presente. Mais, é transportado para os EUA. Pior, é transportado para uma terriola no interior dos EUA. E, ainda por cima, é transportado para perto da Vanessa Hudgens!

OK, a última parte não é assim tão má.

Poderíamos pensar que o pobre homem enlouqueceria ao ser confrontado com todas as evoluções tecnológicas ou sociais dos tempos correntes. Claro que não! Os criadores resolveram essa questão muito facilmente: bastou uma noite a ver coisas ao desbarato no Netflix, e o cavaleiro ambientou-se perfeitamente aos modos, linguagem e pormenores da sociedade à sua volta.

Sim, é tudo muito ridículo. Mas há uma parte de louvar. Não só a Netflix conseguiu inserir-se na realidade do filme, como deixou pistas em como este é o mesmo universo doutros filmes de Natal que já fez. Sim, tal como o MCU ou o DCEU, também este é um universo maior, partilhado.

É quase a mesma coisa, vá.

sábado, dezembro 14, 2019

6 Underground


Hollywood gosta de lançar-me desafios.

Aqui estou eu, no conforto do meu lar, a poder ver uma espécie de estreia dum filme de acção, com Ryan Reynolds. É caso para dizer que basta arranjarem-me um balde de pipocas e estou nas sete quintas.

Pois...

Acontece que o filme de acção em questão é realizado por Michael Bay. E, embora os filmes do cavalheiro sejam sempre entretidos, não quer isso dizer que depois fique grande coisa em termos de substância. Reynolds faz o melhor possível. O elenco e química entre eles não é mau. E há umas cenas porreiras de acção, no meio da ba(y)ndeirosisse que o realizador nos habituou. Mas a história é tão miserável!

Então a parte de «somos todos uma família», nós o grupo de assassinos contratados (para todos os efeitos), que não tem grande ligação ao mundo, pelo que podemos «morrer» sem grandes problemas, só para podermos andar aos tiros pelo mundo. A sério?

Custa-me, mas não consigo não dizer mal dum filme com o nosso menino.

sexta-feira, dezembro 13, 2019

Let it Snow


Péssimo é favor.

Juntaram relações amorosas adolescentes com o Natal, o que não me parece ser grande ideia. Estes miúdos não deveriam estar em casa na véspera de Natal?

Não está a começar bem o visionamento de filmes de Natal, este ano.

terça-feira, dezembro 10, 2019

Fast & Furious Presents: Hobbs & Shaw


Filme na ida. Filme no regresso a casa. Dois blockbusters de acção, a fazer companhia enquanto estou metido numa caixa metálica gigante que, por obra e graça do divino espírito santo, consegue andar por cima das nuvens.

Quer dizer... Este F&F tem acção. Sem dúvida. Mas não deveria antes ser só rotulado de comédia?

Num golpe de génio, eu diria, as pessoas à frente do franchise decidiram dar mais umas pinceladas na tela que são estes filmes de correrias. Não esperava tanta comédia. A sério. Muita gente se calhar não achou tanta piada, já que estes filmes são mais para aquela malta da testosterona, que gosta de ver mulheres desnudadas e carros vestidos de apetrechos. Eu achei um piadão. Literalmente.

Claro que eu sou tendencioso. Basta meterem o Reynolds em cena (confesso que não sabia da sua participação) e eu digo logo que o filme é incrível. OK, talvez tirando o Green Lantern. Por muito que goste dele, nem eu consigo dizer bem desse filme.

segunda-feira, dezembro 02, 2019

John Wick: Chapter 3 - Parabellum


Tenho de ter cuidado com o que vejo no avião. É verdade. Às tantas pensei nisso. E se uma criança espreita e vê o que se passa no meu monitor? Cenas do John Wick não é o que o uma criança impressionável deve ver.

Depois lembrei-me que estou-me a marimbar. E esqueci-me que estava num avião. Porque a acção deste terceiro episódio continua ímpar. O homem está velhote. Nota-se. Mas há muita criatividade metida nas cenas de acção. É divertido de ver. A verdade é essa.

Fiquei só «desiludido» porque esperava um final à história. Sempre ouvi dizer que o previsto era ser uma trilogia apenas. Pois acontece que não. O dinheiro terá falado mais alto. Vai haver um quarto. Inicialmente senti-me aldrabado. Depois só estúpido por sentir isso, porque quantos mais John Wicks houver, melhor.

sexta-feira, novembro 29, 2019

The Angry Birds Movie 2



O raio do primeiro filme pagou-se. E bem. Mais do que suficiente para justificar uma sequela, que também se pagou... embora não tão bem.

Nesta segunda vez que perco demasiado do meu tempo, os inimigos do primeiro são agora amigos, porque apareceu um inimigo pior. E o herói, que começava a ficar esquecido, passa a ser novamente herói e... faz cenas.

Shaft


Não é um.
Não são dois.
São três(!) gerações de Shafts no mesmo filme!

É um bocado spoiler o que acabei de dizer, bem sei. Mas o filme estreou no Netflix há cinco meses. Comparado com um filme lançado no cinema, é como se tivesse 30 anos. Aliás, admira-me que eu tenha conseguido ver o filme na plataforma, agora que eles andam com esta coisa de deitar filmes fora, só porque sim.

Em boa verdade, não há muito mais para dizer. O filme é básico e é chocante que o Sam Jackson ainda consiga fazer destas coisas. Não me choca o Shaft original, atenção. Só o Jackson. O Shaft é o Shaft, caramba. Tem mais é que andar a fazer destas coisas.

quinta-feira, novembro 28, 2019

Godzilla: King of the Monsters


Há dois tipos de pessoas neste universo... que estão a tentar tornar maior do que deveria ser. Há as pessoas que acreditam que o Godzilla é bonzinho e os vais salvar. E há as pessoas que simplesmente acreditam ser um monstro, igual a todos os outros. Depois há as crianças, que estão dos dois lados e dizem asneiras a torto e direito.

Mas este é o papel dos humanos nestes filmes. Andam dum lado para o outro, quais «baratas tontas», a achar que estão a salvar-se, quando maior parte das vezes só estão a atrapalhar.

Malta, relaxem! Recostem-se nas cadeiras, arranjem umas pipocas e disfrutem do espectáculo. Não é todos os dias que monstros gigantes andam à porrada uns com os outros. Vamos aproveitar e curtir... porque não há mesmo mais nada que possam fazer.

quarta-feira, novembro 27, 2019

Kodachrome


Alguém consegue explicar-me porque nem todos os filmes Netflix estão disponíveis em todos os Netflix?

Quero com isto dizer que Kodachrome não está disponível no Netflix português. Apenas consegui ver porque está disponível no Netflix belga. O que é, no mínimo, embaraçoso.

Brincadeiras à parte, tenho dificuldades em perceber qual a lógica. É uma questão de falta de espaço no servidor? O serviço tem um número limite de filmes que consegue disponibilizar? Será uma questão de direitos? Faz pouco sentido se assim for. Mais, entretanto descobri um par de «filmes Netflix» que já não estão disponíveis de todo. Qual a lógica de produzir uma coisa que não fica em catálogo?

Kodachrome é mais uma óptima interpretação de Ed Harris, que está a morrer e quer revelar um par de rolos fotográficos, que tem há décadas. É surreal que alguém ainda tenha rolos por revelar, mas não fiquemos presos em detalhes. É uma história humana engraçada, independentemente da premissa muito frágil.

The Highwaymen


Gosto deste esforço e carinho que Hollywood tem pelos mais velhos, sempre a arranjar projectos novos e divertidos, para dar-lhes que fazer. Assim os velhotes andam ocupados e povoam menos... sei lá, as estradas, por exemplo. E digam lá que não é divertido ver Costner a fazer de durão, uma vez mais? Quase que dá vontade de rever o Waterworld e tudo.

Costner interpreta o bom da fita, se bem que muita gente não viu a coisa assim. Ele lidera um reduzido número de pessoas na caça aos famigerados, mas muito populares, Bonnie e Clyde. E conseguiu «apanhá-los». Mas não é sobre ele que se contam histórias. A dupla foi muito acarinhada pelas pessoas, apesar de serem apenas ladrões, que mataram muitas pessoas.

Estranha noção de «heróis», esta dos americanos.

terça-feira, novembro 26, 2019

Good Boys


Estas crianças vão ser consideravelmente diferentes da minha pessoa e de como vejo o mundo.

Esta coisa de haver uma monitorização constante a bullying... Como é que se vive uma vida sem medo constante de fazer figuras tristes e, pior, de ter alguém a gozar connosco por causa destas figuras tristes?

Good Boys não tem nada a ver com bullying. São três miúdos numa aventura ridícula e inocente, apesar de ter os mesmo objectivos que todas as outras histórias de aventuras com jovens: miúdas.

Três amigos desde infância estão a crescer e a entrar no nefasto mundo das hormonas. Um deles tem um fraquinho por uma miúda. O convite para uma festa poderá ser o início duma duradoura relação amorosa. Para conseguirem ir à festa e tornar todos os sonhos (de um deles) em realidade, basta conseguirem substituir um drone muito caro que, acidentalmente, destruíram.

Basta faltar à escola, vender uma carta rara de Magic a um adulto desconhecido, atravessar a cidade, comprar um novo drone no centro comercial e voltar a casa. Pelo meio fogem dumas miúdas mais velhas a quem roubaram drogas, andam à porrada com uma fraternidade universitária, atravessam uma auto-estrada e acabam a amizade.

Fácil.

quinta-feira, novembro 21, 2019

Blinded by the Light


Não sou grande fã de Springsteen. Gosto de uma ou duas músicas. Mas achei piada ao trailer deste filme. Pensei que poderia ser uma história interessante.

Não foi muito. Maior parte é só um conjunto de clips reles com músicas do boss. Chega mesmo a haver um momento particularmente ridículo, com o personagem principal a ouvir uma das músicas no walkman, enquanto canta a letra, levando as pessoas na rua a cantar e dançar também.

Como, se só ele a estava a ouvir? Fez-me revirar os olhos de tal forma, que temi que não voltariam ao sítio.

segunda-feira, novembro 18, 2019

Ford v Ferrari


O nome é um pouco enganador, já que a Ferrari não foi exactamente o grande rival nesta história. Convenhamos que, na grande corrida, os carros da Ferrari estoiraram todos, ou tiveram acidentes. Foi mais Ford v Ford, ou mesmo Ford v Bale/Damon, já que os grandes conflitos foram todos internos, com a chefia a querer fazer uma coisa e o pessoal talentoso outra.

As corridas longas são uma seca para mim, lamento. Aquela coisa de ver carros a fazer a mesma coisa vezes e vezes, quase sem conta, não puxa por mim. Mas funcionou em filme, porque para criar emoção basta fazer o plano fechado à maneta das mudanças e meter uma acima. Aposto que, para além de pesquisarem a história destes acontecimentos, os criados viram bem os «Fast & Furious».

Nota final para o palerma do Josh Lucas, um claro típico vilão idiota. Nem precisou de representar grande coisa neste papel.

The Last Laugh


Chevy Chase tem grandes dificuldades para reformar-se, neste filme. Segundo o personagem, ele sempre viveu para trabalhar, com gosto, em vez de ter trabalhado para viver. É uma maneira de ver as coisas, tão estúpida como qualquer outra.

Claro que assim que encontrou uma namorada em Andie MacDowell (ficção científica?), o trabalho deixou de ser assim tão importante.

Curioso.

domingo, novembro 17, 2019

You've Got Mail


O filme é uma tentativa de replicar o êxito da dupla Hanks/Ryan em Sleepless in Seatle, mas o certo é que nesse filme mal estiveram juntos. Ou seja, foi um plano arriscado fazer este filme, pois a química entre ambos não é notória. Em You've Got Mail interagem muito mais, mas não é uma coisa muito fixe. Hanks arruina a vida a Ryan. Pelo menos numa fase inicial. Ele chega mesmo a destruir a última ligação que Ryan tinha com a falecida mãe: a loja de livros infantis.

Porque raio é que haveria de apaixonar-se por ele, mesmo que a vida tenha dado umas voltas até bastante simpáticas.

Claro que vi o filme quando saiu. Revi agora porque a minha senhora adora esta história. Para mim foi só prova do que já sentia: isto não é mesmo nada de especial.

Mas não digam nada à minha senhora, por favor. Estou lixado se ela descobre.

terça-feira, novembro 12, 2019

Changeland


Seth Green estreia-se na realização com um belo filme publicitário à Tailândia. E qual a melhor forma de realizar um filme publicitário à Tailândia? Levar os amigos todos para participar. Ninguém suspeita se forem os amigos todos. Talvez se também participar a mulher. Mas Green é esperto! Como é que se disfarça a mulher participar? É metê-la a enrolar-se com o amigo. Na história, entenda-se.

Ninguém aproveitaria a realização dum filme publicitário à Tailândia para fazer férias com os amigos E escreveria uma história da esposa a enrolar-se com o amigo.

Este filme traz-nos também a melhor interpretação de Culkin desde Sozinho em Casa, já agora.

Triple Frontier


Agradável surpresa.

Nunca se espera grande coisa dum filme...
- ... Netflix;
- ... de tiros da Netflix (ainda por cima);
- ... com Ben Affleck (hoje em dia);
- em que o elenco tem uma mega estrela, dois gajos genericamente conhecidos, mais dois gajos que podem vir a ser mais conhecidos, mas ainda não são.

O certo é que Triple Frontier entra de caras na lista de melhores filmes Netflix. Não é dizer nada, é certo. Mas acredito que, com o tempo e com a Netflix a eventualmente fazer filmes decentes, o filme se mantenha na lista de melhores filmes Netflix. E isso já é dizer alguma coisa.

sexta-feira, novembro 08, 2019

When Harry Met Sally


Como é possível gostar de comédias românticas e nunca ter visto este filme? Pois, não sei. Suponho que viver num país estrangeiro seja boa desculpa. Ou isso ou pura negligência parental. O certo é que a minha senhora nunca tinha visto. Uma clara falha na vida de qualquer ser humano mas, felizmente, de fácil resolução.

Não me custa nada voltar a esta história, convenhamos. E sim, ainda me ri em todas as mesmas cenas onde sempre ri.

quarta-feira, novembro 06, 2019

Zombieland: Double Tap


No meio de tanto zombie, de explosões, acidentes de carro, da evolução dos ditos zombies numa raça mais inteligente e mortífera, ou até mesmo a própria solidão de viver num mundo desolado, o mais arrepiante foi terem estado tanto tempo na beira dum arranha-céus. Acontece no final, no culminar do plano para dar cabo duma horda de zombies. Depois de enganarem as criaturas a atirarem-se do prédio abaixo, todos decidiram celebrar e estar à conversa mesmo à beirinha.

Esta gente é doida? Eu não estava lá e senti tonturas.

Z2 é divertido, porque os actores são bons e o universo está bem estruturado. As cenas com os sócias foram bastante divertidas, mesmo que se tenha visto maior parte no trailer. O filme acaba como começou, com a Breslin sem cara metade. Todos estão agora em casalinhos. Faz sentido, ou não tivesse Breslin deixado de ser cabeça de cartaz para esta sequela.

Valeu bem a pena que tenham voltado todos, para fazer mais uma coisas destas.

segunda-feira, novembro 04, 2019

Ode to Joy


O conceito é, no mínimo, peculiar. Um tipo que não pode ter qualquer tipo de boas emoções fortes, senão cai para o lado. É uma condição física rara. Sempre que Martin Freeman sente absoluta felicidade, amor ou luxúria, desmaia. Imagino a adolescência deste rapaz. Devia passar metade do tempo no chão.

Parecendo só ridículo, o certo é que é extremamente perigoso. Para além de cair e poder magoar-se, pode atropelar outros, ou simplesmente cair duma grande altura e ir desta para melhor.

O homem tenta viver uma vida regrada, que é como quem diz: deprimente com'ó raio. Até que conhece Morena Baccarin.

Por um lado é um belo massajar do ego. Por outro, ela saberá sempre que o rapaz minta sobre o seu apreço às prendas de natal recebidas. Se não desmaiar, é porque não gostou assim tanto.

Não será uma vida fácil para o casal, pelo que louvo-lhes a coragem.

sexta-feira, novembro 01, 2019

Joker


A vida até estava a correr bem ao rapaz, mas aquelas escadas levariam qualquer um à loucura. Entende-se. Eu tenho vivido muito com escadas, nos últimos anos. Houve uma altura em que tinha de fazer três andares tanto em casa, como no escritório. Não foi uma vida fácil. Também pensei em tornar-me um mestre sanguinário do crime, arqui-inimigo dum ricalhaço qualquer vestido de animal noturno.

E depois há a outra questão. O Joaquin corria que se desunhava. Para trás e para a frente. Era correr atrás de miúdos, só para depois andar a correr de miúdos. Era chato, porque pelo meio tinha de levar na tromba. Mas tudo valeria a pena. O Quin tinha um sonho. Estas contrariedades só o ajudariam a chegar lá. Chegaria o dia em que ele teria o Flash como arqui-inimigo.

Acontece que alguém falou com ele. Trouxe-o de volta à realidade. Explicou-lhe que dificilmente conseguiria correr tão rápido. Pior, que tinha de contentar-se com o Batman.

E se as escadas não fossem uma frustração gigante só por si, é juntar-lhe ter de contentar-se com um «homem morcego»...

Como não enlouquecer?

quarta-feira, outubro 30, 2019

Stuber


A Uber pagou este filme, certo?

Acabou por ser mais parvo que divertido, não havendo muitos pontos positivos onde possa focar-me. Não há propriamente pontos negativos também. Nenhum assim de grande destaque. Como tal, foco-me na extrapolação duma história deste calibre acontecer no mundo real. A conclusão a que chego é que as vidas de ambos os personagens estariam completamente arruinadas.

O polícia usou um Uber - tanto o carro, como o motorista - numa investigação policial. Pôs ambos em situação de risco de vida, mas também todas as pessoas à volta. Isto porque estava debilitado fisicamente (parcialmente cego). Já o pobre motorista destruiu o carro pessoal - que também era de um dos seus trabalhos -, destruiu propriedade privada, roubou do seu outro local de trabalho e disparou contra pessoas.

Ambos seriam, no mínimo, presos.

Fighting with My Family


Fórmulas. Porque funcionam sempre?

História de vida. Baseado em alguém real. Desportista. Regra geral underdog. Amigos/família têm problemas e quase impedem o/a protagonista de atingir os sonhos. O/A progonista tem inseguranças. Alguém famoso/importante/influente, por norma envolvido na história verdadeira, dá conselhos que ajudam a ultrapassar as inseguranças. Protagonista atinge objectivos. Final feliz.

A história desta família, em especial desta moça, foi algo deturpada para o filme. Acontece sempre. O peculiar vem quando me pus a investigar a vida e carreira da moça no wrestling... e também fora deste, vim a saber. Certo é que teve coisas a acontecerem-lhe que não são culpa própria, mas as drogas, álcool e talvez até algumas «lesões», isso tem de ser tudo assumido como responsabilidade própria.

A moça conseguiu levantar-se dos maus momentos. Daí a ser uma boa influência...

Fica uma nota final, bastante positiva, para Florence Pugh, actriz que aparecerá em todos os filmes de 2020, aparentemente.

segunda-feira, outubro 28, 2019

Paddleton


Por falar em cómicos a tentar ganhar prémios...

Talvez não. Não é a primeira instância em que Duplass faz coisas sérias e o Romano é um gajo que não parece ter esse tipo de ilusões.

Para quem procura uma boa comédia, este não é o filme a ver, apesar de ter dois gajos engraçados nos papéis principais. Se se procura uma história com alguma profunidade emocional, muito bem trabalhada pela dupla, Paddleton é uma surpreendente boa opção.

sábado, outubro 26, 2019

Dolemite is my Name


Estará Eddie de volta? Será que todas as minhas cartas para Hollywood finalmente foram lidas? Existirá dEUS, a ouvir as preces deste pobre fã?

Duvido, mas é bom pensar que sim.

Eddie tem uma carreira complicada, com uma data de voltas. Foi mega estrela da comédia. Foi grande estrela de filmes, não só cómicos. Até produziu uns quantos com os amigos, o que mostra a grandeza que atingiu, a certa altura. Depois desapareceu durante uns tempos.

Voltou com um bom filme cómico, em que brilha a fazer vários papéis... só para desaparecer mais um bocado.

Dá a voz numa boa série de animação (ao qual ninguém liga, bem sei)... e é substituído na última temporada.

Volta para fazer uma das vozes num memorável filme de animação (que deu umas quantas sequelas e spin-offs)... e não desaparece... mas mais valia, porque o que anda a fazer é mau demais para ser verdade.

Perdi a conta às subidas e descidas de carreira, qual ioiô, nas últimas duas décadas. Tenho pena, porque Eddie é um dos que marca a minha infância e adolescência, com um humor e carisma que não encontrei em muitos outros. O Eddie tem um riso único. Algo que imito, volta e meia. Maior parte das vezes sem dar por ela. É esse o nível da influência que o cavalheiro tem em mim. Mas não posso esperar uma carreira constante. É pena, mas não posso.

Tudo isto para dizer que Dolemite é um filme engraçado de se ver. Não é comédia pura, atenção, apesar de ter momentos para rir. É a história dum tipo obstinado, que concretizou o seu sonho e deixou uma marca na comédia, que influenciou uma data doutros cómicos que vieram a seguir. Não há muita gente que possa dizer o mesmo. À custa disso não me admira que Eddie ande pelas listas dos prémios este ano. Ajudará a mais um momento alto. É bom. Escuso de andar mais um tempo a ver filmes reles com o cavalheiro.

Between Two Ferns: The Movie


Sinal da idade não é dores nas costas ou nos joelhos. Não é ficar careca ou grisalho. Não é esquecer-se de coisas ou urinar-se em público. Sinal da idade é quando fazem filmes baseados em coisas que não fazes ideia que existiam.

Consta que há anos que Galiafinakis tem uns vídeos no YouTube, onde entrevista estrelas de Hollywood, naquele que será, provavelmente, um dos piores talk shows possíveis.

E é assim. Dou por mim a chegar aos 40, cheio de mazelas mas pouco preocupado com isso. Fico antes aterrorizado com a existência dos BTF desta vida.

sexta-feira, outubro 25, 2019

IO


O filme está mal cotado no IMDb. Não concordo com a nota. Não sendo brilhante, está longe de ser assim tão mau. O que leva-me a ponderar: teria melhor cotação se tivesse actores mais populares?

Quão importante é star quality, afinal? Já vi filmes piores, muito piores, com melhores cotações. Usando um exemplo dentro também da ficção científica: teria o Ad Astra a cotação que merece, se tivesse o Anthony Mackie como protagonista? (Sem ofensa para o cavalheiro, que não o merece, mas são estas as peças no tabuleiro.)

Não nos fiquemos apenas pelos actores. Teria IO melhor cotação se não estivesse associado à conhecida má produção Netflix?

Acho injusto. Apenas isso. Este filme não merece 4.7.

quinta-feira, outubro 24, 2019

Hellboy


Serei sempre a última pessoa a achar que o Estado deve envolver-se ainda mais a reger a vida das pessoas. Deixem-nos cometer os erros que tivermos de cometer. Não precisamos de mais uma entidade parental a dizer-nos tudo o que devemos ou não devemos fazer.

Tirando esta questão de fazer filmes só para manter os direitos. Epá, se não há um projecto com pés e cabeça, temos pena. Se não conseguiste aproveitar os direitos enquanto os tiveste, para fazer dinheiro/algo como deve ser, azar do caraças, estúdio de Hollywood que não faço ideia qual seja.

Fizeram o primeiro. Foi um sucesso. Deu espaço/dinheiro para fazer-se um segundo. Não correu tão bem. A partir daí ou continuam a apostar no cavalo, ou então seguem em frente com a vossa vidinha. Fazer algo só por fazer... Não aprendemos todos com o erro que foi o último Fantastic Four?

E eu nem odiei a coisa. Até me diverti. Mas foi um buraco financeiro e, mais uma vez, foi Hollywood a desaproveitar bons conteúdos originais. Porque agora teremos mais uns quantos anos sem nada de Hellboy. E o universo até é engraçado. Venha daí intervenção do estado para evitar estas catástrofes.

Dumbo


Será Dumbo o pior live action que a Disney fez até agora? Acredito que sim.

Queriam o quê? Quem teve a ideia estapafúrdia de meter o Tim Burton a realizar? Nem é tanto a questão do registo ser completamente diferente. É mesmo só o facto de que a carreira do sombrio realizador terminou há dois ou três filmes atrás.

quarta-feira, outubro 23, 2019

Rocketman


Continuando na senda da música, aqui está mais um biopic musical. E, convenhamos, que Rocketman foi feito tendo por base o êxito do filme sobre os Queen. Alguém viu o bem sucedido que foi e pensou «se o público gosta de ver deboche nos meandros da música britânica/mundial, então toda a gente vai querer ver a história do Elton John».

Foi interessante, de facto. Não fazia ideia que o Elton tinha consumido tantos narcóticos. Não sabia ainda que a sua vida tinha ficado pior depois do relacionamento «sério» que teve. Há ainda as partes muito coloridas, graças aos fatos especiais do rapaz.

E sim, o Elton teve músicas incríveis, que ficaram esquecidas durante muito tempo, por causa do incidente «candle in the wind». (Às tantas parecia que o homem só fazia músicas melosas/pirosas.)

Não sei se justifica continuarem com este tipo de histórias, mas Rocketman teve um bom pacing e as músicas entravam nas cenas magistralmente.

terça-feira, outubro 22, 2019

The Dirt


Não sou fã da banda. Conheço apenas o Tommy Lee por ser quem é (pelos vídeos, entenda-se). E sim, usa e abusa das fórmulas já gastas para filmes sobre bandas. Mas o trailer pareceu ser divertido, com momentos ridículos. Sabem gozar com eles mesmos e com as tais fórmulas repetidas.

Não posso dizer que tenha sido um mau visionamento. 

domingo, outubro 20, 2019

Aladdin


Nunca conseguiriam fazer melhor que o original. Para mim foi o que ficou do filme.

Muito se tem gozado com a Disney sobre a repetição de títulos. É verdade. Vivemos numa realidade tão limitada em termos de originalidade (convenhamos que não há muitas mais histórias para contar), com a agravante que os estúdios têm uma necessidade estúpida de mandar novos conteúdos cá para fora todos os dias (ou não estivessemos todos com a atenção duma criança de 3 anos, depois de comer um pacote de açúcar), pelo que a Disney não tem remédio senão capitalizar nos filmes que foram um sucesso, dando-lhes uma recapagem de realidade, procurando aumentar os lucros com um mesmo título.

Trocando por miúdos: a nova forma que a Disney arranjou para ir-nos ao bolso é fazer novas versões «reais» de clássicos da animação. E se, nalguns (poucos) casos até deu para acrescentar alguma coisa, no caso de Aladdin parece-me que seria impossível acrescentar o que fosse.

Não entro nas críticas que se fizeram à escolha de Smith para o papel de génio da lâmpada. Isso é estúpido. Porque não existe, nem existirá, ninguém capaz de suplantar a interpretação de Williams. O génio, salvo seja, daquele homem elevou, na altura, o patamar para os filmes de animação. Graças ao seu enorme talento, de repente havia uma data de adultos a comprar bilhetes de cinema para ver um filme para miúdos. Mas não só. A partir daí a porta abriu-se para ter as maiores estrelas a fazer vozes em filmes de animação, algo dantes impensável.

Repito a pergunta: como seria possível fazer melhor que um filme que fez tamanha diferença no género da animação? É que nem com um génio azul a conceder desejos.

Zombieland


O intuito era ver os dois filmes seguidos. A minha senhora não tinha visto o primeiro. A mim custa-me zero voltar a ver esta pandilha, num dos filmes de género mais surpreendentes de sempre.

A experiência voltou a ser boa, atenção. Comecemos por frisar esta parte. Mesmo sem a surpresa original, gostei muito de rever Zombieland.

Posto isto, vamos lá às minhas embirrações idiotas do costume:

1. Amizade improvável. 
Mesmo sendo o fim do mundo. Mesmo com tudo virado de pernas para o ar. Mesmo sabendo... Ou melhor, mesmo com os personagens não sabendo se mais alguém sobreviveu, continuam a ser amizades e relacionamentos altamente improváveis. É que mesmo entre as irmãs, elas têm pouco a ver uma com a outra.

2. Porque é que elas não os abandonaram a eles da segunda vez?
Sendo um clássico, acho que não vou spoilar nada a ninguém, porque estou certo que toda a gente já viu este filme. Muito bem. Elas são umas espertas e roubam o carro aos rapazes, abandonando-os no meio de lado nenhum. Porque são independentes e não confiam em ninguém. Percebe-se. Contudo, passado um pouco de tempo de filme, as parelhas encontram-se novamente e, desta feita, as moças já não os abandonam. Nada aconteceu que justifique esta mudança de atitude. Elas continuam independente e eles continuam a ser homens desconhecidos, em quem não se pode confiar. Não se percebe.

3. Como é que um nerd ermita, a comer pizas em casa, tem bom cardio?
Eu tenho, digamos, alguma... experiência... neste tipo de existência. No fundo conheço pessoas que o praticam, esta coisa de ficar por casa, em frente a ecrãs, a comer piza, ou outro tipo de comida de plástico que se pode encomendar, e a fazer muito pouco exercício. Acontece que, no caso do nosso personagem, ele está em frente a ecrãs de computador a jogar jogos, e eu vejo filmes e séries... Quer dizer, as pessoas que conheço, que praticam este sedentarismo, é que vêem filmes, etc.
Ufa, acho que ninguém percebeu.
Bem, o certo é que este tipo de criatura escondida tende a não ter a estrutura de Eisenberg, e muito menos qualquer apetência para estar em boa forma física. Antes assim fosse. Era da maneira que eu seria esbelto, ao contrário de ser...

D'oh!

Finalizando: depois de nos divertirmos a ver o primeiro, como disse, o intuito era ver o segundo, no cinema. O problema é que, neste raio deste país, o segundo ainda não estreou. (inserir aqui smiley frustado, a dizer profanidades)

sexta-feira, outubro 18, 2019

The Lego Movie 2: The Second Part


Queria uma fantasia. Algo que me fizesse sair um pouco da realidade presente. Não que seja algo de mau. Simplesmente queria «fantasiar» um pouco. Porque é divertido. A sequela Lego foi o mais perto que tinha por aqui.

Longe de ser perfeito, já que não é bem o que pretendia, não deixa de ser um exercício divertido, num ponto de vista diferente. Mais que não seja, foi óptimo ouvir Pratt a interpretar um papel imitando, claramente, Kurt Russell, com quem contracenou em GotG Vol. 2.

Como o entendo. Russell é realmente incrível.

quinta-feira, outubro 17, 2019

Murder Mystery


Não é a primeira vez que Sandler aparece em cena com Aniston. Parece ser uma combinação peculiar, mas consta que são amigos. Imagino que tenham até feito mais do que um ou dois filmes. Estou certo que Aniston terá aparecido no SNL quando Sandler por lá andou, por exemplo.

Não é a primeira vez que contracenam, mas talvez seja a melhor. Murder Mystery tem bastante de divertido, força dos dois principais e da clara empatia entre eles, mas também dos restantes «companheiros do crime». Tem o seu quê de mistério, embora muito seja só confusão. É, no fundo, bom entretenimento, que é o que se paga com uma subscrição Netflix.

The Kid Who Would Be King


Sim, é mais um daquelas casos de Hollywood a fazer cópias de cópias de cópias, seguindo uma moda ou tendência. No caso, toda a gente está a tentar repetir o sucesso de Stranger Things. Se o público quer ver aventuras de miúdos demasiados novos para estar a fazer o que fazem, então Hollywood vai pôr em risco a vida duma data de miúdos.

Claro que nem sempre falham. É possível fazer coisas giras, mesmo que se esteja apenas a seguir uma tendência. É o caso de TKWWBK. Contrariamente ao Rim of the World, este filme consegue dar-nos uma história divertida, emotiva e interessante. Confirmo que os miúdos são actores fraquinhos, mas nunca se devem esperar grandes representações de crianças. Embora um deles, o que faz de Merlin, safa-se bem.

TKWWBK é um belo filme, a dar-nos uma moderna versão da lenda do Rei Artur. Não admira que esteja nas listas de surpresas do ano.

Rim of the World


Estes putos têm demasiadas referências, desde Gladiador a Star Wars, passando por História da Pérsia.

Sei que é normal esta geração Google saber muita coisa, especialmente tendo em conta que a cultura pop está muito na moda, mas a realidade não pode ser assim. Ainda há dias estive à mesa com uma data de malta mais nova que nunca viu o Pulp Fiction, por isso até podem saber das coisas, mas não sabem sabem das coisas.

Bem sei que estar com pessoas que não viram tamanho clássico fala pior de mim do que deles, atenção, mas vamos não desviar-nos do assunto.

Se bem que não há muito mais para dizer. Rim of the World é fraquinho.

quarta-feira, outubro 16, 2019

The Perfect Date


A certa altura o personagem principal é chamado de «oblivious self-obsessed prick», o que difere um pouco da imagem que o actor passa, de gajo mais fofinho do mundo.

O filme não é nada de especial. Toda a história lembra pormenores de velhos clássicos do género, com a protagonista a ser um pouco irritante a a química entre os dois ser muito mais de amizade do qualquer outra coisa.

O que prefiro frisar é - por incrível que pareça - o rapaz. Este s@c@n@ deste miúdo vai longe, se não se estragar pelo caminho. (Vamos não esquecer que a última jovem estrela a quem almejei grande sucesso foi a Amanda Bynes.) E confesso que adoraria ver um filme onde é o fofinho do costume só para, no twist final, mesmo final, ele ser o vilão da história. Não um vilão qualquer, mas o gajo mais abjecto que se poderia imaginar. 

Esperemos que dê para ver tal coisa. Ao menos assim justifica-se porque ando a ver tantos filmes palermas com ele.

Isn't it Romantic


Estamos perto dum mundo em que a protagonista duma comédia romântica não tem de cumprir com certos requisitos pré-definidos... mas ainda não estamos lá. Ou não tivessem de meter Rebel num mundo de fantasia, para poder fazer tudo aquilo que as protagonistas de comédias românticas costumam fazer.

Uma coisa dou a este filme, está muito bem feito o estudo dos clichês existentes no género cinematográfico.

The Dead Don't Die


No papel é uma ideia bastante criativa. Sendo adepto de Jarmusch, fiquei contente com a perspectiva do pitoresco realizador navegar em águas que lhe são estranhas, nomeadamente no mundo dos zombies. Na realidade, infelizmente, as coisas não correram tão bem. O filme é fraco, faz pouco sentido e nem a presença do grande Murray salva a coisa.

Isto foi mais Jarmusch a querer divertir-se com os amigos, fazendo pouco do género. Não se faz, caríssimo.

Bad form.

domingo, outubro 13, 2019

Yesterday


A ideia é tão engraçada como arrepiante. Como seria um mundo sem Beatles, ou Coca-Cola, ou o Harry Potter? Bem, creio que a última não será a maior influência de todas.

Sim, é verdade. O pobre rapaz, nosso herói/protagonista, é atropelado por um autocarro e, ao acordar, a mais influente banda da história nunca existiu. As repercussões de tal fenómeno não parecem ser de maior. O mundo não está em chamas, como num qualquer realidade pós-apocalíptica... que se prevê em breve. Tudo parece normal, tirando não haver referências aos liverpoolianos mais famosos da sempre. Ou às suas músicas.

É aqui que entra o protagonista, um músico sem talento para palcos maiores, que tudo faz para se lembrar das letras, reclamando autoria própria.

Todo o filme é muito bem disposto, salvo o sentimento de culpa do protagonista, por obter fama e proveito de músicas que não são suas. Não foi bem assim na história original, que deu origem ao filme. Li que o original era mais pessimista, mostrando um mundo que já não tem espaço para as músicas dos Beatles. Pois essa seria a realidade, convenhamos. Não é fácil aparecer no mundo da música hoje em dia, tendo em conta a quantidade absurda de gente que tenta. Especialmente no campo do cantautor, uma criatura que parece existir em cada esquina, qual Salazar.

Felizmente os autores deste filme não foram pelo mesmo caminho e, com autorização dos Sir McCartney e Sir Starr, fizeram uma história divertida e a potenciar semanas de músicas dos Beatles na minha cabeça.

All you need is...

Bird Box


Consegui acabar este filme. Consegui acabar com 2018.

A primeira declaração parecia mais impossível que a segunda. Estava convencidíssimo que não conseguiria. A premissa é parva demais.

Graças ao sucesso de A Quiet Place, como é natural nestas coisas de Hollywood, apareceram logo uma data de cópias baratas. Só que enquanto Quiet Place segue a premissa que os humanos têm de fazer pouco barulho para sobreviver, Bird Box pede-nos para acreditar que é possível viver sem conseguir abrir os olhos.

Sim, eu sei que cegos sobrevivem no mundo. Calma. Não é essa a questão. Obviamente que num mundo organizado e controlado é perfeitamente possível ter uma vida sem grandes atribulações, mesmo sem visão. Só que é preciso esse tal ambiente controlado. Em Bird Box é necessário andar no meio do mato com o raio duma venda e, mesmo assim, encontrar coisas! Mais, há malucos que andam por todo o lado, que conseguem ver, a matar e a obrigar os não malucos a tirar as vendas e a «abrir os olhos».

O que me leva à embirração seguinte. Supostamente pessoas com problemas mentais não sucumbiam às perturbações de ver as criaturas. Por «sucumbir» entenda-se suicídio ou alucinações que levam à morte. Agora... quão doente mental tem de ser a pessoa? É que... Hoje em dia a minoria é quem não anda a tomar ansiolíticos ou anti-depressivos.

O certo é que consegui ver bem o filme, até à última parte... Era onde sabia que ia esbarrar. Não esperava era que fosse interessante até lá. E foi. O filme cobre bastante bem o início da «epidemia». É uma parte cheia de suspense e emoção, que agarra o espectador. O fim, dela andar no meio do mata com uma venda... epá, não me lixem. Ia andar sempre a cair e ia aleijar-se. Não há volta a dar.

quinta-feira, outubro 10, 2019

Irreplaceable You


Parece que falei cedo demais. A minha senhora mostrou-se bastante receptiva a ver os dois filme de 2018 que faltam. Está a ser querida, a fazer-me a vontade.

Depois dessa parte querida veio o murro no estômago. A história é ver Gugu morrer de cancro. Tem de despedir-se de tudo, lidar com a perda antes de acontecer. Tem de passar por uma data de m€rd@s que ainda custa-me ver. Não foi fácil aguentar a lágrima.

Está bem feito, com o humor necessário para aguentar uma coisas destas na vida. Walken está brilhante, como já nos habituou. Tem estas coisas.

quarta-feira, outubro 09, 2019

Men in Black: International


Ainda não terminei os filmes de 2018. Tenho dois que a minha senhora «quer ver». Eu já sei como isto vai acabar. Eventualmente vou referí-los, ela vai dizer que prefere ver outra coisa, dando «autorização» para que eu os veja. Não que seja preciso esta dança toda. Se os visse, ela nem viria a saber, mas como sou um gajo correcto... entenda-se, um pateta... vamos ter de passar por isto.

E, como não vou esperar para que tudo isto aconteça, entremos no bonito ano de mudanças, que é 2019. (Ad Astra não conta, porque vi no cinema. Cinema não conta para a estatística, toda a gente sabe isso.)

Não sei porque criticaram tanto esta sequela/reboot. Não está mal conseguida. Mesmo registo. Mesmo tom divertido, embora com muita emoção. Personagens pouco crediveis, mas que o público não tem como não gostar. Poder-se-á apontar que a dinâmica (engraçada, mas não assim tão fixe como pintam) entre os actores principais é roubada doutro franchise mais popular. O Thor está a fazer de Thor, afinal. Mas acrescentaram outros personagens a completar a tal dinâmica. E funciona bastante bem.

Gostei de ver. Foi bastante entretido. Imagino que não haja sequela, até planearem outro reboot, daqui a uns quantos anos, só para não perderem os direitos. Mas, para já, serviu o (meu) propósito.