domingo, outubro 20, 2019

Aladdin


Nunca conseguiriam fazer melhor que o original. Para mim foi o que ficou do filme.

Muito se tem gozado com a Disney sobre a repetição de títulos. É verdade. Vivemos numa realidade tão limitada em termos de originalidade (convenhamos que não há muitas mais histórias para contar), com a agravante que os estúdios têm uma necessidade estúpida de mandar novos conteúdos cá para fora todos os dias (ou não estivessemos todos com a atenção duma criança de 3 anos, depois de comer um pacote de açúcar), pelo que a Disney não tem remédio senão capitalizar nos filmes que foram um sucesso, dando-lhes uma recapagem de realidade, procurando aumentar os lucros com um mesmo título.

Trocando por miúdos: a nova forma que a Disney arranjou para ir-nos ao bolso é fazer novas versões «reais» de clássicos da animação. E se, nalguns (poucos) casos até deu para acrescentar alguma coisa, no caso de Aladdin parece-me que seria impossível acrescentar o que fosse.

Não entro nas críticas que se fizeram à escolha de Smith para o papel de génio da lâmpada. Isso é estúpido. Porque não existe, nem existirá, ninguém capaz de suplantar a interpretação de Williams. O génio, salvo seja, daquele homem elevou, na altura, o patamar para os filmes de animação. Graças ao seu enorme talento, de repente havia uma data de adultos a comprar bilhetes de cinema para ver um filme para miúdos. Mas não só. A partir daí a porta abriu-se para ter as maiores estrelas a fazer vozes em filmes de animação, algo dantes impensável.

Repito a pergunta: como seria possível fazer melhor que um filme que fez tamanha diferença no género da animação? É que nem com um génio azul a conceder desejos.

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