quinta-feira, dezembro 19, 2019

Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker


Antes de começar a escrever este post, este muito difícil post, pensei pesquisar se haverá por aí algures terapia para os fãs de Star Wars. Porque sinto que preciso. Porque sinto que preciso de falar sobre esta última trilogia com gente que perceba o que estou a passar. Porque quero ser consolado e poder tentar consolar todos os que sentem a minha/nossa dor.

Se bem que não sei que diria. Não tenho as ideias em ordem.

Sei que, por um lado, senti enorme alegria a ver o filme. Foi divertido. Como todos os filmes Star Wars são/devem ser para mim. Foi uma correria o tempo todo. Senti que não houve descanso. Que era uma grande aventura, ao largo duma galáxia inteira. Que era preciso fazer umas quantas coisas rapidamente, ou os «maus» ganhavam. Que era preciso improvisar e adaptar-se ao que ia acontecendo. Que era tudo mágico... embora aqui a base seja mais «ficção científica». Senti que este filme faria o meu eu miúdo muito contente.

Mas...

Senti o mesmo com o episódio VII. E, convenhamos, esse é apenas um remake do IV. Terei sido enganado pelo senhor Abrams novamente? Terei sido enganado sequer?

Falou-se muito em «fan service». Que Abrams meteu no tacho todas as coisas que os fãs gostam e cozeu... qualquer coisa. Sim, se parar para pensar, há muita coisa que não faz sentido. Mas não é assim com maior parte dos filmes? E sim, nota-se demasiado o emendar dos «erros» que o cavalheiro que veio antes cometeu. Coisas que não gostei, é certo. Coisas que ele decidiu arriscar mas que, no meu entender de fã ainda com ranho no nariz, não tinham espaço no «meu» universo. Para além de que destruiu certas narrativas lançadas no VII. Só que Abrams também tirou personagens femininos. Minorias. Coisas novas que podem não pertencer, mas que têm direito de tentar ganhar o seu espaço. Abrams, em Rise, bateu em todas as teclas do costume, com todos os actores/personagens que estamos habituados a ver desde os anos 70.

O fã em mim ficou contente, claro. O fã mais maduro não pode ficar contente com a falta de visão, com a falta de imaginação de levar um universo tão rico e tão especial para tanta gente... a lado nenhum. Porque a realidade é essa. Se não se acrescentar alguma coisa a esta grande história, como esperar mais episódios? O fã maduro teme que, aquilo que o fã miúdo sempre desejou, não se vá realizar. A Disney já cancelou projectos encaminhados. Deixou de haver planos para filmes individuais, depois do que foi Solo. Sabe-se lá como será o episódio X, se é que tal coisa existirá.

Gostei de ver Rise. Claro que gostei. Não gosto como estão a tratar um dos meus franchises preferidos. O fã miúdo não tem noção. O fã adulto está frustrado e preocupado. A realidade é essa.

Há por aí mais alguém que sinta o mesmo?

quarta-feira, dezembro 18, 2019

The Guernsey Literary and Potato Peel Society


É estranho pensar nisso, mas havia ilhas, na costa de Inglaterra, ocupadas por Nazis. Quer dizer... Guernsey fica mais perto de França que Inglaterra. Afinal é estranho pensar que um pedaço de terra tão longe possa ser considerado «solo nacional». Claro que nós também temos Açores e Madeira... OK, afinal para mim é só estranho pensar.

Outra coisa deliciosa de ver como o mundo mudou, muito rapidamente, nas últimas décadas, é como uma pessoa podia simplesmente abandonar o trabalho e ir para uma ilha durante semanas, «fazer pesquisa». Deixa-se para trás trabalho e noivo, só para ver se há a possibilidade de escrever um artigo para o jornal. Um artigo. Só um. Não são vários. Não é necessariamente uma reportagem. Um artigo.

Foi o que a moça, protagonista deste filme com um título gigantesco, foi fazer a Guernsey. Consta que eram necessárias histórias «humanas», depois da guerra. Por lá apaixonou-se pelas pessoas... em particular por um rapazito muito charmoso que, mesmo sendo atraente e tudo mais, mantém-se solteiro... num pedaço de terra com muito pouca gente a viver. Certo...

O filme é engraçado, atenção. Piada à parte, há muitos detalhes simpáticos, sendo que está bem feito, para este tipo de registo. Percebe-se porque a Netflix decidiu apostar no filme. Não se percebe como depois deixa de fazer parte do catálogo, só porque sim. Essa parte é um pouco mais complicada de entender, confesso.

domingo, dezembro 15, 2019

The Knight Before Christmas


Um cavaleiro medieval é transportado para o nosso presente. Mais, é transportado para os EUA. Pior, é transportado para uma terriola no interior dos EUA. E, ainda por cima, é transportado para perto da Vanessa Hudgens!

OK, a última parte não é assim tão má.

Poderíamos pensar que o pobre homem enlouqueceria ao ser confrontado com todas as evoluções tecnológicas ou sociais dos tempos correntes. Claro que não! Os criadores resolveram essa questão muito facilmente: bastou uma noite a ver coisas ao desbarato no Netflix, e o cavaleiro ambientou-se perfeitamente aos modos, linguagem e pormenores da sociedade à sua volta.

Sim, é tudo muito ridículo. Mas há uma parte de louvar. Não só a Netflix conseguiu inserir-se na realidade do filme, como deixou pistas em como este é o mesmo universo doutros filmes de Natal que já fez. Sim, tal como o MCU ou o DCEU, também este é um universo maior, partilhado.

É quase a mesma coisa, vá.

sábado, dezembro 14, 2019

6 Underground


Hollywood gosta de lançar-me desafios.

Aqui estou eu, no conforto do meu lar, a poder ver uma espécie de estreia dum filme de acção, com Ryan Reynolds. É caso para dizer que basta arranjarem-me um balde de pipocas e estou nas sete quintas.

Pois...

Acontece que o filme de acção em questão é realizado por Michael Bay. E, embora os filmes do cavalheiro sejam sempre entretidos, não quer isso dizer que depois fique grande coisa em termos de substância. Reynolds faz o melhor possível. O elenco e química entre eles não é mau. E há umas cenas porreiras de acção, no meio da ba(y)ndeirosisse que o realizador nos habituou. Mas a história é tão miserável!

Então a parte de «somos todos uma família», nós o grupo de assassinos contratados (para todos os efeitos), que não tem grande ligação ao mundo, pelo que podemos «morrer» sem grandes problemas, só para podermos andar aos tiros pelo mundo. A sério?

Custa-me, mas não consigo não dizer mal dum filme com o nosso menino.

sexta-feira, dezembro 13, 2019

Let it Snow


Péssimo é favor.

Juntaram relações amorosas adolescentes com o Natal, o que não me parece ser grande ideia. Estes miúdos não deveriam estar em casa na véspera de Natal?

Não está a começar bem o visionamento de filmes de Natal, este ano.

terça-feira, dezembro 10, 2019

Fast & Furious Presents: Hobbs & Shaw


Filme na ida. Filme no regresso a casa. Dois blockbusters de acção, a fazer companhia enquanto estou metido numa caixa metálica gigante que, por obra e graça do divino espírito santo, consegue andar por cima das nuvens.

Quer dizer... Este F&F tem acção. Sem dúvida. Mas não deveria antes ser só rotulado de comédia?

Num golpe de génio, eu diria, as pessoas à frente do franchise decidiram dar mais umas pinceladas na tela que são estes filmes de correrias. Não esperava tanta comédia. A sério. Muita gente se calhar não achou tanta piada, já que estes filmes são mais para aquela malta da testosterona, que gosta de ver mulheres desnudadas e carros vestidos de apetrechos. Eu achei um piadão. Literalmente.

Claro que eu sou tendencioso. Basta meterem o Reynolds em cena (confesso que não sabia da sua participação) e eu digo logo que o filme é incrível. OK, talvez tirando o Green Lantern. Por muito que goste dele, nem eu consigo dizer bem desse filme.

segunda-feira, dezembro 02, 2019

John Wick: Chapter 3 - Parabellum


Tenho de ter cuidado com o que vejo no avião. É verdade. Às tantas pensei nisso. E se uma criança espreita e vê o que se passa no meu monitor? Cenas do John Wick não é o que o uma criança impressionável deve ver.

Depois lembrei-me que estou-me a marimbar. E esqueci-me que estava num avião. Porque a acção deste terceiro episódio continua ímpar. O homem está velhote. Nota-se. Mas há muita criatividade metida nas cenas de acção. É divertido de ver. A verdade é essa.

Fiquei só «desiludido» porque esperava um final à história. Sempre ouvi dizer que o previsto era ser uma trilogia apenas. Pois acontece que não. O dinheiro terá falado mais alto. Vai haver um quarto. Inicialmente senti-me aldrabado. Depois só estúpido por sentir isso, porque quantos mais John Wicks houver, melhor.