domingo, fevereiro 28, 2016

Hitman: Agent 47


Durante todo o tempo que sei da existência deste filme, sempre pensei que era o Orlando Bloom.

E não é que tenha qualquer antipatia com o rapaz. Zero. Mas à custa de achar que era ele, confesso que tinha pouca vontade de ver isto.

Afinal é outra pessoa, acoplado a uma data de modelitos a fazer acção, como é o apanágio do género.

Continua a ser algo fraco.

The Transporter Refueled


Um grupo de prostitutas contrata o transportador, para as ajudar a roubar os respectivos chulos.

No meio desta história extraordinária, o pormenor mais fascinante foi a facilidade nas transferências bancárias. Claro que os roubos não foram físicos. Falamos de centenas de milhões em proxenetismo. Foi tudo online.

OK, as moças tinham os códigos, mas não houve qualquer verificação. Um gajo para transferir a guita do bilhete do último jogo, que o amigo pagou porque tinha desconto, vê-se à rasca. Quase que vêm lá a casa verificar se é mesmo o titular a tirar 20€ do banco. Estas miúdas transferem 300M com a mesma facilidade com que um adolescente descarrega pornografia húngara com cavalos.

Lá está. Fascinante.

Krampus


Um filme de terror com a temática Natal? Ainda por cima com gente da comédia no elenco.

Quem raios se lembrou de fazer esta monstruosidade?

sábado, fevereiro 27, 2016

Kung Fu Panda 3


Difícil continuar a achar piada aos mesmos ganchos e artifícios de história, já vistos nos outros dois. Até porque parece que os chineses estão mais empenhados no projecto, procurando dar-lhe o tom e mensagem que lhes interessa. Não vejo mal nisto, atenção. Não seria o primeiro filme de animação com tamanhos propósitos.

Pandas continuam a ser bichos engraçados. Um pouco enganadores, mas engraçados, sim. E a voz de Black está perfeita para o personagem.

Mas não façam mais. Não estraguem o franchise, por favor. Não acredito que se consiga ainda arranjar história para isto. Deixem a trilogia viver por si.

Danny Collins


E falando em velhadas estrelas de rock...

Em Danny Collins tentam convencer-nos que Al Pacino poderia ser um velhote simpático, mega-famoso e rico, daqueles músicos que já não cria, só interpreta os seus clássicos. Pior, dão-lhe o lado humano - para contrastar com o deus musical -, não tendo estado presente na vida do filho.

É quase um clichê... Qual «quase»? É um clichê. Estrela da música tem filho ilegítimo. Algures no mundo já houve alguém que criou um template de perfil, em que já está a frase «tem um filho ilegítimo de [groupie]».

Ao contrário do filme anterior que vi, neste caso Al sabia e bem da existência do filho. Não lhe deu atenção porque não quis, embora tenha mandado dinheiro. Porque dinheiro colmata muita coisa.

Por incrível que possa parecer, este filme é baseado em factos verídicos. Mas não tem nada a ver com o filho. Essa parte é a «ficção» da história.

I'll Be There


Craig Ferguson tem um pouco a mania de fazer tudo. Neste caso escreveu, realizou e interpretou um filme simples e simpático. É sobre uma miúda que descobre ser filha duma estrela de rock. Em defesa da dita estrela, este também não sabia que tinha uma filha.

Já com 13 anos de existência, I'll be There está no limite de sobreviver ao teste do tempo. Mais uns anitos e entrará na categoria de «demasiado ridículo para futuras gerações».

sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Infinitely Polar Bear


E por falar duma boa dupla de actores.

Saldana esmera-se como mãe em sacrifício constante, tanto pela saúde do marido, como pelo bem estar das filhas. É notável a entrega da personagem, sendo tudo pelos outros. Custa pensar que provavelmente será pior para as filhas, a longo prazo, tamanha ausência da mãe. Continua a ser a opção mais sensata.

E depois há Ruffalo, aqui um monstro nada verde, mas um monstro mesmo assim. Tudo tenta fazer, também em prol das filhas. Mas com o problema que o seu cérebro nem sempre está equilibrado quimicamente, não o deixando fazer o que deveria fazer, mais parte das vezes.

Depois há as duas miúdas, que até podem tornar-se actrizes de referência no futuro. Mas ninguém se vai lembrar delas aqui.

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Loitering with Intent


Filme simpático, com alguns bons diálogos e um par de óptimos actores. E não falo dos dois principais. Esses é óbvio que pegaram num pouco de realidade e desenvolveram um projectos onde pudesses prosperar, enquanto actores. Já que maior parte das outras pessoas não o estava a fazer.

Como é que convenceram os dois bons actores a entrar num projecto tão pequeno... Tinham que ter uma cunha qualquer. E das grandes.

Deadpool

IMDb | Sítio Oficial

É verdade. Dez dias depois e voltei a ver o filme.

O pior não é isso. O que impressiona mesmo é que passei este intervalo, entre visionamentos, a ver tudo o que apanhava de vídeos, histórias e parvoíces sobre o filme, mas não só. Cheguei a ver um vídeo de Reynolds, feito por altura do Proposal. Só porque sim. Só para matar o bichinho.

Da segunda vez posso adiantar o que saltou mais à vista:
- Faz-me ainda muita impressão o tipo de pessoas na sala de cinema. É tudo gente que nunca diria que veriam um filme como o Deadpool. Histórias de super-heróis estão estupidamente na moda. E esta promoção do filme foi mesmo algo de extraordinário.
- O cabelo da Gina Carano no último terço. Que era aquilo? Que cabeleireira de Jersey achou que aquele penteado fazia sentido?
- À segunda, o filme é muito fraquinho. Notam-se demasiados erros e exageros de história. Não foi tão fixe.

Nah. Tou a reinar. O filme é incrível. Se pudesse, via-o outra vez. Agora.

terça-feira, fevereiro 23, 2016

Big Eyes


Isto é um filme do Tim Burton? A sério?

Já não me lembrava. Tinha-o aqui há tanto tempo que já não tinha ideia do porquê de querer ver. Imaginei que fosse pela dupla principal, que muito admiro. A história é simples. É baseada em factos verídicos, o que poderia ser menos tolerável, se não tivesse uma narrativa que se seguisse bem. O gajo é um malandro. Ela é artística e, no final, corajosa. Tudo OK e linear.

Que tem isto de Burton? Os olhos? Que poderá ter sido tão apelativo que o convenceu a fazer este projecto? Foi a possibilidade de poder ter músicas a mais da Lana del Rey na banda sonora? Imagino que Lana se enquadre ainda menos nos seus outros filmes.

Esta era uma oportunidade de sonho, claramente.

segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Freaks of Nature


Volta e meia alguém lembra-se de tentar juntar tudo, procurando fazer algo novo. Desta feita misturaram vampiros, lobisomens e zombies (algo já feito, creio), metendo ainda extraterrestres ao barulho. Tudo num ambiente de secundário, que só ajuda a criar grandes doses de «enredo».

Assim, temos um de cada, dos três primeiros. Têm ligação há algum tempo, mas já não são amigos. Tudo porque o secundário a isso obrigou. Pressões, grupos e afins. Contra os extraterrestres lá se voltam a juntar, formando uma aliança muito particular.

E absurda.

domingo, fevereiro 21, 2016

Spectre


Bond:
O último de Craig. Em situação normal estaria contente. O problema é que não sei se não será o último Bond. Não só dele, mas de toda da gente.

Se este franchise morrer, culpo Craig e o seu andar idiota, que nunca é nem durão, nem cangaceiro, nem com estilo. É uma tentativa de fazer tudo ao mesmo tempo. Falha miserável e epicamente. É o maior falhanço, na história de tentativas de andar fixe, de todo o sempre.

Sinopse:
O programa 00 vai terminar, sendo substituído por um sistema de vigilância global. Não percebo como uma coisa invalida a outra, mas não fiquemos presos a detalhes.

Fora de horas e sem supervisão alguma - indo contra ordens superiores directas, aliás -, Bond investiga ex-inimigos, na busca de mais informação que confirme o que se suspeita: que tudo está ligada a um único grã-vilão, a uma única organização.

Vilão/Capangas:
Impossível fazer outra coisa que não louvar Christoph Waltz como vilão. Seja do que for. Até podia ser vilão dum anúncio de cereais. Teria o meu respeito (e algum medo) na mesma. E Bautista estava a ser óptimo capanga. Até abrir a boca. Essa parte nunca lhe corre bem.

Mas mais importante que isso: aparece a Spectre! E aparece o gato.

Não, não, ignorem o comentário anterior. Aparece a Spectre. Fiquemos por aí. Não pensemos que, na minha cabeça, o gato chama-se Spectre.

Bond Girls:
Cinco óptimos minutos de Bellucci. Seydoux vai convencendo, como qualquer mulher francesa consegue sempre fazer.

Gadgets:
Ameaçaram com o carro. Parecia que ia fazer grandes coisas. Funcionou uma ou outra. As outras não, tanto como artifício para criar suspense, como talvez por falta de orçamento ou meios técnicos. Safou o relógio que explode. Acabou por ser um bom compromisso.

Cena Bond:
Fiquei super entusiasmado quando se percebeu que ia haver uma perseguição na neve. Confesso que não sabia isto de mim mesmo, mas perseguições na neve são as minhas preferidas e, pelos vistos, é algo que associo ao universo Bond. A sério. Só me apercebi neste filme. Começou a cena. Mostraram sinais que ia ser uma perseguição na neve. Fiquei em pontas. O problema é que não foi uma perseguição por aí além. Até desiludiu-me um pouco, no final.

Bond persegue um grupo de carros com um avião de hélices, bi-motor. É o óbvio para se perseguir alguém, claro. Chega a fazer um jogo de chicken com os carros. Ganha, como é natural. Só que Bond terá ficado convencido com a vitória. Começou a arriscar muito e, com isso, começou a perder peças. Uma asa aqui. A outra ali. Toda a traseira desaparece, a certa altura. Fica o cockpit e pouco mais. O certo é que mesmo assim conseguir ganhar direcção, indo colina abaixo na neve, acabando por abalroar os últimos carros. Impede os vilões de fugir com a moça de Bond.

Até eu, que adoro Bond e tudo o impossível que daí advém, achei esta cena exageradamente estúpida. É que bastava ter travado, ou mesmo abrandado o carro, e Bond teria passado por eles, sem criar grande constrangimento.

Notas finais:
Sam Mendes veio trazer muito de Bond de volta ao franchise. E ainda bem. Quase que salvou a coisa. O problema é que terá sido esforço em vão. Esta última sequela não se pagou. A regra dita que não haverá mais. Em boa verdade, o plano era fazer apenas quatro. Depois logo se via. E qualquer um destes quatro foi tirado a ferros. Muitas foram as vezes em que li, nos últimos 10 anos, que não havia dinheiro para fazer o próximo. Até aqui havia uma obrigatoriedade contratual para cumprir. Deixa de haver obrigações, deixa de haver esforço extra.

Se não houver um maluquinho que queira continuar, cheira-me que o personagem morre com este Spectre. De forma inglória...

Estou a contar contigo, Mendes! Isto não pode terminar com o idiota do Craig! Venha daí o Idris, caramba!

sábado, fevereiro 20, 2016

Tumbledown


Rebecca Hall está com grandes dificuldades em esquecer o ex-namorado. Em defesa da moça, o rapaz falece durante uma boa fase da relação. Daí existir o sentimento de algo não terminado. É legítimo. Não se pode dizer que seja uma coisa de ex-namorada maluca. Para ajudar ainda mais ao seu caso, o ex era um tipo fixe, um músico com alguma popularidade. No caso dele, ajudou imenso ter morrido. Para ela... Foi menos bom.

Por muito que tenha sexo regular com o agora marido da Sofia Vergara, ou que viva numa casa bem fixe no meio do campo - para a qual faz pouco para pagar -, ou ainda o facto de viver num sítio bonito, com os seus cães, que têm todo um bosque para andarem a correr livremente...

A frase ficou longa de mais. Desisto. Ela tem uma boa vida. Choraminga demasiado pelo ex. Tem razão até certo ponto, mas estica a corda. Foi preciso vir o tipo irritante da cidade para chamá-la à atenção.

Há música interessante e Hall é grande actriz. The end.

Don Verdean


Jared Hess habituou-nos a personagens falsos e, por vezes, idiotas. Talvez isso tire do pouco que se conseguiria aproveitar deste filme.

É que ao início ainda há uma réstia de possibilidade deste gajo ser verdadeiro, de ser mesmo um tipo capaz de entrontrar artefactos da Biblia.

Temos que estar distraídos, sem grande atenção ao detalhe ou de onde vem a história. Temos que ser um pouco como os personagens de Hess, em boa verdade. Mas realmente há uns milissegundos onde podemos acreditar no personagem principal.

O momento passa. O resto é só mais do mesmo.

domingo, fevereiro 14, 2016

Deadpool


Uma história de amor, sem dúvida. Mas não pelo enredo ou pela forma como o venderam (e bem) como tal.

A verdadeira história de amor é de Reynolds et al com este personagem, com este filme. Reynolds e os amiguinhos estão há 10 anos a tentar apresentar Deadpool às pessoas. Contra tudo e contra todos. Ninguém acreditou senão estes cavalheiros. E tinham razão.

O filme é epicamente divertido. Tem acção, enredo, «sumo», é fiel à BD, e tem tanto, mas tanto humor. Brincam com os personagens, com a história, com eles mesmos, com a Marvel, com a Fox... com tudo. E bem. Sem enxovalhar. Brincam de forma inteligente, com respeito. Sempre com muito amor pelo filme.

Parabéns a quem esteve envolvido. Parabéns pela dedicação, pela insistência, pelo carinho, pela empatia com o público. E parabéns por uma tremenda campanha de marketing, onde Reynolds foi incansável.

Toda a gente o dizia: Reynolds nasceu para fazer este papel. E o filme tinha que ser feito. Do meu lado posso afirmar que lá estarei para a sequela, com o mesmo entusiasmo e crença.

<3

The Night Before


Houve uma cena com Rogen que fez-me gargalhar a bom gargalhar. Porque é absurdo. E é a voz dele. Porque faz muito bem do taranta que a cena precisava.

Não abonará a favor dele ser óptimo a interpretar tipos todos lixados com drogas. Quero pouco saber. A cena é hilariante.

E o filme é divertido. Mais que se esperava. Único problema: continuar a ver filmes de Natal em fevereiro.

sábado, fevereiro 13, 2016

Carol


Que seca de filme. Como é que alguém pode tornar um belo amor lesbiano numa seca?

Serve para ver os seios da Rooney Mara, mas desengane-se quem for ba tentativa da descoberta dos de Blanchett. Ela dá tudo, mas não mostra nada.

quinta-feira, fevereiro 11, 2016

Crimson Peak


Há fantasmas... mas são metáforas.

Quando vi o trailer achei péssima ideia, sem interesse de maior. Acabei por ver por ser Toro e pelo aspecto visual.

Bonito é, embora não impressione. Acabou por surpreender um pouco a história, que caminhou para situações que não imaginava. Mas não faz valer o filme.

quarta-feira, fevereiro 10, 2016

Trumbo


O segundo melhor dos Óscares deste ano. E mais um dos não principais.

Boa história, bem contada. Apesar de ser quase biográfico (deve sempre entrar em consideração o factor treta).

Gosto de saber podres duma suposta época dourada. Neste caso do cinema. À distância tudo é sempre bonito e puro. E as pessoas dantes faziam filmes pela arte, sem se deixar seduzir por outros interesses. Claro que nada é ou alguma vez foi assim.

Conspurca um pouco a maneira de ver a humanidade, mas também nos faz sentir um pouco melhor com o nós actual.

terça-feira, fevereiro 09, 2016

Room


A regra mantém-se. O melhor dos Óscares é um filme mais pequeno, mais obscuro.

Gostei muito de Room, especialmente pelo início, sem saber o que se passava. A realidade da existência de duas pessoas naquele pequeno quarto é arrepiante.

Mas não é só. A interpretação de Brie Larson é óptima. Não é de agora que lhe louvo os seus dotes de representação.

E depois foi o desenrolar. Depois do choque inicial não via por onde desenvolver a história. O certo é que faltava o voltar. Não era só o sair do quarto. Faltava o resto.

segunda-feira, fevereiro 08, 2016

The Danish Girl


Não ia ver. Está na lista dos Óscares. Esteve nas minhas listas de filmes a obter. Após segunda análise da história acabei por desistir da ideia.

Até que um amigo meu disse que tinha gostado. Lá tive que voltar atrás.

Bom elenco, sem dúvida. E é melhor que maior parte dos filmes principais, candidatos às estatuetas.

Guardarei a maior das ironias: mesmo homens que se transformam em mulheres não conseguem resistir a ser «gajas». Mesmo com todo o apoio da esposa, o/a protagonista não conseguiu resistir ao instinto, inerente ao sexo com que queria ter nascido, e tratou a esposa abaixo de cão.

Podes dar tudo a uma mulher, mas regra geral é o pior que podes fazer. Mesmo se tiver nascido homem.

domingo, fevereiro 07, 2016

Blue Mountain State: The Rise of Thadland


Blue Mountain State foi daqueles projecto em que um grupo de amigos tentou tudo por tudo para manter a festa viva.

Não conseguindo em modo série, tentou-se em filme, com uma última farra épica, cheia de seios, drogas e álcool.

Bom esforço, rapazes. Bom esforço.

The Last Witch Hunter


Meteram pelos faciais no Vin Diesel, tornaram-no imortal, chamaram-lhe caçador de bruxas e tentaram criar um novo franchise.

Já vi tentativas piores, mas não se pode dizer que tenha sido das melhores.

Ride Along 2


Sim, fizeram um segundo.

Sim, decidi ver o segundo. Mesmo sabendo que o Ice Cube é péssimo actor. Mesmo sabendo que hora e meia é demasiado tempo de Kevin Hart.

Mas o chocante não é nada disto. O chocante é que esta porcaria continua a pagar-se e até a dar bom dinheiro.

O público é estranho.

sábado, fevereiro 06, 2016

Love the Coopers


Ver um filme de Natal, nesta altura do ano, é estranho. Devia ser proibido, aliás. Mas não seria o meu crime maior, sejamos claros.

Teve alguns momentos divertidos e/ou ternurentos. Ajuda ter um elenco simpático. E foi bom ver Olivia Wilde a flirtar. É sempre bom ver isso.

Mas a esta distância da próxima época natalícia... A coisa nunca consegue ter o mesmo impacto.