sexta-feira, agosto 31, 2012

Bernie

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Jack Black interpreta este personagem Bernie, que tem algumas características muito específicas:
- Para já, tem um ar assim um pouco a dar para o efiminado;
- Depois, é extremamente atencioso;
- Muito talentoso, canta, encena, interpreta, é um óptimo profissional, entre outros;
- Toda a gente na pequena cidade de Carthage (não é essa) adora-o;
- É generoso, às vezes oferecendo mais do que tem;
- Existe mesmo, pois o filme é baseado numa história verídica;
- É um assassino.

Foi apenas uma pessoa. Uma mulher de quem ninguém gostava a não ser ele. Uma mulher que deu-lhe tudo, mas que também queria tudo. Uma velhota que mastigava demasiado a comida. Matou-a. Confessou. E ninguém na cidade queria condená-lo pelo crime.

quarta-feira, agosto 29, 2012

High School

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Um rapaz broado. O melhor aluno da escola. Uma cheerleader. Eram todos melhores amigos antes do secundário. Agora mal falam. A cheerleader não é relevante para a história. É só que gosto desta cena americana de amigos deixarem de ser amigos quando entram em grupos pré-definidos. O broado e o marrão acabam por voltar a passar algum tempo juntos, muito por acidente. O marrão decide experimentar erva no dia em que o director da escola marca um teste de urina para todos os estudantes, no dia seguinte, com a ameaça de expulsão caso o teste detecte alguma substância. Não conseguindo manipular os próprios resultados, os dois palermas decidem manipular os dos outros, drogando toda a escola. A partir daí é uma sucessão de cenas idiotas de pessoas, adultos e adolescentes, completamente broados e a fazerem figuras tristes. Divertido, claro, embora pouco substancial.

terça-feira, agosto 28, 2012

Think Like a Man

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Tenho a porcaria da música final na cabeça, também muito porque foi repetida à exaustão. Não, não é bom porque ainda por cima só tenho a frase de refrão em loop.

Think Like a Man é uma comédia romântica um pouco «à antiga», com o toque moderno das relações actuais. Pega em todo os tipos de «jogadores», tanto feminino como masculino, e faz o devido emparelhamento. Temos o «player» com a «miúda da noite demasiado fácil»; o cavalheiro com «potencial» e a «mulher de negócios» que só pensa em dinheiro e estatuto; o «menino da mamã» com a «mãe»; e o «palerma com complexo de Peter Pan» com a «moça que quer uma anilha no dedo». Esta última foi uma das que fez-me mais confusão, já que ver o Turtle com a Gabrielle Union é para lá de chocante. Ainda não fui verificar, mas ela não terá mais um metro de altura que ele? No entanto, a pior foi a do potencial/negócios. Que idiota de mulher. Ainda por cima no final, se ele fizesse o que ela fez, a moça passava-se da cabeça. Mas quem sou eu para julgar? Não é tenha escrito um livro sobre relações.

segunda-feira, agosto 27, 2012

Inseparable

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Um fulanito chinês, inteligente e bom rapaz, está muito deprimido. A vida não lhe corre de feição, pelo que a ideia é acabar com ela. Surge então Kevin Spacey. Sim, no meio da China. Vai dar um novo alento ao fulanito chinês, mostrando-lhe outros lados para ver as coisas, abrindo-lhe os olhos a outras experiências, encorajando-o a usar um fato e combater o crime. Talvez assim consiga resolver os seus problemas matrimoniais e enfrentar os desafios profissionais.

Nunca se sabe. Até pode ser uma boa solução.

quinta-feira, agosto 23, 2012

Magic Mike

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A vantagem de ter que gramar com quase duas horas a ver homens a despirem-se é que pude ver os seios à Olivia Munn. Acho que nunca tinha falado dela neste blogue. É uma moça muito bonita, assim com um ar achinesano/moreno, que é uma óptima combinação, que costuma fazer mais comédias, mas que tem aqui um papel pequeno de amiga colorida do Mike Mágico, o s@c@n@. Para além dos seios de Munn, os interessados poderão ainda ver o rabiosque do Tatum e companhia. Não muito mais que isso, atenção. Não é esse tipo de filme. É mesmo só uma coisa pejada de clichês, como passagens de testemunho, uma moça que faz alguém querer mudar de curso de vida, amigos que afinal não são assim tão amigos, dívidas a terem que ser pagas, a sociedade que não aceita strippers, problemas com abusos de álcool e drogas, pancadaria desnecessária e muito sexo. O clichê dos clichês, aliás.

The Dictator

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Sacha Baron Cohen faz mais um papel igual a todos o que nos habituou: ser o mais politicamente incorrecto possível. E tem piada. Quase sempre. Há personagens que não achei assim tanta, como o alemão homessexual. Esse não era fixe. Este ditador gostei. Foi um bom ditador. Lá está, personagem igual a todos os outros, mas numa escala maior. Por isso é que não percebo que me tenham dito que este filme não estava nada de especial. Não é em nada diferente dos outros. Houve momentos em que desbronquei-me a rir. Não tenho pruridos em admiti-lo. Cenas como «Are you having a boy or an abortion?» fazem-me rir. Talvez seja má pessoa por isso. Não será só por isso, mas sim, acredito que também. Que hei-de fazer? Agora o que não faço ideia é como Cohen conseguirá aumentar a escala. Já chegou a tirano dum país. Que poderá estar acima?

quarta-feira, agosto 22, 2012

The Babymakers

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Olivia Munn está casada com um gajo qualquer que até já apareceu no Parks and Recreation. Olivia Munn e ele querem ter uma criança. Olivia Munn combinou com ele no início do casamento que ao fim de três anos discutiriam a possibilidade de terem uma criança. Durante nove meses e tal, Olivia Munn tem sexo com o gajo. Só que Olivia Munn não consegue engravidar e lá decidem fazer os testes, depois de toda a gente opinar sobre o assunto. Descobrem que o gajo que está com Olivia Munn tem «material confundido». A partir daqui a coisa fica um bocado mais para o esquisito e Olivia Munn já não aparece tantas vezes desnudada como no início. Há todo um assalto a um banco de esperma em que Olivia Munn não está envolvida directamente e um cavalheiro aparece todo nu (riscos de ver a versão unrated). E já mencionei que Olivia Munn aparece neste filme?

The Five Year Engagement

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Acho que já disse isto, mas acredito que só escrevendo os filmes é que Jason Segel consegue ser a parte masculina de um par encantador. Por muito que goste do rapaz, não tem o riso adorável de Emily Blunt e não é tão genuinamente engraçado como ela. Ou então é só o facto de ser heterossexual que faz-me dizer isto.

Este será o noivado mais aterrador de sempre. Dura cinco anos, mais ou menos, e pelo meio fazem-se coisas terríveis, pessoas enlouquecem e dedos grandes do pé perdem-se. Quase que faz pensar que não devia ter acontecido. Quase faz pensar que se calhar não se devia continuar. Só que esta gente é teimosa. E mesmo depois de erros estúpidos à brava, é de focar apenas numa única solução: casar. Raios partam esta gente que, por muito filme que escrevem, não conseguem ser originais.

E depois das idiotices...
The Five Year Engagement é muito divertido, se bem que dantesco num ou outro momento. Nada que Segel não nos tenha já habituado. O filme teve ainda o dom de fazer algo que já não me acontecia há algum tempo. Por momentos esqueci-me completamente de onde estava, de tão embrenhado estar na história. Poderá ter coincidido com os vários momentos em que Alison Brie falava com sotaque britânico. Tenho quase a certeza que não foi quando ela falava à Elmo e a Blunt à monstro das bolachas. Não sei. Foi algures ali pelo meio.

terça-feira, agosto 21, 2012

Battleship

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Podia vir para aqui apregoar que sou uma pessoa muito madura (embore todo o blogue indique o contrário). Não o vou fazer. Admito. Sou o primeiro a admitir que este tipo de filmes têm (acho que terão sempre) efeito em mim. Será uma questão de ser homem? Não sei, embora acho que nunca conheci uma mulher que gostasse destes exageros. O que é certo é que na cena em que aparecem os velhos, os ex-marinha, reformados, naquele bote velho, prontos para a batalha, juro que senti toda a testosterona no meu corpo a fervilhar. Não estava no melhor sítio para fazer (haverá algum?), mas a minha vontade foi de levantar-me e gritar «Yeah! Fuck yeah! Embora lá dar uma tareia a estes alienígenas dum raio.».

Não sei quem teve a brilhante ideia de fazer um filme baseado no jogo da Batalha Naval. A teoria mais provável - da autoria do meu amigo histérico -, é que em certa reunião de executivos, alguém terá comentado jocosamente que deveria fazer uma versão do famoso jogo da Hasbro. Outro alguém terá dito «challenge accepted». E agora que pus toda a gente (os meus três leitores, entenda-se) a pensar no Barney, devo dizer que fiquei doido quando vi o trailer do filme e muito me arrependo de não ter ido ver ao cinema.

The Dark Knight Rises

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Este filme tem 8.9 de classificação no IMDb? Que exagero. Quer dizer, é giro e gostei muito, mas esta nota é claramente atribuída por causa da enorme qualidade do segundo, não tanto só por este. Se quiserem dar 8.9 ao projecto, envolvendo todos os três, tudo bem, aceito. Agora uma coisa é certa. O segundo está a este nível ou até superior, o primeiro e terceiro não. É uma média, com tudo o que implica.

E porque é que este não está ao nível do segundo? Bem, justificar essa discrepância com o primeiro é fácil. O Batman Begins luta sempre com os contratempos de ser o início de uma história, por muito que seja baseada em coisas que já existem: tem que ser introdutório para tudo. Já este terceiro não. A história, o universo e os personagens estão estabelecidos, e não é o aparecimento de um novo vilão que o vai estragar. O problema do terceiro é a cadência. Já me tinham chamado a atenção para problemas de montagem. E sim, há cenas que passam para outras sem qualquer lógica. Só que tentar meter cenas de sequência num filme de três horas e tal não é fácil. Não foi tão flagrante no segundo porque a acção é quase toda sequencial. Estamos sempre no momento. Não há passagem de tempo, entradas em novas estações, etc. A acção decorre ao mesmo tempo da realidade, quase. No terceiro, Nolan tinha outra vez muita coisa para contar, só que com pouco tempo para o fazer. Passam-se 84 dias a certa altura, com pouco mais a indicá-lo do que ter começado a nevar e a barba do Bale ter crescido um bocadinho. É confuso. E é especialmente negativo para quem não segue o universo ou que tenha sequer lido um livro de BD na vida, porque perde-se neste tipo de narrativa.

A nota de 8.9 choca-me muito porque só tenho ouvido gente a dizer mal do filme. E atenção que não é críticas de jornais. Vem de pessoal que conheço. E algumas coisas até posso aceder, como há outras que compreendo por conhecer as pessoas. Mas no fundo acredito que não se goste tanto deste filme por causa de expectativas primeiro, e depois porque acaba. Ninguém gosta de coisas boas a acabar. E o pior é que nem é um acabar acabar. É um acabar mais ou menos. É daqueles acabares Hollywoodescos, deixando sempre portas abertas para poder esmifrar-se o animal.

Posto tudo isto, quero frisar mais uma vez que gostei do filme, mesmo que tenha tido demasiados momentos em que mandei vir. Dois em particular, que acho que posso listar aqui. Não me parece que vá estragar nada a ninguém que ainda não tenha visto o filme. O Salvio e o Rodrigo. Porque foram titulares? Não, espera. Estou a confundir irritações. Primeiro: porque é que tive que ver o discurso do Ben Affleck no Good Will Hunting neste filme? Para além de ser ridículo, nem faz sentido algum. Segundo: com tanto tempo que houve para fazer este filme (o segundo é de 2008), expliquem-me porque é que as cenas de luta estão tão más. Há uma em que é notório que o capanguita fica à espera que o Batman lhe dê um murro. E quem diz esta cena de luta diz outras. Não faz sentido. Especialmente se tivermos em conta que os outros filmes têm cenas de luta geniais. Inovadoras, até. E que tiveram quatro anos para preparar esta bodega. Ok, não são bem quatro anos, mas é mais que tempo suficiente.

Evitanto acabar numa nota negativa, acabo sim numa nota de gozo, que é o registo deste blogue, vamos não esquecer. No grande duelo entre Bane e Batman, confesso que não sei qual foi o claro vencedor. Porque vá-se lá saber como, mesmo com um orçamento tão grande para fazer esta longa metragem, a produção conseguiu arranjar maneira de ter não só uma, mas duas vozes ridículas. Sim, porque para além de termos o Batman sempre na casa-de-banho, sentadinho na retrete a fazer força, o Bane tem a voz mais patética que alguma vez ouvi num vilão. Tive momentos em que desmanchei-me a rir quando falava. Peço assim a vossa ajuda, a quem já viu o filme, qual foi para vocês a pior voz de The Dark Knight Rises?

segunda-feira, agosto 20, 2012

Bachelorette

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Fuck everyone.

Essa é um pouco o a frase chave de quatro amigas do secundário, três bonitinhas, umas mais inteligentes que outras, uma loira, uma morena, uma ruiva e uma... bem, aquilo parece-me loiro pintado. Como me foi apresentado o filme é que a não bonitinha ia casar-se, sendo a primeira do grupo. Só que as outras três, em teoria, gozavam com ela no secundário e não eram bem amigas dela. Nada mais longe da verdade. Era mesmo um grupo de miúdas que à partida seriam as mais populares, mas que preferiam ser as que só se metiam em apuros. A que vai casar-se acaba por ser a que mais cresceu e abdica de álcool, coca e festas na sua última noite como solteira. Que totó. Já as outras não abdicam de nada, o que as levas a inadvertidamente rasgar o vestido de noiva. Mais totós ainda. Segue-se uma noite na tentativa de remendar (literal e figurativamente) as suas relações entre elas, com outras, vidas, etc.

Muita gente odiará Kirsten Dunst. Eu gosto dela. Tem muito filme estúpido, mas volta e meia acaba por fazer um ou outro que mexe comigo. Este não mexe comigo, mas o papel é bom. Como são bons os seios da Isla Fisher, muito apertadinhos e semi-destapados num vestido que lhe cai bem. Já a Lizzy Caplan acho só incrível e cada vez estou mais apaixonado. O facto de ter no atendedor de chamadas do telemóvel a mensagem «Hi, it's Gena. Eat a dick.» faz-me querer ir contra os meus princípios e pedir-lhe em casamento. Se bem que acho que o Adam Scott (seu namorado em ficção mais que uma vez) ia-me à boca... e teria que respeitá-lo ainda mais por isso. Não esqueço a existência de Bridesmaids e que esta será mais uma tentativa dum estúdio tentar capitalizar o sucesso dum estúdio rival. Mas chamo a atenção para quem só vê esta parte que Bachelorette tem muito talento aqui metido, mesmo para além destes nomes que aqui larguei, a começar pela moça que escreveu e realizou. Só descobri depois de ver o filme que ela também escreveu uma série que gostei muito: Terriers.

domingo, agosto 19, 2012

Quantum of Solace

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Bond:
Daniel Craig, que tanto podia estar a fazer isto como de Bourne ou de Missão Impossível ou qualquer outro filme de acção, não guardando rigorosamente nada de especial para este papel.

Sinopse:
A história continua depois do último. Descobriu-se uma organização secreta que está em todo o lado (SPECTRE?) e Bond segue umas pistas, também tentando vingar a morte da outra. Acaba por deparar-se com um plano de derrubar o governo boliviano, colocando um general específico no seu lugar. O principal agente é um gajo que lidera uma organização de protecção do ambiente, auxiliado pela CIA e os seus agentes mais corruptos.

Vilão/Capangas:
O director da organização é o vilão. Vilão pequeno, é certo, mas o principal. Capangas nem vê-los. E depois tenho que estar a ver este director, um gajo franzino, a ser a pessoa que mais conseguiu bater no Bond, para além de ter sobrevivido. Certo.

Bond Girls:
Duas moças magrinhas, modelitos, sendo que apenas uma vai para a cama com o Bond. Correu-lhe mal, mas ao menos serviu de rebound ao rapaz. Tudo em nome da pátria.

Gadgets:
Um telemóvel com capacidade de tirar fotos e enviá-las para um sistema de reconhecimento. Isto não existe mesmo?

Cena Bond:
Nada.

Notas finais:
E assim termina a minha epopeia, da pior forma. Os meus receios acabaram por comprovar-se. Estes novos filmes são óptimas fontes de entretenimento. Só não são Bonds. Ponto.

Casino Royale

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Bond:
Daniel Craig, o músculo da moda, estreia-se como Bond. Tinha receio em vê-lo neste papel. Também por isso demorei tanto tempo a ver os novos filmes. Acreditava que tinham estragado o franchise. Há que admitir que é o Bond menos Bond de todos e não, ser as primeiras histórias não é desculpa. Craig não tem o charme conhecido do personagem. É mais militar, mais grunho. Faz mais sentido, mas não deixa de ser um paralelo ao personagem. Ok, talvez não paralelo. Perpendicular, vá. Em alguns pontos cruzam-se. Perpendicular não é tão mau.

Sinopse:
Na primeira missão enquanto agente 00, Bond tem que jogar póquer. Sim, é verdade, a sua grande missão é ganhar um torneio de póquer e entalar o vilão, banqueiro de vilões. Como segunda profissão, se é que lhe podemos chamar assim, Le Chifre (péssimo nome) é terrorista. Para não se pensar que não teve acção, antes do torneio Bond impediu que Le Chifre explodisse com um avião experimental, que resultaria na morte de muito boa gente.

Vilão/Capangas:
O vilão, por muito terrorista que fosse, era um nerd de contabilidade. É bem verdade que lida com os piores seres humanos na terra. Não deixa de ser um contabilista, mesmo que tenha um olho todo lixado, com uma cicatriz. Não houve capangas, o que só me entristece.

Bond Girls:
A esposa do grego não impressionou. Eva Green continua sem fazer grande coisa por mim, apesar dos seus já conhecidos atributos. Mais rapidamente olho para a mulher do contabilista, mas só  porque conheço-a de outras paragens.

Gadgets:
Não houve. Um desfibrilador no carro não conta. O carro ter um porta-luvas diversificado também não. E um telemóvel com mapas não mexe com a criança dentro (fora?) de mim, lamento.

Cena Bond:
Nenhuma digna desse registo. Há todo o mérito em afundar um prédio em Veneza, ou ganhar a mão final de póquer com a pior mão inicial (em teoria), mas nada que mereça o título de «cena Bond». Houve uns pormenores nas primeiras cenas de acção, ao misturar todo o parkour, mas mesmo assim...

Notas finais:
Entrei completamente de pé atrás e tinha razão em maior parte das coisas. É tudo ao lado. O Bond fica cheio de feridas (que desaparecem na cena seguinte). Não há brinquedos dignos desse nome. Bond abandonou a esposa do grego antes de deitar-se com ela, para ir atrás dele(!). (Não. Não se faz.) Vá lá que andou de fato ainda durante algum tempo. Dir-me-ão que a ideia é o personagem crescer para ser o Bond que conhecemos. Tudo bem. Dou isso de barato. Gostei mais do filme do que estava à espera, admito. Ajuda que tenha óptimas cenas de acção (o parkour faz a diferença) e que Craig saiba andar à porrada, não parecendo um velho, como maior parte dos outros. E atenção que não tenho nada contra reformulações de franchises. Gostei dos novos Batman, da reestruturação dos X-Men e até mesmo do novo Homem-Aranha. Convém modernizar velhas histórias. O espectador está muito mais crítico e analítico. É importante ter atenção ao pormenor e ser o mais realista possível, dentro do reino da ficção. Não tenho problemas que estes Bonds não sejam tão Bonds como os outros e vou sempre divertir-me a ver estes filmes de acção. Só que expliquem-me o que é que se ganhou em não aparecer um Q, por exemplo.

sábado, agosto 18, 2012

Die Another Day

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Bond:
Pierce Brosnan abandona-nos neste quarto episódio, deixando alguma saudade.

Sinopse:
Bond chateia outros vermelhos que não os russos ou chineses. Desta vez a «vítima» são os norte-coreanos, em especial uma família de militares, pai e filho. O filho anda com manias de grandezas, mas Bond dá-lhe cabo do plano e mata-o... aparentemente. Só que Bond é traído por alguém perto de si e acaba capturado pelo norte-coreanos, que o torturam durante algum tempo. O suficiente para Brosnan repetir a sua performance como Robinson Crusoe (barba e cabelo grande). O governo britânico acaba por organizar uma troca de prisioneiros, «devolvendo» o capanga-mor, que tinham capturado há pouco tempo. A troca deixa Bond bastante zangado. Como o cavalheiro não gosta de pontas soltas, faz-se à estrada e vai caçar o capanga, acabando por descobrir mais umas coisitas.

Vilão/Capangas:
O vilão enquanto personagem é muito bom. Mais que não seja porque tem uma mansão de gelo. Só isso mete-o ao nível dos melhores, senão mesmo acima. O problema é o actor. Péssimo e exagerado serão os adjectivos a usar. Deu-lhe um toque pedante e descontrolado. Mais parecia um adolescente a fazer birra do que um vilão a sério. Já o capanga-mor... o capanga-mor está lá, em todos os níveis. O actor está perfeito no papel e a sua característica de capanga Bond é... vá, brilhante é mais que adequado.

Bond Girls:
No filme anterior falei dum hipotético duelo que não acontece. Acho que as duas actrizes nem chegam a contracenar. Não é o caso aqui. Há uma batalha final entre Halle Berry e Rosamund Pike. Confesso que não estava a torcer por quem devia, porque aquela fatiota da Pike é suficiente para levar qualquer homem para o lado negro da força.

Gadgets:
Fartam-se de fazer piadinhas neste filme. Aparece o jet-pack doutro mais antigo. O novo Q diz que é o vigésimo relógio que é dado a Bond, visto este ser o 20.º filme. E depois há o carro, claro, se bem que o capanga-mor também tem um. O brinquedo mais útil ainda foi o anel da onda de choque.

Cena Bond:
Não é fácil de descrever esta cena. Nem acho que vá conseguir. Tentarei mesmo assim. Bond foge dos vilões num veículo rápido no gelo. Atrás dele segue um «raio concentrado de sol», graças ao satélite-arma do vilão, Ícarus. Bond fica pendurado num penhasco de gelo enquanto o raio desfaz parte da beira. Ele consegue desenrascar uma tábua metálica que prende aos pés, assim como o pára-quedas do veículo. A beira do penhasco cai, criando um tsunami. Graças à tábua e ao pára-quedas, Bond pode assim fazer uma espécie de kite-surfing e safar-se da onda gigante, saltando para cima de outro penhasco. O homem é extraordinário.

Notas finais:
Primeiro filme oficial sem o Q. Perdeu-se um bocadinho da mística.

Fora com os velhos, venham de lá os mais recentes. (Filmes, entenda-se. Não tem nada a ver com o Q, de quem terei muitas saudades.)

The World Is Not Enough

IMDb

Bond:
Pierce Brosnanx3. Digam-no comigo: Só mais um! Só mais um!

Sinopse:
Um magnata do petróleo está a contruir um cano gigante para transporte do precioso líquido pelo Médio Oriente. Um terrorista ameaça destruir o cano. O mesmo terrorista que anos antes raptou a filha do magnata. O magnata é morto num atentanto, com a ajuda sem querer de Bond. Tentando vingar a morte do magnata (e acredito que também tentando dormir com a filha), Bond tenta parar o terrorista. Consegue as duas coisas, não se preocupem.

Vilão/Capangas:
Um misto dos dois, pois volta e meia não sabemos qual é qual. Temos a menina riquinha que quer ser ainda mais rica, com uma boa dose de insanidade. E temos um gajo completamente insano, mais que não seja porque tem uma bala na cabeça. Uma bala que o está a matar lentamente, mas que também tira-lhe alguns dos sentidos, como cheiro, toque e paladar. A falta de nervos, neste caso, joga a favor dele.

Bond Girls:
Sophie Marceau vs. Denise Richards. Juro que se tivesse que apostar numa delas, não saberia qual.

Gadgets:
Um relógio com um arpão/gancho parece-me útil. Acho que vou pedir um pelo Natal.

Cena Bond:
Bond contra um helicóptero armado de serras gigantes e meia dúzia de capangas lá dentro. Os maus da fita se continuam a atacar de forma tão fraquinha nunca conseguirão concretizar os seus planos nefastos.

Tomorrow Never Dies

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Bond:
Pierce Brosnan mais consistente, mais relaxado, mais em controlo do personagem. Algumas vozes serão contra, eu gosto muito dele como Bond.

Sinopse:
Esta história já na altura fez-me alguma confusão. Ter-me-ei concentrado apenas nas boas cenas de acção, ignorando um enredo com mais buracos que uma t-shirt dum broado. Temos um magnata dos meios de comunicação a criar notícias para as poder reportar primeiro. Até aqui nada chocante. Só que se o homem é assim tão esperto, porque noticiava as coisas quando só o culpado poderia saber? Um assassíno não vai para as ruas gritar como é que a vítima morreu quando ainda ninguém sabe que o homicídio ocorreu. Foi assim que o magnata foi apanhado, claro. E como é que ele arranjou uma embarcação com um sistema de ocultação mais avançado que qualquer coisa que os exércitos britânicos e chineses têm?

Vilão/Capangas:
O vilão é louco quanto baste para ser interessante, mas não suficientemente capaz que cative. No fundo é um quatro olhos com dinheiro. Se levar um murro cairá mais rapidamente que todos os outros. E o capanga-mor é patético. É um modelito que passa o tempo no ginásio. Blergh.

Bond Girls:

Teri Hatcher aparece tempo suficiente para deixar cair o vestido. Michelle Yeoh, para além de ser uma mulher muito encantadora, é uma óptima homóloga de Bond no exército chinês.

Gadgets:
Um carro telecomandado em versão grande. Haverá brinquedo melhor? No filme anterior irritou-me quando não fizeram nada com o carro. Rigorosamente nada com um carro todo artilhado. Aqui fizeram tudo.

Cena Bond:
Bond foge de muita gente, numa mota. Com ele vai Yeoh. Estão algemados um ao outro, o que complica o processo de condução. É necessário coordenação entre os dois. E é preciso que volta e meia Yeoh se sente ao colo de Bond, mais ou menos, numa situação que até seria sensual, não fosse terem um helicóptero a destruir uma rua cheia de chineses com a hélice a roçar o chão.

sexta-feira, agosto 17, 2012

GoldenEye

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Bond:
A primeira e, apesar de tudo, mais fraca participação de Pierce Brosnan. Confesso que não gostei nada dele, na altura. Acabou por conquistar-me, com o passar dos filmes.

Sinopse:
Bond vs. russos. Mais ou menos. Um helicóptero XPTO é roubado e usado na destruição duma estação de controlo de «armas do espaço» russa. Um general comprado a mando dum mafioso misterioso roubam a tecnologia GoldenEye, uma «arma espacial» capaz de destruir cidades a partir do espaço. Uma espécie de Death Star em miniatura.

Vilão/Capangas:
Óptimo vilão, ainda por cima com cicatrizes na cara. São os meus preferidos. A capanga é qualquer coisa de incrível, com um «death move» delicioso e um nome sugestivo. Melhor não se pode pedir.

Bond Girls:
Famke Janssen a surgir para o mundo, fazendo da psicótica Onatopp. E Izabella Scorupco, um nome que ainda hoje em dia oiço demasiadas vezes, mesmo cá em casa. Como em muita coisa neste filme, também as moças irritaram-me um pouco. Pareceram-me escolhas um pouco «ao lado». Agora que sou mais crescidito e sei um milésimo mais sobre as coisas, percebo que a capanga tem o seu encanto, mesmo que o Bond não vá para a cama com ela. E a russa é pouco «agradável» porque é mesmo assim que as russas são. Ok, que o estereótipo das russas são. Duras. Frias. Ríspidas. Faz mais sentido agora.

Gadgets:
Estes Bonds vão ter muito mais brinquedos. Já se nota em GoldenEye. Contudo, aqui o meu preferido ainda é a caneta-bomba. Se bem que ainda não foi desta que consegui contar o número de vezes que o palerma clicou a dita.

Cena Bond:
O filme começa com uma «cena Bond» genial. Bond salta dum penhasco montado numa mota, em perseguição ao avião que quer usar para fugir. Em queda livre o cavalheiro vai conseguir entrar no avião e pilotá-lo dali para fora. Em ex aequo, também porque não consigo decidir qual a melhor, Bond conduz um carro blindado (vulgo tanque que não é para lavar a roupa) no meio de Moscovo. No meio da cidade! A destruir casas, pontes e estátuas. É genial.

Notas finais:

Este foi o primeiro Bond que vi no cinema. A minha mente adolescente estava demasiado formatada e revoltada com tudo. Como tal, na altura, não gostei do filme. Achei-o muito afastado da ideia que tinha do Bond. O personagem era demasiado submisso a moças (ver esta questão acima), era pouco pintas, os vilões pouco «bondiescos», pouca acção, o Brosnan não era Bond nem aqui nem na China... Era um adolescente a mandar vir. Hoje em dia, com olhos não descontrolados por hormonas, vejo que o filme é divertido. Não é o melhor Bond, mas é bom. Foi ainda um óptimo revitalizar do franchise. Continuo a achar que é o mais fraco dos Bonds de Brosnan, mas já não digo mais nada. Deixa rever os outros.

Licence to Kill

IMDb

Bond:
Segundo e último de Timothy Dalton. Embora ache que se tenha safado no primeiro, aqui já tem um tom sério e até um pouco psicótico, que em nada estamos habituados no personagem. Foi um bom esforço, mas melhor virá.

Sinopse:
Casamentos correm sempre muito mal em filmes do Bond. Um pouco como na vida real, aliás. Antes do casamento, Bond ajuda o noivo e melhor amigo a capturar um latino barão da droga. Logo após o casamento já o barão está em liberdade, capturando e torturando o noivo, e matando a noiva. Bond entra em modo psicótico (referido acima) e não descansa até vingar os amigos. Quase que nem tem tempo para ir para a cama com a mulher do barão. Quase, disse eu. Calma.

Vilão/Capangas:
O vilão é um bom vilão para o que é. Não é um bom vilão para Bond. E o capanga que mais se destaca só aparece muito de vez em quando. Ainda por cima é o Benicio Del Toro, com um ar psicótico, também (houve um tom para o filme).

Bond Girls:
Talisa Soto... Uau! E uma sidekick que às vezes tinha algum interesse, até como personagem, mas depois lembrou-se de cortar o cabelo e ser só irritante.

Gadgets:
Um relógio despertador bomba. Uma máquina fotográfica com um laser. Uma máquina de filmar que tornava-se numa espingarda que só o Bond consegue disparar. E mais uns aparelhos. Mas pouco disto foi usado.

Cena Bond:
Bond interrompe uma transação de narcóticos. Persegue o avião que aterra em água, lançando um arpão e fazendo um pouco de ski aquático. Agarra-se mesmo quando vai para levantar voo. O piloto ainda dá umas voltas para aqui e para ali, mas não há maneira da lapa humana largar. Bond lá consegue entrar no avião sem que os dois palermas dêem por isso(!) e atira-os dali para fora, ficando com uma bela maquia de dinheiro em sua posse.

quinta-feira, agosto 16, 2012

The Living Daylights

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Bond:
Timothy Dalton dá um muito necessitado descanso ao velhote Moore.

Sinopse:
Bond passeia pelo mundo fora para desmantelar uma rede de tráfego de armas que envolve generais russos e uma data de maus da fita que afinal até são bons da fita, embora andem sempre carregados de armas, evitando assim mais uma guerra mundial, que ia ser uma chatice demasiado grande. Pelo meio ajuda uma moça sem sal nenhum a fugir da Rússia, sítio conhecido na altura como o inferno na Terra... apesar do frio.

Vilão/Capangas:
Não deram vilões muito à altura de Dalton, que até esteve bem. Uns quantos matulões a mando de russos desprovidos de interesse e ainda uns tipos do Médio Oriente.

Bond Girls:
Trocaram a Miss Moneypenny. Foi o fim duma era. Já tinham trocado de M e até de Bond um par de vezes, mas trocarem de Miss Moneypenny deixa-me triste. Fora isso, há uma moça dona dum barco que aparece durante uns momentos, e a tal violoncelista russa que não tem interesse nenhum.

Gadgets:
Um carro completamente artilhado com tudo e mais alguma coisa, que anda em estradas, gelo e o que for necessário. Há mais umas coisitas, mas o carro é imbatível. Se bem que aquele porta-chaves minúsculo com gás e explosivos...

Cena Bond:
São logo duas na cena final. Bond foge mais a moça num bombardeiro. Luta com um capanga em pleno ar, com as portas de trás abertas. Agarra-se a uma rede, enquanto o capanga agarra-se à sua bota. Com uma faca de mato, Bond corta os atacadores e diz adeus ao capanga. Depois, enquanto o bombardeiro prepara-se para despenhar-se numa montanha, Bond e a moça saiem do avião em cima dum carro, puxado por pára-quedas, ao ponto do carro ficar pronto logo para andar na estrada. Era um jipe, convém referir.

quarta-feira, agosto 15, 2012

A View to a Kill

IMDb

Bond:
O último de Roger Moore, o actor com mais Bonds oficiais: 7. Sean Connery tem apenas seis oficiais. Se contarmos com os não oficiais, iguala Moore.

Sinopse:
Como sempre interessado em animais, Bond investiga uns cavalos que ganham demasiadas corridas. O dono dos bichos vem-se a descobrir que é um ex-KGB com um plano maquiavélico de destruir Silicon Valley, na Califórnia, para assim dominar o negócio dos microchips. Parece mais rebuscado do que é, a sério.

Vilão/Capangas:
Christopher Walken tem o ar perfeito de vilão psicótico. Ainda por cima emparelhado com Grace Jones como capanga. Diria que são o casal vilão de toda a série Bond.

Bond Girls:
No filme anterior disse que gostava de mulheres vilãs. Confesso que Grace Jones assusta-me um pouco demais. Foi uma surpresa encontrar aqui a mãe da Donna, do That '70s Show. Uma muito alegre surpresa. E uma espiã russa a lembrar outras actrizes bem giras.

Gadgets:
Alguns (muitos) exageros em relação a chips. Um «cãozinho» máquina de vigilância. E pouco mais. Acima de tudo a utilização de chips para estímulo de cavalos. Achei especial.

Cena Bond:
As perseguições estão cada vez mais criativas. Houve desde carros que se tornam descapotáveis por acidente, no meio de Paris; uma cavalgada em bando, com porrada à mistura; e um carro dos bombeiros dos grandes no meio de São Francisco. Mas a cena final, a perseguição final... Não devia falar aqui, mas acho que não estraga assim tanto. Bond persegue o vilão que foge num dirigível (óptimo método de transporte, já agora). Agarra-se a um cabo e é levado a passear «à pendura». Ao passar pela ponte Golden Gate, Bond agarra-se e prende o dirigível. Parece-me a maneira mais adequada de ter a certeza que o vilão não foge.

Never Say Never Again

IMDb

Bond:
Sean Connery, uma lufada de ar fresco.

Sinopse:
Este é o segundo dos filmes não oficiais do Bond. É óptimo porque foram buscar o verdadeiro Bond, mas é mau porque não tem tudo o resto. Q, M, Miss Moneypenny, tudo outros actores. E acho que nem deixaram o homem fazer a coisa do «shaken, not stirred». Já a história, essa sim mantém-se fresca e original. A SPECTRE, ainda comandada por Blofeld (se bem que é outro actor), rouba duas bombas nucleares ao exército americano, ameaçando explodi-las se não pagarem uma data de dinheiro. O quê? Já foi feito? A sério? Ok, mas aqui tem a nuance de que os 00 estão todos na prateleira porque há um novo e mau M que acha-os coisas antiquadas. Sim, insinuam que o Bond está velho. Onde é que já se viu?

Vilão/Capangas:
Confesso que adoro uma capanga mesmo má que o Bond não consegue dar a volta, por muito e bom sexo com o qual ameace a moça. Os vilões são os mesmos e pouco acrescentam, tirando a utilização de cada vez mais computadores e agora também jogos de computador.

Bond Girls:
Kim Basinger, ainda novinha e já a fazer de loira burra. A acima referida capanga. E mais uma ou outra que aparece a salvá-lo/fazer sexo com um velhote.

Gadgets:
Ia para dizer uma caneta que disparava. Depois apareceu um submarino a disparar misséis que afinal têm uma espécie de hovercraft humano lá dentro, com o Bond e o compincha a invadirem assim o covil do vilão.

Cena Bond:
Esta selecção não é fácil. Este filme ainda por cima tem uma data de cenas bandeirosas, que facilmente se confundem com a mística Bond. O jogo de computador? Acho que sim. Será o jogo de computador. Bond é desafiado pelo vilão que não o Blofeld a jogar um jogo que o próprio inventou, jogo esse que nunca perdeu. Tem-se dois joysticks e disparam-se lasers para conquistar partes de países e, consequentemente, do mundo. Podem lançar-se misséis nucleares, tem escudos e uma data de outras parvoíces. À medida que se vai perdendo, o jogador recebe choques vários pelos joystick, perdendo a ronda se os largar. Bond perde uma primeira vez porque o vilão não dá as regras todas. Perde uma segunda vez porque ainda foram omitidas umas quantas. Perde uma terceira vez muito em sofrimento, ganhando cada vez mais a atenção da namorada do vilão. O vilão acha-se vencedor. Só que Bond desafia-o para uma quarta ronda, do tudo ou nada. Escusado será dizer que no final do filme ficou-lhe também com a namorada.

Notas finais:
Aparece o Rowan Atkinson!

terça-feira, agosto 14, 2012

Octopussy

IMDb

Bond:
Oh Roger, epá, gosto de ti, mas não achas que já está na altura de dar lugar a outro?

Sinopse:
Confesso que a certa altura esqueci-me do enredo principal. O filme começa com uma reunião de políticos e militares russos, com um militar a querer rebentar com tudo e com todos, aproveitando o maior poderio russo em conjunção com a incapacidade do ocidente de tomar decisões complicadas. Depois passamos muito tempo com o roubo/compra dum ovo Faberge, que segundo parece é importante para toda a gente. Bond vai atrás do compradores do ovo até à Índia, onde conhece a mulher com o nome mais incrível de sempre: Octopussy. Conhece-a no meio duma comunidade de mulheres bonitas, que afinal não é uma comunidade mas sim um exército privado da Octopussy (tão bom escrevê-lo várias vezes). Esta, ainda por cima, é uma contrabandista de grande mestria, para além de estar envolvida com circos. E é nesta altura que voltamos aos russos e aos seus planos de tomar conta do mundo.

Vilão/Capangas:
Octopussy não é bem a vilã. Até acaba por ser quem mais ajuda Bond. O vilão principal é o militar russo. Como vilão com mais tempo de antena temos o subalterno de Octopussy (sim, vou continuar a repetir este nome sempre que puder), um «comprador de arte» que é um mânfio do pior. Ninguém tem qualquer característica especial, tirando Octopussy com a bela alcunha que, estranhamente, foi o pai que deu. O mânfio indiano, por sua vez, tem a seu mando um conjunto muito duvidoso de sikhs assassinos, com um tendo a pior e mais incrédula arma do mundo: uma serra yo-yo, em que tem uma serra daquelas redondas, que ficam paradas enquanto pessoas mandam para lá troncos e afins, ou é usada numa qualquer maquinaria lenta de tortura/morte de personagens principais deste tipo de filmes, que depois nunca acaba por cumprir o seu propósito porque os heróis não morrem com estas coisas. Dizia eu que havia um sikh com uma serra dessas presa a um elástico, que tinha que estar por cima das suas vítimas - tipo no andar de cima -, para as conseguir matar com esta bodega. Achei giro, sim. Não fiquei foi muito impressionado.

Bond Girls:
Já mencionei a Octopussy? E o exército privado de mulheres da Octopussy?

Gadgets:
Uma caneta com ácido. Um relógio com detector de onde estava o ovo. Microfones escondidos e auscultadores na caneta. Ah, e um mini-avião com asas que encolhem.

Cena Bond:
Foram tantas que o difícil é escolher uma. Há uma fuga na Índia. Bond tinha de cerca de 12000 pessoas atrás dele (número talvez um pouco exagerado), no meia da selva, e cruzou-se com aranhas do tamanho de punhos, tigres e cobras gigantes. Depois há outra fuga na Alemanha de Leste, com um carro desprovido já de borracha nos pneus, a encalhar nos carris de combóio e seguindo assim uma carruagem com uma bomba. Houve toda a cena de porrada no combóio em si. Para além da cena final, com Bond a cavalgar primeiro um cavalo (menos mal), e depois um avião bi-motor(!), desligando-lhe cabos, lutando com um capanga sikh... no fundo obrigando o avião a aterrar e, consequentemente, a despenhar-se. Bom, talvez não fosse um bi-motor. Não percebo assim tanto de aviões.

Notas finais:
Porque é que quebraram com a tradição que já se instalava, de ter uma música com o nome do filme?

domingo, agosto 12, 2012

For Your Eyes Only

IMDb

Bond:
Roger Moore, começando a roçar a terceira idade.

Sinopse:
Material secreto militar britânico perdeu-se no mar. Cabe a Bond encontrar esse material, antes que mãos menos próprias o façam. Se pelo meio conseguir ajudar uma grega gira a vingar a morte dos pais, tanto melhor. Se bem que aliar-se a um traficante para o fazer, por muito que não trafique droga, continua a parecer-me errado.

Vilão/Capangas:
Nada a registar. Força em números. O vilão manteve-se escondido até certa altura, procurando ter algum mistério, mas a surpressa valeu de pouco. En ão há nenhum capanga que tenha saltado á vista.

Bond Girls:
Bond recusou uma moça. É verdade que era nova e irritante, mas... Filmes com o Roger Moore têm que acabar. Ele começa a ser uma influência negativa.

Gadgets:
Um relógio comunicador é sempre útil. Não percebo como esta não foi a evolução das comunicações. Porque toda a gente tinha um relógio. Entre o Bond e o Knight Rider, ambos tinha relógios para comunicar com outros. Como raios é que acabaram por inventar o telemóvel?

Cena Bond:
À bom vilão idiota, este tenta matar Bond e a sua namorada deste filme prendendo-os por uma corda a um barco e arrastando-os pelo mar. O preço das balas estava caro nos anos 80. Bond não só consegue arranjar maneira de virem à tona respirar, como ainda aproveita uma pausa(!) para enrolar a corda num calhau, debaixo de água, permitindo-os soltarem-se quando o barco arranca novamente. Esta cena acaba por ganhar, mas há umas boas na neve, durante os Jogos Olímpicos de Inverno, com Bond a superar vários capangas em diversos desportos desta estação.

Moonraker

IMDb

Bond:
Roger Moore, ainda ele.

Sinopse:
Uma nave espacial das nossas, daquelas que existem (mais ou menos) é roubada. Bond é chamado a investigar. O culpado é Drax, mais um génio que quer governar o mundo à sua maneira. Já que o planeta em si está demasiado «poluído» com gente menos apelativa, Drax leva os mais bonitos para os espaço, para criar o seu povo de gente bonita... enquanto tenta matar toda a gente que ficou para trás.

Vilão/Capangas:
Drax é um moço ambicioso, mas o meu olho vai sempre para Jaws, que aqui encontra o amor da sua vida, uma loirita pequenina, e torna-se bom. Que bonito.

Bond Girls:
Para além de toda uma estação espacial cheia de moças bonitas, em Moonraker aparece finalmente uma mulher com personalidade forte, uma carreira e muito inteligente... com quem Bond tem sexo no espaço.

Gadgets:
Estação espacial. Laseres vários, de todos os formatos e feitios. Uma batalha espacial à base do laser. E um relógio com dardos mortíferos.

Cena Bond:
Mais do que a batalha surreal em si, ou o Bond ter destruído a última das navezitas que iria matar a povoação na terra com um laser disparado manualmente, num tiro completamente impossível, acho que a maior «cena Bond» ainda foi a sua sessão de sexo ser mostrada a toda a gente por vídeo-conferência, incluindo raínha de Inglaterra e presidente dos EUA, com o Q a dizer «I believe he's attempting re-entry.» Clássico.

sábado, agosto 11, 2012

The Spy Who Loved Me

IMDb

Bond:
Roger Moore, cada vez com mais dificuldades.

Sinopse:
Num tipo de enredo completamente original (acho que nem para a altura) um louco com demasiado tempo e dinheiro quer pôr os americanos e os russo em guerra, criando assim um novo mundo, um pouco a dar para o destruído. Bond tem que unir forças com a agente principal da Rússia, a agente XXX. E não é o Vin Diesel. Também fiquei desiludido.

Vilão/Capangas:
O vilão não apresenta nada de novo, mas o capanga... Este sim. Um dos marcantes. Um dos originais. Um capanga que define como um capanga deve ser: Jaws, um brutamontes com dentes de aço, que resiste a tudo e mais alguma coisa. Muito bom.

Bond Girls:
O truque de ir buscar modelitos para fazer maus papéis e más representações mantém-se. No entanto, quero deixar aqui uma nota de apreço pelos vilões. Meter estas moças em trajes menores, depois de as capturar, é algo de génio. Lá está, evil geniuses. Já o anterior fez o mesmo. E a moça aqui fica muito bem toda molhada, com umas calças justas e um top tipo biquini. Muito russo, vá. Seria esse o objectivo, certamente.

Gadgets:
Não há plural. Até podem ter aparecido outras coisas, ou até podia referir como o Bond desactivou uma bomba nuclear. Nada disso. Há um senhor gadjet neste filme e é nada mais, nada menos, que um carro que anda debaixo de água. É espectacular. O carro nem é muito bonito, mas lembro-me perfeitamente de ter um com que brincava quando miúdo. Aliás, tenho que ver se o encontro. O meu não lançava misséis e fazia cenas, mas também era fixe.

Cena Bond:
É um carro...
...que anda...
...debaixo de água!
Qual é a parte que não se percebeu que é a cena mais incrível de todos os tempos?

The Man with the Golden Gun

IMDb

Bond:
Roger Moore regressa mais britânico e mais lento, que a idade pesa.

Sinopse:
Bond mede forças com Scaramanga, o homem que dá nome ao filme. Sim, tem uma pistola de ouro, mas vamos não confundir com a fixação do outro. É um assassino profissional que cobra um milhão por trabalho. E o seu próximo alvo é Bond... mais ou menos. Não contentes com apenas este enredo, tiveram que meter toda uma confusão de tecnologia de energia solar.

Vilão/Capangas:
Scaramanga é fixe, por muito que a sua grande característica seja ter um mamilo extra. E o seu capanguita, o anão da Ilha do Paraíso, tem toda a piada que só um anão pode ter.

Bond Girls:
Uma modelo sueca namorada do Scaramanga, que arranja maneira do Bond a salvar. Uma agente algo irritante mas que fica muito bem de biquini, com um óptimo nome: Goodnight. E uma moça que aparece pouco tempo chamada Chew Mee.

Gadgets:
Nada muito especial. Apenas toda a tecnologia de recolha de energia solar que pouco sentido faz, imbutida na mansão do vilão, em plena ilha no meio de lado nenhum. Um milhão ainda comprava muita coisa naquela altura.

Cena Bond:
Em termos de quarteis-generais, temos a ilha do vilão, mas ainda temos o sítio onde os bons da fita reuniam. Nada mais nada menos que dentro dum barco tombado ao largo de Macau. Sim, o barco estava todo arranjadinho por dentro, só que tombado. Mesmo assim, mesmo sendo digno de registo, estas obras arquitectónicas nem são a «cena Bond» deste filme. Em TMwtGG decorre A cena Bond para mim. A primeira que me lembro. A que marca. A que fez-me pensar em ter esta secção nos posts. Bond persegue de carro o vilão e, a certa altura, ficam cada um de cada lado dum rio. Com uma ponte decente longe, Bond iria certamente deixar o vilão escapar, ainda por cima com Goodnight. Qual a solução? Bem, há um troço duma ponte do seu lado, meio inclinada. E há um troço da mesma ponte do outro lado, também inclinada. Terá sido destruída por uma qualquer intempérie. Bond acelera o carro e salta a ponte, fazendo uma volta sobre si mesmo e aterrando do outro lado, seguindo o movimento. Será esta a minha «cena Bond» preferida, a que criou toda a mística da série de filmes.

sexta-feira, agosto 10, 2012

Live and Let Die

IMDb

Bond:
Roger Moore inicia aqui a sua carreira enquanto Bond e confesso que não sei muito bem que pensar. Que é melhor que o primeiro substituto não há dúvida. E que tem pinta também não. Só que é demasiado britânico, demasiado rectilíneo, se é que faz sentido. E não sabe lutar nem que lhe apontem uma arma à cabeça, o que cortou um pouco o efeito desse tipo de cenas. No geral, positivo, mas mesmo assim longe do original.

Sinopse:
Após a morte de alguns dignatários britânicos, Bond é enviado para capturar um barão da droga com um sistema muito elaborado de tráfico, entre Harlem, New Orleans e algures nas Caraíbas, não necessariamente neste sentido. Para além de estar (mal) mascarado/disfarçado, faz-se rodear de personagens algo peculiares e pouco comuns, como uma mulher que lê de cartas de Tarot, que perderá os poderes ao mesmo tempo que perder a virgindade. Enter James Bond...

Vilão/Capangas:
Um capanga com um gancho de metal no lugar da mão. Uma data de cavalheiros de ascendência africana muito esterotipados, à anos 70. Temos desde pessoal envolvido em vudu, passando por gandulos de Harlem e sulistas de New Orleans, tudo acompanhado de racistas branquelas do sul também. Uma boa pandilha, no fundo.

Bond Girls:
Solitaire, a tal que lê cartas, interpretada por Doctor Quinn, Medicine Woman. Muito vestidinho singelo, porque está calor. Muito decote. Demasiada maquilhagem. Também uma outra moça agente da CIA, muito atraente mas péssima actriz e péssima personagem. Mais outra ao início que só serviu para decorar. Segundo consta, estas eram as partes mais complicadas para Moore.

Gadgets:
Uma «bomba» que explode os ouvidos duma pessoa pelos fios de auscultadores, matando-a. Um relógio íman que Bond usa para abrir o fecho dum vestido, entre outras coisas. Um telefone num táxi (recordo que isto é dos anos 70). E um espelho retrovisor, do lado direito do carro, que dispara umas coisas silenciosas com o potencial de matar um condutor de outro carro. Incrível.

Cena Bond:
Numa maneira elaborada de matar o Bond, à lá Bond, os capangas metem-no numa ilhota pequena completamente rodeado de jacarés e crocodilos. E vão-se embora, claro. Bond lá distrai os bichos com uns chamarizes e salta por cima de um atrás do outro, até chegar à margem onde está seguro. Nem um pingo se vê no fato.

quinta-feira, agosto 09, 2012

Diamonds Are Forever

IMDb

Bond:
Sean Connery, qual regresso do herói.

Sinopse:
Bond começa o filme a matar o Blofeld... só que afinal o caramelo continua vivo. Bond segue uma pista duns diamantes contrabandeados, desde Amesterdão até aos EUA. Lá descobre Blofeld, ou dois deles, aliás. O plano do vilão passa por chantagear o mundo (mais uma vez) com a ameaça de o destruir com umas bombas nucleares e cenas com a China, etc. Isto enquanto se faz passar por um gajo chamado Whyte, vivendo num edifício/casino chamado Whyte House, em Vegas. Não é muito importante a história, parece-me.

Vilão/Capangas:
Blofeld volta e começo a ficar um pouco farto. Mais que não seja, porque o actor muda de filme para filme e este era um pouco miserável. Salva ter dois capangas assassinos com maneiras muito caricatas de matar as pessoas (todos os envolvidos com os diamantes, entenda-se), tendo ainda um sentido de humor muito mordaz.

Bond Girls:
Meh. Apareceu durante uns minutos a Plenty em Vegas e houve mais uma parelha de capangas, neste caso acrobatas, que arrearam forte no Bond... e não foi no sentido do costume.

Gadgets:
Uma máquina que alterava a voz. Umas pistolas de ganchos. Mais uma ou outra coisita. Mais vale isto que não ter gadgets, mas não fiquei impressionado.

Cena Bond:
Uma óptima perseguição (noto um padrão) com... Não eram moto-quatro, eram «moto-três». E o Bond liderava as hostes numa réplica da nave que aterrou na Lua. Seguiu-se outra óptima perseguição, esta de carros, em que Bond escapuliu a mais de meia de dúzia de carros de polícia num parque de estacionamento. É bom ter o verdadeiro Bond de volta.

quarta-feira, agosto 08, 2012

On Her Majesty's Secret Service

IMDb

Bond:
George Lazenby, pergunta para queijo de Trivial Pursuit.

Sinopse:
Bond aproxima-se dum barão do crime através da filha. A ideia é sacar-lhe informações para capturar o Número 1 da SPECTRE. Em troca destas informações, Bond é coagido a casar-se com ela, algo que acaba por aceitar, porque a miúda é bué fixe. Nem por isso. Estou a ser irónico. É meio maluca, com tendências suicídas. É ruiva, mas há limites. Bond descobre então que o Número 1 está nos Alpes, a dirigir uma clínica de investigação em tratamentos anti-alérgicos, estando no processo de ser barão de não sei onde. (Sim, demasiados pormenores de enredo.) Fingindo ser um especialistas em geneologia, Bond infiltra-se na clínica e descobre os planos nefastos do Número 1, que afinal tem um nome e chama-se Blofeld.

Vilão/Capangas:
O actor que faz de vilão é muito bom. Melhor ainda que o actor anterior que fez o mesmo papel. Tem duas ou três óptimas características de vilão, como segurar um cigarro com o polegar e o indicador. Só que o personagem em si é fraco aqui, o que tira-lha algum lustro. Não sei porquê. É verdade que não faz muito sentido. Como capangas, tem bastantes em número, o que é sempre positivo, facto melhorado por terem todos equipamentos laranja. Sempre um óptimo pormenor. A alemã tirana, braço direito do vilão, não é novidade e aqui tem pouca predominância.

Bond Girls:
Fraquito, mas com um bom momento. A esposa, por muito ruiva que seja, não faz muito sentido como escolhida para «esposa» do Bond. Felizmente, há um harém de miúdas na clínica. Miúdas essas que já não vêem homens interessantes há algum tempo. Bond consegue estar com duas numa noite. Quando se preparava para passar para três na noite seguinte é apanhado. Pena. Acredito que conseguisse eventualmente estar com todas na mesma noite, por muito que fossem algumas doze.

Gadgets:
Não há. Pelo menos não que me lembre em duas horas e tal de filme. Não gosto dum Bond sem gadgets.

Cena Bond:
As perseguições na neve e no gelo. Grande parte seguidas. Bond passa de esquiar só com um ski, perseguido por capangas com metralhadores, para uma corrida de carros sobre o gelo, com a futura esposa ao volante. No final temos ainda uma perseguição de bobsleds, com o vilão sempre virado para trás, aos tiros ao Bond e a mandar-lhe granadas. Segundo estas pessoas, guiar um bobsled é desnecessário.

Notas finais:
Este é o cromo raro dos Bonds. Ainda mais para nós. É o único que Lazenby fez. É a história em que se casa... por muito pouco tempo que tenha estado casado. E parte é filmado em Portugal. Estoril, Guincho, Sesimbra, até mesmo o Rossio. Não que seja mencionado alguma vez. Aliás, no Casino Estoril dão ideia que estão em França, com a história da apostas em francos. Independentemente do especial deste Bond, não deixa de ser uma história um pouco reles e, acima de tudo, dum Bond interpretado por Lazenby muito fraquinho. Valeu o rancho no casamento, que dá um toque de classe a qualquer festividade.

segunda-feira, agosto 06, 2012

You Only Live Twice

IMDb

Bond:
Sean Connery, um ser humano incrível em todos os continentes.

Sinopse:
Duas naves espaciais, uma americana e outra russa, são «space-jacked» em plena missão. Cada governo acredita na culpa do outro. Bond é morto logo no início do filme, num estratagema inteligente para que os maus da fita não saibam que está a investigar o caso no Japão. Terá assim mais liberdade para bisbilhotar e dormir com mulheres de alianças dúbias.

Vilão/Capangas:
Fraco em termos de individualidades entre os capangas. Há uma alemã ruiva, mas dura pouco tempo e não traz nada de novo para a contenda (sim, dorme com o Bond e depois tenta matá-lo). O forte de You Only Live Twice é o número de capangas. Para além de que finalmente vemos o número #1 da SPECTRE, que tem o seu esconderijo dentro dum vulcão (sim, é o melhor sítio para ter um esconderijo).

Bond Girls:
Nada de mais. Diversificamos um pouco. Bond apaixona-se por uma agente japonesa. Esta morre. Ainda nem ficou desconsolado e já se casa com outra. A missão a isso o exige. Ao menos aqui há mesmo japonesas. Não se repete o incidente da Jamaica.

Gadgets:
Duas palavras: Little Nellie. Um pequeno helicóptero com duas metralhadoras, dois lança-mísseis mais dois mísseis daqueles que vão atrás de calor (não sei o nome em português), lança-chamas e «lança-fumo», e minas aéreas. Tudo o que um pequeno helicóptero precisa para dar cabo dum bando de grandes helicópteros.

Cena Bond:
Bond vai a uma reunião de negócios, dizendo-se trabalhador duma empresa qualquer. Os vilões apercebem-se que é um agente, embora não saibam que se trata de Bond. Assim que sai porta fora, o vilão manda matá-lo. Algo que uns capanguitas muito fraquinhos tentam fazer à entrada do prédio, num drive-by shooting. A primeira japonesa salva Bond e leva-o dali. Segue-se uma perseguição de automóveis que termina quando um helicóptero pega no carro dos maus com um íman gigante e larga-o em alto mar.

Notas finais:
Estou a ficar velho. Dantes Bond fascinava-me pelo seu jeito com as mulheres. Hoje em dia invejo-lhe o tempo que passa a passear pelo mundo.

domingo, agosto 05, 2012

Casino Royale


É verdade. Já havia um Casino Royale antes da última iteração do Bond. Foi feita logo no início, com uma data de gente famosa e talentosa (da altura). A ideia seria fazer uma coisa a gozar com os filmes do Bond. O nome não sei porque foi roubado a uma das obras. Imagino que seja baseado de forma muito leve. O problema maior é ser uma suposta comédia e... como dizer isto de forma delicada?... não tem piada nenhuma. Agora, tenho que admitir que isto assusta-me um pouco. Será que este filme teve piada nos anos 60? E se sim, será que se só visse agora comédias dos anos 60 acharia piada a alguma delas? E se existe a possibilidade duma década de comédia estar completamente fora do meu interesse, será possível que venha aí uma nova década com um humor que não é para mim?

Bem, imagino que dependerá das drogas da altura. Ácidos claramente não são para mim.

sábado, agosto 04, 2012

Thunderball

IMDb

Bond:
Sean Connery, o atleta olímpico mais medalhado, se tivesse tentado.

Sinopse:
SPECTRE rouba duas bombas nucleares e chantageia os governos britânicos e americanos. Não há outra solução que não pagar... ou haverá?

Vilão/Capangas:
Bom vilão da SPECTRE, mais que não seja porque tem uma pala num olho. Sim, é meio gordo mas, volto a dizer, tem uma pala num olho e um fascínio por tubarões, tendo mesmo uma piscina cheia deles. Complementando este vilão, o seu capanga é uma ruiva que podia tentar matar-me quando quisesse. Não seria difícil, convenhamos. Aparecia-me à frente e eu teria um ataque cardíaco. Para mais, esta capanga não se deixou levar pelos encantos de Bond e manteve-se má da fita até... bem, não chegou ao final, mas há mérito na mesma.

Bond Girls:
Além da capanga não há uma que tenha saltado à vista. Há uma coleguinha de Bond reincidente, mas nem me lembrava dela no filme anterior. E o interesse romântico também pouco fez por mim. A ruiva valeu pelo filme todo e bastou.

Gadgets:
O mais usado acabou por ser o tubinho com quatro minutos de oxigénio, que serviu perfeitamente para Bond safar-se numa «batalha campal», debaixo de água, que terá durado cerca de 10-15m. Contudo, o gadget mais impressionante foi o jet pack usado no início do filme, para além da turbina que tinha às costas no final, que o permitiu chegar à batalha em grande estilo. A turbina disparava arpões, também. Não sei se valia a pena referir. Talvez estivesse implícito.

Cena Bond:
Bond fica preso numa piscina com um capanga aleatório. Abrem umas portinholas para a outra piscina e entram os tubarões. Bond esfaqueou o capanga e os bichos mostram-se mais interessados na carne que já foi encetada. Isto não evita que Bond cruze-se com eles no túnel entre piscinas. «Don't mind me. You want the other fella in the pool. As you were.»

sexta-feira, agosto 03, 2012

Goldfinger

IMDb

Bond:
Sean Connery, o maior.

Sinopse:
Goldfinger tem um fascínio por ouro. Para além disso, graças a dinheiro que extorquiu, de certa forma, de mafiosos e outros, tem um plano para inutilizar o ouro que está contido numa das maiores reservas do elemento: Fort Knoxx. Cabe a Bond descobrir o plano e boicotá-lo.

Vilão/Capangas:
Goldfinger enquanto actor é um pouco miserável, mas como vilão é incrível. Tem uma panca por ouro. Tudo à sua volta, na sua vida, é influenciado por ouro. Até quando mata pessoas tem uma assinatura dourada. É mesmo muito bom. Mas não se fica por aí. Tem um dos melhores capangas deste universo Bond: Oddjob. Como resistir a um asiático entroncado, que leva com lingotes de ouro no peito e nem pestaneja e, culminar incrível dos culminares incríveis, a sua arma preferida é o bowler hat. Quero adoptar um Oddjob só para mim.

Bond Girls:
Todas muito loiras, ou não houvesse uma temática. Não é a minha cor preferida mas, mais uma vez, aparece uma das personagens épicas de Bond: Pussy Galore. E que podemos dizer de Pussy Galore, para além de tentarmos repetir este nome o máximo de vezes que conseguirmos? Que é uma mulher forte, pilota aviões, sabe judo, não se fica com Bond... até que cai nos seus encantos, como todas as outras. Não desfeiteando, atenção. Pussy Galore merece estátuas por todo o lado do mundo. Com platas com o seu nome em letras garrafais: Pussy Galore!

Gadgets:
Um primeiro carro com todos os brinquedos: nuvem de fumo, assento «ejetante», radar, armas, cena que estica de uma das rodas e rebenta com os pneus dos outros, matrícula variável, etc, etc etc. Não tenho fascínio por carros. Tenho fascínio por brinquedos.

Cena Bond:Bond está preso a uma mesa de ouro. Um laser corta a mesa a meio, começando entre os seus pés, caminhando lentamente até o seu... Digamos que é a arma princípal de Bond, vá. E ele safa-se. Pois claro que safa-se.

From Russia with Love

IMDb

Bond:
Sean Connery, com o seu delicioso sotaque em que arrasta as palavras.

Sinopse:
Surge a organização nefasta SPECTRE. Numa tentativa de fazer lucro e acabar com alguns inimigos comuns, SPECTRE envia uma mulher para seduzir Bond. Vai convencê-lo a roubar uma máquina descodificadora aos russos. Enviar uma mulher para fazer a cabeça ao Bond? Mas que pensavam estes artistas? Sim, mulheres poderão ser o seu ponto fraco, mas não esta moça. O plano de SPECTRE é que Bond faça o trabalho sujo por eles. Depois matam-no e vendem a máquina de volta aos russos. Não é domínio mundial, mas é um bom plano. Um passo de cada vez.

Vilão/Capangas:
O N.º 1 da SPECTRE é um homem a quem nunca vemos a cara, com um gato branco ao colo. Perfeito. Tendo em conta que este gato passa o tempo todo ao colo do N.º 1, seja lá ele quem for, não deveria ser o gato mais gordo do mundo? Ou será que a SPECTRE tem um plano nutricional saudável para o gato? Já em termos de capangas, a coisa melhora. A N.º 3 era uma velha russa bastante autoritária e o N.º 2 um génio do xadrez. Começam a ter as suas características muito específicas.

Bond Girls:
A russa tinha qualquer coisa. Não era femme fatale porque faltava-lhe o fatale. Mesmo que não se tivesse apaixonado por Bond, nunca a veria a matá-lo. Mal conseguiu traí-lo. Para além da «prenda», a mesma moça do primeiro voltou, a que deu a dica para a célebre frase. E duas ciganas que andaram à estalada, a certa altura. Que exagero de machismo se vê em From Russia with Love. Pessoas deviam esforçar-se mais para descobrir como viajar no tempo, só para voltarem atrás e proibirem este tipo de coisas.

Gadgets:
Uma mala (por 5€) com uma faca e dinheiro escondidos, para além de disparar e ter um método secreto para libertar gás. Grande Q!

Cena Bond:
Bond versus um helicóptero. De um lado um homem com uma espingarda portátil que tem só um tiro. Do outro, dois caramelos a tentar literalmente atropelar Bond, para além de terem armas e granadas. Sim, granadas. Quem acham que ganhou?

Notas finais:
Estamos no bom caminho. Está a melhorar a olhos vistos. E cada vez estou mais contente de ter começado esta epopeia. Por muito que seja uma da manhã e esteja a morrer de sono.

quinta-feira, agosto 02, 2012

Dr. No

IMDb

Bond:
Sean Connery, também conhecido como o original e verdadeiro Bond.

Sinopse:
Bond é enviado para a Jamaica para investigar o assassinato de agentes britânicos locais. Acaba por descobrir que um vilão tem planos para dominar o mundo, de alguma forma usando energia nuclear.

Vilão/Capangas:
Dr. No não foi só o primeiro, como deu também o mote para como um vilão do Bond deve ser. Isto em termos de intelecto. Dr. No é um génio, cientista especialista em energia nucler. Rejeitado pelo governo americano por ter tanto de insano como de genial, o bom doutor planeia destruir a potência mundial (da altura) e, lá está, tomar conta do mundo. Em termos físicos, a cena das mãos que destróiem coisas é aquele tipo de capacidade que deve ser deixado para os capangas.

Bond Girls:
Se há motes a serem dados e arquétipos a serem estabelecidos, Ursula Andress é um óptimo exemplo de Bond Girl: mulher bonita, não sabe representar, personagem meio burrita (temos que admitir) e que dorme com o Bond por nenhum motivo que não «porque é emocionante». Contudo, Andress não está sozinha. Temos não só a mulher que dá a dica para Bond estrear a sua mais célebre frase, como ainda uma capanguita que seduz Bond, levando-o para uma cilada. Claro que não é de estranhar que um filme dos anos 60, passado na Jamaica, tivesse muito poucas jamaicanas.

Gadgets:
Não há. Há boas cenas clássicas, como o local isolado onde o vilão tem o seu esconderijo e tece os seus planos maléficos, mas pouco mais. Não há relógios que disparam coisas, nem carros que andam debaixo de água. Nada disso... para já.

Cena Bond:
Também ainda não houve muitas «cenas Bond» neste primeiro episódio. O mais ridículo foi o vilão ter mandado matar Bond usando uma tarântula. O bicho foi subindo pelo corpo de Bond, por debaixo dos lençóis, acordando-o do seu sono nada profundo. Bond suava por todos os lados mas manteve a calma. Esperou que a aranha chegasse ao ombro e continuasse para a almofada. Assim que deixou de a sentir no seu corpo, saltou da cama arremessando o bicho na outra direcção. Pegou no seu... Bem, aquilo parecia uma pantufa, mas vamos acreditar que era algo mais másculo. Pegou no sapato, vá, e esborrachou-a ao som duma banda sonora muito condizente.

Notas finais:
É verdade, o mês de Agosto é «mês Bond». A ideia será ver todos de enfiada, culminando nos dois novos que, confesso, ainda não vi. Não é preciso fazer um alarido em relação à coisa. Não são os únicos que não vi. Acho que nunca tinha visto este Dr. No, por exemplo. Maior parte vi só aos bocados. Não só era tempo de honrar devidamente esta saga, como já tinha o plano de ver todos há algum tempo, terminando nos novos. Nunca deu. Há um trailer do terceiro último Bond que saiu hoje. Pareceu-me uma óptima dica para finalmente enveredar nesta aventura. Mesmo que depois ainda falte tempo até ao novo. Isso e Agosto é um mês fraquinho em termos de filmes para ver. Desejem-me sorte.