sexta-feira, agosto 10, 2012

Live and Let Die

IMDb

Bond:
Roger Moore inicia aqui a sua carreira enquanto Bond e confesso que não sei muito bem que pensar. Que é melhor que o primeiro substituto não há dúvida. E que tem pinta também não. Só que é demasiado britânico, demasiado rectilíneo, se é que faz sentido. E não sabe lutar nem que lhe apontem uma arma à cabeça, o que cortou um pouco o efeito desse tipo de cenas. No geral, positivo, mas mesmo assim longe do original.

Sinopse:
Após a morte de alguns dignatários britânicos, Bond é enviado para capturar um barão da droga com um sistema muito elaborado de tráfico, entre Harlem, New Orleans e algures nas Caraíbas, não necessariamente neste sentido. Para além de estar (mal) mascarado/disfarçado, faz-se rodear de personagens algo peculiares e pouco comuns, como uma mulher que lê de cartas de Tarot, que perderá os poderes ao mesmo tempo que perder a virgindade. Enter James Bond...

Vilão/Capangas:
Um capanga com um gancho de metal no lugar da mão. Uma data de cavalheiros de ascendência africana muito esterotipados, à anos 70. Temos desde pessoal envolvido em vudu, passando por gandulos de Harlem e sulistas de New Orleans, tudo acompanhado de racistas branquelas do sul também. Uma boa pandilha, no fundo.

Bond Girls:
Solitaire, a tal que lê cartas, interpretada por Doctor Quinn, Medicine Woman. Muito vestidinho singelo, porque está calor. Muito decote. Demasiada maquilhagem. Também uma outra moça agente da CIA, muito atraente mas péssima actriz e péssima personagem. Mais outra ao início que só serviu para decorar. Segundo consta, estas eram as partes mais complicadas para Moore.

Gadgets:
Uma «bomba» que explode os ouvidos duma pessoa pelos fios de auscultadores, matando-a. Um relógio íman que Bond usa para abrir o fecho dum vestido, entre outras coisas. Um telefone num táxi (recordo que isto é dos anos 70). E um espelho retrovisor, do lado direito do carro, que dispara umas coisas silenciosas com o potencial de matar um condutor de outro carro. Incrível.

Cena Bond:
Numa maneira elaborada de matar o Bond, à lá Bond, os capangas metem-no numa ilhota pequena completamente rodeado de jacarés e crocodilos. E vão-se embora, claro. Bond lá distrai os bichos com uns chamarizes e salta por cima de um atrás do outro, até chegar à margem onde está seguro. Nem um pingo se vê no fato.

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