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terça-feira, julho 20, 2021

Retfærdighedens Ryttere


Meto-me a correr o elenco e o que fizeram. Das duas, uma: ou lembro-me deles em alguma coisa, ou vi algo que fizeram. Não tinha ideia de ter visto tanta coisa Dinamarquesa, mas temos como exemplo o famigerado Idioterne, que não tinha ideia de ser deles. Claro que o movimento Dogme, favorito entre muito estudante universitário prepotente (redundante, eu sei) do meu tempo, era da Dinamarca e de muito outro sítio.

Moral da história é: vi dois filmes Dinamarqueses este ano, ambos com Mads Mikkelsen (claro!), e os dois são fixolas.

Este Retf... Riders of Justice, como é comummente conhecido, mistura John Wick com Big Bang Theory, em que três nerds ajudam um militar a vingar a morte da esposa, vítima inocente num suposto homicídio duma testemunha em processo contra um gangue. No fundo, os nerds andam na net a fazer pesquisa e o militar mata uma data de meliantes. Tudo enquanto mentem à filha do militar e os nerds fingem que são psicólogos a ajudar a família a lidar com o trauma.

Sim, as vezes é comédia tola, outras é só tiros. Os Dinamarqueses têm umas pancas esquisitas.

segunda-feira, abril 26, 2021

Druk


Ah, o velho sonho de conseguir ser um bêbado funcional. O problema é que, tal como Ícaro e muitos outros, a ambição humana leva-nos sempre a querer voar mais, a beber «só mais um copo».

Quatro professores de secundário - qual raça deprimida só por si -, propõe-se a pôr em prática uma teoria da psicologia. Esta diz que o homem tem um défice de 0.5 de álcool no sangue. Mais, diz que o ser humano atinge o seu estado mais perfeito quando tem este nível de álcool no sangue. Durante um pouco de tempo, os quatro tiveram uma vida melhor. Os problemas começaram quando, graças a este estado de graça / embriaguez, a confiança tornou-se «demasiado». Uma simples experiência, até bem sucedida, passou assim a ser apenas quatro idiotas com os copos.

Druk era o cromo que me faltava, na caderneta dos Óscares deste ano. Há um que talvez venha a ver, das categorias menores. Há outros que não vi, mas que não tenho grandes intenções de ver. E a verdade é que foi um belo terminar desta última temporada de «melhores» filmes do ano. Mais que não seja, Druk prova que um «melhor filme estrangeiro» não precisa ser uma depressão gigantesca.

quinta-feira, abril 10, 2014

Jagten

IMDb | Sítio Oficial

Odeio crianças.

...

Claro que não odeio crianças. Odeio só crianças dinamarquesas.
Não, não. Que parvoíce. Odeio estas crianças dinamarquesas.

...

Vá, odeio estas personagens do filme que, por acaso, são crianças.

...

Não, neste momento odeio crianças.

Tenho-lhes medo. Fiquemos por aqui.

domingo, novembro 13, 2011

Hævnen

IMDb | Sítio Oficial

Aprendi algumas coisas com este filme.
Aprendi que consigo ver os filmes nomeados para filme estrangeiro (tenho guardados os cinco de cada ano, dos últimos dois anos, há bastante tempo... um e dois anos, respectivamente). (...) Não. Minto. Acho que consegui os de 2008. (...) Não, não consegui. Fui confirmar e acho que só vi um dele. Os de 2011 são os primeiros. Como já disse muitas e muitas vezes, está previsto ver os que tenho guardados, de 2009 e 2010. Como se provou aqui, não é fácil, mas acredito que aconteça.
Outra coisa que aprendi é que deveria ter ido quando houve oportunidade e deveria ir quando puder à Dinamarca. Vi muitas coisas muito bonitas. Pode ser efeito. Pode ser truque de câmara. Até pode não ter sido filmado na Dinamarca. Mas vi algo muito bonito em Hævnen.
Aprendi ainda que os dinamarqueses odeiam os suecos, apesar de serem frios em relação a tudo o resto. O filho vai parar ao hospital mas nem há muito ódio por quem o meteu lá. Já um sueco falar dinamarquês com sotaque... epá, isso é que não.

Hævnen é um drama, como todos os filmes nomeados a Óscar Estrangeiro são. Acho que nunca vi um que fosse bem disposto. Nem vou tão longe falando em comédias. Contentava-me com um filme divertido, por muito que fosse pesado. Uma comédia negra, vá. Pode ser uma comédia negra?

Terminando, Hævnen é bom mas lembrou-me o Good Son e fez-me ter ainda mais medo de miúdos.

quinta-feira, junho 07, 2007

Adams Æbler

IMDb | Sítio Oficial

Comédia MUITO negra. Dentro da onda do De Grønne Slagtere mas melhor. O De Grønne Slagtere entrava muito na região do Delicatessen. Este, ao que parece, é uma história bem mais original.

Adam acaba de sair da prisão. Só que para ter saído, pelos vistos, teve que fazer um qualquer acordo. Uma coisa tipo serviço comunitário, mais ou menos. Adam, um neonazi, tem que ajudar na paróquia local. Paróquia «dirigida» por Ivan, o homem mais infeliz do mundo. Tão infeliz que bloqueia tudo o que de mau lhe acontece, desde a mãe ter morrido à nascença, o pai pedófilo, a irmã que dormia com toda a gente até morrer e a mulher que se suicidou por causa do filho com parelesia cerebral. Ivan é um péssimo padre e uma triste desculpa de ser humano. Para mais, tem um tumor cerebral - razão física de tanto bloqueio de memórias e experiências - e sempre que Ivan está perto de aperceber-se o quão infeliz é a sua vida começa a sangrar do ouvido. Segundo o médico, se se aproximar muito da verdade, poderá morrer.
Para Ivan, o grande objectivo de vida de Adam é fazer um bolo de maçã. Para Adam, o grande objectivo no momento é quebrar o Ivan.

segunda-feira, abril 30, 2007

Ondskan

IMDb

Traduzido do sueco: maligno. Soa melhor em inglês: evil.
Contudo, é um nome estranho para o filme.

Algures na década de 60, um adolescente é vítima de violência física em casa. O padrasto - um perfeito idiota - dá-lhe chibatadas, só porque sim. A cena inicial mostra essa parte. O padrasto lê à mesa, tem os cotovelos em cima desta e fuma ao mesmo tempo, mas só porque o rapaz deixa cair a faca...
Como consequência o jovem torna-se num rebelde, uma espécie de James Dean... porque não? Fuma, balda-se às aulas e anda à porrada. Como tal, arrisca-se a não conseguir acabar o secundário. A mãe penhora todos os seus bens e manda-a para um colégio interno. Lá, as coisas não são melhores. Bem tenta dedicar-se ao estudo e travar amizades com o companheiro de quarto, só que pessoas que aproveitam-se do poder para abusar dos mais fracos existem em todo o lado.

O rapaz não era maldoso, estava era sempre rodeado pela maldade dos outros.
Talvez o nome faça mais sentido do que pensava.