terça-feira, junho 25, 2013

The Hangover Part III

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Um dos inconvenientes de ver trailers, para mim, é ficar com vontade imediata de ver o filme. No caso, foi ver um par de trailers de comédias. Deu-me vontade de ver uma comédia estúpida. E lá fui a correr apanhar uma sessão a uma hora decente.

Para falar desta sequela, faço um paralelismo talvez um pouco estranho. Tentar uma trilogia com um franchise baseado numa premissa específica não é fácil. Eventualmente a premissa cansa. Os Die Hards provaram-no. O terceiro, embora excelente, foi obrigado a fugir da premissa de McClane fechado num espaço, a matar terroristas a torto e a direito. Em Vengeance, um dos melhores underdogs da história do cinema acaba por andar a matar meliantes (já não bem terroristas) por Nova Iorque inteira. Em Hangover III, fugiu-se da premissa do acordar sem saber como se foi ali parar, para depois recordar as loucuras da noite. E aqui acaba a comparação com Die Hard, porque o Bradley Cooper não é nenhum Bruce Willis. Vamos lá ter calma.

Se gostei ou não da alteração, ainda é cedo para dizer. Ia com esperanças de ver algo. Não que o que tenha visto seja mau, até foi bastante divertido, mas não era bem o que ia à procura. Continua a ter um ou outro momento com piada, mas ser passado em «tempo real», ainda por cima com os personagens sóbrios, tirou alguma magia à coisa. Em boa verdade, confesso que se calhar preferia saber como foi [SPOILER] o casamento do Alan. Era mais do mesmo? Sem dúvida. E então?

domingo, junho 23, 2013

Friends (With Benefits)

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Quem diria que havia tanta coisa com o mesmo nome? Para além da conotação que a própria expressão tem, claro. Há dois filmes e uma série, mais ou menos da mesma altura. Este tem parêntesis e não é uma coisa comercial de Hollywood. Não que haja algo errado em sê-lo, ou mesmo algo a favor em não sê-lo. Sejamos honestos. Qualquer realizador, actor, escritor, etc., quer vingar em Hollywood. É onde está o dinheiro e o reconhecimento. E quem disser o contrário é mentiroso. Não que este filme quisesse ser mais do que é. O seu único objectivo foi entreter-me por casualidade, quando passava canais numa noite enfadonha de fim-de-semana. Trata-se apenas dum grupo de amigos que começam a... fazer cenas uns com os outros, inspirados por um casal do grupo, melhor amigo desde sempre, que nunca tinha... feito cenas antes.

Claro que falamos dum conjunto enorme de balelas. Regra d'ouro nestes casos: Once in the friend zone...

sexta-feira, junho 21, 2013

World War Z

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Do outro lado do espectro esta semana temos World War Z. Se Iron Man esperava ser bom e foi mau, WWZ esperava ser mau e foi... Convém não exagerar. Não é bom. Vê-se melhor do que estava à espera. Com tanto rewrite e reshoot, não se poderia esperar nada de bom. Foi ainda adiado várias vezes. Tenho ideia que estava pronto para ser lançado há já algum tempo. Esperava uma banhada. Esperava rir-me com parvoíces e exageros. Não aconteceu. Acabei por passar quase duas horas num instante, a ser bem entretido, com a melhor pandilha possível para ver este tipo de filmes. O pior que poderei dizer do filme é que está tudo no trailer.

Tenho uma teoria, no entanto. Não em relação a porque é que o filme afinal não foi uma banhada, quando tinha tudo para o ser. É em relação à história. Há muita coisa ridícula, mas é aquele ridículo que aceita-se em qualquer película deste género. A minha teoria é mais profunda. Há muito zombie. Os ainda humanos... ou será melhor chamar-lhes vivos? Bem, esses ainda pensam... Não, espera, não há nada que comprove que os outros não pensam. Estes zombies, pelo menos. Há vários outros filmes ou séries em que prova-se que o cérebro não tem actividade (o porquê de tornar-se o calcanhar de Aquiles é algo proibitivo de discutir). Os que falam estão muito organizados, mandando o Brad investigar a origem da epidemia. O que é que Brad fazia antes de estar reformado? Não sei. Em vários momentos há a conversa do «vocês sabem o que fazia para as Nações Unidas». Não, Brad. Não sei. Ninguém o disse, caramba.

A minha teoria é simples: a culpa é dele. Todos os sítios por onde passou, tudo estava controlado... até ele chegar. Acho que era o cabelo. Aquele penteado enfurecia os zombies. Ou talvez o cheiro. Talvez o tom da voz. Ou aquele ar que faz sempre que diz algo que ninguém sabe, meio educativo, meio chateado. A sério. Ele tem um ar. Lembrei-me logo dele em outros papéis. É uma cena que faz com o lábio superior. Em todo o caso, a solução simples para uma epidemia que assolou 70% ou mais da população mundial era matar o Brad. Ou mandá-lo num barco para um sítio qualquer. Lá está, algo simples.

terça-feira, junho 18, 2013

Iron Man 3

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Não estava cá quando estreou. Confesso que quando voltei, deixei passar algum tempo. Acabei por desistir. Resignei-me ao facto que seria o primeiro Marvel Studios que não veria em cinema. Só que às tantas apercebi-me duma última sessão possível. Por teimosia - meu apanágio - lá vi o filme no último dia. Amanhã sairá de cartaz. A experiência acabou por não ser muito agradável.

Creio ter ouvido ou lido algures que era o melhor dos três. Na minha opinião - e até acedo que seja por mau humor -, não só é o pior dos três, como é o pior de todos os filmes da Marvel Studios, Hulk 2 incluído. A primeira metade é só parva. Não me fez muita confusão porque haviam créditos para gastar. A segunda metade do filme é do pior. Tem tanto erro de história. Tem tanta coisa que não faz sentido. O único interesse em ver o filme novamente seria para poder listar tudo o que está errado. É mesmo muita coisa. Quando fizerem o vídeo de «everything wrong with» será o mais longo de todos, talvez tendo tanto tempo como o próprio filme.

Assim de repente, com a ressalva que entretanto esqueci-me de muita coisa [SPOILER ALERT à bruta]:
- Porque é que estragaram o personagem do Mandarim?
- Que poderes dava o soro? De onde raios veio o cuspir de fogo? Porque é que funcionava com alguns na perfeição e outros não? Como é que funcionou na Pepper, apesar do «tratamento» não estar concluído? Porque é que tive tanto tempo a ver os abdominais definidos da Paltrow?
- Toda a gente usou o raio da armadura! Usaram partes soltas, até. O Stark é assim tão burro que permita toda a gente usá-la? Tecnologia incrível ao ponto dum braço despedaçado funcionar, mas um sistema de segurança genético era pedir muito? Já leitura de retina para poder ouvir-se uma mensagem privada, isso ok. Já agora, a máscara tinha jatos próprios para voar sozinha?
- Como é que o Rhodes transporta o presidente num braço, se precisa dele para controlar o voo?
- Chegamos à armadura do Iron Patriot (que não deveria estar aqui, pois esta versão da armadura é criada e usada na BD por um vilão bem conhecido). A armadura do Rhodes foi a melhor coisa desta epopeia de trapalhadas. Uma vilã desarma a armadura com uma mão super quente. Hã!? Depois Rhodes está capturado com a armadura desarmada. Esta parte não é muito grave, já que foi criada pelo organização que o capturou, a AIM. Só que depois activam a armadura e usam-na para capturar o presidente dos EUA e levá-lo aos maus da fita. Ainda aqui, acedo que esteja programada para que o presidente não a use. Mas quando o Rhodes liberta-o, carrega num qualquer sítio e activa o... como dizer?... jacto da mão? Rebenta com uma corrente e o presidente usa os vários jactos para aterrar decentemente. Então afinal a armadura estava activa ou não? E se estava, porque é que o presidente não a usou para se libertar? Pelo que se percebeu neste filme, qualquer pessoa usa uma armadura destas sem precisar de treino.
- Ainda no Rhodes, sendo este um pormenor menor. O homem é militar, certo? Uma coisa é o Stark estar com roupa informal dentro da armadura, mas o Rhodes está ao serviço. Pólos são a nova farda militar?
- Como é que o Stark foi tão rápido do Tenessee para Miami? Teleportou-se? (Nem vou mencionar como pagou tudo entre ter morrido para o mundo e ter chegado aos vilões.)
- Stark invade uma casa cheia de seguranças com umas engenhocas. Manuseia pistolas também. Andou a receber treino do Hawkeye, foi?
- Se Stark consegue controlar um exército de armaduras remotamente (com a ajuda do Jarvis), porque é que só as usa no final?
- Na batalha final, não deu para usar uma das milhentas armaduras para salvar a Pepper?
- Quando ela cai no mar de chamas, a roupa que usava também tinha levado com o soro maravilha? Aliás, para personagens tão quentes que derretiam metal ao mais ligeiro toque, não incinerar as roupas num milésimo de segundo é só estúpido. Se fossem fatos especiais (à lá FF) ainda deixava passar, mas aquilo é roupa de loja. Loja de marca, ok, mas loja.
- Que m€rd@ de snippet foi aquele?
- Como é que conseguiram não fazer uma piada de jeito?! Como é que estragaram a pinta do personagem com mais pinta de todos os filmes BD dos últimos tempos?!

Houve mais. Muitas mais. Isto é só o que me lembro, assim de repente. Depois há os personagens secundários, cada um mais estúpido que o outro. Aquele miúdo... Donde é que veio aquele miúdo? Houve um momento em que pensei que o miúdo não existia, que era apenas uma criação da psicose de Stark, de tão ridículo que estava a ser a interacção entre os dois. Foi com o miúdo que deu-se o ponto de viragem, quando passei de «isto está a ser estranho» para «que m€rd@ é esta?».

Iron Man - Oh God, what am I gonna do?
Miúdo estúpido - Just breathe, really just breathe. You're a mechanic, right?
IM - Right.
ME - You said so.
IM - Yes, I did.
ME - Why don't you just build something?

Porque um mecânico não contrói coisas, idiota de m€rd@, arranja-as. F0d@-s€, não admira que o teu pai te tenha abandonado, que a tua mãe e irmã não tenham aparecido nunca. Toda a família tem vergonha de ser vista contigo.

Como última coisa, peço aos geeks mais geeks que eu (nerds dos fóruns, no fundo), para me explicarem donde veio o lábio aberto e o pulso lixado, logo no início. O Stark aparece com estas mazelas, mas não mostraram nada que as tenha provocado. Isto é duma curta qualquer que se vê em algum lado, dum teaser ou dum bocado mostrado numa página de promoção, ou é mesmo só péssima montagem? E será que Stark tem o lábio aberto o filme todo?

domingo, junho 16, 2013

Road Trip: Beer Pong

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O engraçado é que nem mudaram a narrativa para a sequela. Eu não sabia que existia uma sequela até há bem pouco tempo. Só a descobri porque andei de volta do currículo do Abed, a ver se tinha feito mais alguma coisa. Fez isto, sim, mas se fosse a qualquer entrevista provavelmente omitiria esta obra de arte dos seus feitos. O DJ Qualls substitui o outro maluquinho, na visita do grupo à universidade. Volta a haver assédio com uma mãe de possível estudante universitária. Há uma viagem, sim, se bem que esta não parece tão complicada (ou não fosse fácil para a namorada aparecer no próprio dia, no destino, saindo dum táxi). Há seios descobertos sem propósito algum. Há lesbianismo e sexo em veículos motorizados. O namorado quer acabar o que não conseguiu fazer com uma ex. A namorada é mil vezes mais gira que o objecto de tamanho desejo, mas ok. A grande diferença será neste ter uma música muito má que, por qualquer motivo, é um sucesso durante a história. E um desporto: beer pong. Acho que teria sido bom nisto, no meu tempo.

Parental Guidance

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Há vinte anos atrás este filme teria sido um sucesso. Billy Crystal e Bette Midler como pais, Marisa Tomei como filha. Eram novos demais para serem avós e mãe, respectivamente, mas como pais e filha teria dado. Hoje em dia é só um mau filme de Natal, com demasiados clichês de tecnicas de educação e brigas de tecnologia versus natureza, antigo melhor ou pior que novo, bla bla bla.

domingo, junho 09, 2013

The Incredible Burt Wonderstone

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É fraco. O filme é fraco. Custa-me dizê-lo, mas Carell não traz nada de novo. Quer ter amigos. É um idiota. Depois afinal é fofinho. Lembra alguma coisa? O filme acaba por não ser comédia. É sim filme de «crescimento», em que um personagem evolve porque é colocado em situação extrema. No caso, é Carell que perde tudo, depois de ser um mágico famoso. Evolve em questão de minutos, atenção. O desenrolar de história parece durar um par de meses, onde demasiado acontece, demasiado rápido. Tem alguns momentos engraçados, mas nada que faça rir. É algo que procuro numa comédia, confesso: rir. A Olivia Wilde e o Steve Buscemi têm papéis... porque sim. O Gandolfini ou o Mohr estão aqui a fazer ainda menos. Surpreende Carrey, apenas e só porque nunca imaginei que voltasse a fazer papéis secundários.

E é isso. Tem magia.

sábado, junho 08, 2013

Star Trek: Into Darkness

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Deveria falar só da Alice Eve. Para quê falar de mais? Não é necessário. Que vou aqui explicar dum filme de Star Trek que já não se saiba? Bem, por esta lógica, não haverá muito mais para falar de Alice Eve. Seria bater no ceguinho... ou na cobra cega... que só tem um olho... Não, não vamos falar também do que pretendo fazer a seguir a acabar o post, enquanto penso na Alice Eve a dizer-me para não olhar... se bem que o que ela quer mesmo que faça é olhar.

AVISO: Spoilers serão proferidos neste post. Não achei importante colocar o aviso logo no início. Lá está, toda a gente sabe que a Alice Eve é atraente.

Star Trek: Into Darkness será o filme de ficção científica com mais lágrimas que já vi, de sempre. Toda a gente chora neste raio de filme. Ao menos não é aquele choro de baba e ranho. Ao menos isso. É aquela lágrima estóica. A que cai quando estamos com cara de mau, a dizer algo super importante e intenso. Acontece demasiadas vezes. Até com o Spock sim, o que é ridículo só por si.

Pois é, tenho que procurar a ver qual o primeiro nome do Spock, se é que tem um. Às tantas a meio do filme fiquei com essa na cabeça.

Abrams não desilude. Faz um par de filmes muito divertidos, muito para as massas (o chamado «filme pipoca»), mas sempre a piscar o olho aos fãs. Ok, talvez não aos verdadeiros fãs, que terão encontrado uma data de defeitos na história, continuidade, personagens... blah blah blah. Como logo ao início, quando a nave estava no país alienígena. [As naves não devem entrar na atmosfera, talvez também para evitar o que acontece no fim do filme.] No fundo, aquilo que eu faço com os filmes que sou verdadeiramente fã. De Star Trek gosto, sempre gostei, mas nunca fui maluco. Era daquelas coisas que via para estar entretido. Sou fã sim de Shatner e companhia. Adoro e apoio o culto a esta trupe. Em especial ao overacting de Shatner, aqui muito bem homenageado na interpretação do jovem armário Khan. (Gostei muito. Sou fã.) Para mim, para o tipo de espectador que sou dos filmes de Star Trek, tudo é perfeito. Tem o respeito suficiente ao original que me lembro, e consegue ainda fazer uma data de «piscares de olho» com referência não tão subtis, que até eu apanho.

E flares. Continua a cena de muitos flares, que agora que sei que existem, têm muito mais piada.

Posto isto, e para que não restem dúvidas, gostei e gosto muito deste revitalizar do franchise, em ambas as instâncias. Tenho pena que Abrams passe agora para outra galáxia muito, mas muito distante, embora fique contente que o faça, ao mesmo tempo.

Despeço-me assim com um gentil e ternurento Khaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaan de boa noite.

domingo, junho 02, 2013

I Give It a Year

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Um rapaz e uma rapariga conhecem-se e casam-se, passado pouco tempo. Não vemos muito do pré-casamento. Vemos apenas depois do facto. E tudo o que vemos é terrível. São péssimos um para o outro. Não têm nada em comum. Tudo o que cada um faz irrita o outro. As famílias não se podem e não têm nada a ver. Ela não suporta o melhor amigo dele. Não fazem o esforço de agradar ao outro... ou mesmo quando fazem... São imperfeitos um para o outro, no fundo. Faz pensar em porque se casaram sequer. Pelo meio surge uma ex-namorada e um rapaz interessante no trabalho. Para o fim pretende-se cometer infidelidades. Só que ateimam, porque existe o objectivo de chegar ao ano de matrimónio. O que é só estúpido. Quase tanto como terem-se casado. Mas vá, que não seja sempre tão negativo. Se não se tivessem casado... não teríamos filme. Convém pensar na parte importante.

sábado, junho 01, 2013

Funeral Kings

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A adolescência americana tem determinados ritos inerentes. Há que apaixonar-se por uma loira cheerleader inalcansável... a não ser que sejas estrela da equipa de qualquer um dos vários desportos. Ou um delinquente mais velho, com carro ou mota. Convém tentar uma data de coisas que não são para a tua idade (fumar, beber, conduzir carros, etc). Encontrar uma arma de fogo é algo que todo o adolescente tem que passar. E usá-la, escondido de toda a gente, com amigos, claro. Depois vem o inerente tiro acidental. Esta parte é uma espécie de Bar Mitzva de qualquer jovem daquele país. Não que o foco do filme seja dado a esta parte. Nem é assim tão dramática como possa soar. O filme é sobre miúdos idiotas.

Peço desculpa, fui redundante... mais uma vez.