domingo, janeiro 30, 2011

Ne Te Retourne Pas

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Vi o filme em três partes. Acho que o comecei a ver há mais de uma semana. Ontem ainda vi um bocado, mas adormeci entretanto. Em qualquer uma das vezes (mesmo hoje), pensei em não ver até ao fim, só que a vontade de ver a dupla (uma das melhores que já vi em cinema) Sophie Marceau / Monica Belucci foi mais forte. Fiquei até ao fim... e não ganhei nada com isso.

Marceau tem uma vida relativamente simples e perfeita. Jornalista casada, com dois filhos, tenta agora ser escritora. Escreve coisas biográficas, tentando puxar à memória da infância. Há uma parte da sua vida que não consegue lembrar-se. Quando miúda esteve num acidente de carro que afectou-lhe a memória. Tudo corre bem, até que dizem-lhe que o livro que escreve é uma trampa e aí começa tudo a transformar-se à volta dela. Primeiro o sítio da mesa de jantar. Depois a disposição de algumas coisas na casa. Começa a mudar a mobília e até mesmo os filhos já são outros. O marido torna-se noutro homem. Marceau enlouquece até ao ponto que se olha ao espelho e vê-se a transformar-se na Belucci (também não se fica por menos!).

É um filme francês estranho. Acaba por fazer sentido no final, mas até lá!...

Red

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Esperava mais tiroteios, apesar da média de idades dos actores ser 125 anos. Contudo, não deixa de ser um óptimo entretenimento. As cenas bandeirosas de acção, aquelas que esperava, estão todas no trailer. Bruce Willis a sair do carro, aos tiros, será o ponto alto. Como essa cena, só a pinta de Helen Mirren, de vestido de noite e botas da tropa, a disparar artilharia pesada a um conjunto de gajos dos Serviços Secretos, SEM PISCAR OS OLHOS UMA VEZ QUE SEJA!! A mulher é fria como a Sibéria. Espectacular. Para quem nunca reparou, maior parte dos actores e actrizes, mesmo os conceituados de filmes de acção, tendem a fechar os olhos quando disparam uma arma. É uma reacção involuntária, como fechá-los quando se espirra. Mirren estava numa cozinha, em pé, com uma metrelhadora, a segurá-la com as duas mãos como uma profissional, e os olhos não fechavam. Sim, confesso, fiquei impressionadíssimo. Eu pisquei os olhos quando ela começou a disparar!

Uma pequena sinopse: Baseado numa BD com o mesmo nome (embora isto de BD tenha pouco ou nada), Willis é um agente secreto reformado. A vida é monótona e não consegue habituar-se às rotinas mundanas, por muito que tente. Interage por telefone com Mary-Louise Parker, uma funcionária da Segurança Social lá do sítio, também muito aborrecida com a vida que tem. Quando Willis decide arriscar alguma coisa e vai para conhecer Parker, aperecem uns gunas a tentar matá-lo. Willis procura então a ajuda dos seus amiguinhos, também reformados. A partir daí é old school vs. new school. E todos sabemos quem ganha sempre.

Pena não ter visto no cinema, mas foi um início de domingo perfeito.

Proof

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É difícil aceitar a premissa.

Génio matemático de Gwyneth Paltrow >= Génio matemático de Anthony Hopkins
e (não sei como escrever aqui o símbolo para «e»)
Jake Gyllenhaal = / gajo irritante e burrinho

Se todos os filmes que vi, tanto com Gwyneth ou com Gyllenhaal, provam o contrário, então premissa acima não pode ser verdadeira.

Sim, acabei de fazer uma piadinha matemática para falar dum filme sobre matemáticos.
E é pena estar sem Internet porque gostava de confirmar quando foi feito o Beautiful Mind foi feito. Arriscaria a dizer que terá sido na mesma altura que este Proof.

N.A.: Entretanto verifiquei e arriscaria mal. O Beautiful Mind é de 2001.

sábado, janeiro 29, 2011

No Looking Back

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Mais um antigo de Edward Burns. Curiosamente, em No Looking Back Burns não é o personagem principal.

Burns regressa à cidade natal, depois de três anos fora. (Nota-se que Burns era novo aqui, se acha que três anos é muito tempo.) A sua namorada de sempre está com outro. Não é um qualquer «outro», está com Jon Bon Jovi. Mas aqui, mais uma vez, e mesmo não sendo o principal, Burns é o maior e era muito mais popular que Bon Jovi no liceu. Daí que tivesse namorado durante muito tempo com a miúda que todos queriam: Lauren Holly (incrível a popularidade que esta mulher teve nos anos 90). Holly é a personagem principal. Sente-se traída por ter sido abandonada por Burns. Sente-se presa a uma relação que não vai a lado nenhum. Sente-se sufocada numa terra pequena (apenas de ser à beira-mar [esta gente é louca]) onde toda a gente se conhece e fala mal uns dos outro, uma terra onde se faz sempre a mesma coisa. O regresso de Burns faz com que Holly pense no que podia ter sido, em como a vida dela poderia ser diferente. Burns voltou para a ter de volta. E agora que fará a moça?

segunda-feira, janeiro 17, 2011

TRON: Legacy

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Aquilo que começou com uma piada, acabou por tornar-se um blockbuster. E ainda bem. Gosto deste universo. O original faz parte da minha educação nerdiana e, ao contrário de outros da altura, não me incomoda que queiram continuar com o franchise. O objectivo será fazer dinheiro. Não tem problema. É assim que as coisas são. E, ao contrário de muita gente, não acho que filmes sejam só uma forma de arte. São também entretenimento. Desde que saia entretido, tudo bem.

Esta sequela é genial e deixou-me em pontas? Não. Mais em pontas fiquei com os trailers, teasers e afins. A ideia de ver um novo TRON, com músida dos Daft Punk, e todos os efeitos visuais que hoje existem, deixou-me mais excitado do ver o filme em si. Não terá ajudado ter percebido que o entusiasmo diminuiu muito, desde que o filme estreou (atempadamente) lá fora. Vê-lo em 3D ajudou ainda menos porque, sinceramente, acho que o efeito estraga mais do enaltece o visionamento. Mais que não seja, porque os filmes ficam mais escuro do que têm que ser, por culpa dos óculos. A juntar a toda esta lenga-lenga, chorar em todos os filmes 3D que vejo não ajuda à minha já mui afectada reputação. (N.A.: Os óculos fazem-me lacrimejar.)

Voltando ao filme em si, o Jeff Bridges do universo «TRON», feito a computador, está maravilhoso. Dá para ver que é falso, sim, mas assusta o quão próximo da realidade começam a ficar estes efeitos. A banda sonora é deliciosa. Os efeitos em si... só tenho pena de não terem havido mais jogos, porque tanto os frisbees como as motas estão es-pec-ta-cu-la-res. Lado negativo tenho apenas a apontar a realidade TRON nova. Ou seja, enquanto o original era feito para os geeks de jogos de computadores (uma realidade virtual onde jogas fisicamente; duh!), este foi feito para as massas. Por isso, as mulheres que são todas modelos e a cena da discoteca (lá percebi o motivo das queixas que por aí andavam) não são, claramente, para putos cheios de borbulhas que passam maior parte do tempo iluminados por radiações de monitor, enquanto tentam quebram high scores. E o Michael Sheen estava demasiado over the top, irritando-me quando fez a cena da bengala a imitar o Charlot.

Não querendo acabar num tom negativo, quero frisar que o saldo é bastante positivo. Estava convencido que seria uma completa desilusão. E tal, com certeza, não foi.

domingo, janeiro 16, 2011

Låt Den Rätte Komma In

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Oskar é um miúdo sueco de 12 anos. Muito introvertido e com sérios problemas sociais... para além de gostos duvidosos. O rapaz tem uma pasta com recortes de jornais sobre homicídios, e anda sempre com uma faca. Parte deste comportamento é explicado, de certa forma. Há uns miúdos na escola que passam a vida a torturá-lo. Sim, Oskar é vítima de bullying. (Faz-me confusão como esta palavra passou a fazer parte do nosso vocabulário.) Certa noite, Oskar espetava uma árvore com a sua naifa (e não, não é uma analogia para masturbação) no pátio do prédio, quando surge Eli, uma miúda da sua idade que acabou de mudar-se para ali. Eli também é estranha. Não tem frio. Parece ter capacidades sociais ainda mais reduzidas. E não vai à escola. Sortuda! E é aqui que reside o mistério desta história. Muuuuuaaaaaaaaaahaaaaaaahaaa!!

sábado, janeiro 15, 2011

Megamind

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Numas das suas mais peculiares características, Hollywood sai-se, mais uma vez, com dois filmes de produtoras diferentes, mas com a mesma temática: animação, com um vilão como protagonista, que afinal é bonzinho. No caso, temos a «rivalidade» Despicable Me/Megamind. Sinceramente, prefiro considerar o embate entre os dois um empate. Despicable Me ganha em termos de história. Terá mais sumo e mais consistência. Megamind ganha na espectacularidade e extravagância da animação. Os traços do rosto, as expressão, conjugadas com os movimentos corporais... Só posso dizer que fiquei muuuuuito impressionado. A tecnologia continua a evoluir rapidamente, mas fico cada vez mais indiferente, porque todos os dias aparece algo novo. É difícil sentir surpresa todos os dias. Confesso que é algo que já espero, quando acordo de manhã. O que é certo é que dei por mim a sentir o queixo a cair um pouco, quando reparava na qualidade dos pormenores na animação. A sério! Começa a parecer demasiado verdadeiro.

Megamind é divertido. Não é hilariante, de todo. Mas tem bons momentos que divertem bastante. E sim, muita da culpa vai para Will Ferrell. Se bem que ter um vilão que cria um corpo robótico gigante e, enquanto espera pelo herói para andar à porrada, mete-se a «brincar aos carrinhos» com um carro verdadeiro, ajuda em muito à festa.

Código: Gostei muito de ver o Megamind.

terça-feira, janeiro 11, 2011

The Freebie

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Marido e mulher, melhores amigos, concedem um ao outro uma noite de sexo com outra pessoa. Uma «borla». Esta ideia «genial» fortalecerá a relação, reabilitará a vida sexual entre os dois, estagnada há algum tempo, e permitirá a ambos saciar a curiosidade natural em quem dorme apenas com outra pessoa há anos. Ceeeeeeeeerto!

Gostei de alguns pormenores. Primeiro, que Dax Shepard não seja considerado «estrela» do filme, pelos senhores do IMDb. Nice one, guys. Segundo, dos diálogos ambiciosos e esperançosos de duas pessoas que pensavam ter tido a melhor ideia de sempre, de todo o mundo. O brilho nos olhos, cheios de convicção que eles é que eram inteligentes e como era descabido nunca ninguém se ter lembrado disto. Claro que não ia funcionar. Não digo que não seja o ideal para alguns casais. Tenho perfeita consciência que funcionará para muita gente e que são genuinamente felizes assim. Mas a coisa não é assim tão linear e tem que ser muito bem combinada. Mais que não seja, não acredito que seja para amigos, para melhores amigos. Porque aqui temos uma coisa brutal a acontecer, terem ido para a cama com alguém (sim, eu sou O idiota que ainda acha que sexo é uma coisa especial), e é precisamente a coisa que não podem contar, nem da qual devem falar ao melhor amigo. E é a única coisa em que pensam. Ele foi para a cama com alguém. E ela foi para a cama com alguém. E não podem falar da única coisa que lhes vai na mente. É uma pena, mas não funciona. Ah, e gostei que a realizadora, que também é protagonista (esta sim estrela), ter-se autorizado a dizer todas as suas falas com 30 000 like's pelo meio. Foi a única pessoa a fazê-lo.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Takers

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Meia dúzia de caramelos com a mania que têm pinta... ok, um deles tem alguma pinta e um pouco do meu respeito, por tarefas em paragens televisivas... mas dizia eu que o gajo com pinta mais uns palermas que não sabem representar, mas que continuam a render bastante dinheiro nas bilheteiras, assaltam bancos, carros armados e afins. Fazem a coisa com inteligência. Planeiam ao pormenor. Procuram soluções pouco convencionais. Deixam passar tempo entre trabalhos. No dia depois duma assalto bem sucedido a um banco, surge um ex-membro do gangue. Esteve na prisão desde 2004, altura dum outro assalto, este não tão bem sucedido. Surge com uma boa possibilidade de «trabalho», só que tem que ser feito nos dias seguintes. Como o dinheiro é muito, acabam por aceder, descurando o bom senso.

Acaba por cativar, apesar de péssimas interpretações, muito por «culpa» das cenas de acção. Tiroteios. Perseguições. Explosões. Até mesmo mirambolantes explosões de pedaços de estrada, por forma a fazer cair carros blindados em túneis subterrâneos. O problema maior acabou por ser o final, que deu ar de ter sido tirado a ferros, muito à pressa.

sábado, janeiro 08, 2011

Conviction

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Sam Rockwell é um pulha duma terriola qualquer. Mete-se sempre em sarilhos com a polícia, mas nunca nada de muito grave. Certo dia, uma velhota é morta. A polícia, uma polícia específica, mete na cabeça que foi Rockwell e leva-o dentro. Como é bastante c@br@, para além de muito corrupta, faz pressão com a esposa e a amante de Rockwell para que testemunhem contra Rockwell. A irmã, interpretada por Hillary Swank, uma desorientadita também, mas louca pelo irmão, decide que vai ilibá-lo. Rockwell foi condenado a prisão perpétua por homicídio. Tira advocacia a muito custo, destruindo o matrimónio e metendo a vida completamente de parte. Swank não descansa até cumprir a sua missão de vida, mesmo sendo a única a acreditar na sua inocência.

meh
Foi mais para fazer companhia enquanto empacotava coisas. E sim, é baseado numa história verdadeira.

Handsome Harry

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Steve Buscemi está a morrer. Liga ao melhor amigo dos tempos da marinha, o dito Harry. Já não o vê desde esses tempos, desde há trinta anos. Buscemi tem um ou dois dias de vida e precisa de falar com Harry. Precisa de meter em pratos limpos aquilo que fizeram há trinta anos. Buscemi está convencido que está condenado ao inferno, pelo que fizeram. No seu leito da morte, o melhor amigo que Harry preferia tivesse ficado no passado pede-lhe que procure a vítima dos seus actos e peça perdão. Por ele. Por todos. Relutantemente, Harry aceita a missão e segue para Sul, ao longo da costa Este, parando para visitar outros ex-colegas da marinha, e aproveitando para confirmar alguns detalhes do que aconteceu na fatídica noite.

Não está mau. Durante a viagem, vamos descobrindo o que aconteceu, qual foi o terrível erro que cometeram e que todos se arrependem. Há um twist. Posso dizer que há um twist. Não o esperava, embora não possa dizer que fosse assim tão difícil de descobrir. E gostei. Gostei da volta na história e do consequente desenrolar.

Skyline

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Ora cá estão umas pessoas que souberam fazer um filme em grande, com «poucos meios». O truque foi encontrar um conjunto de prédios meio abandonado. Chamaram-lhe LA e o pessoal até fica mais ou menos convencido. A partir daí é só filmar os actores a correrem e a saltarem, a ficarem chocados e aterrorizados. No final, espeta-se uma data de imagens feitas a computador por cima, e está feito.

Um caramelo vai com a namorada visitar o melhor amigo de adolescência. Festa de anos. Festa de arromba. O amigo tem muito dinheiro. É tudo do bom e do melhor. (A piada é que ambos trabalham no ramo dos efeitos especiais.) Estão num apartamento dum arranha-céus a dormir, quando surgem luzes fortes que os acordam. Ao olhar para a luz, ficam hipnotizados e são capturados por extraterrestres que estão apenas interessados nos... nossos cérebros! São, portanto, extraterrestres zombies.

suspiro
Só no cinema é que acontecem coisas interessantes.

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Never Let Me Go

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Tudo começa de forma relativamente normal. Miúdos num colégio privado, na década de 70. São considerados especiais, muito de soslaio. Parece fazer sentido, já que devem ser ricos por estarem num colégio daquele género. Uns quantos pormenores estranhos. Os miúdos são demasiado deixados ao desbarato. Rapazes estão à vontade para estar sozinhos com as raparigas. Não que façam alguma coisa, mas estão. Três personagens principais. Duas miúdas e um rapaz. O rapaz é meio estronço. Gozam todos com ele. Uma das miúdas acha-lhe piada. Acha-o especial. Parece uma história de triângulo amoroso. A outra miúda, a amiga fútil, é ela que se enrola com o rapaz, só por inveja da amiga. Lá está. Tudo parece normal, à primeira vista. Até que...

Sim, daqui poderá advir um spoiler. Não acho que seja muito, porque imagino que esteja em trailers e em todos os resumos da história. Não acho que seja porque é um twist que aparece nos primeiros 20 minutos. Em todo o caso, fica o aviso: vou revelar o twist da história.

Uma das professoras, uma das que lhes ensina coisas peculiares, como o que pedir num café, nota-se que ela sente-se incomodada com a maneira como as crianças são demasiado bem educadas e apáticas. Choca-se quando sabe o porquê dos miúdos terem medo de sair do terreno da escola. Nem é bem medo, é mesmo pânico. A professora decide-se a falar com eles sem dissimulações, sem «rodriguinhos», e explica-lhe que eles são especiais, mas não no bom sentido. Que enquanto as outras crianças deixam de ser crianças para serem adultos e tornarem-se no que quiserem, desde actores de cinema a empregados de café, as crianças daquela escola deixarão de ser crianças para serem... nada. Nunca terão profissões. Nunca terão famílias. E nunca viverão muito tempo. Porque assim que tiverem idade, os seus orgãos serão retirados e «doados» a outras pessoas.

POW

Claro que acabou por ser despedida. Nenhuma escola quer uma professora que diz a verdade aos miúdos.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Secretariat

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He's not a racehorse... he's Secretariat.

E não é que na década de 70 houve um «super-cavalo»?
Diane Lane, uma dona de casa, volta temporariamente a casa quando a mãe morre e o pai não tem condições de tomar conta da quinta. Fazem criação de cavalos de corrida. Lane «perde» na moeda ao ar e fica com o cavalo que ninguém queria... menos ela. Afinal a dona de casa percebe da coisa e cria o cavalo que ninguém pensou alguma vez existir. O underdog por quem toda a gente torcia, mas que ninguém acreditava que poderia ganhar... tirando Lane, claro.

Por incrível que pareça, é possível fazer um filme de duas horas(!) sobre um cavalo. É que até pode ser um «super-cavalo», mas a não ser que realmente voe, duas horas e trocos é um pouco demais, lamento. Como é que a Disney conseguiu encher um filme sobre um cavalo durante duas horas? Com cenas à Disney e à Hollywood: olhavam nos olhos do cavalo e sabiam que ali estava um vencedor; porque o cavalo «falava» com eles e sabiam todos que ia ganhar; porque nunca ninguém tinha visto/lidado/treinado/corrido com um cavalo assim.

Sejamos honestos, o mais provável era o cavalo estar dopado.

terça-feira, janeiro 04, 2011

Trade

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Não estava à espera. Este filme foi uma agradável surpresa, apesar da temática mais pesada.

Um conjunto de miúdas enganadas, raptadas, ou compradas. São escravas que serão levadas para os EUA. Uma delas é uma miúda de 13 anos, mexicana, que foi raptada em plena rua, à porta de casa, por mafiosos russos. O irmão vai atrás. Procura-a. Tenta descobri-la. Tem alguma sorte, muita mesmo quando se mete na bagageira do carro de Kevin Kline, um polícia fiscal que procura a filha que não sabia que tinha. Kline preparava-se para desistir e voltar para casa. Acaba por ajudar o jovem mexicano, descobrindo uma rede de tráfico bastante complexa. Pelo meio aparece uma miúda polaca. Mais velha. Enganada. Levaram-lhe o dinheiro, prometendo entrada e trabalho nos EUA. Em parte estavam a ser verdadeiros. Só não o foram nas partes que importavam.

domingo, janeiro 02, 2011

1408

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John Cusack é um especialista do paranormal. Mais ou menos. Escreve livros sobre sítios assustadores. 10 quartos de hotel assombrados. 10 estalagens assombradas. 10 monumentos assombrados. Esse tipo de coisas. É um céptico, como não pode deixar de ser. É óbvio que maior parte das coisas são empolgadas e servem apenas para assustar clientes, para atrair mais clientes. Até que Cusack recebe um postal a avisá-lo para não entrar no quarto 1408 do Dolphin Hotel. Nem o número, nem o nome do hotel são muito assustadores. Cusack não resiste a não ficar no quarto... mas devia ter resistido.

Boa premissa. Desenvolve bastante bem até meio. Depois perde-se completamente e já não consegue voltar. O que é estranho, porque bastava não ter cerca de 20 minutos a mais e a coisa teria funcionado bastante bem.

La Môme

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Quem não conhece esta voz? Quem não a conhece a arranhar dos r's? Não sabia nada da sua vida, confesso. Até pensei que não tivesse grande interesse, mas em criança viveu tanto num bordel, como num circo. Infância mais interessante será difícil. A partir daí é que vem o caos. Os excessos, como ela própria diz, andar a cantar na rua, a pedir moedas. Tinha um vozeirão, a mulher. Um orgulho para os franceses. Morreu com 47 anos. Que desperdício. O que vale é que não se arrepende de nada.

The Limits of Control

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Tu no hablas español, verdad?

Isaach De Bankolé passeia-se por Espanha, encontrando personagens atrás de personagens. Interage com eles, trocam items e informações. O objectivo de Bankolé é chegar algures no país. No caso, quer ir para o campo, à procura de algo ou de alguém. Um crime, ou vários crimes, ocorrerão ou vão ocorrendo. Jarmush conta a história com a ajuda duma data de elementos visuais que nunca pensei que encontrasse na Andalucia. Cenas retro, não kitch, porque para Jarmush, old school é o melhor. Personagens e ambientes sempre cheios de pinta, muito suave, muito cool. E encontros em cafés, para não variar. Não fosse o espectador pensar que via um filme de outro realizador.

sábado, janeiro 01, 2011

Cracks

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Não sei que me deu para ver este filme. Aparentemente toda a gente na família Scott é realizador(a). A moça que realizou Cracks é filha do Ridley Scott. Terá sido por isso que vi? Para ter mais um Scott com quem mandar vir?

Eva Green trabalha num colégio privado só de miúdas. Coisa do século passado. Não aparenta dar aulas, é apenas responsável pela equipa de mergulho. É ex-aluna do colégio e meio psicótica, para além de ser tangas até mais não. Lá para o meio do filme percebe-se o porquê de ter uns parafusos a menos. É idolatrada pelas miúdas da sua equipa, apesar de tudo, até ao dia em que uma princesa espanhola é inscrita no colégio, assim como na dita equipa. Torna-se a preferida de Green, não que a espanhola esteja interessada nisso, para grande frustração da ex-preferida.

Há uma cena de lesbianismo engraçada. Suponho que também tenha sido esse o meu (relativo) interesse. Para além dessa cena, pouco se salva do filme.

The Foot Fist Way

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Descobri este filme à custa de andar a ver o Eastbound & Down. Foi o primeiro do trio Danny McBride, Ben Best e Jody Hill. Não é nada de especial. É só um ensaio para McBride, onde começa a fazer o seu papel do costume.