Aquilo que começou com uma piada, acabou por tornar-se um blockbuster. E ainda bem. Gosto deste universo. O original faz parte da minha educação nerdiana e, ao contrário de outros da altura, não me incomoda que queiram continuar com o franchise. O objectivo será fazer dinheiro. Não tem problema. É assim que as coisas são. E, ao contrário de muita gente, não acho que filmes sejam só uma forma de arte. São também entretenimento. Desde que saia entretido, tudo bem.
Esta sequela é genial e deixou-me em pontas? Não. Mais em pontas fiquei com os trailers, teasers e afins. A ideia de ver um novo TRON, com músida dos Daft Punk, e todos os efeitos visuais que hoje existem, deixou-me mais excitado do ver o filme em si. Não terá ajudado ter percebido que o entusiasmo diminuiu muito, desde que o filme estreou (atempadamente) lá fora. Vê-lo em 3D ajudou ainda menos porque, sinceramente, acho que o efeito estraga mais do enaltece o visionamento. Mais que não seja, porque os filmes ficam mais escuro do que têm que ser, por culpa dos óculos. A juntar a toda esta lenga-lenga, chorar em todos os filmes 3D que vejo não ajuda à minha já mui afectada reputação. (N.A.: Os óculos fazem-me lacrimejar.)
Voltando ao filme em si, o Jeff Bridges do universo «TRON», feito a computador, está maravilhoso. Dá para ver que é falso, sim, mas assusta o quão próximo da realidade começam a ficar estes efeitos. A banda sonora é deliciosa. Os efeitos em si... só tenho pena de não terem havido mais jogos, porque tanto os frisbees como as motas estão es-pec-ta-cu-la-res. Lado negativo tenho apenas a apontar a realidade TRON nova. Ou seja, enquanto o original era feito para os geeks de jogos de computadores (uma realidade virtual onde jogas fisicamente; duh!), este foi feito para as massas. Por isso, as mulheres que são todas modelos e a cena da discoteca (lá percebi o motivo das queixas que por aí andavam) não são, claramente, para putos cheios de borbulhas que passam maior parte do tempo iluminados por radiações de monitor, enquanto tentam quebram high scores. E o Michael Sheen estava demasiado over the top, irritando-me quando fez a cena da bengala a imitar o Charlot.
Não querendo acabar num tom negativo, quero frisar que o saldo é bastante positivo. Estava convencido que seria uma completa desilusão. E tal, com certeza, não foi.
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