quarta-feira, março 27, 2024

Flora and Son


Meti a Apple TV+ uma semana de trial, só para ver um par de filmes. Este e o Family Plan. Pode parecer que não é nada de especial, mas quem me conhece sabe bem o que isto custa. Se há coisa de que não gosto é da Apple.

Claro que não é a pagar. E, se bem que há outras coisas que gostaria de ver no raio do serviço de streaming, não vou continuar depois da semana. Não vou dar dinheiro a esta gente. Se bem que... Não pagar pelo Family Plan faz-me muito sentido. Já por Flora and Son até dava qualquer coisa.

Os filmes deste realizador são sempre cheios de coração. Sempre misturando tudo com música. E são reais. Ajuda muito. Quer dizer... Em quase tudo reais. Falha na qualidade de som em bares fajutos, quando bandas menores ou artistas a solo lá tocam. Aí a coisa entra, e passa a larga escala, o campo da fantasia.

terça-feira, março 26, 2024

I.S.S.


Quando vi o trailer gostei muito da ideia. Já teremos visto semelhante, ou até igual, por certo. Eu não tinha presente algo assim.

Os Norte Americanos (NA) e os Russos entram em guerra nuclear. Porque sim. Não há motivo. Não vemos nada disso. Só temos o ponto de vista da tripulação da Estação Espacial. Três Russos. Três NA. Uma mulher para cada lado, se bem que a NA é minoria e lésbica. Dupla minoria (DM).

De qualquer modo, cada lado recebe a mesma instrução, ao mesmo tempo. Como é natural nestas coisas. A Estação é ponto estratégico (como não?) e cada lado tem de tomar conta da ocorrência, seja de que forma for. Porque está tudo a arder na Terra, e o Bezos, ou semelhante, quererá ter um sítio para escapulir.

Sei que estou a dizer várias parvoíces, mas a verdade é que gostei da premissa. O conceito de estares a partilhar espaço com alguém que, dum momento para o outro, passou de colega - ou até amigo -, para inimigo. Achei bem fixe. Já a execução... Epá, foram clichês a mais para mim. Exageraram e muito. E foi algo óbvio que não sabiam o que fazer com uma boa premissa.

sexta-feira, março 22, 2024

The Family Plan


Um pequeno período trial da AppleTV+, só para despachar um par de filmes. E vai mesmo ser só isso. Antigamente, sete dias daria para despachar muita coisa. Agora vai ser dois ou três filmes. Em esforço.

É o que é.

Assim como Family Plan. Basta saber a história e já se viu o filme todo. Se se vir o trailer, então deixa de haver qualquer surpresa. Mesmo previsível e básico, Plan não deixa de ser divertido. Tem cenas de acção engraçadas e é sempre um prazer ver uma família típica estado unidense a matar e a ver matar pessoas como se nada fosse.

Realismo não é o que se procura em filmes destes.

terça-feira, março 19, 2024

American Fiction


Gostei deste filme. Como o homem branco que sou, tenho total autoridade para dizer se este filme é bom ou mau.

Huh!

Enquanto pensava no que dizer sobre o filme - ainda este decorria -, só queria evitar entrar na questão racial. Porque, como já referi várias vezes, eu sou um idiota. Para mais, sou um idiota ignorante de tudo o que é questões raciais. Eu nem de andar na rua devia falar, e é algo que faço quase todos os dias. Dizia eu que pensei bastante em evitá-lo e em como evitá-lo. Assim que começo a escrever sai-me a m€rd@ acima.

O elenco é muito bom. Achei a narrativa bem conseguida. E gosto sempre de ver diálogos inteligentes, dos quais American Fiction tem bastantes. Só não gostei muito da cena «meta» no final. O Get Shorty já o fez há muito tempo.

segunda-feira, março 18, 2024

Suncoast


A vida não pode ser só comédias românticas e blockbusters. Devia. Seria mais divertida. Mas não. A vida tem de ter histórias f#d|d@s, de adolescentes que vivem a ver o irmão morrer lentamente.

Sim, confere. Este é um daqueles filmes em que o Woody Harrelson faz um papel sério e inteligente. Não é fácil ver o Woody a ser o gajo sábio, por muito que já o tenhamos visto ser mais do que um barman daquele bar. Mas mostra que o homem tem range. Ao contrário de Linney, que acaba sempre por ser intensa. Fá-lo bem, convenhamos. Muito bem. Só não a vejo a fazer de barwoman pouco inteligente e com um coração de ouro.

O filme deu para verter uma lágrima. Dizia eu que às vezes também é preciso. Acredito nisso. Embora seja pena que seja verdade.

sábado, março 16, 2024

Damsel


É impressionante o poder que a Millie Bobbie Brown tem sobre a Netflix. Ela faz o que lhe dá na telha. Percebo. É a mega estrela da maior série de sucesso do serviço de streaming. Nem precisa ser grande actriz. Que não é. Basta ser ela própria e o pessoal come. A verdade é que a miúda tem carisma. E neste filme quase que consegue convencer-nos que conseguiria lutar contra um dragão.

Quaaaaase!

sexta-feira, março 15, 2024

Irish Wish


Pode parecer que vimos dois filme numa noite. O que seria uma loucura. Uma insanidade de sexta à noite. Sim, tecnicamente, vimos. Mas o primeiro foi só os últimos 20 minutos. A verdade é que ambos quase adormecemos no sofá, ontem, a ver Orion. O que é algo irónico, tendo em conta que o filme passa-se numa noite em que o miúdo não dorme. Não, esta noite foi dedicada à obra prima que é Irish Wish.

O filme é o que é. Mas fico contente que continuem a dar trabalho à Lohan. A moça foi usada e abusada por Hollywood. Apesar de ser péssima atriz, fico contente que lhe dêem tempo de antena. E convenhamos que a ideia de levar uma ruiva para a Irlanda é genial. Foi a única em cena, por incrível que possa parecer. Terá sido exigência da actriz? Se sim... Good for her!

Orion and the Dark


Conceito engraçado. Uma coisa tenho de dar à Netflix, eu que os crítico pela forma como gerem o seu conteúdo, a verdade é que eles abrem muito as portas a histórias de animação menos convencionais. Não aplicam a fórmula de heróis e vilões.

Esta é muito criativa. Ou não fosse escrita por quem é. E terá mensagens de como educar crianças, como ajudá-las a enfrentar os seus medos. Mas estou certo de que quando precisar, longe estará a memória de qualquer coisa que pudesse ter aprendido ao ver este Orion.

quarta-feira, março 13, 2024

Ricky Stanicky


Caraças! Lembrei-me agora que, em miúdo, tentei fazer o mesmo do que a premissa deste filme. Também eu e um grupo de amigos inventámos um outro miúdo a quem atribuímos culpas. Não durou muito tempo, claro. Nem sei se chegou a pegar uma vez que seja. Esteve bem longe de chegar ao ponto do que acontece neste filme. Não tive de contratar um actor só para provar que não menti vezes e vezes sem conta.

O que é pena. Porque teria dado jeito ter um Ricky Stanicky na vida. Convenhamos que a toda a gente daria jeito.

Como é que se chamava o nosso Stanicky? Seria Zé Carlos?

quinta-feira, março 07, 2024

Poor Things


Acabadinho de sair na Disney+. Fresquinho, fresquinho.

Tenho uma relação por demais dividida com este realizador. Por um lado, tentei ver o seu primeiro grande filme e creio ter desistido algures a meio. Por outro, vi por inteiro o Lobster, mas não deixou de ser um desafio. Por fim, vi o Favourite e gostei bem mais do que esperava. Até aqui o saldo não era positivo, mas pensei eu que talvez o rapaz tivesse ido mais na direcção do último e não tanto dos mais antigos.

É um misto dos dois lados. A história é relativamente linear e, não fosse a estranha ciência que aqui encontramos, seria até bastante «normal». Na base, é uma história do crescimento e amadurecimento duma jovem moçoila. Tanto mental, como sexual.

Queria ver este filme? Não particularmente. Gostei de ver? Sim, de certa forma. Vou lembrar-me dele daqui a uns anos? Duvido. Mas isso não quer dizer nada. Se há coisa que sou é esquecido.

segunda-feira, março 04, 2024

Dune: Part Two


Uma rara, mui rara ida ao cinema. A Madame M. teve direito a babysitter familar, com experiência vasta. E nós lá fomos jantar e ao cinema, como se fossemos pessoas normais, com vida fora de casa e trabalho. Enganámos o cérebro e as pessoas à nossa volta por um bocadinho. Soube-nos pela vida!

Claro que tínhamos de fazer a coisa à bruta e ver um filme com quase três horas! Sorte foi não termos adormecido. A minha senhora até esteve quase. Eu aguentei-me, sabe dEUS como. Não custou nada, a verdade é essa. O filme é óptimo. Bonito que dói. Um pacing porreiríssimo. Cenas com um impacto tremendo. Uma adaptação justa do material de origem. É um blockbuster feito como deve ser, com dedicação e talento. Continuo sem ter a certeza se sou fã da escolha de Chalamet para o papel, mas será por certo porque tenho bem presente a interpretação do Kyle MacLachlan na cabeça.

Agora vão estragar tudo e fazer spin offs, séries, sequelas atrás de sequelas, versões animadas e/ou Lego, peças de teatro, peluches dos sand worms, etc. etc. etc. Mas este dois filmes são um belo acrescento à sétima arte. Isso já ninguém lhes tira.

sábado, março 02, 2024

Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One


Primeiro filme de Março. Toma lá um mega blockbuster, cortesia da Sky Showtime, que é para veres como elas mordem.

Tive de ver um recap das outras «Missões». Claro que já não me lembrava do que tinha acontecido. Convenhamos que o primeiro filme tem quase 30 anos. Não é brincadeira. É mais que óbvio que esqueci-me de tudo. Ou assim pensava. Calma. Não me lembrava das histórias. Quem é que se lembra das histórias destes filmes? Já cenas, dessas lembro-me bem de algumas. Porque são emblemáticas. Poder-se-á dizer muita coisa deste franchise, mas uma coisa é certa: estes filmes têm pinta e são primores de acção. E correrias. Toda a gente se lembra de ver o Cruise constantemente a correr. Acontece em todos os «episódios». E ainda bem. No dia em que ele deixar de correr, deixarão de fazer sentido. Porque sim, mesmo neste, mesmo passados 30 anos, continua a ser fixe ver o Cruise a correr. E a saltar de montanhas. E a escalar prédios. E a agarrar a aviões a levantar voo.

Podia continuar a lista. E tudo o que descrevesse, tu ias lembrar-te. Porque foram cenas incríveis.

Caraças! Quando é que estreia a segunda parte?

quarta-feira, fevereiro 28, 2024

Aquaman And The Lost Kingdom


Ora cá está ele. Um dia de atraso não é mau. Já se valeu a pena a espera... Valeu! A verdade é que valeu. Não tanto pelo filme. Mais para poder ver uma actriz Portuguesa a fazer de capataz do vilão, a lançar ordens em Português, a plenos pulmões. Foi giro.

O filme... Epá, é mais do mesmo. Uma salgalhada do piorio, com uma «história» no mínimo rebuscada. Uma data de CGI e demasiadas cenas onde claramente cortaram o pio à Heard. Mais péssimas escolhas de elenco para quase todos os papéis, a começar na pobreza de ouvir falar Lundgren, e a acabar num gajo que sim, deveria ter sido escolhido para fazer de Lobo e não de Aquaman. Afinal, é esse o papel que está a fazer aqui. Até anda de mota e tudo!

Ah, e continuo a achar o fato do Aquaman ridículo. Mas já achava da BD, convenhamos.

terça-feira, fevereiro 27, 2024

Five Blind Dates


A minha intenção era sair um pouco deste marasmo de romances e comédias românticas, no qual tenho estado enfiado. Queria ver o Aquaman 2, que acabou de ficar disponível na HBO. Só que alguém não viu o primeiro.

Pois, também me soou a treta.

Five Blind Dates nem tem mau nível de produção. Alguns actores têm talento. Ela é péssima. Tanto a actriz como a personagem. A moça é ressabiada e egocêntrica. Faz sentido que esteja sozinha e que o negócio não esteja a funcionar. A resolução final é dantesca (para além de previsível) e não faz qualquer sentido.

Já as metáforas ao chá e a utilização excessiva do artifício fizeram não querer beber o raio do líquido por anos, talvez.

domingo, fevereiro 25, 2024

Anyone But You


Este filme é-me estranho por muitos motivos, agora que o vi. Antes de o ver tinha só uma razão para achar estranho tanto sucesso: o casting.

É uma comédia romântica. Os protagonistas tendem a ser pessoas fofinhas, por quem torcemos. Estes dois são o quarterback bully e a cheerleader c@br@. São protótipos de tudo o que é rejeitado hoje em dia. São loiros, brancos... Ela tem o corpo perfeito. Ele parece esculpido de bronze. Faz-me sentido que sejam escolhidos como vilões, não como tarantas desencontrados no amor. Logo, não percebia como o filme teve tanto sucesso de bilheteira.

Depois de ver faz-me mais sentido. O início até é bastante bom. Razoável meet cute. Cenas de humor físico engraçadas. O que é dizer muito, porque eu não gosto de humor físico. E o casting é perfeito, porque são precisas duas pessoas irritantes, que se odeiam e não têm respeito pelos outros. Não dois românticos. Não poderiam ter escolhido melhor dupla. São fisicamente perfeitos e compro a 100% a ideia de que são execráveis. Mesmo que lhes tenham posto alguns defeitos para os fazer parecer mais «humanos».

Quando a coisa estava por fim equilibrada, a narrativa descarrilou e vieram uma data de incongruências. Ainda estou irritado com ele ter dito «there's one more thing we need to fake» e depois foram só pedir desculpas sentidas pela porcaria que fizeram. Não tem lógica nenhuma.

Percebo o sucesso. O filme é divertido. Mesmo assim é muito parvo e incoerente.

sábado, fevereiro 24, 2024

Players


Num profundo exercício de ficção, este filme insinua que a Gina Rodriguez precisaria dum qualquer esquema, ou «running a play», para seduzir um homem.

Here's the play: Gina walks in the room.

Não é que seja a mulher mais atraente da história. E não, haverá muito homem que estará fora do seu alcance. Mas é uma mulher atraente. E homens são umas oferecidas, a verdade é essa.

Tudo está visto neste filme ao fim de cinco minutos iniciais. Mas não deixou de ser um bom visionamento. Players é um filme bastante simpático.

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

Upgraded


Que final tão miserável para um filme que até estava a ser bastante tolerável. Tirando as músicas dos anos 80, claro.

Mas a sério. O filme é relativamente simples, mas está bem construído e as cenas iniciais tinham o seu q de vivacidade. Ela tem charme. O elenco secundário é bom. E o desenrolar funcionava. Até que ela foi confrontada com a mentira que deu, por ele. E depois acabam juntos sem ela ter feito alguma coisa para o merecer. Numa cena ele manda-a embora. Na cena seguinte ele foi atrás.

Porquê?!

terça-feira, fevereiro 20, 2024

Which Brings Me To You


Houve aqui um interregno, desde a última vez que vi um filme. E, honestamente, não sei porquê. Não aconteceu nada de especial. Antes pelo contrário. Não aconteceu nada.

Bem, de qualquer modo, vi mais um filme da rainha das comédias românticas da década de 20. Nunca são grandes produções. Nunca são nada de especial. Mas têm sempre um ângulos especiais, que agarram um gajo. Neste foi o criar uma história de amor, falando de todas as tragédias de amor que a precederam. É giro.

Já o porquê de Nat Wolff nunca hei-de perceber.

domingo, fevereiro 11, 2024

Ruby Gillman, Teenage Kraken


Primeiro, é a mesma história do Turning Red. Mais ou menos. Coming of age story. Adolescente descobre que a família tinha um segredo. Afinal é uma criatura. OK, não tem a parte menstrual subentendida. Seja. Não é o Turning Red. É o Teen Wolf.

Segundo, é a história comum de jovens a suplantar os mais velhos, lutando e ganhando as mesmas batalhas, de melhor forma. Para além de ter o vilão a fingir ser amigo da adolescente, só para a trair no final.

Teve alguns momentos fofinhos, mas Teenage Kraken foi algo previsível.

The Hunger Games: The Ballad of Songbirds & Snakes


Não foi fácil acabar este filme. Adormeci umas quantas vezes. Depois a Madame M. não queria ela voltar a adormecer. E eu lá tive de esperar uma hora e tal para ver a última meia hora.

O filme até que não é mau. Pelo menos não pareceu, no meio da minha sonolência. Achei que o final foi apressado. Esta origem do vilão dos filmes principais esteve encaminhada numa direcção 90% do tempo, só para virar para onde era suposto mesmo na parte final. Foi abrupto e poderá não ter feito muito sentido.

Não tenho a certeza. Posso estar enganado. Foi quando comecei a adormecer. Há uma coisa que é certa. Dessa não tenho dúvidas.

Passava bem sem as cantorias.

quarta-feira, fevereiro 07, 2024

The Marvels


Finalmente!

Este terá sido o filme Marvel que demorei mais tempo a ver. E o primeiro, em algum tempo, que não vi no cinema. Acho eu. Não sei. Teria de confirmar. Bem, o certo é que, por força das circunstâncias, aconteceu não ter visto quando saiu no cinema. Chegou ao ponto em que levei com spoilers em easter egg videos de episódios de What If. Desta feita, vi logo no primeiro dia em que saiu na Disney+. Só me enganam uma vez.

Já se valeu a pena ver? Epá, eu queria muito gostar deste filme. Tem personagens fixes. A miúda que faz de Kamala é perfeita no papel. Conheço muito das histórias de BD que dão origem a este filme. E gosto delas. Muito. Para mais, o trailer mostrou uma coisa zany e divertida. Só que...

Por que razão é tudo tão acelerado? Qual foi a pressa de chegar ao último terço do filme? Não dava para desenvolver os personagens e as suas relações só mais um bocadinho, antes de andarem à porrada? E tudo tinha de levar-se tão a sério?

Sim, o fracasso do filme nas bilheteiras também se justifica com os haters e malta que não respeita mulheres. Mas o filme é fraquinho. Não há como contornar essa parte. Não ajuda, convenhamos.

segunda-feira, fevereiro 05, 2024

Self Reliance


Da cabeça de Jake Johnson não podia vir nada muito são. E se os seus papéis, e mesmo os próprios filmes, já eram um pouco «fora», que dizer de algo escrito e realizado por ele?

Há duas coisas a favor do filme. Uma é o elenco. Johnson tem uma data de amiguinhos talentosos. Isso enche o filme com carisma e presença. A segunda é o que consegue fazer. O filme faz-te duvidar. Será que é maluquinho? Ou será que está mesmo num concurso em que pessoas esquisitas e aleatórias tentam matá-lo?

A resposta parece óbvia. Não é.

sábado, fevereiro 03, 2024

Rebel Moon: Part One - A Child of Fire


Cada vez tenho menos tempo. Hoje em dia então... Se não é falta de tempo, é falta de energia. Deitar cedo nem é uma questão de vontade, é necessidade. Não tendo tempo, não vejo coisas. Não vejo, nem de perto nem de longe, o que via antes. Não consigo acompanhar a produção. Se já era difícil antes, agora é impossível. A minha lista de filmes para ver aumenta a cada dia. Não que seja tudo brilhante. Há muito lixo, filmes de Natal guardados para o final do ano, e ainda uma data de coisas que gostaria de rever.

No entanto... Nem é a questão de ter interesse na história ou nos personagens. Eu queria ver este filme. Mesmo sabendo que seria uma perda de tempo. Das grandes, que isto tem quase três horas. Eu queria ver este acidente automóvel.

Não me enganei. É miserável, para além de perda de tempo, efectivamente. E agora vou ter de ver a segunda parte, se bem que não faço ideia de que raio vi nesta primeira.

O que foi isto?

sexta-feira, fevereiro 02, 2024

What Happens Later


Eu acho que aeroportos são mágicos, mas a Meg Ryan levou a coisa ao extremo. Quer dizer, o tipo que faz os anúncios fala directamente com eles? Calma, também não é preciso tanto.

Ryan e Duchovny encontram-se, por acaso, num aeroporto onde os seus respectivos voos tiveram de aterrar, por causa duma mega tempestade de neve. Passam lá a noite os dois, sozinhos porque, lá está: mágico! Aproveitam para lavar um pouco de roupa suja.

O que aconteceu mais tarde? Cenas.

sexta-feira, janeiro 26, 2024

Miguel Wants to Fight


Gosto de filmes com títulos que descrevem o filme na totalidade. Quase na totalidade, vá. Resta saber porque quer Miguel lutar. Ou com quem Miguel quer lutar. Ou se chega a lutar.

OK, pode não descrever tudo. Ou quase nada, na verdade. Mas com um título destes sabes ao que vais. É um filme fofinho. É mais que óbvio.

quarta-feira, janeiro 24, 2024

Greatest Days


Ter a Aisling Bea a fazer um musical, e não comédia pura, é como ter batatas e cozê-las, não fritá-las.

A verdade é que vi este filme apenas e só porque tem Aisling Bea. Valeu a pena ver um musical, baseado num musical teatral, baseado em músicas dos Take That?

É giro. É emocional. Tem as suas cenas bonitas. E está muito bem construído. Mas não. Foi horrível? Não. Mas podia ter passado o resto da minha vida sem o ver. Não morria por isso.

terça-feira, janeiro 23, 2024

Next Goal Wins


O fair play, ao contrário do que o outro dizia, não é uma treta. É uma coisa extraordinária. E o fair play deste povo é enorme. Eu já tive vontade de ficar na cama com derrotas de 1-0 do meu clube ou selecção. Esta malta sofreu a maior derrota do futebol internacional, levaram 31 batatas, e mesmo assim expõem-se num documentário e neste filme, realizado pelo tonto do Waititi!

Lá está. Muito fair play. Respect!

quarta-feira, janeiro 17, 2024

Relax, I'm From the Future


Depois duns dias mais complicados, a ideia era voltar ao sofá, comer comida que faz mal, e ver um filme tolo, só para descontrair. O tiro saiu pela culatra, pois fomos obrigados a pensar mais do que inicialmente pretendido. Devia saber. Filmes sobre viagens no tempo têm sempre um qualquer momento que dá um nó no cérebro.

Este filme não é a última Coca-Cola no deserto, mas está bem pensado e tem daqueles detalhes que mete estudantes universitários a falar horas dentro da noite. Dilemas existenciais para quem tem demasiado tempo nas mãos. Com jeitinho poderá tornar-se uma coisa de culto. Claro que para isso é preciso as pessoas certas verem o filme, influenciando as demais a ver também.

Funcionará?

Sei lá! Eu não venho do futuro.

sábado, janeiro 13, 2024

Polite Society


Belíssima mistura de filme Bollywood com uma história clássica de irmã mais nova proteger a mais velha duma relação tóxica, onde o marido quer implantar nela um clone da própria mãe.

Reitero o que disse: história clássica.

quinta-feira, janeiro 11, 2024

If You Were the Last


Até quando? Quando terminará este pensamento? Quando é que vou ver um filme com um elenco curto e não pensar «olha outro "filme COVID"»?

Foi das primeiras coisas que pensei. Dois actores num espaço fechado. Neste caso, numa nave espacial. Mais ninguém. Quer dizer, mais duas gravações doutros dois actores. Mas lá está! Nem um flashback, nem nada. Só eles os dois, umas galinhas e uma cabra. E um esqueleto, vá. Imaginei que tivesse sido mais um projecto nascido duma fase com muitas limitações.

Claro que no final aparece uma data de gente e essa «realidade» deixa de fazer sentido. Se bem pensar em tempos de COVID é que já não faz qualquer sentido.

O filme é bem giro, já agora.

segunda-feira, janeiro 08, 2024

Sick Girl


Nina Dobrev mente e diz que tem cancro. Foi uma forma de chamar a atenção. As amigas cresceram e começavam a distanciar-se bastante. Nada justifica. Foi super errado, atenção. Especialmente porque envolveu família, patronato, doações para o tratamento... Um chorrilho de problemas e falcatruas.

E se bem que é mesmo só uma comédia parva, não deixou de ter alguns momentos engraçados ou até inteligentes. Dobrev vai fazendo o seu caminho. Cá estarei para o acompanhar.

sábado, janeiro 06, 2024

Good Grief


A história passa-se durante o Natal. Até em dois. Ou três, aliás. Não sei em que período foi a última cena. Definitivamente não é um «filme de Natal». Quer dizer, tem família e amor. Perda, sim, que também pode estar presente. Não tem magia ou fantasia. É bastante realista.

Poderá ser um «filme de Natal». Não o vi com essa intenção. Mas pode ser uma nova moda. «Filmes de Natal» algo depressivos e cheios de catarse.

Com um bocadinho de catarse, vá. Demasiada catarse também cansa.

Indiana Jones and the Dial of Destiny


Saio definitivamente do mundo dos «filmes de Natal», se bem que não saio da fantasia. E também não saio dos filmes feitos a mais. Porque da mesma forma que demasiados filmes de Natal são feitos, todos os anos, também fizeram demasiados filmes do Indiana Jones. Dois, para ser preciso.

Pondo os pontos nos i's, vamos já esclarecer uma coisa a 100%: eu diverti-me a ver o filme. Só que eu sou um gajo fácil. Até ver o Ford todo velho aos saltos, a tentar ser mais novo do que é, até isso dá-me gozo ver. Mais os personagens dos outros filmes darem uma perninha. E o chapéu. E o chicote. E a música. Tudo tem a sua piada de ver. Só que...

A trilogia antiga é perfeita. Nem é uma trilogia, em boa verdade. Dá para ver qualquer um deles de forma individual. Era deixar a coisa estar quieta e não inventar. Para quê estragar? Fizeram uns filmes fixes, na altura certa em que tinham de sair. Parem de tentar repetir a coisa. Tentem sim fazer coisas novas. Não se volta onde se foi feliz. Nunca é a mesma coisa. Porque da mesma forma que deu-me gozo ver o velhote, também deu-me alguma pena. Não é suposto sentir esta parte ao ver um filme pipoca.

Curiosamente, esta semana vi um troço duma entrevista antiga ao Lucas. Ele dizia não ser possível fazer filmes como antigamente. Há demasiada interferência do estúdio. Há demasiados focus groups a dar opiniões parvas. O cinema passou a ser um negócio, quando fazer um filme é suposto ser arte. É suposto fazerem coisas que podem acrescentar algo. Ou mesmo só para ser algo divertido. Mas nunca procurando fazer aquilo que se acha que as pessoas querem ver.

Os Indianas antigos foram feitos por miúdos que queriam fazer algo divertido, algo que achavam fixe. Hoje em dia usam fórmulas para obter sucesso. Não vai funcionar. E, pelo meio, estragam um pouco a memória de algo especial.

É pena.

sexta-feira, janeiro 05, 2024

Silent Night


Amanhã é Dia de Reis. Termina assim mais uma época natalícia. Esta foi diferente, sem dúvida. Mais calma que o ano passado. Mais povoada, também. Uma coisa não mudou. Espero mesmo que não mude tão cedo, embora virá o dia em que também isso cansará. Foi altura de ver filmes alusivos à altura do ano. E foi fixe. Já tinha sido o ano passado.

Termino com o filme violento de Natal. O ano passado também houve um. Será mais uma moda do período. Não me importo. Se houver um filme de Natal violento por ano, acho fixe. O problema é que vão estragar tudo e para a próxima não há um, mas quinze destes. Será mais um momento em que o ser humano estraga as suas próprias boas ideias.

Sobre Silent Night, é uma parvoíce. O John Woo finalmente ouviu as críticas e tirou a pior parte dos seus filmes: as falas. Ficou a acção e umas cenas bonitas, embora desprovidas de sentido, em câmara lenta. A imagem de marca do realizador.

Uma coisa me questiono. Se Kinnaman não teve falas o filme todo, foi pago como figurante?

terça-feira, janeiro 02, 2024

This is Christmas


Ao segundo dia do novo ano vejo finalmente um filme de Natal digno desse nome. Atenção que a base da narrativa é a coisa mais aterradora possível, para a minha pessoa.

Um rapaz decide convidar toda a gente do seu comboio diário para uma festa de Natal. Que ele vai organizar. Sozinho. Uma data de estranhos, com quem nunca falou, por muito que os veja todos os dias. Todos juntos num mesmo local. Entretidos pelo rapaz.

Eu nem para os colegas de trabalho, com quem por vezes viajo no comboio, seria capaz de organizar uma festa de Natal. Aliás, nem para amigos ou familiares, quanto mais para estranhos.

Atenção, não é que não ache uma ideia fofinha. Aliás, comecei por dizer que foi um bom filme de Natal. Com família, amizades, gestos bondosos, e até um pouquinho de magia. É só a ideia em si que acho aterradora. Para mim. Porque sou inepto socialmente.

Para além de mandrião.

segunda-feira, janeiro 01, 2024

No Sleep 'Til Christmas


OK. Verdade. Este tem muito pouco de Natal. Quer dizer, como muitos outros tem Natal no nome e durante todo o filme nada de relevante passa-se em relação ao Natal. Mesmo assim. Aqui nem se pode dizer que tudo passou-se no período mágico natalício. Há zero influência.

Mas a premissa pareceu gira. E foi. Os actores têm química - ou não fossem casados na vida real -, algumas piadas tiveram mesmo piada, o resto do elenco está muito bem.

Já vi coisas piores. A pagar mais!

Ghosting: The Spirit of Christmas


Primeiro filme do ano. Se bem que é batota. Começámos ontem, mas alguém adormeceu perto do fim. Hoje foi só aviar os últimos 15 minutos, enquanto a Madame M. dorme uma sesta.

O conceito é engraçado, a brincar com o que «ghosting» quer dizer, hoje em dia, em termos de relações. Um casal tem um óptimo primeiro encontro. O rapaz mostra a sua vontade de ter um segundo encontro, mas a moça não responde. Desaparece. Porque morreu num acidente de carro, a caminho de casa, depois do encontro. No processo, tornou-se um fantasma.

O filme é muito simples, mas funciona, de certa forma. O primeiro encontro pareceu fajuto, porque eles nem tiveram assim tanta química. A meio do filme isso lá faz mais sentido, quando a trama passa a ser outra coisa que não um romance forçado.