sexta-feira, abril 29, 2022

Girl Walks Into a Bar


Se o anterior percebe-se bem, este provoca mais dúvidas. Não é que seja inteiramente mau. O elenco é bom. Alguns dos diálogos continuam interessantes. Para além da parte sexual, são a «imagem de marca» do realizador. Embora talvez o seja precisamente por serem sensuais/sexuais. Mas...

Há sempre um «mas».

O filme é um conjunto de curtas, com algumas partes em comum. O que não tem mal nenhum. Muitos bons filmes são assim. O truque está na ligação entre as cenas. E é aqui que Girl peca. As ligações são fracas. E algumas roçam o ridículo. O filme já é curto. Torna-se complicado ignorar ou esquecer o mau. E o bom não é suficiente para disfarçar.

Elektra Luxx


Continua a minha senda de rever alguns filmes, procurando perceber porque os guardei. Alguns são óbvios. Outros contêm algum mistério.

Precisava ainda de compor os números. Não que estejam baixos. Longe disso. Vi demasiada coisa este mês. É mais porque queria ter um número redondo. Amanhã não sei se terei tempo. Tinha de ver dois filmes hoje. Decidi ver dois com ligação. Achava eu que Luxx era o original, mas afinal é a sequela. O verdadeiro original não guardei, por algum motivo. O que achava ser a sequela é simplesmente outro filme do mesmo realizador, com algum elenco a surgir em ambos. Vou vê-lo na mesma, claro. Agora é tarde para mudar os planos.

A minha cabeça já não é o que era. Se bem que o que me lembrava de ser Luxx comprovou-se. Continua a ser um filme «criminoso».

quinta-feira, abril 28, 2022

The Jane Austen Book Club


A minha senhora ainda não tinha visto. Quem sou eu para dizer que não... a um filme com Maria Bello no auge!

Viram o que fiz?

Mais do que ser algo sobre os livros de Jane Austen, é toda uma história com seis pessoas, em que a vida de cada tem partes da história dum dos livros de Austen. Mais ou menos. Há coisas que misturam-se um pouco, entre as várias narrativas. Está bem construído, a verdade é essa. E se vamos ver (no meu caso, rever) um filme só porque aparece no carrossel da Netflix, ao menos que sejam filmes destes... com a Bello incrível.

terça-feira, abril 26, 2022

Elizabethtown


Não era suposto ver este filme. Não o tinha em lista. Só que o filme anterior levantou a questão se a personagem era ou não «Manic Pixie Dream Girl» e que raio quer isso dizer, afinal.

A expressão foi usada por um crítico de cinema, que viu pouco mais na personagem de Dunst que uma tipa que existe em prol do personagem masculino. Neste caso, de Bloom. O crítico veio a retrair-se do que disse. Porque a crítica era sobre personagens femininas mal desenvolvidas, problema esse que vem de há muito, ou não fossem os criadores em Hollywood maioritariamente homens. O mundo acabou por adoptar o termo para muito mais.

Custa-me, pois tinha óptimas memórias deste filme. Para além de toda a história do ténis, que é absurda, a personagem dela é realmente bidimensional. Uma imagem idílica duma moça super fixe, que relativiza tudo, adora viajar e tem óptimo gosto musical. Ou seja, tudo o que o realizador idealiza numa mulher, suponho.

Não estás sozinho, CC. Somos muitos por aí. Mas começa a dar-lhes mais protagonismo ou autonomia, vale?

7 Days


Os irmãos Duplass fizeram uns quantos filmes à base de COVID. Quer dizer... «Uns quantos.» Vi este e o Language Lessons. Suponho que mais surpreendente que terem feito dois filmes com a temática da quarentena, foi terem feito filmes fofinhos, com minorias no elenco principal.

A produtora de dois branquelas priveligiados faz mais filmes diversificados que as grandes produtoras. Quem diria?

sexta-feira, abril 22, 2022

Roxanne


Yup! Levei a nostalgia do dia longe demais. Acontece que, há uns tempos, referi uma cena deste filme a alguém. Desde então fiquei com voltade de o rever. Ao contrário do anterior, revi Roxanne já muitas vezes. Foi foi antes de ter blogue. Foi mesmo antes de haver Internet. Era uma das várias cassetes com a fita mais gasta.

Estava com algum receio de rever, dado que a premissa está longe de ser uma forma aceitável de cortejar alguém. Mas Martin é um doce e bastante vulnerável, tendo em conta o apetrecho na cara. Não sentimos muito que é um tipo velhaco, que enganou a miúda. Embora o seja.

É um tonto, este rapaz.

Dan in Real Life


Depois de rever Little Miss, vontade houve de rever este. Pela segunda vez. Ou seja, este simples Dan in Real Life tem a «honra» de aparecer três vezes neste mui modesto blogue. Posso não ter muito leitores (o que faz sentido, porque o conteúdo é miserável). Não é, de todo, o blogue mais bem parecido na Internet (mesmo comparando com os primeiros blogues da história). Mas lá números tenho. E para um filme aparecer aqui três vezes...

Tenho um carinho especial por este filme, suponho. Mesmo que não seja nada de extraordinário.

Little Miss Sunshine


O incrível deste filme é que mesmo sendo super trágico... Tudo corre mal. A pão de forma mal consegue andar. Estão tesos. O miúdo descobre ser daltónico, o que lixa-lhe os planos para o futuro. Carell encontra o rapaz que não o ama de volta. Kinnear não vai ser famoso e ter dinheiro. O avô morre, pelo amor da santa. Na verdade, a Collette é a única a quem não acontece nada. Directamente. Convenhamos que sofre por associação.

Tudo corre mal, nesta road trip esquisita. E, no entanto, o filme é extremamente bem disposto e encorajador. Poderá ser cor animada da carrinha. Ou então será por tudo o resto. Por certo será uma das duas.

segunda-feira, abril 18, 2022

The Batman


Poderei estar a ser algo injusto, mas este The Batman, para mim, é o pior Batman de todos. E lamento, mas tinha razão. Eu não faço questão de ter razão. Simplesmente acontece, às vezes. Nem quero ter razão nestas coisas. Porque, no final, implica apenas que vi péssimas actuações, em filmes fraquinhos.

Pattinson tem uma voz de Batman melhor que Bale, o que não é dizer grande coisa. É um Batman meh e é um Bruce Wayne mau. Maior parte das vezes tinha cara de cu e não sei que escolha de cabelo emo foi esta. Batman é o maior detective de todos os tempos e o Pattinson está playing catch up maior parte do tempo, sempre a ser surpreendido pelo que dizem, acreditando em tudo, por muito que seja obviamente mentira. É o Alfred que anda a resolver-lhe os enigmas. E há momentos em que tem medo. Vê-se na cara dele. O Batman não tem medo! O gajo tem uma cena em que salta dum prédio e borra a cueca. Tem bat-fraldas? No fundo, não reconheci nada de Batman neste The Batman.

OK. Positivos. Os vilões estão fixes. Só reconheci Farrell por alguns trejeitos da voz e o pormenor de coxear está óptimo. Dano/Riddler impecável. Falcone, como mob guy, ok. E veremos se o Joker se safa. Gostei ainda do paralelismo entre o herói e o vilão. Catwoman está fixe, suponho. Continuo a ter dificuldades em ver tipas franzinas a bater em toda a gente, mas siga. Não foi tão escuro como se falou por aí. Fiquei com impressão que aclararam a imagem para a HBO Max, o que foi simpático. Depois há... Não sei se consigo encontrar mais positivos.

OK. Há mais um. Ainda bem que esperei que saísse na HBO Max e não paguei para ver no cinema.

domingo, abril 17, 2022

Anna and the Apocalypse


Não tenho nada contra misturas de géneros. Bora lá misturar coisas que não fazem muito sentido juntas e ver no que dá. Musicais e zombies. OK! Não seria a minha primeira opção, mas vamos a isso. Só peço que... Epá, se vão fazer isso, ao menos que haja ideias originais. A cena do início dos zombies foi feito no Shaun.

Talvez esteja a ser maldoso. Trabalharam mais e melhor a parte que gosto menos. Se calhar há por aí fãs de musicais que acham isto bem giro e até sentem-se tentados a ver mais coisas com zombies. Talvez. Quem sabe.

Uma coisa é certa, se um outbreak de zombies acontecesse, acho que os adolescentes estariam bem mais preparados que estes pobres coitados. Isto não é como antigamente. Dado o volume de material que existe sobre o género, toda a gente sabe o que tem de fazer no caso de dar-se um apocalipse zombie, certo?

The Trip to Greece


Eu sei. Eu sei. Não consegui.

Para além de ser fraco, de espírito e de vontade, confesso que queria ver algo filmado num sítio bonito, pois não devo ir a lado nenhum este ano. Sendo verdade que não consigo respeitar a Grécia (muito a ver bola, sim, e eu sei que é parvo), tenho, claro, plena consciência que é um país lindo. Cheio de história e belezas naturais, onde se come e bebe bem. Quis ver um par de britânicos a viver a vida da boa, enquanto dizem umas parvoíces. Agora, querendo tudo isto, não havia assim muitas hipóteses. Os filmes da Marvel são realizados em cidades bonitas e interessantes. Sem dúvida. Mas as cenas são um bocado rápidas. Não dá bem para apreciar as vistas.

À boa maneira pretensiosa, como estes nossos «amigos» nos habituaram nestes filmes, para a Grécia decidiram fazer uma história mais «trágica».

...

Pois. Foi o que achei também.

Batman: Soul of the Dragon


Há um sítio místico, difícil de alcançar, com um portal para outra dimensão. Um velhote guarda o portal, defendendo a missão. Tem ainda de treinar quem o procura, a ele ou ao local. Só que... Isto, no fundo, não é o enredo do Shang-Chi?!

Conceito estranho este de meter a história nos anos 70. É giro ver personagens com patilhas grandes ou o Bats a dizer «let's get it on», mas, tirando o factor engraçado, que ganha a história?

Presumo que haja uma sequela, dado que Batman e amigos decidiram entrar na dita dimensão, com um qualquer propósito nobre. Só era preciso um sacrifício para fechar o portal, mas entraram quatro personagens. Esta decisão nem é o mais ridículo. O prémio de «decisão absurda» vai para Bruce Wayne, que é o único de fato com as cuecas do lado de fora, junto dos ex-colegas de escola em lugar místico.

Não admira que gozem contigo o tempo todo, Bruce.

sábado, abril 16, 2022

Asking for It


Eeerrr... Estes homens são umas bestas. Estas mulheres são incríveis. Não é dizer o contrário, certo? Não tem nada a ver com o que é politicamente correcto ou não. Os homens aqui acham-se superiores e abusam de mulheres e outras minorias. São corruptos e quebram leis. Elas não estão para aturar m€rd@s e fazem alguma coisa sobre o assunto.

E é absurdo que este filme só tenha 3 no IMDb. Já vi filmes que merecem essa cotação. Este não é um deles. Não é obra prima, mas não é um 3. Se tem esta cotação é porque uma data de homens decidiu boicotar o filme. E isso é só mais uma coisa estúpida que estes idiotas fazem.

sexta-feira, abril 15, 2022

Watchmen


Quando vi Watchmen pela primeira vez, consta que foi numa conjugação perfeita de factores. Foi há tempo. Não assim tanto, mas parece. Há muitas diferenças de lá para cá, começando na posição geográfica e passando muito pelo facto de que não sei se hoje em dia conseguiria ter um dia de conjugação perfeita de factores. Tenho dias fixes, claro. Mas... Suponho que a diferença maior, e que, infelizmente, estragou a minha visão do filme, de então para cá, é que hoje em dia «conheço» melhor o realizador. E não gosto dele.

Todos os seus trejeitos, dos quais usa e abusa nos seus filmes, hoje em dia irritam-me. Vê-los pela enésima vez cansa. Mesmo que num filme antigo. Saber das suas visões sobre pessoas e o mundo, na forma como isso influencia o seu trabalho, deixa-me algo agoniado. E creio ainda que esta versão disponível na HBO Max é maior do que a do cinema. Posso ser eu, que estarei menos tolerante (entenda-se, velho), mas o último terço foi visto em sofrimento. O filme é longo demais.

Gostei muito de Watchmen quando saiu. Não desgostei de ver agora. Não foi bem a mesma coisa.

Eternal Sunshine of the Spotless Mind


Este é um daqueles que quis rever por gosto. Por mais nada. Porque gostei quando o vi. Porque, ainda por cima, é daqueles em que apanhas muitos mais detalhes à segunda, terceira ou enésima vez. Mas é muito arriscado, isto de rever um filme de que gostámos muito. Porque sabe-se lá o que vai-se pensar, tantos anos depois. Alguns passam de favoritos a desilusões.

Em especial os que vemos na universidade. É uma altura de demasiada soberba. Temos um bocado a mania, nessa altura. Eu tinha muito a mania. Via filmes mais eruditos e achava que era inteligente por osmose. Queria ver coisas diferentes do resto da malta, talvez porque «os filme comerciais não são o suficiente». Não sei se alguma vez disse isto. Talvez o tenha pensado.

Ugh. Eu sou um filme que torna-se desilusão ao rever. Será que consigo apagar da memória esta realização?

quinta-feira, abril 14, 2022

The Girl Next Door


Outro exemplo de... Céus! Que filme horrendo. Tem tanto cena má. Nem falo dos claros momentos sexistas e/ou homofóbicos, que há uns anos eram mais ignorados. Toda a personalidade de Cuthbert é inexistente. Não há justificação para a moça achar piada ao palerma. Nem há grande justificação para ele apaixonar-se por ela. A sério. Não tem uma fala maior que um par de frases. Não há nada que se saiba que ela gosta muito. Se, a certa altura, têm filmado a moça a dizer que gostava de morangos, teria sido um aumento de 100% na caracterização da personagem.

Tirando o facto de que é atraente. E claro que é por isso que «gostei» do filme. Porque Cuthbert é muito atraente, sim. Mas ela é mais que isso, como provou nos anos seguintes, nos vários projectos cómicos. Mas o mais absurdo é que estou convencido que a grande cena em que a moça está (mais) despida, usaram uma dupla. Ridículo, bem sei.

Breakin' All the Rules


Eeeerrrr... Que raios vi eu neste filme?

Passo a explicar. Tenho em lista uns quantos filmes para rever. Alguns por gosto, pelo prazer da coisa. Maior parte para perceber porque gostei deles da primeira vez. Ontem foi fácil. Não me lembrava do filme, mas facilmente percebi porque gostei. Este... Não só tinha bem presente várias cenas, como havia mesmo pouco que não me lembrasse. No entanto... Não percebo. É giro? É. Tem um par de detalhes engraçados e um elenco simpático. Daí a querer guardá-lo, para ver mais que uma vez... Terá sido pelo cabelo do Foxx?

quarta-feira, abril 13, 2022

Away We Go


É incrível. Isto de ver muitos filmes tem que se lhe diga. É fixe, atenção. Que não seja mal interpretado. É algo que dá-me muito gozo. Faz parte de quem sou, embora de pouco me valha. Só que... Lembrava-me zero deste filme. Nada. Praticamamente nada. Acontece demasiado quando se vê demasiadas coisas. Sei que gostei muito do filme. Guardei-o, afinal. É sinal de alguma qualidade. Por muito que tenha deixado de fazê-lo, de guardar filmes, nos últimos tempos. Tinha ideia da banda sonora. Uma noção geral do elenco. E sabia quem era o realizador. Zero da história. Zero de desenrolar. Nada. Nem do princípio, meio, ou do fim.

Não estava errado. O filme é doce e muito meigo. Bom. Um casal procura um sítio para viver, para estabelecer a família, de entre os que têm conhecidos ou família. Fazem uma tour bastante grande, avaliando os pontos fortes e fracos. É uma liberdade tremenda, a de poder viver em sítios tão diferentes, não sendo o trabalho um impedimento. E não seria escolha fácil, dado que havia várias boas opções. Até que ficou fácil. Porque no final só havia uma opção possível.

segunda-feira, abril 11, 2022

Metal Lords


Poder-se-á pensar que é um filme típico de adolescentes. Revoltados com tudo, até que descobrem a música. Que sozinhos são apenas uns pobres coitados, gozados ou ignorados por maior parte dos colegas de escola. Que os pais ignoram-nos ou, pior, não sabem falar com eles. Poder-se-á ainda pensar que tudo conjugar-se-á na grande competição musical, no final. Que juntos farão música incrível e ganharão a competição, atingindo assim a popularidade que pretendiam.

Nada disso. Ficam em segundo.

domingo, abril 10, 2022

Apollo 10½: A Space Age Adventure


Será uma grande vantagem ter a hipótese de passar para este formato de animação. Imagino o processo de pré-produção.

- Então, queremos fazer um filme nos anos 70.
- OK, será uma questão de arranjar umas roupas antigas, carros e penteados da altura.
- Boa. E a ideia será que tudo se passe durante e à volta da missão da Apolo 11.
- A ida à Lua?! Seja... Mas não é para mostrar nada da missão, certo?
- É para mostrar tudo dessa missão e fazer uma outra semelhante, mas com um miúdo apenas.
- ...
- Algum problema?
- Não há orçamento para isso.
- Não?! Epá... Então como é que resolvemos?
- E se for em animação? Daquela de «pintar por cima».
- Fica mais barato?
- Bastante. Filmamos os actores e pintamos os cenários e demais adereços todos depois.
- Siga.

O filme é simpático. Vê-se bem. Mas mais que ser um filme com uma história, é um documentário sobre a época, completo com listas do que se ouvia e via na televisão e cinema. Tudo narrado por Jack Black em modo mega fofinho. É uma carta de amor ao período e à zona. Romântico, sim. Realista ou mesmo só interessante... Mais ou menos.

sábado, abril 09, 2022

Nine Days


Conceito peculiar. Uma mistura de Soul com entrevistas para empregos.

Há um limbo onde almas procuram ocupar «lugares vagos». Existem um observadores, que têm um número de humanos na Terra «a seu cargo». Escolhem-nos para viver e depois observam o que fazem, na esperança que tenham feito boas escolhas. Quando um morre, começa um novo processo de selecção. Não vemos outros, mas o processo de Winston é severo. Talvez demasiado. E Zazie não vai deixar que a coisa fique assim. Quem será o escolhido para viver neste (o nosso, entenda-se) buraco?

sexta-feira, abril 08, 2022

Licorice Pizza


A selecção dos Óscares deste ano... Chiça, que tragédia. De ano para ano penso que não dá para piorar, mas depois é isto.

Este filme é sobre pedofilia. Não que seja abordada, mas é sobre um adolescente e os seus esquemas. Nada de ir à escola, mas sim tentar ser actor, vendedor de water beds e dono duma arcade. Para além da relação profundamente disfuncional que tem com uma miúda de 25 anos. Diz ela. O mais provável é ser perto dos 30. A «actriz» tem 30 e poucos. O «actor», filho de Philip Seymour Hoffman e a fazer a sua estreia na representação aqui, teria menos de 18 na altura das filmagens.

Não fazem muito. Só um beijinho no final. Mas qual é o interesse de ver esta relação? Tenho pena, mas cheira-me que será o último filme de PTA que verei. Não só por ser sobre uma relação tóxica, em mais que um sentido. É muito por ser simplesmente mau, começando na falta de representação de qualidade e terminando numa história fraquíssima.

Dog


OK. Sim. Verdade. É um filme com o Tatum, que tende a tentar mandar piadas. Mais um cão. E eu também acho que cães são fixes. Conseguem ser muito engraçados. Já vi imensos vídeos de cães que fizeram-me rir. Mas este filme não é uma comédia, OK?. Ou, pelo menos, não é uma comédia. É sobre militares com traumas de guerra. Um deles suicidou-se. Outro quer fazê-lo. É uma viagem até ao funeral do primeiro. Coisas cómicas acontecem pelo caminho? Sem dúvida. Mas...

Não, IMDb. Isto não é só uma comédia. Pobre cão belga, que não merece isto. Devia estar em casa. Na casa da sua origem. A beber cerveja da boa e a comer gofres. Em vez de estar a roçar-se num Tatum despido, no chão dum motel ranhoso. Pobre animal.

segunda-feira, abril 04, 2022

The Bubble


Pelos vistos Apatow já tem poder suficiente para meter demasiados actores e outras personalidades populares a fazer papéis reles de minuto e meio. Só porque sim. É olhar para o elenco, até fora o principal, e ver a malta que aceitou fazer papéis secundários. É absurdo. Curiosamente os desconhecidos britânicos acabam por estar bem melhor. Muito mais divertidos.

Por outro lado, Apatow voltou a meter a mulher ao barulho, assim como cada vez mais aparecem também as filhas. Houve aqui demasiada libertinagem, em especial todo o roça roça, mexe mexe, da Mann com o Mulder.

Assim até pode parecer equilibrado, mas depois vem a total falta de direcção do filme e a coisa descamba um bocado. São demasiadas coisas que deviam ter piada, mas não têm. Entradas e saídas de cena que não fazem sentido ou não levam a lado nenhum. Percebo que tenham tentado fazer uma coisa divertida com a pandemia, mas não foi bem sucedido.

domingo, abril 03, 2022

Moonshot


À boa maneira de Hollywood, dá-se mais um caso em que dois filmes são lançados na mesma altura, com temas semelhantes. No caso, Moonfall e Moonshot. Não têm nada a ver um com o outro. Um deles nem tem a ver com a Lua. Mesmo assim. Moon em ambos os títulos. É muito confuso.

Eu percebo pouco sobre espaço, viagens nele, ou sobre como viver noutro planeta. O que sei é com base na ficção científica que li e vi. Contudo, estou em crer que a malta que escreveu este filme perceberá menos que eu. Menos ainda percebem do mundo em geral, porque não é possível um tipo charmoso e atraente, como o personagem principal, não ter uma namorada. Por muito burro que seja.

E não, não estou apaixonado por um dos gémeos Sprouse. Consigo identificar charme numa pessoa, independentemente de género. Já pela Lana Condor... Talvez. Talvez esteja.

sábado, abril 02, 2022

Lethal Weapon 4


E assim termina... Não termina nada! O próximo está em pré-produção, a ser realizado pelo próprio Mel Gibson. Vai acontecer? Talvez. Ainda é cedo para dizer. É provável. A carreira desta malta não tem sido propriamente um sucesso, no passado recente. Muitos estão longe da ribalta há algum tempo. Tirando o Chris Rock, que tem estado nas notícias não pelos melhores motivos.

Coisas que aprendem-se com os Lethal Weapon:
- Há muita, mas muita criminalidade em Los Angeles. De todos os tipos, desde diplomatas com imunidade, ex-polícias ou «simples» gangues.
- É demasiado fácil andar de helicóptero na cidade. Qualquer vilão tem um, completo com piloto e capangas, pronto para andar por aí aos tiros. Pelo menos nos anos 80 e 90. Depois veio o Bush e suponho que a economia já não permitiu estes luxos aos meliantes.
- Tudo o que o Murtaugh tem, tem de ser destruído. Carro da mulher, casa, roupa, barcos... Tudo!
- Toooooooooooooooda a gente sabe onde o Murtaugh vive. E mesmo com todos os vilões a irem lá parar, semana sim semana não, a família recusa-se a mudar.
- Riggs sabe «artes marciais» mas nunca o vemos a praticar grande coisa. Aliás, arriscaria a dizer que foi aqui que inventaram os planos fechados e cortes rápidos, para não se perceber o que acontece. A carreira do Liam Neeson agradece.
- Há sempre forma de meter um carro a conduzir-se sozinho. É, aliás, a estratégia mais eficaz para apanhar meliantes desprevenidos.
- Sendo buddy cop movies, até que têm muita mensagem política, a ser passada maioritariamente pelo personagem de Murtaugh.

Ou seja, os Lethal Weapon são muito mais que um dos pontos mais altos do género «buddy cop movie». Por muito que Riggs e Murtaugh sejam os poster children para personagens principais deste tipo de filmes.

Vós nunca serão velhos demais para fazer estas m€rd@s, meus caros. Nem eu para as ver. E ainda bem.

Lethal Weapon 3


Estes dois não podem parar em lado nenhum, que acontece logo... crime! A sério. Sempre que os dois vão a algum lado, ou simplesmente andam na rua, deparam-se com um qualquer crime. Ou são muito azarados, ou há demasiada criminalidade em LA.

Porque é que um terceiro filme é o meu preferido? Bem, primeiro é preciso lembrar como é que as pessoas tinham conhecimento dos filmes, antigamente.

Antes de haver campanhas online, havia simplesmente o trailer, que aparecia nos sítios possíveis. Na televisão, claro. Havia até um período reservado para trailers dos filmes no cinema. Sim, porque os trailers passavam quando os filmes estavam no cinema ou prestes a estrear. Não havia cá teasers, meses antes. Depois tínhamos os trailers antes dum filme, na sala de cinema. Esta estratégia não evoluiu muito. E, por fim, quando os filmes entravam em circulação de vídeo, os trailers apareciam da secção «brevemente», no princípio das cassetes. Mesmo formato que num cinema, com a diferença que dava para fazer fast forward aos que não prestavam.

Eu teria acabado de tornar-me adolescente quando LW3 saiu. Não acredito que tenha ido ao cinema ver. Logo, vi em casa, em cassete, quando apareceu no vídeoclube. E terei visto e revisto o trailer milhentas vezes, antes disso. Há falas que ainda sei de cor, à custa disso.

Neste terceiro «episódio» tudo é incrível. A química entre os velhos personagens. Um vilão de bigode. A acção disparatada. A demoção que não faz sentido algum. A liberdade que têm para fazer o que lhes dá na telha. E Rene Russo a começar o auge da sua carreira, a mostrar que as mulheres em cena não eram só donzelas a precisar de ajuda.

Que bela experiência cinematográfica foram os anos 90.

Lethal Weapon 2


Estava a falar a sério. São quatro e vão todos de enfiada hoje. Dito desta forma soa um bocado... Falo de filmes. Os quatro Lethal Weapons. Conto vê-los todos hoje. Abençoada HBO Max.

E se são divertidos. Esta sequela... Eles sabiam o que estavam a fazer. Pegaram no que funcionou no primeiro - quase tudo - e acrescentaram mais umas coisas. Uma delas sendo o inesquecível Leo Getz, de Pesci, que é, apenas é só, mais uma incrível faceta deste notável actor. E Gibson apresenta melhorias em termos de sotaque, vá.

Ainda a missa vai no adro. Venha de lá o terceiro, que poderá mesmo ser o meu preferido.

Lethal Weapon


Murtaugh tem 50 e a barba começou-lhe a ficar grisalha. Eu tenho 41 e a barba está branca deste os trinta e pouco. Se ele está velho, eu então...

Este filme é muito mais anos 80 do que tinha ideia. Hoje vou embaçar os quatro, pelo que não quero alongar-me muito logo no primeiro. Fiquemo-nos pela cena final. Riggs e Murtaugh apreendem o capanga mau da fita na casa de Murtaugh. Surpreendem-no abalroando a casa com um carro de polícia. Não satisfeitos com isto, Riggs desafia o capanga para um mano a mano. Sem armas, só porrada. Assim, temos Murtaugh a acalmar os polícias que vão chegando, a dizer que é responsabilidade dele e que ninguém deve interferir na luta entre dois tipos (Riggs em tronco nu), enquanto água duma boca de incêndio cai sobre eles (tornando tudo enlameado) e um helicóptero sobrevoa e incide o holofote na briga. Ah, isto num bairro suburbano, em pleno dia de Natal. Há coisa mais action movie anos 80 que isto?

E nota-se que Mel Gibson estava acabadinho de sair do barco, não conseguindo disfarçar o sotaque em maior parte do filme. Mesmo só a dizer «hi» nota-se a origem from down under do rapaz.

Venha o segundo!

sexta-feira, abril 01, 2022

The Joy Luck Club


Um filme dos anos 90 com um elenco quase todo de origem ou ascendência Asiática. À partida são todos de ascendência Chinesa, mas não fui confirmar e não quero assumir. Acredito que sim. O filme tem uma base cultural muito forte. Foi feito por pessoas que, por certo, respeitam essa mesma cultura e o material de origem do filme.

Joy Luck Club tem um nome que, no meu entender, é mais virado para algo humoroso. Não podia estar mais longe da verdade. É uma história íntima e pessoal, de oito mulheres. Duas gerações. Quatro mães mais respectivas filhas. Os pontos em comum e os muitos pontos diferentes. São próximas e com muitos traços de personalidade iguais ou semelhantes, mas os respectivos passados são diferentes. As mães nasceram todas na China e, de melhor ou pior forma, viajaram para os Estados Unidos, onde criaram as filhas.

Uma data de segredos que não se contam, mesmo aos mais próximos. Mas que nós, enquanto espectadores, ficamos a saber. Porque sempre dá algum peso à narrativa. Giro ver Ming-Na há mais de 20 anos e como está praticamente igual. Incrível!