terça-feira, abril 26, 2022

Elizabethtown


Não era suposto ver este filme. Não o tinha em lista. Só que o filme anterior levantou a questão se a personagem era ou não «Manic Pixie Dream Girl» e que raio quer isso dizer, afinal.

A expressão foi usada por um crítico de cinema, que viu pouco mais na personagem de Dunst que uma tipa que existe em prol do personagem masculino. Neste caso, de Bloom. O crítico veio a retrair-se do que disse. Porque a crítica era sobre personagens femininas mal desenvolvidas, problema esse que vem de há muito, ou não fossem os criadores em Hollywood maioritariamente homens. O mundo acabou por adoptar o termo para muito mais.

Custa-me, pois tinha óptimas memórias deste filme. Para além de toda a história do ténis, que é absurda, a personagem dela é realmente bidimensional. Uma imagem idílica duma moça super fixe, que relativiza tudo, adora viajar e tem óptimo gosto musical. Ou seja, tudo o que o realizador idealiza numa mulher, suponho.

Não estás sozinho, CC. Somos muitos por aí. Mas começa a dar-lhes mais protagonismo ou autonomia, vale?

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