segunda-feira, novembro 30, 2009

Nobel Son

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Um daqueles que devia ter desistido de ver, ali algures a meio. Distraí-me. Deixei-me ficar pelo elenco e ver onde ia parar. Desviei o olhar durante um momento e, a certa altura, deixei de perceber o que estava a acontecer. Esquemas elaborados de putos «traumatizados» com demasiado tempo nas mãos. Parecia seguir um trajecto, um objectivo e, de repente, nada do que parecia importante é, e o filme caminha para um final que não se quer ver.

domingo, novembro 29, 2009

The Taking of Pelham 1 2 3

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John Travolta apodera-se à força de um combóio de metro e torna os seus passageiros reféns. Exige um resgate de 10 milhões à câmara de Nova Iorque. Denzel Washington trabalha para o metro e, inadvertidamente, torna-se mediador no processo.

Será talvez o mais fraco de Tony Scott que alguma vez vi. Não ajudará que a «acção» se passe toda num metro parado, debaixo da terra. Para mais, insistem em usar Denzel como mediador.

Penelope

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A Christina Ricci é uma porca. Claro que isto não é uma novidade. A novidade aqui é que finalmente limparam os dentes ao James McAvoy!

Ricci é a primeira filha duma família nobre, desde que foi lançada uma maldição sobre esta. Há umas gerações atrás, uma velha pôs a maldição que a próxima filha a nascer naquela família teria a tromba duma porca. A maldição seria levantada quando arranjassem alguém de sangue azul que aceitasse Ricci como ela é.

É uma história de fantasia engraçada, especialmente para a época natalícia em que estamos. Voltei foi a ficar confundido com a escolha de quem fazia qual sotaque. Embora tenha americanos ao barulho, o filme parece ser filmado em Inglaterra, tendo muito actores e actrizes ingleses. Porque é que há alguns que têm o sotaque, sendo que há outros que não os mantêm. Ricci e os pais falam «americano», embora o pai seja um actor inglês. McAvoy fala «americano», embora seja escocês. Maior parte dos sangue azul falam «britânico», em concordância com a sua nacionalidade, tirando um. E depois há uns empregados que falam «irlandês» ou semelhante. Qual é que foi a lógica aqui?

Dan in Real Life

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Para quem quiser ver este filme, a primeira coisa a ter em conta é que não é uma comédia ridícula com o Steve Carell. Podia ser. É ele. E a capa é a tromba dele em cima duma pilha de panquecas. Presumir que é uma comédia ridícula seria lógico. Também não é bem bem um romance, como tenho nas labels. Será uma comédia romântica, sim. Mais ou menos. Não quero dar-lhe tanto o rótulo de comédia, apesar de ser engraçado. O Steve já tinha feito um papel sério. Um bom papel sério. Por muito que queiram rotular o Little Miss Sunshine de comédia.

Steve é dedicado à família. É dedicado às filhas. Era dedicado à mulher, até ela morrer. A partir desse momento, fechou-se a esse lado. Ao lado romântico. Até que conhece uma mulher numa livraria, durante a reunião anual familiar. Não conhece uma mulher qualquer. Conhece a Juliette Binoche que, como toda a gente sabe é, à falta de melhor palavra, perfeita. Sabe línguas. Viaja. Tem paciência para os putos dos outros. Tem paciência para os graúdos dos outros. Para todas as perguntas de uns e ouros. É doce. Sabe jogar a versão familiar de futebol americano. Dança. Pica. Responde. Mete-se toda nua no chuveiro só para não entalar o Steve com a filha. E faz panquecas! Lá está, perfeita.

sábado, novembro 28, 2009

Recount

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Um filme que fala sobre as eleições norte americanas de 2000, entre Bush e Gore, e as respectivas contagens, recontagens e todos os problemas que houve com os votos, no estado da Flórida.

Gosto tanto de ver filmes tão claramente tendenciosos. Os Democratas são os maiores do mundo. Lutam pela justiça, pelo que está correcto. Os Republicanos são claramente filhos do demónio. Fazem tudo por tudo para atingir os objectivos. São corruptos. Têm tentáculos em todo o lado. São uns malandros!

Acho que já perceberam.

The Brothers Bloom

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The trick to not feeling cheated is to learn how to cheat.

Este homem tem mesmo uma pancada pela década de 20, mais ou menos. Por essa altura! Foi o Brick, com a cena gangster. Agora aqui... é difícil de explicar. São os pequenos pormenores. Os chapéus. As atitutes. Sempre os diálogos. Os cenários. Às tantas alguém traz à baila uma referência do presente, alguém fala num telemóvel, e estranhas, porque não pensas estar no presente.

É um filme de con artists. Brody e Ruffalo. Irmãos tudo menos parecidos. Orfãos que passaram por várias casas. Pelo caminho, o mais velho começou a criar os planos e as personagens. Começou a escrever como o mais novo deveria ser. Ruffalo escrevia como Brody devia ser e, às tantas, Brody deixou de saber quem era. Entra Weisz. O último con. Aquele que vai dar dinheiro para saírem daquela vida. Uma personagem excêntrica e encantadora. Bonita como só Weisz consegue ser. Até a sidekick silenciosa japonesa gosta dela.

Filme muito engraçado, com pormenores deliciosos. Junta este toque da época predilecta do realizador, com uma narrativa parecida com a de Wes Anderson e co. E depois, numa das cenas, estão os personagens principais num barco e aparece isto:



E sim, é ridículo, mas senti aquele orgulho patriótico de reconhecimento. Mão ao peito e hino na cabeça. Estamos um bocadinho num bom filme. Enche-nos de orgulho. Não acredito que não seja assim com toda a gente.

Ando a ver bons filmes. Estou muito contente.

quarta-feira, novembro 25, 2009

The Boat That Rocked

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No auge do rock & roll (sim, para mim, apesar de tudo, o rock nasceu e morreu na década de 60), um grupo de DJs trabalha e vive na Radio Rock, pertença dum excêntrico cavalheiro que aloja a sua rádio num barco. A rádio é pirata. A rádio passa rock e pop 24h por dia. Não há regras. Há apenas uma regra: não há mulheres no barco, com a excepção duma lésbica, ou de possíveis esposas, que nenhum dos esquisitóides tem, naturalmente.

Filme divertido, com uma data de caras conhecidas e engraçadas. Do lado da lei, dos caretas, do governo, também há caras conhecidas. Imaginei logo a conversa dos agentes com estes:

Agente - Olha, tenho boas notícias e más notícias. A boa notícia é que foste escolhido para o Boat That Rocked.
Bom actor - Excelente! Queria mesmo fazer este filme. Parece ser muito engraçado e o resto do pessoal que vai entrar é tudo gente doida. Vai ser só rir nas filmagens.
Agente - Poooooooois... agora entra a má notícia, é que não foste escolhido para entrar nas cenas do barco. Vais só contracenar com gente enfadonha, a fazer de gajo chato do governo.
Bom actor - Nãããããããããããããããããoooooooo!!!!!!

Do outro lado da equação, temos um actor reles que acaba por ser escolhido para outro papel, que não o do governo para o qual se candidatou.
Agente - Tenho boas notícias e más notícias. A má notícia é que não foste escolhido para o papel do governo, para o qual fizeste o casting.
Mau actor - Epá, bolas. Estava mesmo a precisar desse trabalho. O casting não me correu muito bem, é verdade. Enganei-me numa fala e tal.
Agente - A boa notícia é que ofereceram-te um papel de quase figurante no lado do barco. Quase não tens falas, mas ao menos vais estar com o pessoal fixe.
Mau actor - WOHOO!!!

Porque é que um mau actor haveria de ter agente?

terça-feira, novembro 24, 2009

(500) Days of Summer

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Este filme é... perfeito!

Joseph Gordon-Levitt é perfeito no papel de love-sick puppy, confiante a cantar e a dançar no meio da rua num momento, inseguro a partir pratos na cozinha no outro. O romântico optimista que acredita. O romântico dramático que desespera.
Zooey Deschanel é perfeita no papel de miúda adorável, por quem qualquer um se apaixonaria, carinhosa quando lhe interessa, mas sempre com um ar distante e inacessível, tornando-se impossível saber o que lhe vai na mente. Simples e complexa, ao mesmo tempo.
A narrativa é perfeita, saltando para trás e para a frente, dentro do período dos 500 dias. Saltamos do dia 1 para o 145, logo para voltar ao dia 32, intervalado pelo 237, dando algum tempo ao 45, explicando mais tarde no dia 189 o que tinha acontecido no 28. Onde começou, com o que ia dar, vendo cada passo até lá, tudo ao mesmo tempo.
A irmã pré-adolescente (não sei ver idades de crianças, lamento) é a irmã perfeita que em mais do que uma ocasião teria dado jeito ter. Sábia para a idade, mostrando que não interessa à quanto tempo andas nisto, que as coisas são sempre as mesmas.
A banda sonora sim, é perfeita, tendo como ponto alto Regina Spektor, Wolfmother e Feist. Nem Smiths conseguiram estragar a coisa.

o princípio
o meio
o fim
tudo
perfeito

This is a story of boy meets girl. But you should know up front, this is not a love story.

E depois do Verão vem...

District 9

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Vi em alguns sítios a piadinha. «É preciso ver o um ao oito, para poder ver o nove?»
O que posso dizer é que dava jeito ter o «um ao oito», para tentar perceber que raio de civilização, cheia de tecnologia e tudo mais, se sujeita a ser subjugada por uns idiotas como nós. Depois, dava jeito também ter mais uns quantos, para tentar perceber como é que o idiota do personagem principal tem tantas capacidades de sobrevivência e resistência, para aguentar tanta porrada e tanta tortura.

Não percebi o fascínio do filme. Acho que tem grandes e graves erros de enredo, de história, de lógica. Não percebo porque foi e é um sucesso tão grande.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Terminator Salvation

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Gostei.
Acima de tudo, gosto de viver numa época onde é possível fazer coisas em sequelas, que só não se fizeram nos originais, porque não havia meios na altura. Como pensar que se vão fazer filmes no futuro apocalíptico criado há 25 anos atrás? (Sim, o Terminator original é de 84.) É uma boa série, que terá sido idealizada apenas como um. Fez-se o primeiro, com o futuro todo estruturado. Lá chegaram os meios e, sete anos depois, o maluquinho arranjou maneira de mostrar aquilo que tinha pensado... mas só um bocado! O terceiro apareceu para aproveitar o último fôlego do Arnaldo. Este... este é bonito.

O Bale é um histérico e lança os seus hissy-fits em todo o lado. A minha teoria é que o caramelo quer destronar o rei Sam como actor mais rentável de bilheteira. Daí estar a tentar meter-se em tudo que é franchise. Já o Sam deste filme foi uma alegre surpresa, se bem que o sotaque era como um pisca dum carro. Now you hear it, now you don't.

domingo, novembro 22, 2009

Julie & Julia


Um filme baseado em duas históricas verídicas. Que original.

Meryl Streep interpreta Julia. Uma dona de casa, casada com um diplomata americano (aqui interpretado por Tucci), que vai viver para Paris. À procura de qualquer coisa para fazer, Streep decide aprender a cozinha francesa, tornando-se uma chef, e escrevendo O livro culinário da década, tornando-se uma referência. Isto foi algures entre 50s e muitos e 60s e qualquer coisa.
Amy Adams interpreta Julie. Uma escritora que não escreve, que trabalha num escritório qualquer, em qualquer coisa a ver com o 11 de Setembro. Frustrada, decide cozinhar as 500 e tal receitas do livro de Julia num ano, aproveitando para colocar num blogue as suas experiências culinárias. Isto passa-se em 2002.
Duas mulheres a viverem a sua vida, com culinária à mistura.

Tenho fome.

domingo, novembro 15, 2009

Funny People

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Ok, vamos aos três pontos principais aqui.

Comecemos pela sinopse. Sandler faz de cómico e actor famoso, rico, uma referência no meio. Descobre que tem uma doença que poderá ser fatal. Adopta Rogen como lacaio. Um macaquinho para arranjar-lhe piadas para o seu set de stand up, para falar com ele até adormecer, para fazer tarefas como assistente, para ser seu confidente numa altura complicada, para o ajudar a lidar com a situação e para levar por tabela. Sandler vê-se no buraco e arrepende-se de demasiadas coisas na vida. Até ter uma segunda hipótese... e fazer tudo da mesma maneira, mais ou menos. Será que as pessoas mudam? Voltamos à conversa do costume.

Segundo e bastante importante, há que ter em conta que este filme não é uma comédia. Ok, tem uma data de cómicos. Foi escrito e realizado por alguém conhecido por fazer comédia e existem uma data de piadas e situações engraçadas. Vêem-se uns quantos números de stand up. O filme está repleto de cómicos novos que estão na berra, mais uma data de referências que aparecem só para dar volume à coisa. O Ray Romano e o Paul Reiser aparecem. Imagino que Apatow tenha tentado trazer mais uns quantos. Mesmo só os que aparecem já impressionam e não é pouco. A cena do Romano com o Eminem é hilariante, por exemplo. Ao ver que o filme tinha duas horas e meia de duração, devia ter-me apercebido. Desde quando uma comédia ridícula tem mais de hora e quarenta?! Surpreendeu-me. Não o esperava. Mas imagino muita gente que entre nisto a pensar que vai ser para rir à grande e fique desiludido. O filme é muito bom, se não se estiver às espera de «dick and fart jokes».

O terceiro ponto tem e não tem a ver com o filme. Cada vez mais, tenho menos vontade de ver filmes no cinema. Não que não goste da experiência. Não que não tenha companhia para ir. Felizmente, ainda consigo enganar pessoas e fingir que sou interessante o suficiente para conversar antes e depois duma sessão de cinema. Aqui a questão é: porque haveria de ir, se depois sai em DVD a versão unrated? Porque haveria de escolher ver a versão censurada, cortada, limitada? Porque haveria de ver a versão com menos cenas, com menos piadas, com menos tempo, só porque tinha umas ordinarices pelo meio? Devo ir ao cinema e depois REVER o filme, porque sei que vai ter mais coisas?! Uma coisa é voltar a ver um clássico, para ver a «versão do realizador», anos mais tarde. Agora, voltar a ver um filme meses depois, só porque posso vê-lo no (des)conforto do meu lar, optando por conscientemente ver mais algumas asneiras ou cenas de nudez? Acho que o DVD deverá trazer mais coisas. Se vou gastar dinheiro, quero ter o máximo de coisas possíveis. Venham extras, com cenas cortadas, documentários, histórias por detrás da história, entrevistas, etc. Não percebo é porque tenho que ficar a perder quando gasto dinheiro para ver a coisa numa tela grande, no escuro, com os pés a colar ao chão, putos a fazer barulho com as pipocas e um casal irritante a lambuzar-se ao lado.

O filme é bom. Isto é apenas um pequeno aparte que em nada tem a ver com a qualidade. Tem a ver com o tempo em que estamos e a maneira como continuam a fazer (mal) as coisas. Um pequeno desabafo. Maior parte das pessoas podem não gostar de Sandler. Estão no seu direito. O que é certo é que o palerma volta a fazer uma boa interpretação, num bom filme. Já Rogen não convenceu no papel de totó simpático. Eu sei que ele não é este gajo simpático. É tudo menos este gajo simpático. Mas ok.

Duas últimas pequenas notas: 1) Apatow insiste em enfiar a família toda nos filmes, sejam amigos, esposa ou filhas; 2) Na parte inicial do filme aparecem muitas cenas antigas de Sandler, no início da carreira, muitos vídeos pessoais caseiros ou de coisas que fez no início. Numa dessas cenas, parece-me que é o Ethan Suplee que aparece. Muito, mas muito novo. E o mais chocante no meio disto tudo é que aparece MAGRO!! Pois é, ele em tempos, pelos vistos, foi magro. Muito chocante.

G-Force

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Um grupo de porquinhos da índia fazem parte duma nova equipa de agentes governamentais secretos, a G-Force. E sim, é tão engraçado e interessante como soa. Foram buscar todos os restos de vozes que não interessavam ao dIABO, para dar voz a estes personagens animados, juntaram-lhe um gordo barbudo que, curiosamente, entra também no último filme que vi ontem, e fizeram algo que dá para ver num domingo, mas que não acrescenta nada à experiência humana.

The Hangover

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Não achei hilariante. Percebo o porquê da pancada. Percebo porque é que teve tanto sucesso no país de origem. Isto é o Bachelor Party da década '00, só que com a diferença de não ser a festa em si, e sim o depois da festa. É o lidar com os problemas que advêm de uma noite de excessos. A ressaca, sim. Eu sei que é por isso que tem esse nome. É uma comédia onde gajos sob o efeito de álcool e narcóticos roubam o tigre do Mike Tyson! É suposto filosofar sobre a natureza humana, descobrindo que somos todos uns «drogados», viciados em qualquer coisa? Seja shots de tequila no umbigo de uma moçoila que não é tão gira como pensamos. Seja linhas nas coxas duma prostituta. Seja o leite do seio de alguém que não é nossa mãe. Uma coisa posso dizer: nunca tive uma noite destas, de não me lembrar de nada que aconteceu. Pelo menos, não me lembro de alguma vez ter acontecido. Logo, nunca aconteceu. Nunca!!

sábado, novembro 14, 2009

Sleuth

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Não conhecia este filme. Vim a saber dele através do remake, onde Caine interpreta o papel de Olivier e Jude Law interpreta o de Caine. Depois disso descobri que o original de '72 (posso chamar-lhe original mesmo sendo baseado numa peça de teatro?) é um dos melhores 250 filmes de sempre, segundo esta lista do imdb. Posição 209, para ser mais exacto.

Olivier é o marido traído. Caine é o amante. O último vai a casa do primeiro, para esclarecer as coisas, e dizer que quer a esposa para ele. Olivier não se fica e joga um «jogo» com Caine. Os dois homens são muito parecidos e inteligentes. «Degladiam-se» com estes jogos, em busca de o quê? Honra? Vingança? A partir de certa altura, já não tem nada a ver com uma mulher.

Impressionante como o filme é todo feito com dois actores apenas. Isto em duas horas e tal! Faz sentido numa peça de teatro, claro. Mas no teatro ainda vemos destas coisas, hoje em dia. Filmes destes já nem por isso. A não ser remakes, claro. Excelentes interpretações de dois consagrados. Acho que foi o primeiro de Olivier que vi, no entanto.

The Lucky Ones

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Três soldados destacados no Iraque magoam-se e recebem licença durante 30 dias. Como não conseguem voo para voltar a casa, a partir de Nova Iorque, alugam um carro e fazem o caminho todos juntos. A ideia de voltar é perfeita. Os três sonham com voltar de vez. Só que as coisas já não são como eram, antes de partir. Será que são os sortudos?

Depois desta horrível introdução, foquemo-nos na parte verdadeiramente importante: durante boa parte deste filme, estive loucamente apaixonado pela Rachel McAdams. Isto não é bom. Isto perturba-me. Ela é muito gira. Muito querida. E, neste filme, para além de dar porrada nuns putos universitários irritantes, ainda arranja umas prostitutas para darem uma borla a um dos colegas, que está com problemas em meter o dito erecto. Perfeita, não? Só que ela é demasiado americana. Demasiado bonitinha. Neste filme, demasiado sulista e, pior ainda, religiosa. Se bem que é aquele religioso que arranja meretrizes para resolver problemas. Estive apaixonado durante boa parte. Ela perdeu-me no final, com uns maus ângulos e o cabelo apanhado. Talvez noutra vida, Rachel, talvez noutra vida.

Duplicity

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Curioso como com tantos anos de carreira, a Julia Roberts finalmente meteu-se num padrão. Faz filmes de espionagem e tem alguém com quem contracena com regularidade. Ok, talvez regularidade seja um exagero. Foram só dois filmes com o Clive Owen. Do Clive Owen apercebi-me neste filme que a grande vantagem do rapaz é aquela voz. Porque de físico nem impressiona muito. Nalgumas cenas aparece de fato e pareceu bastante... quase franzino. Muito magro, mesmo.

Do filme em si, pode dizer-se que é um filme engraçado, bastante inteligente, bem realizado, a nível de desenrolar de história. Julia e Clive são dois espiões que se encontram. Apaixonam-se e começam a encontrar-se, de vez em quando. Inicialmente de lados opostos, depois como namorados, de certa forma. Formulam um plano para tentar arranjar dinheiro, muito dinheiro, para poderem sair do «negócio» e viveram juntos. Metem-se num esquema de espionagem industrial entre empresas rivais. Muito bem idealizado, tanto o plano como o enredo. Filme interessante, com um óptimo elenco de suporte (será que posso dizer isto em português?).

A cena inicial, com o Giamatti e o Wilkinson à porrada, à chuva, em câmara lenta, muito boa!

segunda-feira, novembro 09, 2009

Up

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Bastou voltarem a fazer filmes com histórias carinhosas e voltaram-se a fazer bons filmes de animação. SQUIRREL

Em Up, um velho cumpre a promessa à recém falecida esposa. Viver numas montanhas, no meio da selva, algures na América do Sul. Presume-se Amazónia. O casal ficou amigo aquando miúdos, tendo em comum o desejo de aventura. Ambos tinham como herói um explorador da altura. SQUIRREL Casaram e viveram juntos, felizes, numa colorida casa onde se conheceram. Depois da esposa falecer, o velho arranjou uma data de balões e para cima foi, para o céu, a caminho de cumprir a sua promessa. SQUIRREL

No meio disto tudo, adoro os cães. Eu gosto sempre dum qualquer personagem secundário, nestas coisas. SQUIRREL Regra geral são os estúpidos/engraçados. Foi assim com a barata no WALL·E; o porquinho-da-índia no Bolt; a Ellen Degeneres no Finding Nemo; o Timon e Pumbaa no Rei Leão... SQUIRREL bem, esses toda a gente preferiu. Aqui são os cães. Então a cena inicial, onde aparecem o Alpha, o Gamma e o Beta, com o Alpha com uma voz ridícula... hilariante!

SQUIRREL!

domingo, novembro 08, 2009

In the Loop

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Uma comédia engraçada e inteligente sobre as idiotices possíveis na política. Os idiotas. As perdas de tempo. As alianças que duram até deixarem de ser profícuas. O ter que beijar o c# a perfeitos idiotas, só porque estão no poder. O tento e a falta dele, na língua. A diferença em estatutos. Ao que se dá importância e não devia dar. A infelicidade de não saber estar calado, quando não se sabe o que dizer. Percepções diferentes. Etc. Girito, sem levar a lado nenhum. Acho que é esse o objectivo.

The Brave One

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Jodie Foster e Sayid (o noivo) vão passear o cão à noite, para Central Park. Um gangue de putos idiotas espanca-os, matando o Sayid. Ao que parece, a vida fora da ilha, na floresta que é Nova Iorque, amoleceu-o. Não sabendo como lidar com o traumático episódio (e não, não estou a falar do final da última série), Jodie compra uma arma e começa, ao início de forma acidental, a matar malandros. Portanto, a Jodie Foster torna-se... no PUNISHER!?!?! Não, ela apesar de tudo fala e interage com outras pessoas de forma normal. Tem um trabalho e não faz a coisa em massa. Não dorme, sai à noite. Se os palermas se meterem com ela... Tem alguns momentos enfadonhos, mas a história está bem contada. Gostei das cenas entre Jodie e o Terrence Howard.

The Heartbreak Kid

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Que raios! Tinha aqui um filme dos Farrelly e não sabia!? Ainda por cima já tem algum tempo. Quer dizer, talvez seja por ter o Stiller. Talvez tenha sido isso que me fez esquecer. E não é que o filme seja brilhante. É giro. É Farrelly, o que valerá só por si. Mas dois anos?! Estranho.

Adoro os filmes destes gajos também porque metem as mulheres a serem ordinárias, que é como quem diz, a serem elas mesmas. Nada de mariquices. Bora dizer brejeirices, beber, fumar, f#$%& e fazer todas as coisas que os homens fazem. Claro que metê-las como (as) loucas (que são) talvez não os ajude a ter muitas fãs, mas eu acho piada a isso também.
Adorei ver a Malin Akerman completamente insana. É sempre um prazer ver a Michelle Monaghan. E sim, tem piada ver o Ben Stiller com o Jerry Stiller. (Também só descobri que o pai do Costanza era pai do Ben há pouco tempo.)
COCK ME! COCK ME!!

sábado, novembro 07, 2009

The Bank Job

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O enredo passa-se no início dos anos 70 e é baseada em factos verídicos.
Segundo este filme, um conjunto de marialvas roubou uma data daquelas caixas depósito de um banco. Nelas, para além de dinheiro e jóias, encontraram fotografias e documentos incriminatórios, não só da gandulagem da zona, como ainda de pessoas em altos cargos na polícia e no governo. Foram ajudados por agentes secretos da MI5 (sem saberem), numa tentativa de recuperar fotografias de cariz sexual duma princesa britânica. As fotos eram usadas por um gandulo lixado, como forma de chantagem, para evitar ser preso.

O que achei bonito aqui foi quando o chefe da pandilha que ia assaltar o banco (aqui interpretado pelo nosso amigo Jason), levou a esposa a jantar, explicou-lhe que ia estar ausente durante uns tempos e que não podia dizer-lhe onde estaria. Já não se vêem cavalheiro destes. Hoje em dia, não só não dizia nada à mulher, como ainda lhe mandava uns tabefes antes de ir. Eram outros tempos!

The Game Plan

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Não era bem o que tencionava ver. Pensava que seria mais um do Dwayne sobre futebol americano. Afinal é um filme simpático da Disney, sobre uma estrela de futebol americano, cheio de manias e peneirento, daqueles que pensa que é o maior do mundo mas não ganhou nada que o comprove. Às tantas aparece-lhe a filha que não sabia que tinha, em casa, e de durão egoísta passa para papá carinhoso que passa a bola, de vez em quando. Só não é muito credível porque o Dwayne é um gajo demasiado simpático e, mesmo na fase inicial, não é assim tão irritante, pelo que a passagem que ocorre no filme, não é assim tão inverosível.

E a Rosalyn Sanchez... bem!... quando se mete a falar espanhol... madre de diós!...

Pride and Glory

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Um grande elenco para um filme nada de especial.
O enredo é básico: família de polícias; pai ex, dois filhos e um cunhado. O cunhado é corrupto. Um dos filhos descobre. Os outros suspeitam. Um «gangue» de polícias corruptos na esquadra do outro filho, o mais velho. Mete família, corrupção, drogas, violência, certo e errado. Mais do mesmo. Vê-se bem.

Colocou-se uma questão pertinente, na minha cabeça, a certa altura.
Estamos mais que habituados à cena de polícias usarem o esquema de ameaçar prender um peixe pequeno, para tentar sacar informação sobre um peixe graúdo. Assim que sacam a informação, deixam o peixe pequeno em liberdade. A coisa é tão recorrente, que tornou-se banal. Eles aqui tentaram mostrar o contraste dos polícias. O corrupto ameaça queimar a cara a um bebé, em plena casa dum mitra, à frente da família deste, no Natal, se o mitra não lhe disser onde está o patrão, para que o polícia corrupto o possa matar. Do outro lado, o «bom» polícia fala com um janadeco. Se não lhe disser o que sabe, vai deitar a droga fora e prendê-lo. Nenhuma das situações é correcta! E se o janadeco, no dia a seguir, roubar e matar uma velhota para ter dinheiro para droga. É um mal menor, porque o peixe graúdo foi preso e é menos um dealer nas ruas? Esta cena deixou-me a pensar. O que é errado. Porque é sábado. E eu não gosto de pensar aos sábados!

Angels & Demons

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Não li o livro. Li o Código, para ver qual era a pancada. Percebi. Um livro do Dan Brown lê-se num instante. Não dá para largar. Está tudo ligado e é acção, mistério e intriga, do princípio ao fim. Não tive paciência de ler este Anjos. Não sei se vou ler o Símbolo. Talvez, se mo emprestarem.

O que posso dizer dos filmes é que assemelham-se aos livros. Ainda mal conhecemos os personagens e já estão a percorrer meio mundo, no meio de pistas encobertas em mistérios, atrás dum malandro desconhecido que quer fazer uma malandrice qualquer. Claro que sempre com discursos ridículos, a «explicarem» as coisas uns aos outros, coisas que ou não seriam explicadas ou que toda a gente deveria saber. O objectivo aqui é explicar ao público, naturalmente. Só que com tanto para explicar, às tantas a coisa torna-se ridícula e lembra-me sempre a cena do Aeroplano:
- Oh my God! The Sun!
- What is it?
- It's a star in the middle of our solar system, but that's not important right now.
(Não, as falas não serão bem assim. É só para dar uma ideia, nada mais.)

Não consigo comentar muito mais sem revelar partes que não devem ser assim reveladas. Queria comentar um personagem em particular e dizer que não gostei dele, que achei-o cheio de falhas claras e graves. Que achei muito ridículas algumas partes do final. Mas lá está, é o final. E o final não deve ser discutido.

segunda-feira, novembro 02, 2009

Outsourced

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O... err... não faço ideia do nome dele! Chamemos-lhe Carlos.
O Carlos trabalha numa qualquer empresa que tem um call center. Esse call center é passado para a Índia. Ah sim, o Carlos é americano e trabalha numa empresa norte-americana. Se quer manter o emprego, o Carlos tem que ir gerir a equipa do call center na Índia. Entram todos os clichés possíveis. Reclama por tudo e por nada. Fica doente com a água. É um enjoadinho do pior que só quer é ir para casa. Tem um quarto brutal, com uma vista muito fixe mas fica fixado no quadro da deusa Kali, que tem na parede. Tudo é horrível. Tudo é mau. Os americanos é que sabem. «Só quero é ir para casa.» Até que acorda para a vida.

Filme muito simpático. Com umas imagens giras da Índia. Sim, é daquelas coisas que se vê e dá vontade de visitar. Quem quer ir visitar a Índia? Não precisa de ser tudo, que aquilo ainda é grandito. Dizem. Visitar um bocadinho, só. Pode ser?

domingo, novembro 01, 2009

The Goods: Live Hard, Sell Hard

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Perdi a conta à quantidade de actores cómicos que este filme tem. Até os listava, mas depois tinha que linkar tudo e dava muito trabalho. Jeremy Piven é um vendedor de carros for hire. Contratam-no para um fim-de-semana e a sua equipa vende tudo e mais alguma coisa, de todas as formas possíveis e imagináveis.

Deixo-vos com dois belos discursos. O primeiro é um desabafo ridículo, o outro é uma estratégia de venda.

- I'm 42 years old, and I ain't never, ever made love to a woman.
- You're a virgin?
- Hell, no. No, I've been with hundreds of women, maybe thousands. I just ain't never really ever made love to a woman. You know, I've done three ways, four ways, ménage à trois, ménage cinq, six. I've 69ed, 89ed, 114ed. Golden, diamond and platinum showers. I like that. I mean, I've ripped shit up. Done all that. But I ain't never, ever made love to a woman.

--//--

- Okay, here's the deal, Gary. I know the stereotype. I'm a woman, got a luscious body, provocative clothes. I'm gonna use sex to sell cars.
- You know what's gonna sell this car? Price, nothing else.
- I mean, I like men. I like men a lot. I can't believe I'm doing this. Do you know what I love? I love women. I mean, I'm talking me, an Asian chick, and a schoolteacher in a shower. Get all soapy together and so wet.
- And you know what? Maybe like a construction lady comes in, like, you know, like I can't even tell if she's hot or not. But then she says, «Looks like I could do some work here.» And she takes off her hat. And then you guys come over and all three of you undress her. I'm next door. Yeah, 'cause I'm the superintendent, and I'm working on like paperwork, like doing people's checks, I'm like... «What is that noise? There's not supposed to be anybody next door. Hey, who's in there?» And I just hear, «Oh, oh.» I listen by the door for a while, then I open it up, I'm like, «Hello?»
- Like, «I'm so scared. Who is it? Who is that man? Hey, you're not supposed to be in here.»
- Can I give you something to say? Say this, say, say, «Hey, I knew something was missing in this apartment, a big cock.»
- «I knew something was missing in this apartment, a big cock.»
- And we're fucking, and then someone else goes, «Oh, yeah...»
- Fuck. I just thought of something, man.
- What?
- How the fuck are you gonna get there?
- I'm right next door, remember? I'm just gonna walk over.
- No, man, this is miles and miles away, man. You got to get there soon!
- I'm, like, managing a bunch of properties?
- Yes! How are you... It's across town. How are you gonna get there?
- I don't know. I don't have a car. I gotta get a bus...
- No, man, you got to fucking take this car.
- Yes. I am gonna buy this car. It's a good car, right?
- No.
- I don't give a shit. I'll fucking push...
- Go see the dudes in the back! Run, man! Run!
- I'm gonna go buy this car.

Que raios é um «platinum shower»?

Brüno

IMDb | Sítio Oficial

Não percebo como é que ele não se desbronca a rir, ao dizer certas coisas.
Não percebo como é que não levou porrada muito mais vezes.
Não percebo como é que arranja tantas permissões para filmar em tanto lado.
Até percebo que arranje gajos para fazer coisas perfeitamente absurdas, porque o que não falta para aí é pessoal a querer ficar famoso, seja de que forma for.

Acho que gostava mais do conceito do Brüno quando se metia a gozar com o pessoal da moda. Não que tenha nada contra gozar com sulistas homofóbicos. Será que eles dizem mesmo aquelas coisas? O Brüno às tantas quer ser heterosexual. Vai a uns «gay converters» ou «straight converters» ou lá como se chamavam aqueles idiotas. E os palermas dizem as coisas mais absurdas... será que não têm noção do ridículo. Não, não pode ser. Há coisas que não podem ser verdadeiras. Têm que ser encenadas. Não pode.

Four Christmases

IMDb | Sítio Oficial

Continuo sem perceber como é que alguém poderá ter paciência para aturar o Vince Vaughn. Já nem é uma questão de não se calar, chega a não dizer nada, só para poder falar, só para ser sempre ele a falar.

O filme em si... decidi começar a ver filmes de Natal, a começar a preparar a época. Se eles podem andar por aí a meter enfeites na rua, eu posso começar a ver filmes alusivos. Não gostei da combinação Reese/Vince. Não acho que tenha funcionado bem. Há o contraste engraçado dele alto e ela baixa, mas não senti química e, maior parte das vezes, era mais o Vince a falar por cima de Reese e a ser histérico. Tem uns momentos engraçados. Goza bem com os clichés dos dramas familiares deste período.
Vê-se.