quinta-feira, março 31, 2011

Jack Goes Boating

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I'm not ready yet for penis penetration.

Curioso como depois de fazer um rol infindável de papéis deprimentes em filmes deprimentes, Philip Seymor Hoffman escolhe realizar um filme meio deprimente e esquisito. Céus, como esta gente é esquisita. Não no sentido surreal da coisa, como existe por aí. Não, aquele sentido de «esquisito» como todos nós temos as nossas esquisitices. Até porque as desta gente são, acima de tudo, fomentadas pelo consumo de narcóticos. Aí até deixa de ser muito esquisito, se pararmos para pensar.

Hoffman é apresentado a uma moça, amiga do casal que faz as apresentações, de quem Hoffman também é bom amigo. E é uma óptima parelha. Ela é tão ou mais esquisita que ele. (A frase acima é dela.) Tanto Hoffman como o amigo do casal trabalham numa empresa de limusines. Hoffman conhece Amy Ryan (a eterna namoradinha esquisita) num jantar em casa deles. A partir daí torna-se no homem que ela quer e precisa. Aprende a nadar porque ela quer andar de barco no Verão. Aprende a cozinhar porque nunca ninguém cozinhou para ela. Tudo coisas queridas, vindas dum gordo condutor de limusines, com rastas porque gosta de música reggae.

Quem é chega aos 40 anos sem ter tido alguém a cozinhar para ela?! Que raios!

quarta-feira, março 30, 2011

Last Night

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Do you know how often I have to make a choice not to write "Hello Alex. How are you? Where are you? What are you doing? Do you want to meet me? Wherever. This friday for dinner... just to catch up."?

Uma pessoa escolhe um filme aleatoriamente, sem nada saber de elenco ou história. Preparas-te para um serão agradável. A musiquinha de início começa e entra no ouvido. E, de repente... POW!! Levas com a Keira Knightley pela frente e estraga-te logo tudo. Apesar de tudo, a coisa foi crescendo, a partir daí. Também era complicado descer mais. Se bem que houve uns momentos em que um personagem insistia em dizer que ela era «gorgeous». Chiça, que há muito mau gosto pelo mundo.

Last Night é sobre uma noite de dúvidas e tentações. O esposo de Knightley, Sam Worthington, está fora em negócios. Com ele, o melhor amigo e uma outra colega, uma moça que anda a fazer-se ao rapaz. A malandra. Do outro lado, «em casa», Knightley encontra um caramelo francês, velha paixão, com quem teve uma breve e tórrida relação. Como é que alguém tem o que quer que seja com um francês, nunca hei-de perceber. Estamos a falar dum povo que se rende assim que alguém espirra!

Não há paciência para franceses, nem para Knightley. Para Last Night há alguma paciência.

terça-feira, março 29, 2011

Hell Ride

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Começam a sentir-se alguns efeitos negativos da influência de Tarantino.

É conhecida a tendência do realizador para repescar estrelas dos anos 70, desde então afastadas da ribalta. Algumas apostas foram bem sucedidas, outras nem por isso. Hell Ride é escrito e realizado por Larry Bishop, um cavalheiro que não conhecia de lado nenhum e não, não me lembro dele no Kill Bill: Vol. 2. Empolgado com o regresso, meteu-se neste projecto, aproveitando os recursos e, acima de tudo, a lista de contactos de Tarantino. Saiu-lhe um filme de vingança, com uma história muito confusa (apesar da premissa simples), muita mulher desnudada sem aparente necessidade (a melhor parte do filme), um chorrilho de disparates e frases batidas (conversas inteiras batidas, aliás) e muuuuuuuuuuito bronzeador de lata que, no meu entender, será a «maquilhagem» mais ridícula que o mundo inventou.

domingo, março 27, 2011

All-Star Superman

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Bonecos logo domingo de manhã. Bateu vontade de alegrar um dia que começou mais tarde do que o costume. Uma vez por ano, é sempre isto.

All-Star Superman é baseado numa saga da DC, publicada nos últimos anos. Não sabia nada da BD, atenção. Aqui, o homem de ferro está a morrer, envenado pela fonte dos seus poderes, graças ao seu arqui-inimigo, claro. Nos últimos dias de vida, Superman tenta aproveitar para fazer tudo o que consegue, revelando também a Lois Lane a sua verdadeira identidade... não que ela acredite.

Apesar de divertido e bem feito, quem não esteja a par da história cai aqui de paraquedas, meio à toa. Tudo se resolve demasiado depressa (compreensível, tendo em conta que só há 70m de filme), e tem sempre o registo de BD, com pequenas story arcs no meio duma história grande. Não é algo que funcione tão bem em filme.

How Do You Know

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Muito me surpreendeu How Do You Know. Por mais do que um motivo. Mais do que apenas pela experiência de o ter visto. Comecemos pelo facto de ter visto um filme de duas horas, tendo começado às 23h, e ter acabado às 2h. Porquê? Porque perdemos uma hora com a mudança da dita. Mas mais que isso. Foram duas horas que se passaram bem. Mesmo chegando ao final, estranhei já estar a terminar. Depois, vamos ao guião, que é muito bom. Todo o filme é óbvio, mas nada é dado de forma fácil, ao desbarato. A referência ao Kramer vs. Kramer é genial. O que me leva a procurar descobrir quem escreveu e realizou. E, aí, mais uma surpresa. James L. Brooks não é quem pensava, mas é alguém que conheço desde o final da minha infância. Escreve para os Simpsons. É um dos primeiros nomes a aparecer no genérico, há 22 anos. Mais que isso, é realizador do As Good As It Gets ou do Spanglish. Dois filmes que fizeram muito por mim. Dois bons filmes. E, no meio disto tudo, o descobrir que a minha velha paixão pela Reese Witherspoon continua a fazer muito sentido, apesar de ter perdido algumas curvas. A miúda é um doce. Pelo menos os papéis dela são sempre.

How Do You Know surpreendeu muito, mesmo tendo actores a fazer os papéis de sempre, num enredo que nada tinha que enganar, mas sempre tudo muito simples e civilizado.

sábado, março 26, 2011

Black Death

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Um jovem monge apaixona-se por uma moçoila. Ela diz que esperará por ele durante uma semana, todos os dias de manhã. O monge só precisa de arranjar um pretexto, uma desculpa para se meter na alheta. Entram Sean Bean e os amiguinhos. Estão numa missão religiosa para encontrar uma aldeia de que se fala que ainda não foi afectada pela peste negra. Serão feiticeiros, bruxos e bruxas. Terão renunciado a dEUS e à igreja e, como tal, não podem existir. Diz-se mesmo que nessa aldeia conseguem ressuscitar os mortos.

Entre meia dúzia de labregos guerreiros, fanáticos religiosos, e uma aldeia com gente limpinha, sendo maior parte mulheres ainda por cima, confesso que não estava a torcer pelos «bons da fita». Black Death não está nada mau e era mesmo o tipo de filme divertido que ajudou a espevitar o meu sábado.

quinta-feira, março 24, 2011

Monsters

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Pronto. Agora toda a gente pega numa câmara, faz uns efeitos manhosos em imagens de qualidade duvidosa, faz umas fotomontagens bandeirosas, e chama-lhe um filme com extra-terrestres, sem história nem nada. Não que me esteja a queixar, atenção. Eu até gosto do género.

A premissa é simples. A NASA descobriu vida extraterrestre. Recolheu amostras noutro planeta e trazia-as para a terra quando a nave espeta-se no meio do México. Criaturinhas transformam-se em criaturongas e aquela zona do planeta é declarada «Zona Infectada». Os americanos bombardeiam constantemente, com bombas e gases, tentando matar as criaturas. Os mexicanos só querem as suas casas de volta. O enredo está à volta de dois americanos que regressam a casa, atravessando a zona.

Acho que a parte maior da produção ainda passou por todas as tabuletas que se iam aparecendo pelo caminho. Meio em espanhol, meio em inglês. Parecendo reais, mesmo tendo coisas ridículas como «cuidado com as criaturas». A melhor tabuleta terá sido a que dizia que não eram precisos vistos para entrar nos EUA. Só era preciso dinheiro.

Continuo a dizer que era uma coisa destas que o mundo precisava. Algo para «agitar as águas». Não eram demissões ridículas. Isso de certeza absoluta.

terça-feira, março 22, 2011

Rabbit Hole

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Um filme sobre um casal que perdeu o filho. É isso. Não é mais que isso. Não o perdeu no centro comercial, vamos lá ver. Morreu, a criança. Atropelada por outra criança. E as pessoas sentem. E as pessoas reagem. E as pessoas lidam. E é sobre isso. Tem alguns momentos genuínos. Existe representação pura a dura, aqui. Não de Kidman. Calma. Não percebo a nomeação, sinceramente. Acho uma afronta, acima de tudo, para com Eckhart, e mesmo para com Dianne Wiest. Um pequeno papel, é certo, mas a milhas de Kidman. É paradinho, sim. É deprimente. Muito. Vem no seguimento do maravilhoso dia que acaba. Faz sentido.

domingo, março 20, 2011

The King's Speech

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Eu tinha razão. Sei que dizê-lo depois é fácil, mas o que é certo é que disse-o em mais do que uma ocasião, que se King's Speech ganhasse a noite de Óscares seria um retorno da Academia à sua velha maneira de pensar e fazer as coisas. Estava correcto... para não variar. King's Speech é um filme de Óscares, sem tirar nem pôr. É o distinguir duma produção britância, como se o ingleses falassem a língua de forma correcta, de certa forma. É distingir uma história sobre história, sobro uma figura de nome numa altura muito própria e específica da humanidade. É mais uns prémios para histórias com nazis, embora sim, esta esteja um pouco longe de nazis. É sobre alguém nobre a ser igual ao povo comum, também ele superando adversidades. Não é um mau filme, de todo. Vê-se muito bem e emana talento a rodos. Mas pergunto: King's Speech traz algo de novo à sétima arte para ter sido distinguido desta forma?

sábado, março 19, 2011

Get Low

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Robert Duvall
é o eremita do sítio. Contam-se histórias sobre ele. Toda a gente tem uma. Miúdos são desafiados a entrar no seu terreno, pelos amigos. Será um rito de passagem. Há 40 anos que Duvall está enfiado na casota que construiu, afugentando toda a gente a tiro. Quando se apercebe que está prestes a morrer, decide organizar o seu funeral. Enquanto está vivo, claro está. Quer uma festa. Inicialmente quer que toda a gente venha contar histórias que saibam dele. Mesmo as más. Talvez especialmente as más. E, enquanto estávamos nesta premissa (a que terá gerado o filme, quiçá), até que estava a ser um agradável visionamento. O final não é mau, entenda-se, simplesmente já não é tão bom. Duvall despede-se, confessa-se, perante uma multidão. E o filme acaba.

The End.

quinta-feira, março 17, 2011

The Tourist

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Este filme é um completo e absoluto nojo. Não percebo como esteve nomeado seja para o que for. Mesmo para o Razzie seria um exagero. O personagem de Depp não faz sentido. Jolie está irritantemente igual a si própria. E a meio do filme lá percebemos o objectivo. Um nó cria-se no estômago. «Não, não é isto que querem fazer!», pensamos, ainda esperançosos de que seja um triste e cruel engano. Não. É previsível e patético. Apercebi-me tarde, senão não o tinha acabado. Que desperdício de tempo. Meu. De quem o fez. De toda a gente que teve a infeliz ideia de o ver.

quarta-feira, março 16, 2011

Blue Valentine

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Fui avisado à partida que o filme era pesado. Que havia um risco de «perder a fé». É uma história de amor. Trágica, como todas as verdadeiras histórias de amor. Repito-me, eu sei. É porque é verdade. Com o aviso de antemão, tornou-se menos difícil. Não mais fácil, apenas menos difícil.

Blue Valentine junta dois dos melhores actores que por aí andam e narra uma história de amor a dois tempos. Conta-nos o início e o fim. A melhor e a pior parte. Blue Valentine não me faz perder a fé porque falta aqui o meio. E sim, no meio estará a virtude. Porque o meio explica como se passa do ponto A para o ponto B. Na minha mui modesta opinião, passa tudo por esforço. Maior parte das vezes, as pessoas deixam de tentar. Deixando de tentar, é fácil descarrilar. É fácil passar dum amor absoluto (ponto A) para ódio (ponto B). É verdade que uma grande parte da «culpa» é da vida em si. Das voltas que dá. Daquilo que nos fornece. Mas muito também passa pelas pessoas. Se não houver o esforço para caminharem os dois na mesma linha, dificilmente se chega ao destino pretendido.

Blue Valentine é uma óptima história de amor.

terça-feira, março 15, 2011

Notorious

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I love it when you call me Big Poppa.

Nunca pensei conseguir acabar de ver este filme. Sim, sempre fui mais moço West Coast, mas nem é tanto por aí. O Puff Daddy irrita-me. Sempre irritou. Sempre me pareceu um chulo de primeira apanha. Um mitra que andou às costas de pessoas com verdadeiro talento, sempre a tirar, a roubar aqui e ali, a aproveitar-se. E a minha teoria... a minha teoria sempre foi que Puff precisava da guita e arranjou maneira de limpar com o sebo ao B.I.G., para que o segundo álbum vendesse bem mais. Essa é a minha teoria. Em todo o caso, já agora queria saber mais um pouco do balofo. Também nunca morri de amores, mas já agora fico a saber. Uma coisa que me surpreendeu e nada esperava, é que o s@c@n@ do gordo sacava grandes mulas. O c@br@o andou com a Lil' Kim?! Filha da m...!

segunda-feira, março 14, 2011

Morning Glory

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Morning Glory não traz nada de novo. Temos uma moça engraçada (Rachel McAdams), demasiado focada no trabalho, a quem não foram feitos favores, que teve que lutar por tudo o que tem. É-lhe dado uma oportunidade para ser produtora executiva dum programa matinal em declínio. É o pior programa dos canais grandes e só lhe foi dado o lugar porque mais ninguém o quer. Ela chega lá, bate com o pé no chão e dá a volta à coisa. Com genica. Com inteligência. Com classe. Conhece o «homem perfeito», pelo meio, e tem que finalmente dar um pouco o braço a torcer e meter o trabalho em segundo plano. Ajuda que ele esteja no meio, sempre compreende um pouco melhor. E depois há ainda a figura paternal, a quem tem que conquistar o respeito, consideração e carinho.

Lá está, nada de novo. Vê-se pela personalidade encantadora de Adams, pelo mau feitio ranzinga de velho de Harrison Ford, e pelo feitio de cabra de Diane Keaton, que fá-lo tão bem.

domingo, março 13, 2011

Letters to Juliet

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Numa lua-de-mel sem jeito nenhum, Amanda Seyfried e Gael Garcia Bernal viajam a Itália, mais precisamente a Verona. Bernal é demasiado histérico neste filme. Muito, mas muito irritante. Sempre contente com tudo, muito efusivo, mas muito distante ao mesmo tempo. Está apenas preocupado com o restaurante que vai abrir em NY. Aproveita para visitar fornecedores e descobrir novos. Daí que não dê muita atenção à noiva (havia de ser comigo) e daí que Seyfried ande a passear sozinha por Verona, descobrindo o pátio onde Romeu andou a catrapiscar Julieta, e onde uma data de moças choram e escrevem cartas à parte feminina da dupla mais «romântica» de sempre. Seyfried não só descobre um grupo de italianas maluquinhas que respondem a estas cartas, as «Secretárias de Julieta», como descobre ainda uma carta com 50 anos, que ficou por responder. Seyfried faz questão de responder à carta, fazendo com que Vanessa Redgrave fique empolgada e regresse a Itália para procurar o amor de quem fugiu, há tanto tempo atrás. Seyfried junta-se à festa e vai com Redgrave e o neto pãozinho-sem-sal passear por Itália à procura dum velho qualquer.

Há demasiados pormenores irritantes neste enredo. Nem vou pegar neles, senão nunca mais daqui saía. Posso apenas dizer que houve parte da minha genitália que mirrou para dentro de mim... e que não sei se voltará a sair.

The Next Three Days

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Pittsburgh tem um serviço extraordinário porta-a-porta, que não percebo como não existe em todo o mundo.

Russell Crowe é casado com Elizabeth Banks, uma moça muito simpática por quem nutro algo (imagino que tenha a ver com a sua nascença). Banks é acusada e condenada pelo homicídio da chefe. Crowe faz tudo por tudo para tentar que a mãe do seu filho seja liberta. A sério. Faz tudo, mesmo. Inclusive orquestrar uma fuga de prisão. Curiosamente, não precisou de tatuar o torso. Mas desvio-me da questão. No processo de planeamente, Crowe andou por bairros menos recomendáveis, procurando alguém que falsificasse documentos. Um meliante indica-lhe certo bar. Nesse bar, passa por outros meliantes. Ainda não foi desta, porque a dica do primeiro meliante era falsa. Contudo, os outros meliantes repararam nele e aperceberam-se do que pretendia. Uns queridos (e é aqui que entra o serviço extraordinário), seguem-no até casa e fornecem então o serviço de falsificação entregue ao domicílio. Só faltou levaram uma máquina de multibanco. Aí, ainda qualquer entrega de pizas os suplanta.

sábado, março 12, 2011

2 Days In Paris

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Julie Delpy abusa de todos os clichês franceses, num filme escrito e realizado por ela, o que não deixa de ser peculiar.

Delpy namora com Adam Goldberg há dois anos. Passam férias em Veneza e ficam dois dias em Paris, a terra natal de Delpy, antes de voltarem a Nova Iorque, onde vivem. Em Paris, Goldberg é confrontado com os sogros hippies e com ex-namorados de Delpy, para além de toda uma panóplia de franceses que se fazem ao piso, em francês, mesmo na cara dele. Serão dois dias em Paris suficientes para destruir uma relação de dois anos?

Delpy faz um bom trabalho a liderar um projecto simples e perto da realidade que conhece. Chega mesmo a reutilizar o seu quarto, depois de o ter feito no Before Sunset. Acho que só faltavam os pais da personagem serem mesmo os pais dela. Gostei muito da parte final, onde Delpy narra o resumo da discussão que tem com Goldberg, enquanto esta ocorre. Parecendo que não, acabou por ser mais dramático do que ver a discussão em si.

Love and Other Drugs

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A história passa-se em 96. Existem algumas discrepâncias. Telemóveis demasiado pequenos. Algumas referências excessivas à Internet. Eu sei que já existia, mas as pessoas consultarem doenças parece-me exagero. E o pior de tudo, a mais flagrante, foram os televisores. No início do filme, Gyllenhaal vende electrodomésticos. As TVs eram todas planas. Pelos vistos, nem Hollywood consegue arranjar televisores dos antigos. Bem que podiam ter ligado. Pelo menos um ter-lhes-ia arranjado.

Jake Gyllenhaal torna-se representante duma farmacêutica. É um cromo do pior. Mulheres atrás de mulheres. Extremamente pouco credível, se tivermos em conta aqueles tapetes que as pessoas chamariam de sobrancelhas, num sentido muuuuuito lato. Apaixona-se por Anne Hathaway (pior mistura genética dificilmente será encontrada) porque ela dá-lhe o corte. Acha-se uma coitadinha porque tem Parkinson, não sendo digna de ser amada. Pelo meio inventa-se o Viagra. Gyllenhaal torna-se bem sucedido e dá para ver algumas mamas aqui e ali, que será a grande vantagem do filme. Mesmo que sejam mamas da Hathaway.

sexta-feira, março 11, 2011

Shocking Blue

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Lá está, não percebo porque é que as pessoas têm que complicar aquilo que é simples. Neste caso até podem ter alguma desculpa, já que são adolescentes. Em todo o caso...!

Três marialvas holandeses adolescentes. Bonitinhos, como toda a gente imagina o povo holandês a ser. A vida baseia-se em cultivar papoilas, ir a concertos, andar de aceleras meter-se com miúdas, ir à praia(?!), ver jogos do AZ Alkmaar... Esta última parte será a pior. Falamos duma equipa que perdeu com o Sporting, com um golo do Miguel Garcia nos últimos minutos. Tudo bonitinho... mais ou menos. Um dos miúdos tem uma panca forte por uma loirinha gira. O problema é que é tímido. Já o melhor amigo não. Acho óptimo ter uma paixoneta por uma moça. É o que desejo a toda a gente. Já ter uma paixoneta por uma miúda que acha-te piada, mas se não vieres meter conversa, vai para a cama com o melhor amigo... Vai lá, vai! Para piorar as coisas, o melhor amigo morre, o que deixa o rapazito muito triste. A mãe é uma alucinada. O pai mostra-se distante e fora dos interesses dele. A escola já acabou. Resta tentar criar geneticamente uma papoila azul e cuidar do bastardo que agora se encontra na barriga da loirinha. Mas não é que até isso conseguem complicar?!

quarta-feira, março 09, 2011

Hereafter

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Que raio de final é este?! Foi isto? Era para isto? Foi com este intuito que o filme foi feito?! É suposto ser uma história romântica? Mas que raios! Anda tudo doido, ou quê?

Estou irritado, por isso a sinopse vai a despachar:

Uma gaja francesa quase morre. Ou melhor, chega a morrer afogada num tsunami. Começa a ter visões. Sofre da mesma coisa que Matt Damon. Vê e ouve mortos, ao entrar em contacto com os vivos. Damon vive com isso desde pequeno. Ela está a tentar perceber o que se passa. Para ele é uma maldição. Para ela é um mistério a desvendar. Pelo meio há um miúdo britânico cujo irmão gémeo morre. O miúdo fica meio perdido e começa à procura de pessoas com a dita capacidade de falar com os mortos.

E depois é uma história romântica entre a francesa e Damon. Não há paciência.

Os mais atentos terão reparado que este post é publicado minutos depois do último. Não é por acaso. Comecei a ver o Jackass no sábado. O Hereafter comecei a ver hoje de manhã. Interrompi para um agradável e rico em colesterol almoço. Vi mais um bocado ao final da tarde. Voltei a interromper para ver bola e o resto do Jackass com a rapaziada do «apartamento» (que é como devem ser vistos estes filmes, com a rapaziada). E aqui voltei para acabar com o sofrimento. Ok, exagero. Visto assim, Hereafter nem é muuuito horrível. O problema é mesmo o final. A partir do momento que dá para perceber o objectivo, é sempre a descer.

Ah, e também já resolvi a questão das imagens. Afinal não era do blogger. Sou eu que sou um idiota, claro. O pior é que agora estou na dúvida como quero as imagens.

Jackass 3D

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Tive que parar. Houve uma cena em que tive que parar. Foi uma grande pausa. Parei. Saí. Fui apanhar ar. Dias depois (eu disse que a pausa foi grande) ainda tinha vontade de vomitar sempre que pensava na cena. Não a vi. Acabei por não ver. Andei para a frente e vi o resto com a rapaziada do «apartamento». Acho que todas as cenas que o Steve-O se mete a fazer, para mim, são as piores. Não consigo. Dá-me a volta ao estômago. As cenas que ele sente-se à vontade, eu nunca conseguiria. Já cenas que o incomodam a ele, acho que faria na boa.

A saga «Jackass» ainda tem algumas coisas para dar. Humor físico tem sempre piada. Podiam era faltar ideias. Não é o caso. Esta pandilha continua criativa. Algumas já são repetições de coisas antigas, mas ainda aparece uma ou outra ideia original engraçada. E a cena 3D... muita pena não ter visto num cinema a 3D. Acho que finalmente teria achado piada à tecnologia.

Mas há mais!

segunda-feira, março 07, 2011

Life as We Know It

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A Mrs. Reynolds (AKA: futura Sra. DaMaSCo) aparece nos minutos iniciais, talvez os primeiros dez (pareceu menos) e depois não aparece mais o filme todo. Ok, aparece numa ou outra cena rápida. Parece-me errado. Parece-me muito injusto que apareça e depois deixe de aparecer, sem mais nem menos. Está um gajo convencido que vai vê-la o tempo todo e afinal... Devia ser ilegal!

Katherine Heigl e Josh Duhamel são melhores amigos dum casal que morre num acidente de carro. O casal tinha decidido que nessa eventualidade, Heigl e Duhamel tomariam conta da filha de um ano. O problema é que Heigl e Duhamel não são um casal. Aliás, chegam mesmo a odiar-se, porque Duhamel é um mulherengo e Heigl é uma totó. Numa situação ridícula e demasiado inverosímel (se pararmos para pensar no assunto,) Heigl e Duhamel vivem juntos, em prol da criança e da amizade que tinham pelo casal falecido.

Não é a primeira vez que vejo esta premissa numa comédia romântica. Não deixa de ser uma premissa muito pesada. Alguém morre, uma criança fica orfã, e eu sou suposto rir-me? Complicado, não? Em todo o caso, o que me deixou verdadeiramente deprimido foi o facto do Creep ser usado como canção de embalar. Senti-me demasiado velho.

PS - Josh Lucas aparece e é relegado para segundo plano. hi hi hi

domingo, março 06, 2011

Frozen

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Sinto-me enganado. Ninguém morreu congelado.

Três idiotas ficam presos num elevador de montanha. É isso. Não há mais história nenhuma. É um casal e o melhor amigo do rapaz do casal. São idiotas. Ficam presos e abandonados. Deveriam morrer congelados, porque não há muito mais hipóteses. Posso dizer que 80% do filme só queria que morressem depressa.

Devil

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Cinco pessoas entram num elevador, num prédio comercial. Coisas estranhas estão a acontecer. Conjugam-se determinados factores para uma tarde... sim, diabólica. Uma das cinco pessoas é o dIABO. Passamos o filme todo sem saber qual delas é. Vamos descobrindo mais sobre cada um e sobre as pessoas que os tentam tirar do elevador parado. Cinco entraram, mas apenas um vai sair.

Está bem contado. Tem sempre alguma emoção, este tipo de narrativa. A piada é passar o filme todo a tentar descobrir quem é o «lobo». Qualquer um deles pode ser. Apenas um será. No objectivo a que se compromete, Devil não desilude.

Centurion

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Um domingo cheio de testosterona. Não foi previsto, mas está a ser bastante agradável.

Centurion narra a história dum grupo de soldados romanos que foram mandados numa missão impossível de conquistar a parte da Grã-Bretanha. Os «bretões» são gajos lixados, especialmente quando ajudados pela modelito traidora, que levou o grupo a uma emboscada. Meia dúzia sobreviveram, sendo caçados pela modelito e os seus compinchas, enquanto tentam voltar a terrenos romanos.

The Mechanic

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Ora bolas. Só descobri agora que isto é um remake dum filme com o Charles Bronson, da década de 70. Costumo preferir ver os originais mas, neste caso, entre Statham ou Bronson, venha o dIABO e escolha.

The Mechanic é sobre um assassino profissional (Statham) e coisas parentais, passagens de testemunho, traição e como a família é que nos lixa sempre. blah blah blah Sejamos honestos: é um filme de tirinhos, a história interessa pouco. Como filme de tirinhos, nem está muito mau. Irrita apenas o facto de que Statham faz todos os filmes de acção sempre com a mesma tromba, disposição, mecânica, etc. Não sei porque necessitam de arranjar novos nomes. Devia ser só Filme de Tiros de Jason Statham XIII (Neste É «Mecânico»).

sábado, março 05, 2011

Happythankyoumoreplease

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Ted Mosby's got moves!

Uma enormidade de clichês. Um chorrilho deles. Gosto especialmente do mui comum de pessoas viverem na gigantesca cidade de Nova Iorque e terem tempo para tudo e mais alguma coisa, pintado-a como uma cidade mágica e maravilhosa.

Josh Radnor é um escritor (pois claro) a tentar justificar o talento com que sempre o pintaram. Tenta publicar o seu primeiro romance, depois duma data de contos aclamados, The Other Great Thing About Vynil (óptimo título, já agora). Só que ninguém o quer. A juntar ao talento, falta um estilo de vida mais característico dum bom escritor: a decadência, a agrura, as dificuldades. Radnor é um moço bem parecido, que vem duma boa família, que o amou e deu-lhe sempre apoio. Para mais, Radnor é um daqueles «românticos» bem sucedidos com as moças, que quando elas querem mais um pouco acaba por assustar-se. Vê Kate Mara na rua e acha-lhe piada. Compreensível. Num primeiro «date», com os copos, Radnor propõe viverem juntos durante três dias, sendo o único «termo & condição» que ele a trate bem. Coitada da ruiva, é daquelas que se mete sempre com gajos que não prestam.

O que nos leva a Malin Akerman. Esta moça sofre de Alopécia (go look it up). Acha-se uma mulher bonita, porque é uma mulher bonita. Só que esta doença leva-a a ter dúvidas, leva-a a querer sê-lo, mas a falhar um pouco porque mete-se só com caramelos. A história do costume. Mas há um palerma. Um totó à grande. Um gajo que trabalha com ela e que está loucamente apaixonado por ela. Só que não é bonzão. E isso é um irónico problema.

Depois temos ainda um casal. Um bom casal. Que gostam um do outro. Que são malucos um pelo outro. O problema é que ele gostava de mudar para LA, onde tem um futuro profissional mais promissor. Ela tem as suas raízes em NY. E agora como será? A relação conseguirá sobreviver ao desafio? E se metermos uma terceira ainda-não-pessoa ao barulho?

Parece que estou a revelar demasiado do filme, mas não é verdade. O principal não será o contexto e sim as interacções genuínas (dentro do possível) dos personagens. Os diálogos. As cenas. A representação, sim. A simplicidade de situações comuns, de pequenos grandes problemas. Do comum. E será importante também descobrir de onde vem o título. Sim, é mais um daqueles filmes pretensiosos que gosto tanto.

Ah, e o Radnor adopta/rapta/toma conta dum miúdo orfão muito talentoso.

Gulliver's Travels

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Estou a supor que toda a gente conheça a história de Gulliver. O homem viaja por águas perigosas, indo parar a Liliput, uma terra de gente pequena. Torna-se o protector e, de certa forma, a mascote do sítio. Isto é ideal para Jack Black, já que de onde veio era só mais um. Black trabalhava na secção de correio de uma revista. Era um zé ninguém. Em Liliput, Black é o maior... literalmente. Muda os costumes da terra. Interage com a monarquia. É o líder das tropas contra os inimigos de Liliput.

A história não é original, como se sabe. É só mais uma versão. Quem não for fã de Black não achará muita piada à coisa. Mesmo sendo fã não se encontra muito disso aqui. Apesar de tudo, é engraçado ver algumas coisas da nossa realidade adaptadas ao universo liliputiano. Há isso.

sexta-feira, março 04, 2011

Tangled

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Que nojo. A Disney voltou a apostar nos filmes de animação cantados.

O Tangled esteve no top de filmes mais vistos nos EUA durante algum tempo. E, sinceramente, não percebo porquê. A única justificação aceitável é ser um filme para miúdos (como há muito não via), que estreou na altura do Natal. Porque de resto, é muito fraquinho.

O cavalo é um cão, que é o melhor polícia do condado. É o arqui-inimigo e o melhor companheiro ao mesmo tempo!? Por favor.

quinta-feira, março 03, 2011

It's Kind of a Funny Story

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Mais um exemplo. A vida é simples. A vida de um homem é simples. Atrofios com trabalho. Atrofios com escola. Atrofios com família. Atrofios com amigos. Um homem pode estar preocupado com o presente e com o futuro. Não saber o que quer da vida. Não saber como vai ser a vida. Não saber se quer viver a vida. A solução para todos estes problemas e mais? Arranjar uma namorada.

Um típico adolescente (americano) tem a pressão da família e da sociedade para vingar. Tem talento e, como tal, é esperado mais dele. Coitadinho, começa a ceder à pressão. Sente-se deprimido, pressionado e meio perdido no mundo. Estar «apaixonado» pela namorada do melhor amigo não ajudará. Interna-se num hospital psiquiátrico, por acidente. Conhece uns quantos maluquinhos que o ajudam a relativizar tudo. Conhece uma miúda gira, também ela cheia de problemas (mais que não seja ser filha do Eric Roberts). E pronto. Tudo resolvido.

De tempos a tempos fazem-se filmes em manicómios. Uns mais leves que outros.