domingo, dezembro 27, 2009

Happy-Go-Lucky

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Voltámos a esta conversa. Quase um ano depois, volto a ver um filme candidato aos Óscares 2009. O ridículo da coisa é que pensava que era a protagonista que estava nomeada. Já não me lembrava que era para o argumento. Como tal, tinha todo um discurso preparada sobre a personagem, como é irritante porque está sempre bem disposta, mas como o mundo precisava de mais pessoas destas. Assim, acabo por ter pouco que dizer. O argumento é giro. É uma história muito simples sobre a vida duma jovem moçoila, bem disposta com a vida, que tenta ver sempre tudo pela positiva, que fica triste mas não se deixa abater pelas coisas más, que pede desculpa, mesmo quando não tem culpa nenhuma, porque sabe que o deve fazer pela outra pessoa. É isso.

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Aproveito para marcar a ocasião: com este, são 200 filmes vistos em 2009! Sei que no arquivo diz 201 (ou mais, já que o ano ainda não acabou), mas um dos posts é daqueles de intervalo. Podiam ter sido mais. Podia ter chegado aos 300, só que seis meses a... sei lá o que estive a fazer nesses seis meses. Houve FM pelo meio. Também ajuda que, a partir de certa altura, ficou mais fácil ver filmes e outras coisas. Houve ainda alguns que comecei a ver e desisti a meio, ou felizmente no início. Tive agora os bocadinhos de Natal. Para além dos que falei aqui, ainda vi bocados da enésima repetição do Love Actually, talvez num canal diferente; um pouco o Jackie Chan e do Jet Li aos saltos no Forbidden Kingdom; segundos do Música no Coração (que bom que foi!); não resisti a ver o Singing Bush, nos ¡Three Amigos!; vi um pedaço do Will Ferrell histérico no Kicking & Screaming; e, finalmente, a interpretação do Tiny Dancer prendeu-me alguns minutos no Almost Famous, até ver a cena do «let's deflower the kid», ficar deprimido e mudar de canal.

Vamos lá tentar os 300 em 2010. Estou confiante. Claro que nunca dá em nada, mas estou confiante.

The Jane Austen Book Club

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Um filme muito de mulheres para mulheres.
Gosto de ver estas coisas, não há nada a fazer. Gosto de todas as teorias, de como os homens são uns malandros (há sempre um a trair a esposa), de como nós somos isto e aqui, de como sempre sempre sempre as mulheres dizem uma coisa quando querem ou sentem outra. Gosto de ver mulheres a serem mulheres. E sim, é para não dizer «gaijas». Para tentar evitar ser ofensivo, como de costume. Gosto de ver diálogos cruzados, entre várias pessoas e sempre com um segundo significado. Nesse aspecto, para ver alguém a falar e falar e falar, nada como um conjunto de mulheres a falar sobre livros. E não são quaisquer livros, são livros da Jane Austen!

sábado, dezembro 26, 2009

W.

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Isto podia ter sido uma comédia. Stone decidiu não abusar. Com tantas e boas tiradas que W teve ao longo do seu «reinado», Stone podia ter feito dele um autêntico bobo da corte. Que até foi, verdade seja dita. Até dá a ideia, aqui a meio, que W até sabia o que estava a fazer. Stone podia ter-se focado muito mais no passado. Nas festas. No álcool. Nas judiarias. Bush parece que começou a vida a tentar ser o menos parecido com o pai, mas acabou por tentar ser como ele e falhou até nisso. Contudo, acho que é dado demasiado crédito ao palerma. Uma coisa que achei piada é que, como terá sido na realidade, Bush tinha as suas reuniões ou tomava as decisões, ou de férias, ou em refeições. Que faria no entretanto?

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Paper Heart

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Charlyne Yi, uma cómica/actriz/música americana, faz dela mesma neste suposto documentário. Percorre os Estados Unidos a falar com as pessoas, a ver se alguém consegue explicar-lhe o que é o amor. Logo no início, conhece Michael Cera. O rapazito mostra algum interesse na moçoila e esta não sabe bem o que fazer. Passamos dum documentário para uma história de amor... ou talvez não. A questão é que não dá para saber até que ponto não é tudo combinado. As cenas são filmadas como um documentário. Aparece muita gente (talvez toda) a fazer deles mesmos. Só que há cenas demasiado... não sei.

Meet Dave

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O homem decidiu-se a fazer filmes para putos. Tudo bem. Respeito isso. Este não é nada de especial, mas vê-se bem num domingo à tarde. O impressionante é que ainda conseguiram arranjar três ou quatro cómicos que estão na berra, no momento.
No duelo Elizabeth Banks/Gabrielle Union, confesso que não sei para lado me virar.

domingo, dezembro 20, 2009

The Damned United

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Num dia de jogo grande (que certamente vai trazer-me muitas tristezas), decidi ver um filme sobre futebol (que trouxe-me algumas alegrias).

O problema de fazer filmes baseados em histórias de futebol é que não têm propriamente fim. O futebol continua. Os clubes, maior parte das vezes, continuam. As selecções continuam, às vezes melhor, outras pior. Damned United conta a história dum treinador inglês que, durante um tempo, usou a raiva para com um treinador rival, para tornar-se num treinador de referência em Inglaterra. Claro que não terá sido assim. Toda a gente sabe que, na vida real, as coisas não acontecem só por causa duma coisa. O homem falava e falava. Estava bem apoiado, com uma boa equipa técnica. Quando em problemas, atirava um pouco de dinheiro e lá comprava uns jogadores. Hey, será este homem o ídolo de Mourinho?

Para terminar, o facto de que Michael Sheen será, provavelmente, o actor capaz de caracterizar qualquer personagem em Inglaterra. Já foi Tony Blair, no Queen. Agora é Brian Clough, neste Damned. Ouvi rumores que o próximo papel será de Thatcher.

sábado, dezembro 19, 2009

The Lookout

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Joseph Gordon-Levitt tinha tudo. Menino bonito, filho de dinheiro, sucesso em desportos, inteligente... tudo e um par de botas. Só que, certa noite, decide andar numa estrada secundária com as luzes do carro desligadas. O objectivo era mostrar os pirilampos à namorada. Acabou por mostrar-lhe como era um daqueles tractores gigantes de ceifar, muito próximo, muito rápido. O acidente causou danos cerebrais a Gordon. O rapaz tem problemas de memória, é-lhe difícil encadear eventos, dificuldades em expressar-se, dificuldade em pegar em coisas. A sorte é que tem um trabalho ranhoso num banco, à noite. Isso é muito interessante... para as pessoas erradas.

The Grand

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É, muito simplesmente, um documentário dum torneio de poker. Os jogadores desse torneio são todos cómicos. Alguns realizadores aparecem também, a fazer pequenos ou médios papéis. Tem uma data de gente com piada. Tem alguns que não pensei ver aqui. Há pessoal que percebi que era conhecido, mas que não sei de onde vieram. Representam personagens, atenção. Não estão a fazer deles mesmos. E o mais curioso é que não imagino que tenha havido um guião propriamente dito. Parece-me que foi tudo à base do improviso. Metiam as câmaras. Explicavam a cena, por alto. Bora lá dizer qualquer coisa com piada.

Boy A

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Jack cometeu um crime grave, enquanto miúdo. É posto em liberdade quando atinge idade adulta. Meio perdido no mundo, um tio dá-lhe a mão e aconselha-o a criar uma nova personalidade, uma segunda vida, uma vida alternativa.

É giro ir vendo o filme, vão dando pequenas cenas que mostram que crime cometeu. Sabe-se que é grave. Não se sabe quão grave. Depois é o cliché do costume: não se consegue fugir do passado.

domingo, dezembro 13, 2009

Winged Creatures

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Numa daquelas coisas que já não é só típica nos Estados Unidos, um homem entra num restaurante e começa aos tiros. O filme retrata a forma como um grupo de pessoas lida com o trauma. O Forest vai jogar para um casino, apostando na sorte que teve. A Dakota fica ainda mais estranha e vira-se para dEUS. A Beckinsale só quer meter-se debaixo de alguém e tem dificuldades em fazê-lo (ficção?). O Pearce envenena a mulher diaramente, porque sim. Cada um na sua.

Surrogates

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Que ideia maravilhosa. Que mundo quase perfeito. Quem me dera. Poder ficar em casa, deitadinho, mandar um robô fazer o meu trabalho. Sim, tinha sempre que lá estar, mesmo que fosse só através do robô. Mas não tinha que fazer todas as rotinas matinais. Levantava-me de manhã, arrastava-me para a outra cama, e ligava-me a um robô que até podia já lá estar. Nem precisava de fazer a viagem! Que bonito.

Problemas aqui... Não se pode confiar que se está a assediar quem se está a assediar, ou seja, posso muito bem estar a falar com um robô duma jovem moçoila e afinal estar a falar com um gordo de 50 anos; eu no futuro, portanto. Os desportos vão à vida. O factor erro humano quase que desaparece. Deixa de haver limitações. Não se vêem resultados tristes como os de ontem. Perde a sua piada.

Ok, não consigo ver mais problemas. Só me imagino a não ter que sair de casa para ir trabalhar. Nem vou pela questão de poder ter o aspecto que quisesse ter, fico-me por não ter que me deslocar para fazer coisas. Perfeito.

Wristcutters: A Love Story

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Patrick Fugit acorda, num belo dia, no meio do seu quarto completamente imundo. Tudo desarrumado. Loiça suja por todo o lado. «Está na hora!», pensa ele. Começa a agarrar a roupa toda. Leva a loiça para a cozinha. Aspira. Lava o chão. Toma banho. Veste uma roupa lavada. Pronto, já está tudo limpinho. O rapaz volta à casa-de-banho, tem umas tonturas e desfalece no chão que começa a encher-se de sangue, sangue que sai dos cortes que acabou de fazer nos pulsos. Ali antes de perder os sentidos, repara na bola de cotão que ficou por limpar, a um canto. Bolas!

Fugit vive agora num qualquer limbo meio descolorido, onde ninguém consegue sorrir e as coisas mal funcionam. Quando descobre que a ex-namorada também se suicidou, Fugit arranja um companheiro para fazer a viagem, à procura do amor da vida dele.

sábado, dezembro 12, 2009

All About Steve

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Sandra Bullock faz as palavras cruzadas dum jornal local. Não as faz, tipo passatempo. Não, ela cria-as, como profissão. Sabe línguas e demasiados factos sobre... tudo! Não sendo esquisita o suficiente, tende a não calar-se e usa sempre as mesmas botas vermelhas. Lá tenta ser normal e sai com Bradley Cooper. O rapaz assusta-se e foge. Não tem problema, porque Sandra quer mesmo ser normal. Nem que tenha que andar atrás de Cooper, a segui-lo pelo país, enquanto o rapaz tenta trabalhar.

Hitman

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Não, isto não é bom. Os rumores estavam correctos. Tinha que ver. É um assassino profissional careca. Mauzaroco mas tímido com as mulheres. Tem um código de barras na nuca e o actor chama-se Olyphant. Claro que tinha que ver.

Vantage Point

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À terceira lá acertei.
Comecei o dia com o Taking Wookstock, do Ang Lee. YUK! Vi menos de meia hora.
Seguiu-se o Synedoche, desta vez não só escrito, como também realizado por Charlie Kaufman. Gosto dele. Por isso é que ainda aguentei uma hora. O homem precisa de outra pessoa a realizar. Alguém que meta travões à esquisitice que lhe vai no cérebro.
Vantage Point consegui ver até ao fim. A premissa é engraçada. Dá-se um atentado ao presidente dos Estados Unidos, numa cimeira de paz em Salamanca. Seguimos alguns pontos de vista diferentes, até ao incidente. Vamos vendo como se juntam as peças. Algum toque a 24, mas tem twists engraçados, embora outros seja previsíveis. Não sei é como me sinto a ver o velho do Dennis Quaid a correr. O homem faz umas expressões estranhas, quando está em esforço.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Miracle at St. Anna

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Achei esquisito que o último de Spike Lee tenha demorado um ano a chegar a Portugal. Achei esquisito como é que toda a gente ficou doida por o Tarantino ter feito um filme da Segunda Grande Guerra, e foi ignorado o facto que Spike fê-lo um ano antes. Achei esquisito que este Miracle tivesse passado tanto ao lado.

Até ver o filme.

Ao princípio ainda pensei que fosse a criticar qualquer coisa tipo «Operation: Get behind the Darkies», só que havia ali um toque de fantasia que estava a fazer-me comichão. Pensei que fosse só o início. Pensei que fosse impressão minha. Não. Foi o mote. É que ainda por cima tem duas horas e tal!

domingo, dezembro 06, 2009

Extract

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A sério, Mike? É isto que tens para acrescentar ao mundo? Quer dizer, não é mau. Não é como o Idiocracy. Esse era horrível. Este é só um daqueles que não acrescenta nada, que começa e acaba exactamente no mesmo ponto. Sim, poder-se-á argumentar que os persongens passaram pelo ponto onde se viram a perder tudo e agora já darão valor ao que têm, mas bleeeeeeeehhh... quem é que quer ver isso?! Em todo o caso, o que interessa verdadeiramente é que preciso dum favor. Preciso que alguém me explica como e quando é que isto aconteceu:

Jennifer's Body

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Do toque da Diablo Cody temos as bocas, os diálogos e a angústia reconhecida de secundário. Há alguns momentos assustadores, bem realizados, que faz disto um divertido filme de terror. Mas o principal é que todo o filme é virado para a sensualidade (deveria dizer sexualidade?) de Megan Fox. Isto garante uma data de momentos clichés pirosos, que se esperam mas que funcionam com maior parte dos fãs da moça. Contudo, até que deram um belo momento cinematográfico quando, do nada e sem qualquer objectivo, as duas amigas, Megan e a miúda do Mama Mia, dão uns bonitos beijinhos. Mexeu comigo, admito. Claro que para os que vão ver o filme apenas com o intuito de babarem-se com o último sex symbol, tenham cuidado com algumas cenas. Digam lá que ela não está bonita aqui:

Assassination of a High School President

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Um aluno de secundário investiga um presidente da associação para uma reportagem no jornal da escola, revelando o roubo duns exames de SAT. Passa de totó para herói da escola, apenas para descobrir que foi usado para incriminar o rapaz.

Sóbrio e algo adulto, misturado com um toque de um humor e alguma nudez da Mischa Barton, embora não seja a primeira vez que tal acontece.

sábado, dezembro 05, 2009

Pandorum

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Antes de mais, convém alertar que não é apenas um filme de ficção científica. Passa-se numa nave espacial, sim. Só que depois tem ainda aquele factor medo, à la Alien, com bichos no escuro, nos corredores e nos canais de ventilação, a arrastarem-se de um lado para o outro, a caçar os coitadinhos dos humanos.

Tem algumas partes mais paradas. Uns desenrolares de história previsíveis mas bons. Não está nada mau e, por muito que não faça sentido, até gostava que voltassem a este universo, com uma sequela ou uma série.

Cloudy with a Chance of Meatballs

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O Bill Hader finalmente faz qualquer coisa no papel principal e ninguém vai saber que é ele.

Bill é inventor desde pequeno. Inventa é sempre coisas que não são... bem feitas. Numa pequena cidade, numa ilha, no meio do Atlântico, Bill é visto como um esquisitóide perdedor, que diz as coisas que está a fazer (neste caso, hilariante, sim). Até ao dia em que inventa uma máquina que transforma água em comida e começam a chover hambúrgueres.

Sim, a ideia de acordar e estar a «chover» ou «nevar» gelado é muito, mas muito apelativa.

Porque é que ninguém inventa coisas úteis!!

American Pie Presents: The Book of Love

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Eles continuam a fazê-los!

Já vamos em quantos? Cinco? Seis? Esta tarte está a tornar-se um pouco galdéria, tenho a dizer.
Porque é que continuo a ver? São mamocas. Mais coisas divertidas. Não que mamocas não sejam divertidas, atenção. É qualquer coisa descontraída para ver. E, mais que não seja, dá-me o pretexto para escrever mamocas várias vezes.

Public Enemies

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Intervenções curtas para um filme demasiado longo.
Quando vi o trailer, fez-me alguma confusão as cenas filmadas em digital. Sim, é uma imagem mais bonita. Sim, é uma imagem mais realista. Lamento, quando vejo ficção, não quero real. Faz-me confusão e não sei se gosto. Ainda não decidi. Outra coisa que faz-me confusão é endeusamentos de maus da fita. Não concebo que gangsters sejam tratados como estrelas de cinema. Perturba-me que tenham e continuem a ser tratados e vistos assim. O Dillinger matou, roubou e provavelmente bateu e violou, como todos os outros. Não é por lhe meterem uma carinha laroca que deixa de ser quem foi. Pensei em acrescentar a Cotillard ao Top 10, mas ela aqui está fraquinha. O Michael Mann é o maior porque há uma data de actores com nome que aparecem só com uma fala. As cenas de acção estão boas, as falas, especialmente as «românticas», nem por isso. Demasiado cliché. E eu até sou fã de clichés.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Popcorn

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Uma comédia a gozar com os clichês usuais de filmes, tentando fugir deles no enredo principal. Falhou na tentativa, claro.