domingo, dezembro 29, 2013

Riddick

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Muito pode ser apontado de errado. É verdade. Há muita coisa mal e mesmo muita chata neste terceiro episódio duma saga da qual ninguém quer saber. Não acredito que haja uma pessoa a seguir a «história». Aliás, vê-se. O primeiro era muito simples e houve umas pessoas a achar piada. Defendo que a ideia não era má. Subiu-lhes a fama à cabeça. Para o segundo tentaram arranjar um enredo todo desenvolvido. Não correu bem. Voltaram à fórmula simples. Voltaram a meter Riddick num ambiente hostil. Não tem que falar ou pensar muito. Só tem que sobreviver. O problema é ser tarde demais para isso e, ainda por cima, como disse antes, ninguém quer saber. Não ajuda que a primeira meia hora do filme parecesse um episódio do National Geographic, num planeta estranho.

Contudo, há uma parte muito importante a respeitar. É algo que já não via há algum tempo. Surpreendeu-me. Ainda para mais de quem é. Imagino que tenham tentado muitas pessoas para este papel. Do meu ponto de vista fico contente que seja Katee Sackoff. Por outro lado tenho pena que a carreira da Starbuck não esteja a correr da melhor forma. O que é certo é que, por muito que seja discutível haver melhores ou não, Sackoff é uma óptima opção para o reavivar da bela tradição que é o side boob. Aquele momento mágico que nenhum homem está à espera quando vê um filme, mas que nos deixa baralhados até bem depois do final. Havendo hipótese, chegamos mesmo a pausar, a andar para trás e para a frente, ou mesmo a abrandar a imagem, só para poder apreciar toda a beleza do momento. Confesso que tenho a imagem pausada neste preciso instante, no canto do ecrã, enquanto escrevo estas míseras palavras.

Espero que esta nobra arte cinematográfica regresse. Não precisa ser em todos os filmes, senão deixará de ter o efeito surpresa. Só assim de vez em quando. Seria positivo.

L!fe Happens

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Ontem mesmo desisti de ver outro filme da mesma realizadora de L!fe Happens. Meia hora de piadas e desenvolvimentos de história parvos foi suficiente. Este funciona um pouco melhor, embora não bem. As premissas são sempre simples, não que me incomode. As interacções é que acabam por ser demasiado previsíveis. Suponho que continuem a dar-lhe trabalho porque a mulher tem conhecimentos. Qualquer um dos seus filmes tem sempre muita gente conhecida. Haverá uma aula de ioga ou uma trampa assim onde os tenha conhecido a todos. Não imagino que os tenha convencido mostrando os guiões.

Parte positiva do filme: Rachel Bilson é uma virgem que passa o filme todo em trajes menores. Ponto alto foi quando se vestiu de empregada francesa.

The Butler

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O Cusack faz de Nixon. Um gajo com tanta pinta a fazer de Nixon. E claro que faz bem. OK. Já posso dizer que vi tudo o que havia para ver na vida.

The Butler é o Forrest Gump versão afro-americana, para ser politicamente correcto... para além de irritante a dobrar. Aqui temos um cavalheiro que passou por todos os momentos mais históricos dos EUA para esta raça, ainda por cima assistindo dum sítio privilegiado: a Casa Branca. E, em boa verdade, pouco ou nada fez com esta posição/poder, assim por dizer. Influenciou, claro que sim. E a partir de certa altura lá ganhou tomates para fazer alguma coisa. E então?

Vejo The Butler, acima de tudo, como uma possibilidade para uma data de actores interagirem com a pessoa mais importante e influente dentro e fora deste filme (e isto inclui qualquer presidente): Oprah Winfrey.

sábado, dezembro 28, 2013

The Family

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De Niro volta a fazer um filme porreiro. Volta a ser gangster. Existirá alguma relação?

Imagino que seja frustrante para um actor ser typecasted, mas se a coisa funciona... Também vemos Tommy Lee a fazer sempre de agente e adoramos o homem. Não o vejo a queixar-se.

Fora todas estas questões, mais o enredo que é bastante simples, The Family fez-me pensar na proteção às testemunhas. Primeiro, acho perfeito viver às custas do estado sem ter que fazer nada. Não quero saber se para isso é preciso ter a vida em risco. Tenho que trabalhar? Não, pois não. É-me impossível ver qualquer desvantagem neste esquema. Segundo, quem faz as mudanças? Serão os próprios agentes do FBI ou da CIA? Terão um departamento de mudanças? É que não podem propriamente contratar uma empresa. Seria dar pistas e ter demasiadas pessoas a saber da mudança. Mais, como é que arrendam casas? É que basta alguém passar uma factura ao FBI (ou CIA) para ser logo suspeito, não? OK, claro que será uma empresa fictícia a pagar as rendas, ou a contratar mudanças, ou a comprar edifícios. Mesmo assim. Terceiro, quem escolhe o destino? Noutros filmes ou séries dá-se a entender que é onde o FBI/CIA têm casas. Voltamos ao mesmo problema. O FBI/CIA tem casas? Isto não é ter papelada demasiado reveladora? Em todo o caso, por norma colocam-se testemunhas em sítios específicos e controlados. A família deste filme foi para França. Confesso que não seria o meu primeiro destino para mudar completamente de vida, mas já seria bom só poder sair do país. Quarto e último, que acontece se o casal protegido se divorciar? É uma situação stressante. É bastante provável de acontecer, não? Imaginemos que o marido testemunha. A mulher vai com ele para a protecção. Ela farta-se, mete-lhe os palitos, tenta matá-lo... Qualquer coisa. Separam-se. Que acontece à mulher? Continua sob protecção? Tendo em conta que o marido é que é procurado, tem qualquer direito? Pode-se até pensar nisto da protecção de testemunhas como a última forma de preservar um casamento. É curioso.

Fruitvale Station

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Levante o braço quem estiver farto de filmes baseados em histórias reais. Parece que não vi outra coisa em 2013. Hey, Hollywood, se quiser ver a realidade meto a cabeça fora da janela, OK? Mas não mais que isso. E não durante muito tempo. Está frio.

Fruitvale Station relata os últimos momentos na vida de Oscar Grant III, no último dia de 2008. Em boa verdade, é no último dia de 2008 e no primeiro de 2009, mas é mais dramático ter tudo a acabar ao mesmo tempo. A personalidade de Oscar é um pouco bipolar, fruto dos testemunhos de várias pessoas daquilo que foi o desenrolar do seu dia. Em alguns momentos era mais violento e irracional, noutros todo fofinho e atencioso. Talvez fosse assim, mas o mais provável é ser consequência duma história contada a várias vozes, umas conhecendo-o melhor que outras.

Está bem contado. Mais custa-me dizer, dada a natureza dos factos.

sexta-feira, dezembro 27, 2013

Don Jon


There's only a few things I really care about in life. My body, my pad, my ride, my family, my church, my boys, my girls... and my porn. I know that last one sounds weird, but I'm just being honest. Nothing else does it for me the same way. Not even real pussy. And, yo, I get plenty of that.

Segundo filme seguido com a J-Mo. Junta-se ainda a Scarlett, a Brie Larson (com apenas uma intervenção mas brilhante, mesmo assim), num registo totalmente diferente o Tony Danza, e tudo isto num primeiro filme realizado pelo Joseph Gordon-Levitt. Para primeira tentativa não está nada mau. A premissa é boa, embora parece-me que ele tenha perdido coragem de ir até ao fim. Em todo o caso, gostei como o vício em pornografia não foi considerado «à americana» e o rapaz não teve que ter uma intervenção, ou participado num qualquer programa. Essa parte gostei bastante. Foi uma coisa racional, pensada e falada. Depois, gostei das cenas em que a Scarlett aparece. Quase todas. Nas últimas... bem, não vou estragar. Vou só dizer que a personagem surpreendeu. Tive pena que não fosse pelo caminho que tinha imaginado, mas acedo que talvez estivesse a fazer o filme (adulto) todo na minha cabeça. E gostei ainda da narrativa, do repetir de cenas e, por incrível que parece, dos confessionários. O final... O meu problema é sempre o final.

Convém perceber uma coisa. Eu ter problemas com o final é positivo. Quer dizer que gostei. Quero dizer que não queria que acabasse... fosse como fosse.

terça-feira, dezembro 24, 2013

The English Teacher

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Ter a Julianne Moore como professora no secundário... Ora aí está um conceito.

Totó em todo o lado, menos na sala de aula, J-Mo é uma solteirona, para além de idealista. Não no bom sentido. Com tanto romance lido desde tenra idade, as noções de romance roçam o impossível, senão apenas o improvável. Tudo tem que ser perfeito. E quando um dos seus melhores alunos regressa à terrinha, depois duma tentativa algo falhada de ser escritor em Nova Iorque, J-Mo deixa-se levar por uma possível história em plena realidade. Ajuda o rapaz a suplantar-se, mais uma vez, e convence-o a encenar a peça no seu ex-secundário. A ex-professora acredita no seu ex-aluno, tanto que acaba por ter s-ex-o com o rapaz na sala de aula.

Os alunos não estavam presentes. Calma. Não é esse tipo de filme.

A partir daí é drama e caos de cidade pequena, com toda a gente a meter-se em bicos dos pés para aparecer. O costume.

domingo, dezembro 22, 2013

Runner Runner

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Tenho que arranjar uma categoria nova para filmes destes. «Barrete garantido» ou algo assim. É que vi o trailer e... Bem, não me vou armar. Quando vi o trailer fiquei confundido. Não sabia se esperava uma valente trampa ou algo só parvo. Havia a dúvida. E, na dúvida...

Os produtores/realizador fiaram-se nas três carinhas larocas, achando que não precisavam de mais nada. Não interessa se o enredo é colado a cuspo, ou se cada momento é previsível. Não interessa. Têm uma premissa porreira (jogo), dois «actores» bonitos e o Batman. Para além de filmarem na Costa Rica... se é que alguma coisa foi lá filmada. Tudo o resto aconteceria naturalmente.

Não, meus amigos. Não é assim que funciona. E não me interessa a mensagem fajuta de que a realização desta obra empregou uma data de gente. Gastar um cêntimo que seja nesta trampa é ser roubado. Limpar o meu teclaro seria mais interessante e se calhar mais supreendente do que ver Runner Runner.

Stories We Tell

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De repente dei por mim a ver um documentário. É estúpido. Eu ver um documentário é estúpido. Não é o documentário que é estúpido. Embora muitos sejam. Para o caso de haver dúvidas, não sou fã do género, digamos assim. Fui surpreendido por ser um documentário. Como raios é que veio parar à lista de coisas que tenho para ver? E pensei em desistir muitas e muitas vezes, ao início. Só que fui deixando andar. Muito por inépcia. Maior parte por inépcia, aliás. Sempre a pensar que eventualmente lembrar-me-ia de fazer algo mais interessante e esqueceria o documentário. Nada mais interessante surgiu. É verdade que tenho compras de natal para fazer, mas não posso dizer que enfiar-me num centro comercial em vésperas de natal possa ser mais interessante que estes documentário. Muitos merecerão essa distinção. Por acaso, este não. Fui vendo, até para perceber o objectivo. Depois deixei-me estar apenas e só por fascínio mórbido. Da mesma forma como muita gente abranda para ver o resultado dum acidente, eu fiquei a ver pelo fascínio de saber os podres da família Polley. Se a princípio o fócus parece ser a perda da figura matriarcal duma família, cedo se percebe que entramos mais no campo da infidelidade e dos segredos. Incomoda-me aceder, mas tenho a minha costela de alcoviteira. Deu-me gozo saber que o pai da realizadora não é o verdadeiro. Por muito que seja aquele gozo reles, que daqui a pouco nem me lembrarei que tive.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Rapture-Palooza

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Como vejo o processo criativo para este filme:

Estão uma data de escritores nerds enfiados numa sala numa sexta à noite. Porque querem. Porque não têm vida social. (I can relate.) Mas atenção. Isto são nerds poderosos. Têm os melhores cómicos como amiguinhos. Interessa aos cómicos dar-se com bons escritores. Na dita reunião, às tantas, num misto de enfado e frustração, um dos nerds diz «E que tal fazer um filme em que a Anna Hendrick aparece de vestido branco muito decotado, e dá para perceber um bocadinho da sombra dos mamilos?»

A sala foi ao rubro.

Sem saber como nem porquê, o filme tinha que ser feito. Os meios existiam. Um par de telefonemas e todos os cómicos amigos estavam obrigados a entrar. Ninguém sabia a história. Nem era preciso saber. Essa parte poderia ficar para depois.

E assim temos (mais) um filme sobre o apocalipse e como algumas pessoas foram para o céu e outras não. E um casal simpático enfrenta o anticristo, que quer ir para a cama com a Hendrick... que é virgem porque anda com o über freek... ou geek.

domingo, dezembro 15, 2013

Saving Santa

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Segunda tentativa de ter um domingo de manhã com bonecos... Segundo tiro ao poste. Ainda para mais com este a acabar a meio da tarde.

Saving Santa é uma espécie de Regresso ao Futuro 2, com toda a confusão de viagens no tempo que isso implica. Como se tal não bastasse, metem-se a cantar, de vez em quando. Ou seja, conjuga-se a dor de cabeça pela confusão, com a dor de ouvidos por ter que ouvir músicas irritantes, esticadas ao limite para fazer sentido na história. Terão mudado a história para poder fazer músicas com determidada letra? Faria sentido.

Se for uma escolha entre ver Saving Santa ou o Sozinho em Casa pela 20.ª vez... venha de lá o Culkin mais conhecido de todos, ainda em fase pré-narcóticos pesados.

Justin and the Knights of Valour

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Uma pessoa bem tenta ter um domingo de manhã em condições, mas a qualidade dos bonecos que andam por aí não é das melhores.

Este Justin é uma produção do Banderas. Vá-se lá saber porquê, o único espanhol que tolero decidiu meter-se a produzir filmes de baixo orçamento e, consequentemente, de baixa qualidade. Não que uma coisa implique a outra. E quem sou eu para dizer o que é ou não é de baixo orçamento. Em boa verdade, também não deveria falar de qualidade. Que estou então a fazer? Não sei. Perdi-me no raciocínio.

Justin e os outros não é nada de especial. É uma coisa que vê-se. Não cheguei a perceber muito bem qual era o moral da história. Não pensei muito no assunto. Acho estranho que se esteja a tentar ter mais cavaleiros e menos leis, para melhor proteger as pessoas. É como dizer que é melhor ter vigilantes do que regras. Daí que não sei se isto é ou não recomendável para crianças. Se bem que se formos por moralidade em desenhos animados, nunca mais daqui saímos.

CBGB

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Fuck Max's. This place has dog shit.

Não seria o aroma que tornou CBGB especial. Era um bar... um «clube», como dizem os americanos... que marcou o movimento punk, a música nos anos 80, e uma data de bandas que hoje damos como adquiridas. Lá tocaram Blondie, Talking Head, Ramones, Police, Dead Boys e muitos, muitos outros. Mais, muitas destas bandas começaram lá. Muitas destas bandas devem a sua carreira a um desorientado de primeira apanha, que certo dia quis abrir o seu terceiro bar (os dois anteriores faliram), para que pudessem lá tocar bandas de country. O plano saiu-lhe um pouco ao lado e, completamente por acidente, o local, o dono, as pessoas, o momento tornou-se lenda.

E durante o filme só pensava em dois amigos que quiseram ser uma sigla. Ficou no final a ideia de ver com eles, há uns anos atrás, num cinema bem conhecido, numa noite de rotina semanal. Teria sido especial. Imagino-os histéricos a sair da sala, a disparar comentários a metro. Agora imagino-o como especial. Se tem acontecido teria sido muito irritante, por certo. Mas teria sido fixe.

sábado, dezembro 14, 2013

The Look of Love

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The Look of Love narra a história do pornógrafo... OK, vá, empresário britânico que a certa altura foi o homem mais rico de Inglaterra. Não é para qualquer um. Claro que neste tipo de negócio, naquela altura, não dava para não fazer dinheiro. Em boa verdade, não é a essa parte que me impressiona. Ficarei sempre de boca aberta ao ver alguém casado com a Anna Friel. Ainda para mais sendo essa pessoa o Steve Coogan. Largou-a por uma ruiva. Respeito isso até certo ponto. Precisamente até ao ponto em que vi a sessão fotográfica que Friel fez para a revista erótica do marido. No filme, entenda-se. E que bela sessão fotográfica foi. Em especial as cenas na banheira. A ruiva era qualquer coisa de estonteante, sim. E convenhamos que neste filme o que não faltam são pares de seios descobertos. Mas para a Anna Friel reservo um espaço muito especial no meu coração. Espaço esse que aumentou de tamanho depois de ver este filme. (O espaço no coração aumentou. Vá. Apesar da temática, vamos lá manter algum decoro.)

Mas isto não foi a única história de gente empreendedora em décadas de outrora que vi esta noite.

Prisoners

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Quem é que teve a ideia de chamar Loki ao personagem do Gyllenhaal? Ainda por cima com o Wolverine mesmo ali.

Uma coisa posso dizer com toda a franqueza: o agente do Gyllenhaal é muito bom. Este actor por quem já ninguém dava grande coisa (eu já não dava, entenda-se), anda só a fazer bons filmes. Porque Prisoners é bom. Ao início assusta a duração de duas horas e meia, mas o filme envolve e vai sempre em crescendo. Não há momentos mortos que não tenham esse propósito. Para mais, vão-se dando sempre pistas, que sabemos que são pistas, mas que não fazem qualquer sentido no momento. No final... no final tudo faz sentido. Não que fosse complicado saber quem são os vilões. Não tem muitos personagens. O como e o porquê eram o desafio.

Culminando, é um óptimo elenco... se bem que foi assustador ver a Bello tão inchada e desconxabida.

terça-feira, dezembro 10, 2013

The Last Days on Mars

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Bastava-me dizer três palavras e poupava imenso tempo com este post. O problema é que ao dizê-lo estrago qualquer possibilidade de alguém ver o filme «às cegas». Assumindo que não viu nem trailers, nem críticas, claro. Ok, pelo menos a palavra do meio vou dizer: «no». Pronto. Já poupei pelo menos cinco minutos de escrita. Atenção que é português. Ou seja, não é «não» em inglês. E está bem escrito. Não queria dizer «despido».

O filme é um pouco secante. Isto porque agarra-se à premissa que não posso falar (a tal que consta de três palavras) e fica-se um pouco por aí... e pelo facto de passar-se em Marte. O que, convenhamos, já não impressiona ninguém. Depois, a própria premissa é um pouco... meh. Não funciona em Marte, no meu entender. Poderia funcionar. Percebo que alguém tenha ficado entusiasmado com a ideia. Após análise mais profunda deveria ter dado para perceber que não há assim tanto que fazer.

«Espaço». A terceira palavra é «espaço». Não me apetece escrever mais. Fico por aqui.

domingo, dezembro 01, 2013

Prince Avalanche

Este é o filme com o Paul Rudd que pensava estar a ver no outro dia.

Aqui há uns tempos pus-me a ver um conjunto de trailers duma lista de supostas comédias. Prince Avalanche constava da lista. Prince Avalanche não é uma «comédia». Tem os seus momentos lúdicos, é certo, mas não têm o intuito de fazer rir o espectador. É um erro comum nestes americanos que propagam rótulos de(o) género. Continuo sem perceber porquê. Anos e anos passam. A tecnologia evolve. A língua muda, com novas palavras a serem acrescentadas ao dicionário. E ninguém arranjou um nome para este género? São o meu tipo preferido de filmes... se tivesse que escolher... se tivesse uma arma apontada à cabeça. Era ser uma pessoa com um pouco mais de ego do que sou (irritante, digamos) e chamar-lhes-ia «DaMaSCos».

Era o que Hollywood merecia.

The Smurfs 2

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O dia começou com uma dose série demais, e ainda por cima irónica como tudo. Falo da morte do rapazito que não sabia representar, mas que metia mudanças até mais não num carro.

Tinha que ver alguma coisa simples, que não obrigasse a pensar. A escolha desta sequela era arriscada, mesmo assim. Poderia sair de tal forma irritado disto que só mandava vir com o mundo. Não aconteceu. Aconteceu antes aperceber-me de algo estranho: estou tolerante com sequelas de primeiros filmes muito fracos e odiosos. Poderei estar mais relaxado. Poderei ter criado anti-corpos à primeira. Não sei. Não acho Smurfs 2 bom, nem o recomendaria sequer a alguém que conheça mal, mas já acho que faça sentido miúdos verem.

Sim, eu sei que são o público-alvo, mas algo ser feito para alguém específico não me leva a achar bem esse alguém o ver. Passa-se que até deixaria a sobrinha ver os bichinhos azuis pequenitos. São divertidos e, acima de tudo, tontos o suficiente.

Agora, ninguém no seu perfeito juízo meta-se a ver este filme só porque sim. Não cometam os meus erros. Aprendam com eles.

E para se perceber porque comecei com a conversa da ironia, logo após ver Smurfs 2 vi um episódio antigo de How I Met Your Mother (escolhido aleatoriamente) onde entra esta mulher do Barney, destes dois filmes.

Oz: The Great and Powerful

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A noite não se ficou por aqui.

Para terminar um belo serão cinematográfico (não tanto porque são excelentes filmes, mais porque deu para descontrair e descansar) enveredei por algo que andava há algum tempo a evitar. Isto porque parecia uma péssima ideia querer mexer num universo que funcionou tão bem. Quer dizer, não é dizer por menos. Estamos a falar dum dos clássicos do cinema. Quem no seu perfeito juízo quererá mexer nisso? Ok, maluquinhos destes até não é difícil encontrar. Já tontinhos com dinheiro para bancar uma aventura destas é que parece-me fantasia provocada por narcóticos fortes. Ou não existisse a Disney...

Esta prequela não é nada de especial por vários motivos, sendo o principal a falta de qualidade de Raimi. Fazer parvoíces será com ele (continuo a adorar as séries baseadas em mitologia grega). Já filmes a sério... dentro de universos de fantasia, claro está... não é a sua cena. Porque implica ter diálogos decentes. Convém saber dirigir actores. Aqui não há a desculpa que não sabem representar. E ter uma história interessante também ajuda. Mesmo que se possa dizer que há algum interesse em saber como determinadas coisas vieram a aparecer no mundo de Oz, ninguém acredita no palerma do Franco para fazer o que seja. Logo aí vai tudo por terra.

Há uma cena incrível em Oz: a ideia de Mila Kunis e Rachel Weisz serem irmãs, e poder pensar-se em clonar com base nesta árvore geneológica.

sábado, novembro 30, 2013

Alan Partridge: Alpha Papa

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E a escolha recaiu sobre mais uma interpretação do Steve Coogan deste personagem. Creio que cá não é tão popular. Eu mesmo só me apercebi há pouco tempo que Coogan, para todos os efeitos, tornou-se famoso com este personagem irritante. Assumi que o teria enterrado. Pelos vistos não.
 
Até me ri um par de vezes. Mais que não seja porque gosto do Coogan. Só que não consigo achar piada ao personagem. Nunca consegui. Mesmo antes do filme. Em tempos vi um par de sketches e pareceu-me só parvo. Parece que a popularidade no Reino Unido até a um filme levou. Não percebo. 

Mas serviu também o seu propósito... mais ou menos. Já não terei pesadelos sobre casas assombradas. Terei sim sobre o rabo de Coogan, que aqui surge desnudado.

The Conjuring

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- It's gonna be great.

Não. Não, não vai, querida.

Com que então foi este um dos filmes do verão? Não tanto pela qualidade, se bem que a tem. Mais porque foi uma produção de orçamento «pequeno» (comparado com os restante blockbusters), a fazer bastante dinheiro. E lá está, tem mérito. O filme é assustador, está bem feito, tem bons apontamentos a cenas clássicas de terror. Eu tive medo. Não se pode pedir mais nada.

O filme acabou por ter uma pequena coisa que irritou-me, que não vou referir. Mas no seu global divertiu-me bastante. Tanto que a seguir tenho que ver uma comédia estúpida, só para não ter pesadelos.

domingo, novembro 17, 2013

Behind The Candelabra

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Este filme é gay.

Percy Jackson: Sea of Monsters

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Mais uma daquelas coisas que só eu é que reparei, de certeza: a sequela deste universo baseado na mitologia grega foi realizado pelo deus do trovão da mitologia nórdica. Uau!

Sempre conseguiram continuar com isto. Peculiar.. O primeiro não se pagou. Este vai pelo mesmo caminho. E desde quando é que um filme deste género só tem hora e meia? Faltou orçamento, certo? Nota-se no ritmo e desenrolar do filme.

Em termos de qualidade, a sequela custou menos a ver. Fez pouco sentido. Os actores continuam maus. Só que deu para estar entretido. Acaba por ser um «filme de domingo à tarde» competente.

Não mais que isso. Também não entremos em loucuras.

sábado, novembro 16, 2013

All Is Bright

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- You don't want me to be a thief? I will stop being a thief.
- What would be left of you?


Pensava que ia ver um filme com o Paul Rudd e o Emile Hirsch. Vi um filme com o Paul Rudd e o Paul Giamatti. Foi estranho. Estava a mais de meio quando apercebi-me que via o filme errado.

E a Sally Hawkins é uma actriz do caraças. Fui eu que descobri agora. Não acredito que alguém no mundo já tivesse percebido ou mencionado algo sequer parecido. Eu sou assim. Um caça talentos extraordinário. Uma visão sem par.

O filme tem um final giro.

terça-feira, novembro 12, 2013

The Fitzgerald Family Christmas

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Confuso nos primeiros minutos. Não pela história. Mais porque Burns usa sempre os mesmos actores. Acabam por ser os mesmo irmãos e irmãs. Alguns deles foram interesses amorosos e neste foram irmãs. Às tantas pensei que fosse uma sequela e já não me lembrava dos pormenores. Pensei em interromper para dar uma vista de olhos rápida ao outro filme. Não. É um original. E engraçado. Não incrível, mas engraçado. É toda uma família grande com problemas para cada um dos irmãos, com o drama central de terem um pai que é um traste. Abandonou a família. O mais velho teve que ser pai de quase todos. Os do meio tomaram conta dos mais novos. Os mais novos não tiveram uma figura paternal de jeito. Agora é Natal. A mãe celebra o 70.º aniversário. E apesar de alguns não terem paciência para aturar outros, são uma família, que se ama e apoia nos momentos complicados, por muito que não estejam presentes nos bons.

É um filme à Burns, o que agrada-me sempre.

domingo, novembro 10, 2013

Lovelace

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...ver outra biografia feita à pressa.

A grande diferença é que esta teve realmente momentos marcantes para mim. Não necessariamente por este versão da realidade. Mais pelo filme original em si. Acho que foi uma longa metragem que marcou muita gente.

Claro que, acima de tudo, marcou a vida da Linda (preencher último nome como melhor entenderem). Foi mais uma miúda tonta que deixou-se deslumbrar por um idiota. Há é uma imagem que não passou bem no filme. A própria Linda criticou e mandou vir não só com o ex-marido. Cheguei a ler críticas à indústria pornográfica. Há um sinal claro do abuso por parte destes senhores: Deep Throat terá sido dos filmes pornográficos mais lucrativos de sempre. E a mulher, a grande estrela, quem faz o filme o que é, recebeu uma ninharia. De resto, até passa a imagem que foram bastante queridos e fofinhos com ela.

Ah, os anos 70, quando a pornografia era considerada uma forma de arte...

jOBS

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A importância deste relato é tremenda. Só aqui podemos ver imagens poderosas sobre a vida de alguém que marcou o mundo. Sei que nunca serei o mesmo depois de momentos como:
- Ashton Kutcher a fazer a barba;
- Ashton Kutcher a chorar;
- Josh Gad a chorar e Ashton Kutcher quase a chorar;
- Dermot Mulroney quase a chorar quando Ashton Kutcher já tinha quase chorado numa cena semelhante;
- A outra que não teve nome a chorar muito;
- O Lukas Haas que teve motivos para chorar... mas aguentou-se;
- Ashton Kutcher a ter que assinar um papel;
- Ashton Kutcher quase a chorar muitas outras vezes;
- Ashton Kutcher a fazer corredores, com ou sem pessoas à volta, naquele andar trongo que conseguiu imitar bem (pelos vistos) do Steve Jobs;
- Reuniões decisivas com discursos emblemáticos e votações de braço no ar;
- Ashton Kutcher descalço;
- Ou ainda... a evolução do cabelo de Josh Gad.

É inspirador. Dá vontade de...

terça-feira, novembro 05, 2013

The To Do List

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Well, let's get to work, vagina.

Para quê dizer mais alguma coisa? Só vou estragar. Aubrey Plaza mete a vagina a trabalhar. Nem mais. Até ali a dita não tinha feito nada. Já não era sem tempo. E verdade seja dita, a moça cumpre os seus objectivos, sejam listas tontas, seja tarefas específicas. Tem é que ir preparada para a universidade. Parece-me importante. Havendo algo mais a referir, só que começo a ganhar uma paixoneta pela Alia Shawcat, agora que deixa de ser tão miúda. E a Connie Britton continua lá... isto no outro lado do prisma, claro está.

segunda-feira, novembro 04, 2013

Thor: The Dark World

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Foi curioso que antes do filme deram o trailer do Hobbit, parte 2. Deu para fazer comparações. Nada a ver com história e essas coisas. Nada disso. Comparação de elfos.

No universo do Senhor da Anilha os elfos são bonzinhos... no geral. Aqui no universo deus nórdico os elfos são maus. Contudo, há pontos muito em comum. Claro que têm todos aquele ar «élfico». Acima de tudo, todos têm um cabelo incrível, sempre bem penteado. Então se formos ao contraste de cabelos entre elfos (maus) e asgardianos (bons) notamos uma diferença enorme. É que os maus têm um penteado extraordinário, com tranças dentro de tranças, dentro de tranças. Uma cena de sonho. Mesmo depois de andarem à porrada e mesmo se forem derrotados. Já os asgardianos basta apanharem um bocadinho de vento e lá se vai o penteado todo. Ainda têm umas tranças aqui e ali, mas já ameaça ser quase aquela coisa meio rasta, toda cheia de pontas soltas. E sujos, sempre. Muito sujos. Tirando o Loki. O deus do logro tem o seu cabelo muito bem mantido. Mesmo numas situações de vento excessivo, nunca desmancha nem atrapalha. Faz algum sentido, ou não fosse um rapazolas meio arraçado.

Nota para quem for ao cinema ver: ficar até ao fim. Fim, fim. Não é o fim logo após o fim, antes do genérico final. É até as luzes da tela e sala acenderem, fim.

domingo, novembro 03, 2013

Planes

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Qual é a cena do melhor corredor de seja o que for ser sempre um idiota? Acontece em todos os filmes de animação de corridas. Seja carros, aviões, barcos ou o raio. Há sempre um gajo que ganha tudo e é um palerma salafrário. O público idolatra-o, mas apenas porque não o conhece. E vamos ainda mais à frente com esta questão: sendo que o herói vai passar a ser o novo campeão, a ganhar tudo, será que também vai tornar-se um idiota? Ou só ficam ainda mais idiotas aqueles que começam por ser idiotas? Sê-lo não será condição para o ser campeão, senão o herói não conseguia.

Há aqui uma possibilidade de torcermos por um herói que tornar-se-á o vilão que odiamos originalmente. Não é assustador?

Já o filme não é nada de especial. Não era assim grande fã do universo criado. Acho que, acima de tudo, porque é para miúdos. Não critico. Não será é para mim.

Turbo

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Esperava uns caracóis saídos da casca, por assim dizer. Não esperava um caracol todo speedado com nox. É esta a mensagem que queremos passar aos miúdos, que se mandarem um mergulho em nox, o raio do líquido altera completamente o ADN ao ponto de poder entrar numa corrida de carros... sem o carro?

A piada é parva, mas chama a atenção para o grande problema do filme: a história. O caracol salta de fantasias para a realidade de entrar no Indy 500. Sem carro. Sem preparação. Só com nox a alimentar-lhe o organismo. E não é como se conseguisse falar. Os humanos percebem-nos... porque é fácil perceber um caracol, claro. Sei o ridículo que soa estar a questionar uma premissa de filme animado, mas é exagero. Até entendia uma data de caracóis a fazerem corridas como deve ser. Entrar numa corrida de carros, com humanos, é parvo.

E há ainda dois pontos importantes a reter:
- Ficar em segundo na primeira corrida profissional realizada, com adversários de outra espécie muito superior, com mais meios e experiência, não era suficiente. Ou ganhavam ou então não havia mérito nenhum.
- Os campeões de qualquer modalidade de corridas são sempre uns idiotas.

Já desenvolvo mais o segundo ponto.

sábado, novembro 02, 2013

The Lifeguard

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A possibilidade de ver Kristen Bell de fato de banho traz-nos a história duma moça a roçar os trinta anos, a ter uma crise de meia idade.

Bell era uma nerd no secundário. Sempre foi melhor aluna. Foi virgem durante demasiado tempo. Tinha amigos que faziam tontices, mas era a mais certinha de todos. Vivia resguardada numa terriola no meio do campo. E, como tal, estava entediada de morte. Cortamos para quando o filme começa: Bell está frustrada no trabalho e na grande cidade de Nova Iorque. Muito porque o namorado (e patrão) é também noivo de outra. Atrofia e volta para casa, para onde se sentiu segura pela última vez. E será possível criticar? Não, claro que não. Porque todos nós já sentimos essa vontade de voltar atrás e dar cartas novamente. O espectador consegue identificar-se com a personagem de Bell porque é uma coisa mesmo muito comum. A única pequenita diferença é que se eu voltasse para a terrinha para ter uma crise de terço de idade e me enrolasse com uma miúda de 16 anos... bem, digamos que não teria oportunidade de sair da cidade de forma calma e descontraída.

Voltando à única parte que interessa aos homens: bastante fato de banho; acima de tudo fato de banho com calções de ganga rasgados (muito bom); há sexo mas vê-se mais homem; algum rabo e, finalmente, bom sideboob.

terça-feira, outubro 29, 2013

Gravity

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Eeeeeeepá, que cosa mai linda.

Muitos poderão considerar este filme das mais pura das ficções. Apesar de considerar o filme ficção científica, devo dizer que não concordo. Sim, a Sandra será a pessoa com mais cagufa de sempre. Dentro e fora da Terra. Em todo o caso, se há pessoa que conseguiria fazer o que ela fez, é a Sandrita. Porquê? Porque a ideia que tenho é que a mulher é teimosa. É teimosa que dói. Mesmo sem a conhecer pessoalmente ou mesmo não tendo sequer um grau de separação menor que seis, sei que será teimosa. Só assim se justifica como é que alguém começa a sua carreira com o Demolition Man e mesmo assim continua. Mesmo depois de fazer o Speed 2! E consegue fazer uma carreira até algo decente, diga-se de passagem. A mulher é teimosa, e fora a Sigourney Weaver, não acredito que existam outros que consigam sobreviver às agruras do espaço.

E o filme está a modos que bonito.

sábado, outubro 26, 2013

Grown Ups 2

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Isto é estúpido.

quarta-feira, outubro 23, 2013

The Mortal Instruments: City of Bones

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Neste filme residia alguma esperança que fosse possível criar outro franchise de sucesso, dentro deste género. Afinal...

...a Harry Potter descobre que não é comum mortal quando raptam-lhe a mãe, que afinal era detentora/ladra do Santo Graal. Acaba por aliar-se a um grupo de personagens do Underworld, aqui denominados de «caçadores de sombras», mas mais modelitos. Por «sombras» entenda-se tudo o que for demoníaco, desde vampiros a professores de matemática. Para combater estes monstros, os MIB têm armas escondidas em qualquer sítio religioso, seja uma igreja ou uma mesquita. (Claro que para o efeito apenas vão a uma igreja, mas dá para perceber a lógica.) A mãe era uma caçadora e isso implica que a Harry Potter também é, ou não tivesse o sangue pejado de midi-clorians, tornado-a talvez a mais poderosa dos caçadores. Dum grupo antigo de caçadores, do qual a mãe e um lobisomem faziam parte, o Voldemort era o melhor dos caçadores de sombras, até que decide passar para o lado negro. Tornando-se Darth Vader e querendo usar o Santo Graal para o mal, lá arranja maneira de invadir o Instituto/Santuário/Hospital/Tudo e Mais um Par de Botas, onde reside em permanência o Obi-Wan/Galdalf/Dumbledore, que no fundo é um ermita e agorafóbico(!) e que torna-se um Snape eventualmente. Ora bom, ora mau. À custa dum pentagrama mal parido, o mau da fita chama uma data de demónios com um raio de luz vermelha até ao céu. Não vieram os Ghostbusters, mas nada como uma modelito com um lança-chamas para resolver parte da questão. Um reles mortal apaixonado pela Harry Potter anda lá pelo meio, ameaçando ser um vilão, mas afinal só sendo o gajo desinteressante apaixonado pela Potter. Amor esse não retribuído, ou não tivesse ela apenas olhos para o Luke Skywalker, palhacito modelito loirinho, que não sabe representar (choque), passando quase todo o tempo de braços cruzados, tirando os momentos em que luta (mal). Só é pena que estes dois sejam irmãos and yes, Voldemort/Darth Vader is their father. And yes, brotherly saliva is swapped... in the rain, com direito a música aos «tons» de Glee.

O texto acima poderá ser algo confuso. Melhor o incauto leitor retirar deste post uma palavra apenas: #original.

PS - Dentro da pandilha dos caçadores de sombras não se aceitam homossexuais. Temos pena.

terça-feira, outubro 15, 2013

The Way Way Back

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Quero trabalhar num parque aquático.

Parecendo que não, é dizer bastante. Não são muitos filmes que me fazem querer trabalhar. Seja onde for.

domingo, outubro 13, 2013

The Heat

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Um buddy cop movie com a Melissa McCarthy e a Sandra Bullock... Ok, a boa notícia é que sempre continuam a fazer buddie cop movies. Pensava ser um género em vias de extinção.

Agora mais a sério, o filme é engraçado. Funciona apenas porque McCarthy tem alguma piada a praguejar que nem uma desvairada, apontando armas e piretes a maior parte dos outros personagens. E mesmo Bullock acaba por também ter alguma piada quando começa a fazer o mesmo, mais para o final. A história não está muito má. Confesso que o revelar do vilão surpreendeu-me. Tudo o resto é para encher. E se houver alguma resistência a qualquer uma das actrizes, então não vale mesmo a pena ver.

sábado, outubro 12, 2013

Ass Backwards

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Ver mijo a escorrer pela rua abaixo, num filme com duas óptimas actrizes cómicas (com os respectivos rabos ao léu), poderia ser um tremendo início de filme.

Não o é.

Mais uma prova que não se pode confiar apenas nos nomes, por muito que se goste deles. E, acima de tudo, não se pode confiar em filmes feitos com base em projectos kickstarter, que depois acabam por ser só cópias do Romy and Michele's High School Reunion. Se é que se pode confiar em alguma coisa começada em kickstarters e afins.

domingo, outubro 06, 2013

The Internship

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The Internship traz-nos uma abordagem diferente sobre a posição de duas pessoas mais maduras no ambiente digital em que vivemos hoje em dia. Não, não traz nada. Isto é treta.

Em The Internship vemos um Vaughn e um Owen como nunca vimos antes. Não, eles fazem os mesmos papéis que já vimos, vezes e vezes sem conta.

Mas a química entre os dois é nova. Nada disso. Basta ver o Wedding Crashers.

Tem relações humanas inovadoras? Nah. Nerds e mulheres atraentes. Mais do mesmo.
 
Apresenta-nos a empresa Google, criadora de ferramentas que usamos todos os dias, noutro prisma. Que parvoíce. Se há empresa pública é a Google. E fazem questão de mostrar-se todo o santo dia.

The Internship não apresenta nada de novo. É divertido. Tem personagens engraçados e um ou outro momento que faz o espectador não distante e frio rir. A cena do Yo Yo na casa-de-banho é demais, por exemplo. Ainda agora que penso nisso, estou a rir-me um pouco.

domingo, setembro 29, 2013

White House Down

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Sou muitas vezes acusado (justamente, entenda-se) de ser muito negativo. De passar a vida a queixar-me e a dizer mal. Tentarei emendar um pouco a mão com este filme.

White House Down é espectacular... de tão mau que é.

É... Faltam-me as palavras. Nada funciona. Pouco faz sentido. No entanto, tudo conjuga-se num perfeito mau filme. A interacção entre Tatum e Foxx (o presidente!) é ridícula. Toda a reacção à crise, tanto interna como exterior à Casa Branca é para lá de amadora. Nada dos planos tem algum jeito. Nem dos maus da fita, nem dos bons. O momento da bandeira é «épico».

Tudo maravilhoso e muito entretido. Que óptimo filme para um dia de chuva.

Stuck in Love

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I remember that it hurt. Looking at her hurt.

Depois das idiotices do costume vistas à chuva, sabe bem chegar a casa e ver algo inteligente.

Nada mais necessita ser dito.

sábado, setembro 28, 2013

The Kings Of Summer

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E o filme do Verão é... um filme nada de Verão, por muito que se passe no período.

Juntar uma data de gente talentosa da TV parece ser modus operandi para determinados filmes de «baixo» orçamento, hoje em dia. Encontramos aqui o meu casal preferido num registo deles, mas mais sério... se é que isso faz sentido. (Agora apetece-me dar-lhes um daqueles nomes estúpidos à Hollywood. Offerlaly? Mullerman?) Temos ainda o miúdo ruivo do Big C, mais um rapaz muito estranho do Middle. Este mais secundário lá. Aqui também. O papel dele, o Biaggio, começou por ser particularmente estranho (já é padrão nas suas representações), mas deslumbrou e encantou. Biaggio é grande personagem. Mais estranho ainda é ter um nome italiano e falar espanhol em família. Mas vá, não se pode ter tudo. Para arrematar a coisa em grande, a belíssima Alison Brie aparece a espaços.

Kings of Summer será um dos poucos filmes por aí sobre adolescentes, que não culmina com um deles a levar um tiro acidentalmente. Nem houve sequer sensação de impending doom, apesar de ter que haver um ponto de viragem. Afinal sempre é possível. A juntar à imprevisibilidade da temática, o realizador sacou uma data de imagens bonitas, sendo que terá usado e abusado das cenas em câmara lenta. Foi mais ao início, mas parecia que tinha descoberto o botão na câmara que provoca o efeito, dias antes das filmagens.

Soube bem ver este filme no final duma semana daquelas.

Ah, e agora que penso no assunto, ainda apareceu um gajo do Daily Show.

Para não haver confusões, isto não é uma comédia tonta, atenção.

quarta-feira, setembro 25, 2013

Kick-Ass 2

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Uma sequela é uma sequela é uma sequela. A repetição de três até faz mais sentido a partir do momento que os actores principais têm todos três nomes. E não, Jim Carrey não é um actor principal. A sua participação no filme é a que aparece no trailer. É mais ou menos o mesmo tempo em cena. Percebo agora porque recusou-se a promover o filme. Daria mais trabalho do que tinha assinado para fazer.

Kick-Ass 2 mais deste universo. É a continuação dele. Lamento. Adoro Millar e o seu trabalho, mas trocar de enredo, de cinco em cinco minutos, de «agora quero ser um superherói» para «afinal é melhor não ser superherói porque...»:
A. É perigoso.
B. Levei na tromba.
C. O meu pai pediu.
D. O meu pai pediu o contrário.
E. Morrem pessoas.
F. Fazer isto sozinho é difícil.
G. Não quero morrer.

It gets old, people.
Mas, lá está, o universo é giro. E eu não tenho mais nada que fazer, em boa verdade. Venham de lá mais. Eu como tudo.

terça-feira, setembro 24, 2013

Peeples

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Sou fã absoluto do Craig Robinson. Adoro o homem. Mais mérito dou-lhe pois soube subir com trabalho, com esforço. Esteve desde o início no Office e foi conquistando cada vez mais tempo de antena com talento e dedicação. Fico contente que com Peebles, mais um passo se dá em direcção a um mundo melhor. Craig Robinson, contra tudo e contra todos, não só é protagonista dum filme, como ainda por cima é namorado da Kerry Washington. Kudos, my black fat friend. És um orgulho para todos nós.

Do filme ficam uma data de mentiras numa família vulgo «perfeita», ao invés do imperfeito Robinson, que de mentiras só tem as dos outros. Fica ainda a minha inveja para com uma família muito disfuncional, mas ainda assim fascinante. Entre a irmã lésbica, o miúdo que rouba, a mãe bêbada/drogada e o pai nudista... Lá está, acho que nunca conhecerei uma família tão interessante.

Tenho muita pena.

domingo, setembro 15, 2013

The World's End

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Hollywood tem destas coisas: fazer dois filmes ao mesmo tempo com a mesma temática. Neste caso, falamos do filme anterior e este, com o tema central de fim do mundo. Enquanto o anterior era sobre um grupo de amigos totós, que ainda por cima são famosos, World's End é sobre um grupo de amigos que só são conhecidos na terriola onde nasceram e cresceram. Com o passar do tempo cada um foi por seu caminho, mais ou menos. O líder da pandilha decide reunir toda a gente, convencendo-os a atacar um velho desafio: fazer o percurso dos doze bares da cidade. Neste processo dão-se calamidades... mais ou menos.

À boa maneira dos outros filmes da «trilogia Corneto», o filme tende a enganar-nos. Dão sempre o ar que são uma coisa, acabando por ser outra. Sim, o mundo acaba por acabar, mas não como nos é vendida a conversa. E essa parte é sempre fixe. No entanto, este não deixa de ser o mais fraco dos três, por muito que seja divertido ver um grupo de gajos com alguma idade, a correr por uma terriola, procurando atingir um objectivo que pouco sentido faz, a certa altura. Quer dizer, quão importante é continuar a beber em bares quando tudo à volta deixa de fazer sentido e as suas próprias vidas estão em risco?

Muito. Para alguns destes cavalheiros é muito importante.

This is the End

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As pessoas têm aquela mania de conhecer actores e actrizes famosos. «Como serão na vida real?» «Será que são fixe ou idiotas?» Pois aqui está uma oportunidade perfeita para conhecer alguns, sem ter que estar à espera da sorte dum encontro casual. Na cena inicial da festa (cena essa que gostaria que tivesse sido bem mais longa), muitos actores e actrizes conhecidos da comédia (e até da música) passeiam e dão-se a conhecer em casa de James Franco. Gostei especialmente de ver a verdadeira faceta do Michael Cera. Há uns que até são mais ou menos simpáticos, mas maior parte são uns idiotas egoístas de primeira. É por essas e por outras que não quero conhecer ninguém famoso. Importante é conhecer e apreciar o trabalho. Esta gente pensa que é melhor...

O quê? Isto não é um documentário? Los Angeles não foi finalmente engolida por um buraco de lava?

Hum... Que desilusão.

This is the End é mais um dos devaneios broados de Rogen e doutro gajo qualquer que será namorado dele, ou não fossem os dois canadianos. Este será um dos devaneios melhores, muito por causa de dois ou três momentos específicos. Um deles envolve um pénis gigante e não, não é nenhum dos dois diferentes pénises gigantes que aparecem primeiro.

PS - O Danny McBride nunca me enganou! O gajo é um sacana... se bem que continua a ser muito engraçado. O Jonah Hill também não engana ninguém... sendo menos engraçado que McBride.

The Croods

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The Croods apanhou-me assim um pouco de surpresa. Não agora. Há mais tempo.

Teve o seu sucesso e não percebi porquê. Pelo póster e pelas imagens, não lhe reconheci interesse suficiente para ser um sucesso. O elenco é bom, sim, mas porque são actores conhecidos e/ou na ribalta, não pelo seu talento para fazer vozes.

Acabei por gostar do filme. É divertido. Tem uma data de lições de moral que servem tanto para miúdos, como graúdos. Foi bom ver alguns desses actores «interpretarem» personagens tão peculiares. E é positivo ter um filme em que o Ryan Reynolds entra, que não é um completo flop.

Como momento recorrente cómico, o Belt é espectacular. Foi paixão ao primeiro milissegundo.

Monsters University

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Não só foi a vantagem da animação pela manhã, foi começar o dia com o Billy Crystal. É verdade, o rapaz já não é o que era. Não deixa de ser aquele amigo com quem se partilhou muito.

Monsters University não é tão bom como o primeiro. Apenas e só porque o universo é conhecido. Foi-nos apresentado e poucas surpresas trará uma prequela. Ainda para mais quando o Inc. altera por completo este universo. Passei o filme todo a pensar como o medo ia provar ser menos eficaz que o riso. Não faz de MU mau. Longe disso. Tem uma data de pormenores que explicam algumas coisas no Inc. É curioso ver algumas interacções, como começaram. Acabou foi por ser estranho ouvir o Mal como mau da fita... se bem que não é a primeira vez que o vejo nesse papel.

Mas a animação não fica por aqui!

quinta-feira, setembro 12, 2013

After Earth

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Hoje mesmo, durante a tarde, fiquei muito contente de viver numa época com tecnologia assim tão avançada. Posso ver vídeos no telemóvel. Ando no bolso com um aparelho pequeno cheio de música. Chego a casa e vejo um filme sem ter que me chatear muito. Depois temos ainda a Internet. Este acesso tremendo a informação. A constante partilha da mesma. Poder dar opiniões sobre tudo. É brutal.
 
Só que depois vem o lado mau.

4.8 no IMDb? A sério? Porquê este ódio visceral ao Shyamalan, o Will Smith e ao filho?
O miúdo é bom actor? Não.
O Will sem emoções é bonito de se ver? Não.
O filme é incrível? Hoje em dia não. Chegámos a um ponto onde andam a fazer-se coisas brutais, baseado em material que é bom há décadas. Existe um nível de efeitos que permite contar uma data de histórias impossíveis de contar até agora. Logo, tudo o resto é um nojo? Sim, aos olhos dos nerds da Internet, sim. Há uns anos atrás andaria tudo doido com um filme como o After Earth. Hoje em dia criou-se esta campanha contra este e aquele e pronto, deixou-se de conseguir pensar sozinho. Agora pensamos todos em conjunto, só porque estamos ligados pela Internet.

Não digo para irem a correr ver isto. Nada disso. Mas se o apanharem num domingo à tarde, daqueles em que há pouco para fazer, mas mesmo que haja não apetece... isto é óptimo.

4.8? Mas anda tudo doido?

terça-feira, setembro 10, 2013

We're the Millers

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Uma típica família à procura do sonho americano.

Não, não. Nada disso. É uma história sobre um gajo demasiado velho para ainda ser dealer, que contrata uma stripper, uma miúda que fugiu de casa e um panhonha abandonado pela mãe, para serem a família dele. O intuito é fazerem-se passar por uma família tradicional, podendo assim transportar droga do México para os EUA.

Agora que leio a frase quase que parece que sendo uma família «tradicional» podem traficar droga. Não. Continua a ser ilegal. Vamos não permitir tudo a branquelas convencionais. Calma.

O filme podia fazer-se valer pelo strip de Aniston. Tentam vender muito essa parte. Não é nada de extraordinádio, na minha opinião. Não que tenha visto muitas mulheres daquela idade a fazer strips. A minha vida não é assim de peculiar. Se calhar tendo em conta o ambiente e a pessoa em si, realmente seja um feito. Não sei. Sei que não fiquei impressionado. O filme faz-se valer por alguns momentos ridículos/engraçados. Coisas fora e mesmo uma ou outra levada ao extremo. Fez-me rir. E, no meio das gargalhadas, deu para esquecer o quão estafafúrdia é a história. Porque a premissa em cima dá para meia hora de filme, se tanto. Tiveram que criar mais umas quantas coisas para encher, umas mais tolas que outras. Mas lá pelo meio um gajo ri-se. Não se pode pedir mais dum filme numa segunda-feira à noite.