sexta-feira, junho 30, 2023

Action Point


Fizeram um Jackass, mas com história. E eu não sabia!

Knoxville é um avô, que fala à neta de quando teve um parque de diversões. Isto serve apenas de desculpa para continuarem a atirar Knoxville contra um celeiro, acertar-lhe com um jato de água nos tomates, atirá-lo para fora duma rampa a toda a velocidade, fazê-lo saltar do topo duma árvore para fugir dum urso, etc. etc. etc.

E que bela e divertida desculpa é sempre.

Creed III


Já acabou, ou vamos mesmo ter de ver a miúda a lutar?

Confesso que não estava à espera de tanto deste terceiro episódio. Atenção. Não quero ser mal interpretado. O III é mais do mesmo. Herói a ir abaixo. Montagem. Herói vinga-se de forma nobre, provando que continua a ser o melhor do mundo. Fórmula Rocky, mais ou menos. Só que nunca está mal feito, a verdade é essa. Não desilude porque é uma fórmula que funciona. Estamos entretidos durante um par de horas. Logo, é mais que suficiente.

Não é para isso que serve o cinema?

quinta-feira, junho 29, 2023

BlackBerry


Já que estamos numa de filmes biográficos de momentos/empresas marcantes num determinado mercado...

Um BlackBerry tenho a certeza que nunca tive. Cheguei a manusear um e odiei. O teclado não era para uma pessoa com dedos gordos como eu. Numa menagem simples de «olá» teclaria dezenas de vezes nos botões todos ao mesmo tempo. Na altura não percebia o fascínio. Foi inovador, não haja dúvida. Abriu caminho para o iPhone passar-lhes pela direita. Como tudo na vida, o truque é saber quando desistir. Um dos tipos que fundou a empresa soube fazê-lo. Os outros nem por isso.

Este é um dos tais filmes dos tipos do IASiF, de que falei. O Glenn Howerton sabe mesmo ser arrogante e abrasivo.

Air


Este filme não faz sentido algum. É um filme não sobre o Michael Jordan, um jogador que não só foi, provavelmente, o melhor da história do desporto, como revolucionou o basquetebol e o negócio à volta. Não, este filme é sobre a Nike.

Atenção que há mérito. Há uma Nike antes do Jordan, outra depois dele. E são universos diferentes. Logo, há todo o mérito na estratégia da empresa, ao atirar uma data de dinheiro a um rookie. Passou de ter uma pequena porção do negócio, para ter uma das maiores fatias. Chegou mesmo ao ponto de entretanto comprar uma das concorrentes que, à altura, estava acima da Nike. Foi o Jordan que fez a Nike que conhecemos aos dias de hoje. Que não restem dúvidas disso. Mas foi a coragem das pessoas que trabalhavam lá na altura, que fez com que o Jordan escolhesse a Nike.

Claro que maior parte dos espectadores não quer ver um filme sobre um negócio que mudou as regras de tudo. Mesmo que seja realizado pelo Affleck, que volta assim a contracenar com o seu BFF. Ninguém, no seu perfeito juízo, pagaria para ver este filme. E por isso é que também é genial a jogada da Amazon, de ter atirado dinheiro a esta gente toda, para poder fazer um filme sobre uma empresa que arriscou tudo para comprar um projecto dum jogador.

Não sei se alguma vez tive umas Nike. Air Jordan não tive de certeza. Não só não gostava dele, como os meus pais não tinha esse tipo de dinheiro para gastar em sapatilhas. Tive All Star e bem que me lembro o que me lixaram os pés. Como é que alguém jogava basquetebol com All Star, nunca hei de perceber. Converse acho que tive. Não sei. Talvez. É curioso como um gajo até esquece se teve ou não sapatos que, hoje em dia, toda a gente quer ter. O mundo deu umas voltas estranhas, nas últimas décadas.

sábado, junho 24, 2023

Avatar: The Way of Water


Não foi fácil ver este filme. Começámos às 8 da manhã, creio. Vimos hora e meia, durante uma sesta da Madame M. Entretanto acordou e fizemos algumas coisas todos despertos. Quando voltou a dormir conseguimos despachar mais um troço. Isto até à moça graúda dar-lhe a soneira também.

Oito horas e tal depois posso dizer que vimos uma trampa de filme de três horas e pouco. A história é fraquíssima. O desenrolar é parvo demais. Há muitos exemplos, mas tomemos apenas um simples. A base de tudo, na verdade. O exército/organização, que está a minar/destruir o planeta, vê em Jake uma grande ameaça à missão. Ele está a fazer ataques de guerrilha bem sucedidos. Os maus da fita criam clones, do mauzaroco do primeiro e dos seus compinchas, para lidar com esta ameaça. Jake decide fugir com a família. Retira-se de cena para os proteger.

A reacção normal seria: a ameaça foi neutralizada, vamos continuar com a missão. Não. Segundo este filme: 'bora lá estoirar recursos e vidas humanas a caçar um gajo que fugiu com a cauda entre as pernas.

Que.
Parvoíce.

O próximo é daqui a uma data de anos. O Cameron já disse que vai demorar. Espero lembrar-me então que ver este lixo é uma perda de tempo. Porque é. Das grandes. Por muito que sejam projectos lindos de morrer. Que são. Muito. Maravilhosos. Só isso não chega.

sexta-feira, junho 23, 2023

The Perfect Find


Claro! Estes filmes vemos logo que saiem. Não andamos a ver nenhuns, mas assim que sai um raio dum filme destes românticos na Netflix...

Não me custa nada, verdade seja dita. Foi só uma piadola para começar o post. Tenho o maior respeito tanto por Union como por Torres. A segunda então... Jasus! Mad respect. Só que o último terço da história é para lá de clichê. Ciúmes de parte a parte a criar «conflito». Serem apanhados no pior momento, pela pessoa menos desejável. Ela engravidar...

Não, meus queridos. É só falta de imaginação. Não era por aí que deveriam ter ido. Lamento.

quarta-feira, junho 21, 2023

Simulant


Apanhei uma lista qualquer de filmes de ficção científica «subvalorizados». Não sinto que tenha aprendido grande coisa, mas deu-me gozo voltar a ver coisas refundidas, que escapam ao radar de maior parte das pessoas.

A verdade é que tenho pensado nesta coisa da inteligência artificial e andróides. Em como temos cada vez mais máquinas a fazer coisas por nós. Se, por um lado, há potencial para criar uma população inteira de seres artificiais, que poderão trabalhar por nós, por outro lado estaremos apenas a criar uma raça de escravos.

Estaria disposto a tamanha crueldade, apenas para não trabalhar mais na vida? Provavelmente. Muito provavelmente.

Sobre o filme: 1) elenco porreiro para um filme Canadiano; 2) já sabia tudo o que ia acontecer quando listaram as (péssimas) primeiras regras de programação dos simulants; 3) é bonito, mas a realizadora esticou a corda com planos apelativos visualmente, mas que não faziam qualquer sentido no que estava a passar-se; 4) perdeu-se um pouco no final e foi pena.

Prospect


Numa escolha escandalosa (no mínimo) de casting, Pedro Pascal faz de salvador duma criança. Têm de atalhar caminho e defrontar uns meliantes, para que a criança possa ir para um sítio mais seguro.

Eu sei. Onde é que esta gente anda com a cabeça?

Prospect passa-se no espaço e num planeta estranho, mas a base é a mesma da prospecção antiga ao ouro, nos EUA. Eles não sabem mais nada. Continua a filosofia do «faroeste». Tudo é um sítio sem lei, onde homens de reputação duvidosa matam por um pedaço de ouro, ou seja lá qual o material precioso descoberto lá fora.

Meus queridos, isto não é como antigamente. Se há dinheiro em Marte, acreditem que será um conglomerado multinacional qualquer a fazer prospecção. Não serão os mitras desta vida. Se querem fazer um filme de caubóis, façam um western. Não consporquem a ficção científica. Por favor.

terça-feira, junho 20, 2023

Discontinued


Conceito muito interessante.

Toda a gente descobre, ao mesmo tempo, que o mundo é uma simulação. Foi criada por humanos no futuro, para experiências sociológicas. Toda a gente finalmente descobre a verdade, ou são informados da verdade, porque a simulação terminará dentro duma semana.

E aqui reside a verdadeira questão. Sabendo de antemão que o mundo vai terminar, seja de que forma for, que fazer com o último tempo na Terra?

Innerspace


Este filme é ficção científica. Nem tanto pela parte de tornarem microscópica um veículo e um humano (tem sido feito muito em cinema, ultimamente). Mais pelo facto dum tipo que trabalha num supermercado ter dinheiro, não só para ser hipocondríaco, mas também por ir de férias. Ele não ganha para as consultas médicas, quanto mais para cruzeiros!

Micro-Herói deveria ser o nome no título deste post, na verdade. Quando comecei a catalogar o que via, e a escrever muito sem dizer nada, declarei que certos filmes seriam chamados pelo primeiro nome que conheci-lhes. Este filme tanto foi Micro-Herói, que sempre achei que seria Micro Hero em Inglês. Só há pouco tempo descobri que chama-se Innerspace.

Micro-Herói é para mim um filme tão clássico, que chegámos a ter um poster no quarto, eu e o meu irmão. É tão clássico que é o outro filme que o vilão do Commando fez. É tão clássico que foi aqui que terá começado a popular relação de Quaid com Ryan, relação essa que terminou quando ela se enrolou com o Russell Crowe num filme muito, mas muito pior. É tão clássico que não precisa de explicações ou grandes resumos.

Faz parte da minha infância. Faz parte de quem sou. E fico muito contente de ter-me lembrado de o ver novamente.

Agora, alguém explica-me como é que filmes espectaculares destes não estão disponíveis em streaming? Olha, tu, «alguém com dinheiro», 'bora aí criar um serviço de streaming só com estes filmes porreiros, que a malta gosta de encontrar a dar num qualquer canal de TV, num domingo à tarde? Faço um catálogo vencedor na boa, sem grande esforço. Tudo coisas antigas e baratas. É uma ideia vencedora. Não tenhas dúvidas.

sábado, junho 10, 2023

John Wick: Chapter 4


Jonathaaaaaaaaaaaan!

Emoções fortes à parte, foram quase três horas de filme, que duraram quase cinco ou seis. Não que o filme custe a ver. Longe disso. Teve muito mais diálogos e pausas que os outros (demorou meia hora a chegar a primeira cena de acção digna desse nome), mas viu-se muito bem. Não tem nada a ver a demora.

Se tardei a terminar o filme foi por causa da Madame M., que gosta de ter atenção e, pelos vistos, não é grande fã de Keanu Reeves. Estas novas gerações... Se não é um bebé influencer no Tik Tok, não é ninguém.

Tenho alguma dificuldade em despedir-me destes filmes. Começavam a ser repetitivos, é certo. A acção continua interessante e com bastantes cenas divertidas. A parte na rotunda do Arco do Triunfo foi bem fixe. Mas... Custa-me dizer isto, mas acho que neste filme vi o Wick matar o mesmo stuntman umas quatro vezes. Para mais, a cena de «pausa para conversar», seguida de «cena de corredor aos tiros e afins», só para voltar a pausa e mais tiros, pausa e tiros noutro sítio... Há limites para a tolerância de vermos o mesmo cavalheiro a passar sempre pela mesma coisa. E a sobreviver a quedas de dois e três andares.

Sinto que fizeram um filme a mais. Teria dado para concentrar em três e ficaria ligeiramente melhor. Mesmo assim, seria gajo para ver já os quatro de seguida agora, não fosse impossível em termos de tempo (graças às necessidades da Madame M). Venha daí a versão «bailarina» com a Ana de Armas. Quero muito ver isso.

segunda-feira, junho 05, 2023

Fool's Paradise


À custa das pressões impostas pela sociedade, cedemos e acabámos por ver a quase infindável série (tanto em número de episódios como de nome) It's Always Sunny in Philadelphia. A série não está mázita, a verdade é essa. Como tal, 15 temporadas depois, ganhámos alguma afinidade aos personages e aos actores. Aliás, até já tínhamos visto um par de séries com eles, antes do embaço. Para além de que Charlie Day atingiu algum estatuto no reino dos filmes há já algum tempo.

Acontece que ultimamente deparámo-nos com alguns filmes com actores do IASiP. Este então... Day não só interpreta como realiza! Armou-se noutro Charlie famoso, que também não falava, e criou esta história dum pobre coitado, não mudo, mas que não fala por opção, sobre os seu tropeções pela ridícula «povoação» que é Hollywood. O filme é simpático. Nada de grande registo, mas dá para esboçar um sorriso ou outro. De referir, isso sim, o elenco. A brincar a brincar, num filme de curto «estatuto», está uma data de gente com algum nome.

Não é só o público a achar piada a Day. Os colegas de profissão também acham.

domingo, junho 04, 2023

Champions


Outra vez?! Fui enganado outra vez?! Pensava que ia ver um filme fofinho e com piada...

Temos aqui a mesma situação do CODA. Achava eu que estava a ver um filme simpático, a representar bem malta que não costuma ser representada, com respeito e atenção. Pensei que Hollywood se tinha lembrado de contar algo decente e minimamente original.

Afinal é baseado num filme espanhol. Haja santa...

sábado, junho 03, 2023

A Good Person


Florence Pugh é muito boa actriz, mas nem ela consegue safar alguns momentos de profundo constrangimento de guião. O nosso amigo Zach tem talento, mas os seus filmes têm sempre um certo q de excessivamente dramático. Chegam ao ponto de sentir-se o cheiro a azeite que, embora seja agradável, não deixa de ser o que é. Pretensioso. Um pouco. Vá.

É como eu, com a mania que sei escrever coisas.