terça-feira, fevereiro 27, 2007

Happy Feet

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Como seria de esperar, ver pinguins a fazer seja o que for é extremamente divertido. Neste caso, cantam e dançam e fazem coreografias e sapateado. Tudo muito giro. Só que isso não faz um filme, né? Tinham que meter uma qualquer história.

Elijah Wood era a ovelha negra da «manada». Enquanto todos cantavam, ele dançava. Que horror! Novamente, temos a premissa que a dança é uma língua do demónio. Ooooooook!.... Gosto muito do Elijah, mas o Kevin Bacon tem mais pinta.
Excomungado e perdido no meio do gelo, Elijah acaba por tropeçar numa outra espécie de pinguins que já lhe acham mais piada. Ao entrar em contacto com outras espécies, o nosso herói apercebe-se que todos estão a sofrer com uma diminuição de peixes. Os velhos da sua tribo acham que é por causa de alguns (Elijah, entenda-se) que andam a desviar-se dos velhos métodos. Elijah acha que é por causa de extraterrestres.
Por extraterrestres entenda-se que falamos de humanos. Extraterrestres aos olhos dos animais. Através do contacto connosco, Elijah espera que deixemos de roubar-lhes os peixes e assim todos os animais poderão viver melhor.

Pois... como estava a dizer, pinguins a cantar e a dançar não conseguem salvar tudo.

domingo, fevereiro 25, 2007

The Pursuit of Happyness

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O Will é, claramente, o mais forte candidato ao Óscar. O O'Toole já passou o seu tempo e não me parece que concorra com um projecto muito sólido. O Gosling parece que foi metido na lista como desafio. Parece um daqueles filmes ranhosos de adolescentes onde alguém, por causa de uma aposta, mete o nome duma miúda nada popular como candidata a ganhar o título de rainha do baile. O Whitaker não tem nome suficiente em Hollywood, nem me parece que esteja empenhado em ganhar e DiCaprio, como já disse no The Departed, provavelmente nunca ganhará a estatueta.
Independentemente disso, Smith faz um papel muito forte num filme extremamente completo. O assunto é tremendo e é impossível não ficar sensibilizado com os problemas do personagem de Smith.

Tive, no entanto, um pequeno problema com a história - o que cada vez é mais frequente comigo, não sei o que se passa mas ando com uma necessidade estúpida de embirrar com pormenores. O filme é baseado em factos verídicos. Não pensava até que fosse TÃO baseado quanto é. Relata a vida de um homem (Smith) numa altura da vida onde tenta fazer algo mais por si. Smith sempre foi uma pessoa inteligente e bom aluno, só que a vida não lhe corre de feição e os seus problemas acabam por passar por falta de dinheiro. Smith decide tentar ser corrector da bolsa, só que entre tomar conta do filho, ver o matrimónio a implodir e pagar as contas e as dívidas, Smith está com dificuldades em respirar quanto mais fazer tudo o resto. (Também não admira com a quantidade de tempo que o homem passa a correr!)
A certa altura Thandie Newton, a esposa, abandona Smith. Parte para Nova Yorque com a promessa de ter um emprego à sua espera. E aqui vem o meu problema que passa pelo puto e pela insistência de Smith em ficar com ele. Smith fala, logo no início do filme, que devido a não ter tido o seu pai presente enquanto crescia, procuraria sempre estar presente na vida do filho. Só que a certa altura Smith não consegue sequer providenciar um sítio para dormirem! Não seria melhor o puto ter ido com a mãe? Ao menos ela tem um emprego e certamente terá um sítio para viver. Uns anos depois, Smith torna-se um corrector de sucesso e eventualmente milionário mas naquele momento não terá sido extremamente egoísta?
Fiquei com essa a moer-me a cabeça, mas a coisa não afecta a qualidade do filme.


PS - No Captain America action figures were harmed during the making of this movie.

sábado, fevereiro 24, 2007

Kingdom of Heaven

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«Há quase 100 anos que os exércitos da Europa tomaram Jerusalém. A europa sofre, vítima da repressão e da pobreza. Camponeses e nobres vão para a Terra Santa em busca da fortuna ou salvação. Um Cavaleiro regressa a casa em busca do seu filho.»
The End

Não, não! Ainda não. Liam Neeson é esse cavaleiro. Muitos anos antes, Liam tinha tido um caso com a mãe de Orlando Bloom só que nunca casou e entretanto bazou para Jerusalém. Cheio de culpa, suponho, voltou para encontrar o filho que tinha abandonado. A mulher deste tinha acabado de falecer e Orlando viu com bons olhos (depois de um incidente com um padre) a mudança de ares.
The End

Não, caraças! Ainda há mais. A caminho são atacados e Liam é ferido mortalmente. Antes de morrer torna o filho cavaleiro e cede-lhe tudo, incutindo-lhe ainda a tarefa de zelar pelas pessoas, pelas propriedade e pelos interesses que vinham com esse título. Orlando chega a Itália onde começa a descobrir quem são os seus amigos e inimigos e qual é a situação da terra. Mete-se num barco que, numa tempestade, naufraga.
Fim?

Seria de pensar que sim, mas Orlando é daqueles gajos que, aparentemente, flutua na água, mesmo inconsciente. Dá à costa e arrasta-se pelo deserto até Jerusalém, não sem antes travar mais umas amizades. Vai sobrevivendo, saiba-se lá como, até que os servos do pai o encontram e levam-no a casa onde lhe dão banhinho e penteiam-no e não lhe fazem a barba e dão-lhe de comer e beber e apresentam-no ao rei e aos amiguinhos do rei.
The E...

NÃO!... Contra tudo e contra quase todos, Orlando, um mero ferreiro, tornou-se senhor das terras de seu pai fazendo-as florescer e dando alegria e condições de vida aos habitantes. Só que nem tudo podia ser bom, o rapaz não conseguiu mantê-lo nas calças e teve que envolver-se com a mulher do inimigo de seu pai e agora dele. Este inimigo não só tinha pretensões a ser rei ,como ainda de entrar numa batalha impossível com todos os muçulmanos, não fosse o palerma um cruzado. Estes franceses, interpretados por neo zelandeses, são tão estúpidos! Correram umas quantas coisas mal, Orlando chegou-se à frente e provou ser herói aos olhos de todos, só que mesmo assim o rei que mantinha a paz morreu e o idiota francês subiu ao trono.
...

Ainda não é agora, não. Naturalmente que o francês idiota levou nas orelhas e coube ao Orlando proteger a população de Jerusalém de um cerco que durou dias. No final, Orlando teve que ceder a cidade, mas conseguiu negociar a passagem segura de todos os sobreviventes até uma cidade Cristã.
The End?

Sim, para todos os efeitos o filme acaba aqui. Já quem é que verdadeiramente tem direito à posse de Jerusalém...

Ora cá está um filme do Ridley Scott que até achei piada. O único problema é acreditar que Orlando seria capaz de liderar seja o que for, ou mesmo que seria capaz de defender-se de um grupo de velhinhas com bengalas, mas isso já é outra conversa.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Man on Fire

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Curti este filme. Até curti o Denzel, o que não é fácil. Ao início assustaram-me um bocado. Há uma descrição de como correu a entrega do dinheiro de um resgate e, às tantas, há um gajo que está a dar instruções em castelhano, ao telefone. Diz ao pai do puto raptado qualquer coisa como «Atravesse a pé a ponte até ao outro lado». Aparece uma legenda em inglês: «Be professional. Come alone.» Pois, lá estão estes palermas destes americanos que nem arranjar alguém para traduzir conseguem, pensei eu. Nada disso. Foi a única gaffe. A partir daí fazem boa parte do filme em castelhano. Até o Denzel! O que faz todo o sentido. Afinal, eles estavam no México!

Depois há sempre os pormenores curtidos do bom irmão Scott. A maneira de contar a história, a sobreposição de cenas com flashbacks, a «bandeirosisse» (no bom sentido) de algumas cenas de acção, o usar de cães e de torres que, segundo o Imdb, são trademarks do seu estilo de realização (o Imdb está cheio de factos interessantes!), o facto de ter usado a Dakota Fanning que, em meu entender tem o melhor nome de Hollywood. Dakota Fanning... he he... não sei porquê, acho piada ao nome.

A história é simples, Denzel é um ex-militar alcoólico perturbado por pesadelos do passado. Pelos vistos, o homem era demasiado bom no que fazia. Vai ter com o seu melhor amigo, Christopher Walken, e este arranja-lhe um trabalho como guarda-costas de Dakota (a miúda, não o estado). A miúda torna-se sua amiga e Denzel volta a ter um motivo para viver. Assim que temos Denzel feliz, raptam-lhe a miúda. O resgate corre mal e a miúda morre. Denzel não gostou da notícia e, mesmo com dois tiros no peito durante o rapto, decide vingar a morte da miúda nem que tenha que levar o México todo à frente.

É quase isso que acontece.


PS - Tony, tu continua a fazer filmes e diz ao teu irmão para deixar de ser um palerma e dedicar-se à jardinagem.

School For Scoundrels

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Tinha uma boa premissa.
O Jon Heder faz de totó como ninguém e o Billy Bob Thornton é o gajo pérfido irritante perfeito. O segundo dá um curso que o primeiro tem que fazer de modo a deixar de ser um perdedor e para que possa finalmente conquistar Jacinda Barrett. Claro que nem com todos os cursos do mundo o palerma do Jon conseguiria conquistar uma moça como Jacinda, mas isso é uma questão completamente diferente.

Continuando.
Como dizia, a premissa era perfeita e estava a ser perfeitamente executada até chegar ao terço final do final. O problema é que decidiram complicar o jogo e, por norma, quando se complica torna-se difícil sair da confusão criada. Há ali umas trocas de alianças, o papel do Billy Bob perde-se completamente e o Ben Stiller aparece, o que nunca é bom. A cena dos choques eléctricos está especialmente ridícula e rebuscada, se bem que acho que toda gente gostaria de fazer aquilo aos testículos do Billy Bob.

Não deixa de ser um filme divertido de se ver. Há cenas perfeitamente hilariantes.
Podia ser uma grande comédia, mas falha na recta final.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Labyrinth

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Toda a gente anda apaixonada pela Jennifer Connelly pelas coisas que anda a fazer. Ainda não vi o Blood Diamond ou outros mais recentes, mas sei que apaixonei-me pela moça assim que a vi aqui. É verdade que está muito novita. Em minha defesa, também era novito quando vi o filme.

O pormenor que me passa ao lado é David Bowie. Como é que este personagem da vida real se tornou num actor no mundo da ficção? Talvez actor seja um pequeno exagero. Para tal seria necessário que o rapaz conseguisse representar. É que se compararmos esta interpretação com, por exemplo, a sua recente participação no Prestige, não há grande diferença. Hoje em dia talvez esteja menos excêntrico... Que estou para aqui a dizer? Se o homem não fosse excêntrico não seria o David Bowie.

Uma coisa é certa, toda a gente devia rever um filme da sua infância/juventude de vez em quando. Dá para relembrar porque é que gostamos tanto de cinema.
Se tiverem dúvidas em relação a qual rever, uma sugestão: qualquer coisa do Jim Henson!

Dreamgirls

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É neste momentos que compensa saber mais coisas acerca dos filmes.

Este filme é um musical.

Sim, sabia que iria haver música....

Pensava que ia haver música assim como sabia que ia haver música no Ray, ou no Backbeat. Visto que os personagens principais têm um grupo musical sim, estaria à espera de momentos musicais em palco.
O que não estava à espera era DESTE tipo de musical. Aquele tipo onde vão à casa-de-banho e, de repente, estão trinta pessoas lá dentro a fazer uma coregrafia a cantaram que não há papel higiénico!!!

Gostei que o personagem do Jamie Foxx está sempre a falar num «som novo». Que precisavam encontrar um «som novo». Que ao cantar esta ou outra música, teriam um «som novo». Que se contratassem esta ou aquela que traria o «som novo».
As músicas eram todas iguais!!! Porquê?

E gosto muito do Eddie Murphy. Adoro o homem. Mas este papel!... simplesmente não me convenceu. O Jamie Foxx nuns momentos é mau noutros é bom... A terceira gaja do grupo cresce, não se percebe muito bem porquê nem como. Uma nova apareceu mas ninguém sabe quem ela é...

O grande pormenor do filme dá-se quando, numa altura de conflito, Jennifer Hudson está chateada com toda a gente e tem o DESPLANTE de chamar «bony ass» à Beyoncé. hehe

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

(Ultimate Avengers 3): The Invincible Iron Man

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Terceiro duma linha de produção de filmes de animação feitos directamente para vídeo, mais ou menos baseados no Ultimate Universe da Marvel. Este universo reconta todas as histórias dos heróis da Marvel, mas com um toque mais moderno. E digo que são mais ou menos baseados porque estão simplificados de modo a poderem ser vistos por crianças. As histórias dos Ultimates (versão dos Avengers deste universo), escritas por Mark Millar, são MUITO mais hardcore.

O filme conta a origem, ou pelo menos a primeira grande aventura em armadura deste herói. Aqui, Tony Stark é forçado a construir uma armadura com meios rudimentares, de modo a poder salvar a sua vida e a de Rhodes, depois de terem sido capturados por terroristas chineses que estão a tentar evitar a ressurreição do Mandarin.
A acção neste terceiro filme é mais consistente e o filme acaba por ser mais divertido por causa disso, mas, invariavelmente - e em consistência com os outros dois filmes -, são histórias muito simples que se contam em pouco mais de uma hora.
Agora, para fãs do Iron Man e até como aperitivo do filme com Robert Downey Jr. que, aparentemente, já está em produção, o filme é ideal.

Owning Mahowny

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Ai estes canadianos. São completamente doidos!

Philip Seymour Hoffman trabalha num banco no Canadá e acabou de ser promovido. Como é que decide festejar? E que tal ir estourar umas massas valentes em apostas de... bem, de tudo, mesmo! O problema é que Philip já passou o limite e não deixam apostar mais. Que tal ir só um fim-de-semanazito a Atlantic City? Então e dinheiro para isso? Hmmm... o banco tem dinheiro. Há pessoas que até dizem que o banco tem dinheiro a mais! Vamos lá fazer um favor aos rapazes e esvaziar um bocadinho o cofre que é para ser mais fácil fazer umas limpezas. Ooops, estourou-se o dinheiro todo. E agora? O banco continua a ter dinheiro e não deram pelo último «levantamento». Vamos lá a mais uma dose.

Tentando encurtar a história, o homem acabou por roubar 10,2 milhões de dólares! Quando voltou da sua última noite em Atlantic City, depois de ter estado a ganhar 9 milhões de dólares e de os ter perdido, tinha à sua espera não um, não dois, mas nove(!) carros de polícia. Foi um bom momento.

Uma coisa é certa, o Philip é o maior. O gajo tinha um tique de mexer nos óculos quando estava a apostar... daquelas coisas que só apetece esmurrar o gajo para ver se pára... que cena brutal.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Saw III

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Desta vez não me pus a ver isto antes de dormir, como costumo fazer, como disse no Saw II.
Só que, invarialmente, sinto-me sempre todo violentado depois de o ver.
E, para mais, estava com esperanças que fosse o último. Pelos visto não.

Crap!...

tenho medo

Basic Instinct 2

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AKA O Pato 2

Em defesa do rapaz, nós como espectadores já conheciamos a peça que era Sharon Stone, do primeiro filme. Tudo bem. Só que o homem é um psiquiatra! Se como psiquiatra não consegue perceber que não se deve meter com um mulher destas, então se calhar devia dedicar-se a outra profissão.

Como filme, não me parece que valha a pena o esforço. Ver o primeiro ainda vá que não vá, mais que não seja porque tem um elenco para acompanhar a Sharon, aqui só há um panhonha e o Stan Collymore.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

The Moguls

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O meu mundo foi destruído. A água já não molha, o céu já não é azul e os porcos, com facilidade, já voam.
Neste filme... Sam Malone... o GRANDE Sam Malone... dono de um pequeno bar em Boston... todas as mulheres o queriam, todos os homens queriam ser ele... também conhecido como Ted Danson, mas isso já é outra conversa... o nosso Sam Malone... neste filmes... neste raio de filme... porque é que eu vi este filme?!... neste filme... Sam Malone é... nem consigo dizer... nesta coisa, Sam é... gay!

Eu sei, eu sei. Não é fácil de pensar uma coisa destas. Estava boquiaberto o tempo todo. Não sei com que descaramento é que decidiram assim dar cabo dum mito.

Estou desolado.

Em todo o caso, o filme conta a história de como os habitantes duma pequena cidade se juntaram a Jeff Bridges, o pensador lá do sítio, para o apoiarem na sua nova ideia de como enriquecer rapidamente. Aqui o que se passa é que Jeff não consegue ter sucesso na sua vida, por muito que se esforce. E agora que a sua ex-mulher voltou a casar - com um homem extremamente rico, ainda por cima - Jeff sente uma necessidade ainda maior de fazer alguma coisa na vida antes que o seu filho o veja como um completo perdedor. «E que ideia é essa que Jeff teve agora?», perguntam vocês.

Fazer um filme pornográfico.

Pois claro.

The Queen

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AKA A Sogra dos Infernos

Era só isto?

Fizeram este alarido todo só por causa duma coisa que mais parece um daqueles filmes de TV ou uma daquelas mini-séries da BBC com seis episódios que dão em três dias. A única diferença aqui é que tem dois ou três nomes associados, um pouco maiores do habitual. Helen Mirren claro, James Cromwell que toda a gente deve conhecer, mais que não seja do Babe, e o mais surpreendente deles todos, Stephen Frears. De resto, o filme traz pouco de novo à conversa.
Aquilo que foi público . as demonstrações de afecto por parte das pessoas e os discursos - isso toda a gente viu, na altura. O outro lado, a reacção da família real, que é aquilo no que se centra o filme, isso são suposições. É, realmente, aquilo que toda a gente supõe que aconteceu, mas não deixam de ser suposições.

O giro deste filme ainda foi ver a família real numa data de situações ridículas. O príncipe Carlos cheio de medo de levar um tiro; a rainha, a mãe e o marido, todos de volta da televisão em pijama (deu maior credibilidade à série The Royle Family, acho que a bisavó até é a mesma e tudo!); os corredores que não pareciam ser muito reais (acho que faltou dinheiro para o Palácio de Buckingham); aquela cena de transtorno por estar a interromper o lanche: «Lá está o Tony a ligar outra vez! O que é que este gajo quer agora?!?». Tudo muito ridículo.

Uma última pequena nota: talvez tenha sido uma excelente ideia ter feito este papel, do ponto de vista profissional, só que do ponto de vista pessoal... não acredito que a Helen Mirren alguma vez venha a ter relações sexuais outra vez! A rainha é das pessoas menos sexuais do mundo DE SEMPRE. Só é superada pela Madre Teresa. Até o Ghandi mais facilmente pinocava do que esta mulher!

Sim, mesmo morto.

domingo, fevereiro 18, 2007

Zoom

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Pormenores a reter:

->A Courteney Cox tem umas orelhas gigantes.
-->O Chevy Chase está velho.
--->O Tim Allen já não tem muita piada. A minha teoria é que está farto de fazer este tipo de filmes, mas são os únicos que lhe oferecem.
---->O Rip Torn aparece em demasiados filmes. Não que não tenha piada, mas desde quando é que o homem se tornou um ícone da comédia?
----->Porque é que hoje em dia, só porque há meios para o fazer, toda a gente tem a mania que pode fazer um filme de super-heróis?
------>Quando é que o Spencer Breslin vai envelhecer? O rapaz apareceu pela 1.ª vez no The Kid. Isso já foi praí há dez anos e continua a ter aspecto de quem tem 12!
------->E, finalmente, o Sky High é muito melhor!

United 93

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United 93 foi o único de quatro aviões sequestrados que não chegou ao seu «destino».

Já muitos filmes foram feitos sobre o a guerra no Vietnam; uns quantos ainda são feitos acerca da guerra no Golfo na década de 90; muitos serão feitos acerca da guerra no Golfo mais recente; e, certamente, muitos filmes serão feitos acerca dos acontecimentos do 11 de Setembro. Este foi um dos primeiros.

Independentemente do assunto, este filme visto como projecto não provou ser muito ambicioso. O que é notório pela ausência de nomes minimamente sonantes. Temos aqui o gajo que fazia de Sledge Hammer!, o gajo da série Three Sisters e pouco mais.
Sempre pensei que fosse durar um pouco mais, o período de graça. Não esperava filmes a abordar este dia tão cedo. Claro que nos tempos que correm, com a fluidez que a informação tem graças à Internet, com a publicação de livros sobre assuntos ou eventos ainda mesmo por terminar... seria de esperar que cedo alguém fosse pegar no assunto. E já se sabe como é Hollywood, assim que vai um...

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Where The Truth Lies

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Havia um risco de que este filme, sendo de Atom Egoyan, fosse um pouco... «fora.» Como é costume os filmes dele serem. Nada disso, trata-se de um mero policial. Com o seu toque, disso não haja dúvida, mas nada de excêntrico.

Todos os actores estão muito bem. Kevin Bacon está igual ao registo que nos tem habituado nos últimos tempos, mais Mystic River e menos Hollow Man; Alison Lohman, que talvez tenha sido escolhida pela particularidade de ter uma cara extremamente jovial, mas que invariavelmente parece estar fadada para este tipo de papéis, meio inocente meio controladora; e Colin Firth faz um excelente papel, mais que não seja porque tem bigode por boa parte do filme e safa-se bastante bem com isso.

Inside Man

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Ora cá está um filme que sabia que devia ter visto há mais tempo!

Spike Lee consegue ser um bocado cansativo na maneira como tenta enfiar uma data das suas preferências e ideais nos seus filmes. Entre as bocas à polícia por parte do refém sikh, o cartaz do «we will never forget», o chapéu dos Yankees ou a referência aos Mets... Já percebemos!! Curtes bué Nova Yorque. Segue em frente.

Independentemente destes incidentes, o filme está muito bom e muito inteligente. Spike é um bom realizador e sinal disso é que qualquer bom actor gostaria de trabalhar com ele. Para mais, Spike respeita todos os actores, não vendo só os nomes. A confirmar isto temos os minutos finais do filme, em que faz uma daquelas montagens onde mostra segundos do filme, apresentando todos os actores. Obviamente que não mostra os figurantes, mas aparecem todos os actores e actrizes com falas. E isso já é um grande gesto.

A história não é perfeita, tem um ou dois pormenores que têm um ligeiro efeito de unhas no quadro, só que nenhum deles estraga o conjunto final. Tive foi um pequeno problema com o facto do Denzel ser o negociador. O homem é demasiado arrogante para isso. Numa situação de stress como é a de reféns, convém ter um gajo simpático e apaziguador. Isto não tem nada a ver com eu gostar ou não do homem, é só que apaziguador Denzel não é.


PS - Tenho que partilhar esta: A certa altura um polícia informa Denzel que estão a fazer download das imagens das câmaras de segurança do banco, só que ainda ia demorar algum tempo até terem tudo. Comecei a imaginar o gajo: «Epá, é que estamos a sacar as séries todas de Seinfeld e ainda a discografia dos Metallica, mais uns 20 Gigas de MP3. Isto para não falar dos filmes de... err... "boxe tailandês", que ainda é um bocado. Nem sei se teremos espaço no disco para tudo. Aquilo está um bocado lento.» Ri-me um bocadinho.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Lady In The Water

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Wow! Um filme do Shyamalan que não tem um twist no final. Nunca pensei ver tal coisa.

Para além desta drástica mudança de direcção, há dois pormenores a reter:
1 - É compreensível porque é que deixaram o rapaz ir para outro estúdio com este filme, apenas com um pouquito de polémica. Para quem não sabe a história, o nosso amigo queria fazer este filme mas o estúdio ao qual M estava associado não lhe achou muita piada. M bazou e isto ainda fez correr alguma tinta. O medo era que Lady in the Water fosse um sucesso, como foram os seus dois primeiros filmes e que o seu ex-estúdio fosse forçado a engolir quaisquer palavras que tenha proferido. Tal não sucedeu. Ooops!
O filme é engraçado. É uma fantasia a ocorrer no mundo moderno. Talvez o seu estilo de realização seja um pouco parado e sombrio para este tipo de histórias mas o desenrolar da mesma, com voltas e surpresas à última da hora, já são coisas que M faz de olhos fechados. O que quero dizer é que o filme não tem o impacto dos dois primeiros, mas tem bons pormenores e não é tão secante ou previsível como o terceiro.
2 - O homem está decidido a aparecer cada vez mais à frente da câmara, em vez de estar atrás dela!! Nos outros filmes apareceu só alguns minutos aqui e ali em papéis pequenos e maior parte das vezes insignificantes. Aqui, aparece como personagem vital com largos minutos e muitas falas. Mas quem é que pensas que és? Estes realizadores que ficam com a mania só porque conseguem matar o Bruce Willis e toda a gente achar que foi uma ideia brilhante!...

The Manchurian Candidate

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Inicialmente pensava que iria ser um filme político um pouco enfadonho, ou pelo menos era disso que tinha receio. Pensei em ver o original antes do remake mas lá está, se o meu receio fosse fundamentado teria que ver dois filmes políticos enfadonhos, que ainda por cima seriam iguais. Agora que revejo estas minhas decisões e reavaliando a minha linha de raciocínio, o mais lógico teria sido ver o original, ainda para mais tendo em conta que não acho que Denzel seja tudo o que dizem dele. Em minha defesa, tenho o facto de que esta versão é mais fácil de arranjar.

É um filme inteligente, com uma história não muito rebuscada, mas algo ingénua em alguns pontos. Tem boas interpretações. Nem tanto pelo Denzel, embora aceda que o rapaz está muito bem. Mais pelo Liev Schreiber e pela Meryl Streep. Aqui sim tive medo da mulher, aqui sim é o verdadeiro diabo.
Não esperava que o filme fosse tão sci-fi. Não sei se gostei dessa parte ou não. Pareceu um pouco forçado, um pouco piroso, como costuma ser quando cenas de ficção científica aparecem naquelas séries antigas de terror e suspense. Nem quero é imaginar como é que meteram este factor no original. Aí sim deve ter sido forçado.

Agora, a cena que impressiona é que este tópico, de conspirações governamentais/empresariais, teima em não sair de moda. Fez sentido na altura do original, faz sentido agora e, pelos vistos, ainda vai fazer sentido durante muito tempo.

Gridiron Gang

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Dwayne «The Rock» Johnson trabalha numa prisão para miúdos. Miúdos esses que são delinquentes e não têm disciplina nenhuma, nem respeito por nada, nem por ninguém. Qual é a conclusão lógica? Metê-los a jogar futebol americano, para poderem andar à porrada uns com os outros, só que legalmente.

Fora de brincadeiras, o filme é baseado em factos verídicos e, no final do filme, mostram-nos cenas que se passaram mesmo e que acontecem no filme palavra por palavra. A pessoa que The Rock interpreta meteu os miúdos a jogar e isso ajudou uns quantos.

Mérito para o gajo, demérito para o realizador. Porque não foi tanto um filme, mas mais um documentário. E MUITO demérito para mim, porque para além de ser lamechas, este post é reles como tudo!

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Tideland

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O Jeff Bridges é músico e drogado. Quem lhe faz o caldo é a filha, uma miúda pequena. Jennifer Tilly, a mãe, morre. Jeff agarra na miúda e vai para casa da mãe que já morreu há algum tempo. Chegando lá, é a vez de Jeff morrer, desta feita de overdose. A miúda vive no seu mundo de fantasia com as cabeças das bonecas, até que conhece os vizinhos: uma mulher, antiga paixão de Jeff e ainda apaixonada por este; e o irmão que sofre de doença mental.

Vamos ficar por aqui... Eu sou todo apologista de devaneios, especialmente vindos da cabeça de Terry Gillian, só que este Tideland é demais para mim.

Marie Antoinette

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Não estava à espera de grande filme mas também não estava à espera que fosse assim tão mau!
Mais que não seja porque até gostei dos outros filmes de Sofia Coppola.

Acho que Sofia teria feito melhor em seguir a Paris Hilton e a sua entourage na noite. Porque foi isso que me pareceu. Uma espécie de homenagem à rainha das festas. O único entrave é que duvido que Paris concordasse em usar roupa que lhe tapasse tanto o corpo. Os fatos parecem ser um capricho de uma rapariga que não pôde brincar com bonecas enquanto criança.

O único ponto a favor é que, embora tenha sido um favoritismo absurdo ter escolhido o priminho, Jason Schwartzman faz lindamente o papel de nhó-nhó que tem medo de pinocar a esposa, independentemente das suas inexistentes qualidades representativas.

Open Season

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Martin Lawrence vive com Debra Messing há algum tempo. Têm uma relação bastante profunda, trabalhando juntos e tudo. Até que de repente Martin conhece Ashton Kutcher, que o convida a explorar novos mundos. Ashton influencia Martin a quebrar as regras, para fugir àquilo que era convencional no seu mundo e leva-o a conhecer os seus amigos, tudo seres do mesmo estilo de vida. Agora sim, Martin finalmente está à vontade na sua pele. Agora sim está em casa.

Ah, já agora, o Martin é um urso que vivia numa pequena cidade e Ashton é um alce que o leva de volta à floresta.
Estava a esquecer-me de mencionar isso.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Capote

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No final do filme dizem que Capote nunca mais acabou outro livro depois de In Cold Blood, o livro que dá origem a este filme. O que tenho a dizer em relação a isso é: AINDA BEM!!! É da maneira que não se metem a fazer outro filme destes.

Invariavelmente, quer os realizadores queiram ou não, o que é certo é que este tipo de filmes biográficos têm que seguir uma determinada fórmula. A primeira... vá lá, meia hora de filme, convém ser de apresentação ao personagem principal de modo a que uma empatia seja criada com o público, para que, independentemente do que venha a acontecer até ao final, as pessoas se possam relacionar de alguma maneira. Aqui não! Nos primeiros cinco minutos já percebemos que Capote pensa ser o melhor escritor do mundo e que quer, qual capricho, fazer um artigo acerca de homicídios no meio do Kansas. Cinco minutos depois já pede bastante dinheiro para poder ficar por tempo indeterminado a fazer pesquisas. Cinco minutos depois e, só porque sim, já quer fazer um livro da coisa. Pois claro!
O passo seguinte é conhecer os criminosos, meio por acidente, e apaixonar-se por um deles. Depois, nada como usá-los para favorecer o seu livro e, consequentemente, a sua carreira. Um advogado aqui, uns favores ali, umas mentirinhas acolá e é tudo normal.

E aquela meia hora final é de virar o barqueiro. Às tantas, enquanto os assassinos estão à espera de morrer enforcados, temos Capote desolado, a chorar pelos cantos, enfiado numa cama, dia e noite. Isto é o quê? É suposto ter pena dele? É ele a vítima?! Por favor.

Podia culpar tudo na vozinha. A voz é bastante irritante, mas nem é por aí. À voz acho que me conseguia habituar. O meu problema era o ar dele, aquela prepotência mas, acima de tudo, o que não suportava no gajo era a maneira de rir e as piadas. Isso é que não dava.

Podia estar aqui a noite toda a mandar vir com este filme mas tenho coisa melhores para fazer, como bater com a cabeça na parede, por exemplo.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Casanova

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E do lado oposto do espectro temos Casanova.

Enquanto Brokeback Mountain é um mau filme com o Heath Ledger, Casanova é um bom filme com o Heath Ledger.
Desta vez - e, novamente, ao contrário de Brokeback - desta vez ri-me várias vezes durante o filme, só que aqui, ri-me pelos motivos certos. O filme é absolutamente hilariante, como aliás não podia deixar de ser uma história sobre um dos maiores galãs de todos os tempos.

O filme é divertido, com uma história de amor pelo meio e MUITO exagero à mistura.

Brokeback Mountain

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Dois cowboys precisaram de três semanas no meio do mato para começar a... confraternizar!?
E ainda dizem que as mulheres são complicadas!

Como comédia romântica este filme é um bocado mau.
Como comédia está bastante bom. Só faltou mesmo o pudim para me desbroncar a rir com estes dois na galhofa, a «brigarem» às escuras, ao pé das ovelhas e dos ursos. Muito engraçado.
Mas a parte romântica... xiiiiiiiiii... que seca! Só aquela musiquinha sempre que se viam!... meu dEUS!!!!

O Ang Lee diz que teve medo que a sua carreira tivesse terminado por ter feito o Hulk. e que este filme salvou-a. Ya, Ang, amigo... não me parece. Diz lá adeus à carreira e não nos tortures mais com estas coisas.

What's Cooking?

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Quatro famílias de Los Angeles e os seus respectivos dias de Acção de Graças (isto soa tão mal em português). Cada família com as suas ascendências, mas todas com uma data de problemas, ou seja, típicas famílias americanas com os seus dias tradicionais estipulados, onde se devem divertir e juntar... e brigar por tudo e por nada. O costume.
Gostei mais do Home for the Holidays.

Já eu dei graças por ter visto este filme pouco depois de jantar. Com tanta comida em cena, se não tivesse nada no estômago acho que tinha dado em doido.

domingo, fevereiro 04, 2007

Little Miss Sunshine

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Não há ninguém nesta família que não tenha ficado a adorar:
>Adoro a Toni Collette porque prefere que a filha saiba a verdade acerca da tentativa de suicídio do tio pela boca do próprio. Não há cá daquelas tangas de tentar proteger as crianças, mentindo-lhes ou escondendo a verdade.
>Adoro o Greg Kinnear pela brilhante ideia que tem a meio do filme. Não, claro que não vou dizer o que é.
>Adoro o Steve Carell porque sim! O gajo é ridículo a correr (entre outras coisas) e tem melhor aspecto quando sai dum hospital depois de uma tentativa de suicídio, do que eu quando me preparo para ir a casamentos!
>Adoro o Paul Dano porque passa maior parte do tempo calado neste filme e assim não tive que ouvir as idiotices que costumam sair da boca de adolescentes. E safa-se bastante bem.
>Adoro o Alan Arkin porque diz que meter-se nas drogas quando se é novo é uma idiotice mas que toda a gente devia fazê-lo na sua idade. Daí ter sido expulso de um lar, por andar a snifar heroína. Nem mais.
>E adoro a Abigail Breslin. Era o elo mais fraco da família até ao final, mas meu dEUS... que final!...

Isso e têm uma carrinha Volkswagen.

The Machinist

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Este filme passou-me completamente ao lado quando saiu e acho isso estranho. Não é que seja brilhante, mas embora me lembre dele ter estado no cinema, não me lembro de ninguém ter falado disto na altura, nem de ter visto o trailer ou mesmo alguma cena em algum lado. Talvez a justificação seja que ninguém gostou do filme. Ele não é, de todo, de fácil agrado. É que vindo numa sequência de filmes que usam os mesmos plot twists que outros num passado recente, a única maneira que este The Machinist tinha de se safar era ter o final que superasse todos os finais. Tal não acontece, o final é mesmo bastante simples. É a única justificação que encontro.

Isso e o Bale está escanzelado com'ó raio!

The Exorcism Of Emily Rose

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Reza a história que uma moçoila, pouco depois de entrar na faculdade, começou a ter alguns ataques, que na altura foram considerados epilépticos, e regressou a casa aos cuidados dos pais. Lá e sem melhorias na sua condição, foi chamado um padre para intervir. Este, passado algum tempo decidiu fazer um exorcismo que não correu bem e Emily Rose acabou por falecer. O padre foi acusado de homicídio e foi a tribunal. É isso que este filme relata, o caso em tribunal.

A mim, digam-me o que disserem, o que me parece é que a moça, que foi criada numa ambiente refugiado, numa quinta no meio do campo, cujos pais eram extremamente religiosos e que provavelmente não tinha amigos, foi para a faculdade sem saber ao que ia. Chegou lá e teve dificuldades em arranjar amigos porque não tinha capacidades sociais, fruto de uma educação castradora. Até é possível que, coitada, tenha tido uma má experiência com um rapaz que poder-se-à ter aproveitado da sua ingenuidade. O acumular de todas estas coisas, o stress de tudo, despoletou os ataques epilépticos e as psicoses. A partir daí foi só juntar pessoal estúpido na faculdade que gozasse por ser «maluquinha» e uns pais excessivamente protectores e de visão curta que não queriam que a sua filhinha andasse na «má vida» com rapazes e em festas. Assim, coitada, teve o seu destino traçado.

Uma coisa que irritou e ajudou a não conseguir levar este filme a sério (porque sim, eles tentam fazer disto mais do que um filme de terror) é que às tantas, a meio do tribunal, o advogado de acusação, conhecido por ser religioso, fica todo indignado e insurge-se contra uma suposta cientista que defende a existência de possessões demoníacas e pessoas que têm visões do futuro e afins. Sim, porque acreditar que um caucasiano, no meio do médio oriente há 2000 anos atrás, era capaz de transformar água em vinho e que andava em cima da água é na boa, mas ser possuído por demónios que até são referenciados na bíblia, isso é que não!!

A terminar, tenho pena da actriz que faz de Emily Rose. Em determinadas cenas tem um aspecto horrível e assustador. Sei quem é que NÃO a convidava para ir beber um copo.

Invincible

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Ao que parece, nos Estados Unidos, qualquer gajo, seja com que idade for, pode entrar numa equipa profissional.
Primeiro foi Dennis Quaid no The Rookie, agora é Mark Wahlberg neste Invincible.
Não desfazendo os desportos americanos, mas não estou a ver um gajo em Portugal a sair das ruas, a bater à porta de uma equipa de primeira divisão e a entrar na equipa.

Apesar de tudo, nem foi o que surpreendeu mais. Aquilo que verdadeiramente impressionou-me foi o tamanho dos braços de Wahlberg. O rapaz tem um ar um pouco otário quando corre, mas está com um braços!... Acho que se ele quisesse, facilmente atirava-me até à outra margem, Marrocos. E olhem que não sou rapaz de pequeno porte!

Mr. Fix It

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Estive o filme todo perturbado com um pormenor qualquer que me estava a atrofiar. Algo estava errado.

Seria o baixo orçamento do filme?...
..........................Seria a sotaque da moça?
Seria o puto com o cabelo comprido que parecia uma rapariga?...
..........................Seriam só os putos irritantes?
Seria o facto de ter havido uma sequência romântica com música, igual às de filmes dos anos 80 A GOZAR com sequências românticas com música, iguais às de filmes dos anos 80?...
..........................Seriam os amigos demasiado totós do David Boreanaz?
Seria o quão em baixo anda o Paul Sorvino para fazer filmes destes?...
..........................Seriam as bocas ordinárias dos velhos?

Não era nada disto. Era mesmo só o facto de estar a ver o Angel à luz do dia!!!

The Fast and the Furious: Tokyo Drift

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E não é que os produtores ouviram as críticas?! É que isto de andar a fazer corridas onde é só carregar no acelarador, meter mudanças e carregar nos nitros já tinha dado tudo o que podia dar. No terceiro de uma série que, pelos vistos, está para durar, finalmente meteram os carros a fazer curvas e coisas que fazem mais sentido quando se fala em «corridas».

Claro que o filme não mostra nada de novo, é só gajos com as suas «extensões de pénis» a fazerem muito barulho a altas velocidades, só que desta vez é do outro lado do mundo.

A terminar, só duas pequenas notas.
Primeiro, gostei do facto de que os maus da fita, aquando sozinhos, falavam a sua língua materna. Já tinha visto isso no Da Vinci Code e estou a curtir a alteração de hábitos que já não fazem sentido.
Segundo, achei piada à pequena participação de Vin Diesel, mesmo no final. O homem não podia deixar de aparecer.

Employee Of The Month

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Dois trabalhores de um hipermercado tipo Makro, a estrela e o baldas lá do sítio, tentam ganhar o título de empregado do mês por uma questão de rivalidade mas, principalmente, para ganhar o coração da nova empregada, Jessica Simpson.

Isto parece-me bastante lógico e legítimo, mas tive um pequeno problema com os resultados finais. A avaliação foi feita com base num sistema de estrelas, sendo que por dia uma estrela era atribuída a um empregado, aquele que tivesse a melhor prestação. Sendo o mês de Novembro, só seria possível competir durante 30 dias. O resultado final foi de 15-15.

Confesso que não tenho muita experiência profissional, nem mesmo conhecimento de alguns procedimentos, mas estou a partir do pressuposto que os empregados de hipermercados não trabalhem todos os dias do mês, certo?

The Librarian 1 + 2

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Dizer que este Librarian é uma versão pobre do Indiana Jones é um favor que se faz a Noah Wyle. A grande diferença para com o ícone de aventureiro do início dos anos noventa, é que aqui o factor fantasia é flagrante. No primeiro, Noah vai à procura da Spear of Destiny e no segundo vai em busca das minas de Salomão.
Isto não foi dizer muito, pois não? Sim, está tudo bastante explícito nos títulos.

Embora possam ser usados para passar uma tarde enfadonha de fim-de-semana ou como cura para insónias a altas horas da noite, estes filmes acabam por não trazer nada de novo ao género, fazendo mesmo uma colagem de várias referências de vários filmes. Mesmo a banda sonora parece ter músicas conhecidas mas com toques que as tornam completamente diferentes e iguais ao mesmo tempo.

The Departed

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Estranho deparar-me com este trio de gajos que, apesar do lugar que já têm em Hollywood, vieram os três dos sítios mais díspares.

DiCaprio começou cedo, como child actor, mas logo se via que aqui estava um actor que passaria facilmente a fase crítica da adolescência - esse limbo que já engoliu tanta boa gente. Infelizmente, a sua carreira acabou por ter um grande interregno devido a ter ficado famoso pelo pior papel possível. O que vale é que os «grandes» não se esqueceram dele e agora está mais em pontas que nunca. Claro que continuo a duvidar que alguma vez venha a ganhar um Óscar, mas também quem sou eu para estar a mandar bitaites? Vai-se a ver e pode ser que seja já este ano!
Damon também não anda por aí há pouco tempo. Se apanharem um filme da Julia Roberts, Mystic Pizza, que costuma dar no Hollywood, vão ver o jovem imberbe à mesa da família rica, fazendo de irmão irritante do personagem que se apaixona pela jovem de ascendência portuguesa, que o vai convencer que o amor não depende de estatudo social. Em todo o caso, o que é certo é que o rapaz só se tornou famoso quando se decidiu a escrever um guião com o seu melhor amigo e a aproveitar a cunha de um certo realizador gordo, barbudo, que às vezes é visto de gabardine. Ganharam um Óscar e foram acusados de não terem escrito o guião sozinhos e depois, tanto Damon como o seu ex(?)-amiguinho fizeram uma data de maus filmes, mais meia dúzia de outros que até são bons. Hoje em dia - e muito à custa da cunha de Clooney, parece-me - o loiro do duo parece estar no bom caminho e já só se mete em produções de alto nível.
Wahlberg é aquele que consegue superar os outros dois a nível de percurso. Este homem começou a sua carreira como rapper (ou pelo menos uma tentativa!). Sim, este homem era Marky Mark!!!! Como é que apareceu no mundo cinematográfico?! Boogie Nights (se bem que já tinha conhecido DiCaprio em Basketball Diaries). A minha teoria para a decisão de o meter no papel principal é que P.T. Anderson precisava dum actor que conseguisse representar um qualquer actor porno da década de... sempre! E aí Anderson pensou: «Eu não preciso de um bom actor! Pode ser um idiota qualquer!». E neste exacto momento estava a dar um daqueles programas da VH1 acerca de flops da música. Claro que não bastou isto. Foi ainda preciso conhecer algumas pessoas certas e ganhar currículo para entrar em bons filmes como é o caso de Three Kings. Suponho que a cunha dele aqui tenha sido o Ice Cube. Bastou isso para conhecer Clooney para ter acesso a Brad Pitt que o deve ter decidido meter aqui. (NOTA: Pitt é produtor de The Departed).

Depois há ainda Jack Nicholson, Martin Sheen e Alec Baldwin, mas desses já toda a gente tirou todas as conclusões possíveis e imaginárias. O Jack é o Jack, o Martin é o activista e Baldwin ganha prémios, hoje em dia, devido a uma nova sitcom onde entra e, a meu ver, tem a melhor tirada do filme:
«Youwantasmoke?Youdontsmoke,doyou?Right.Whatareyou?Oneofthosefitnessfreaks?Gofuckyourself.»
Tudo num só fôlego, nunca dando tempo de resposta e a rir-se.

The Da Vinci Code

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Dois pormenores estão claramente em desfavor deste filme:

1.º O casting. Eu e pouco mais de duas dúzias de pessoas lemos o livro - certamente não foram muito mais, no mundo todo - e acredito perfeitamente que nenhum de nós tivesse o Tom Hanks em mente quando imaginávamos o Langdon. O personagem do Ian McKellen imaginava-o mais novo só que isso considero ser uma falha de leitura minha. Mas o Silas, interpretado pelo Paul Bettany parece-me profundamente errado. Já a moçoila era a única em quem tinha uma actriz em mente e não era a Amélie Poulain, mas sim a Marion Cotillard. O Jean Reno acaba por ser o único que se safa. Em relação ao personagem do Alfred Molina não tenho opinião.

2.º Livros extensos com pormenores em catadupa acabam sempre por ser péssimas adaptações cinematográficas. Vejam mesmo o Senhor dos Anéis que foi feito em três longuíssimas levas. Chegámos ao final do terceiro e toda a gente estrabuchou com a falta de alguma coisa. Isto num filme com quase três horas!! Em The Da Vinci Code tal também sucede. Para mim, por exemplo, a cena inicial do Louvre parecia ser quase um terço do livro. No filme dura uns cinco minutos!
Este tipo de filmes acabam sempre por desiludir o espectador que antes tinha sido leitor.

Outro pormenor importante é que Ron Howard dá-lhe um toque de fantasia, quase fazendo crer que o Langdon é uma espécie de super-herói, com todos os efeitos especiais que meteu para demonstrar as capacidades analíticas do personagem principal. Isso e aquela cena final... às tantas já estava à espera que o «Santo Graal» se levanta-se e metesse uma mão em cima do ombro do Tom e dissesse: «Parabéns meu filho, descobriste-me. Agora vamos lá limpar a lixeira que o Homem fez na Terra.»