sábado, setembro 27, 2014

Million Dollar Arm


A Disney é uma máquina de fazer dinheiro. Não há como contornar.

O IMDb tem uns valores gerais de orçamento dos filmes, assim como o seu retorno nas bilheteiras. Deu dinheiro. Muito dinheiro. Mas não deu suficiente para ser considerado um sucesso. Os valores globais deste filme são de 25 milhões de orçamento, com um rendimento de bilheteira de 36 milhões. Deu lucro. Deu bastante lucro. Onze milhões é muito dinheiro. Mas não o suficiente para ser considerado um sucesso. Estou em crer que contabilizam as bilheteiras americanas e europeias. As maiores europeias, entenda-se. Ninguém quererá saber dos nossos números. Contará quase zero. Não sei até que ponto contabilizam bilheteira chinesa, mas deviam. Diz-se que são uns quantos. O que é certo é que não contabilizarão os indianos, que parece que também são uns poucos. E também não contabilizarão os milhões de pessoas que comprarão coisas da Disney. Ou que viajarão aos parques, à custa desta brincadeira. Sim, é um povo pobre, mas terão gente com dinheiro na mesma. Por muito que seja uma minoria... eles são muitos. É um mercado gigantesco de gente que não sabe o prazer de comer um bom bife da vazia.

São os maiores. A Disney. Os indianos são só bué fixes, com o seu incrível nan. Dominarão o mundo. Espero ainda estar cá para ver e usar um chapéu do Mickey... obrigatoriamente, sob penalisação de morte por visualização de todos os filmes dos Piratas das Caraíbas... em loop.

quinta-feira, setembro 25, 2014

Maleficent


Hell hath no fury like a woman scorned.

Do ponto de vista de fantasia visual, a coisa até se vê, salvo seja. Já de história... Tentam dar a volta a alguns momentos chave, com soluções fora da caixa. Nota A por esforço. Pouco mais merece. Não percebo como possa ter tão boa cotação no IMDb. Imagino que a Disney contrate uma data de gente para votar. Ou então têm um algoritmo para tratar do assunto. Não sei que será mais barato. Quer dizer, para eles tudo será barato.

Queria ver algo que me permitisse mandar vir. Nem para isso serviu. Que frustração.

terça-feira, setembro 23, 2014

Think Like a Man Too


Fizeram um segundo. Eu vi o segundo.

Touché, black Hollywood.

Touché.

terça-feira, setembro 16, 2014

The Fault in Our Stars


Com total propósito escolhi algo deprimente. Estranho, é certo, mas é também a verdade.

A história é conhecida. É mais uma de amor, daquelas preferidas por muitos: fadada à tragédia. Quer dizer, depende da forma como se olha para as coisas. Um desastre é um desastre, não deixando de ser belo e até um pouco épico, por vezes. Há quem ache que dez minutos de paixão intensa valem por uma eternidade de mágoa por não terem sido onze. Será o suficiente ter apenas Paris? Tenho inveja de quem acha que sim.

Sempre que via o título deste filme lembrava-me desta música dos Maccabees. Não tem nada a ver. Será apenas porque refere estrelas. Aconteceu sempre e acho que continuará a acontecer.

O intuito era chorar. Não resultou. Odeio quando um filme não cumpre as suas promessas.

quarta-feira, setembro 10, 2014

Draft Day


Que horror. Fizeram cartazes diferentes, para este e para o 3 Days to Kill, com a mesma foto do Kevin Kostner.

Só os americandos para fazerem um filme sobre isto, vendendo-o como épico. Já houve muitas datas épicas na história da humanidade. O dia em que se compram jogadores de futebol americano não é uma delas. Talvez para os próprios jogadores, para as famílias deles, e para quem faz as compras, que pode dizer muito das suas carreiras. E das famílias deles também, vá. OK, é muita gente. Não deixa de ser uma percentagem diminuta da população mundial. Quer dizer, se considerarmos todas as famílias das ex-«namoradas» do Wilt Chamberlain, talvez não seja assim tão diminuta.

Outra coisa a apontar a este filme: a Jennifer Garner é estranha. Não é novidade, certo. Não estará directamente relacionado com este filme, não sendo de agora. Mais que certo. Este personagem específico. Estamos a falar duma mulher que fica excitada por falar de futebol americano. E nem é aquela coisa de falar numa data de homens suados e musculados num balneário. Não. Fica excitada com estatísticas e factos e jogadas e... Será que existem mesmo mulheres assim? Ou só há uma que faz isto E é casada com o Batman?

terça-feira, setembro 09, 2014

Begin Again


Begin Again tinha todo o ar de ser algo de que iria gostar. Só tem um ligeiro problema: a protagonista. É de comum conhecimento que não morro de amores pelo esqueleto andante. E é este tipo de coisas que pode arruinar qualquer bom visionamento. Estava hesitante e por aí fiquei, até à recomendação dum amigo de gostos comuns, parecido com um actor famoso, que só vem a praça pública falar do que merece ser falado.

Knightley não estraga nada, embora preferisse ver qualquer outra actriz no seu papel. Também não ajuda nada ver Adam Levine durante demasiado tempo. Mas Begin Again é daqueles que enaltece a música e o seu papel nas nossas vidas. Logo, o destaque é mais que merecido. E o visionamento também.

segunda-feira, setembro 08, 2014

The Longest Week


Vi ontem o cartaz (pela segunda ou terceira vez, entenda-se) e fiquei cheio de vontade de ver. Só não vi na altura por já ser tarde... e não há uma letra desta última frase que não me deixe com uma depressão enorme. Aposto que os alemães têm uma palavra qualquer para esta incrível capacidade que uma pessoa tem para deixar-se triste. Eles têm palavras para tudo. Nenhuma é bonita ou faz sentido para qualquer outra nacionalidade, mas há mérito em ser exaustivo.

The Longest Week é um capricho que queria ver, muito pelo elenco. Depois, pareceu-me interessante. Mais do que realmente é, mas não me enganei por muito. Acaba por ser uma mescla dumas quantas coisas engraçadas, dando-lhe um cunho um pouco pessoal, muito por via dos actores. No fundo, faz lembrar coisas Wes Anderson, sem o pitoresco, só com o simples.

Deu para estar um pouco entretido.

terça-feira, setembro 02, 2014

Divergent


O grande problema de ver demasiados filmes é que as comparações acabam por ser inevitáveis. Assim, não há como contornar que Divergent é o «Hunger Games» misturado com o «Harry Potter», na coisa das facções e categorias de «pessoas».

Gosto de futuros pós-apocalípticos. Acima de tudo gostaria de viver em alguns, mas para já basta-me «vê-los em tela». Este não é diferente. Houve uma grande guerra. As pessoas refugiaram-se numa cidade. Construiram uma parede. Reconstruiram a cidade e estipularam algumas regras. Dividiram as pessoas em classes. Tudo parece estar a funcionar bastante bem. Há algum ascendente dumas classes em relação às outras, mas acaba por equilibrar-se. Não é uma sociedade perfeita. Longe disso. Mas lá vai funcionando. Até que aparecem os rebelbes, os anti-conformismo, e estragam tudo. Assustam as pessoas com a sua mera existência e obrigam uns e outros a fazerem coisas malandras. Mas a culpa continua a ser dos divergentes, claro.

Estava a gostar do filme. E, no seu todo, tendo em conta os outros filmes do género que foram aparecendo nos últimos anos, este não é nada mau. Pecou pelas cenas de acção. Todo o final é miserável. O filme funciona bem em termos de enredo e intriga. Quando foi precisco começar aos tiros... foi tudo por terra. Percebemos que a Shailene é uma girly girl, a correr toda totó com uma arma na mão, sendo óbvio que não recebeu treino militar algum. Há momentos de tiroteio em que as pessoas ficam completamente à vista, só não levando um tiro porque são personagens principais. Há depois um momento muito Butch & Sundance, em que nem era preciso o exército boliviano e, mesmo assim, safaram-se. É só patético, mesmo. Até porque dá um ar de ter sido muito despachado.

No entanto, o pior de tudo é mesmo Ashley Judd que, por muito que envelheça, continua linda de morrer. Como é possível?!

Divergent não é mau, lá está. É só preciso dar um desconto nos últimos vinte minutos. E dá-lhes ainda crédito não terem tentado mais uma trilogia, embora haja espaço para este universo crescer.