terça-feira, setembro 02, 2014

Divergent


O grande problema de ver demasiados filmes é que as comparações acabam por ser inevitáveis. Assim, não há como contornar que Divergent é o «Hunger Games» misturado com o «Harry Potter», na coisa das facções e categorias de «pessoas».

Gosto de futuros pós-apocalípticos. Acima de tudo gostaria de viver em alguns, mas para já basta-me «vê-los em tela». Este não é diferente. Houve uma grande guerra. As pessoas refugiaram-se numa cidade. Construiram uma parede. Reconstruiram a cidade e estipularam algumas regras. Dividiram as pessoas em classes. Tudo parece estar a funcionar bastante bem. Há algum ascendente dumas classes em relação às outras, mas acaba por equilibrar-se. Não é uma sociedade perfeita. Longe disso. Mas lá vai funcionando. Até que aparecem os rebelbes, os anti-conformismo, e estragam tudo. Assustam as pessoas com a sua mera existência e obrigam uns e outros a fazerem coisas malandras. Mas a culpa continua a ser dos divergentes, claro.

Estava a gostar do filme. E, no seu todo, tendo em conta os outros filmes do género que foram aparecendo nos últimos anos, este não é nada mau. Pecou pelas cenas de acção. Todo o final é miserável. O filme funciona bem em termos de enredo e intriga. Quando foi precisco começar aos tiros... foi tudo por terra. Percebemos que a Shailene é uma girly girl, a correr toda totó com uma arma na mão, sendo óbvio que não recebeu treino militar algum. Há momentos de tiroteio em que as pessoas ficam completamente à vista, só não levando um tiro porque são personagens principais. Há depois um momento muito Butch & Sundance, em que nem era preciso o exército boliviano e, mesmo assim, safaram-se. É só patético, mesmo. Até porque dá um ar de ter sido muito despachado.

No entanto, o pior de tudo é mesmo Ashley Judd que, por muito que envelheça, continua linda de morrer. Como é possível?!

Divergent não é mau, lá está. É só preciso dar um desconto nos últimos vinte minutos. E dá-lhes ainda crédito não terem tentado mais uma trilogia, embora haja espaço para este universo crescer.

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