terça-feira, janeiro 21, 2020

Knives Out


Antes de mais, preciso tornar claro que não concordo nada com a nota de 8.0 no IMDb. Não acho, nem pouco mais ou menos, que o filme seja assim tão bom. Claro que, sendo honesto, poderá ser só embirrância com o Rian Johnson, ainda por causa do Episódio VIII.

Posto isto, gostei das surpresas dentro das surpresas. Logo no início o homicídio é revelado. É revelado quem o fez. Agora, como se chegou lá e, acima de tudo, como se desenrola a história a partir daí, nesses espaços temos umas belas surpresas.

Essa foi a diferença. Porque este registo dos policiais está um bocado visto até à morte (no pun intended). Não é nada fácil chocar o público actual com uma revelação de quem cometeu um crime. É sempre um elenco curto, por muito que se tenham metido linhas no cartaz. Será sempre um deles, certo? Mas Knives Out tem mais do que só uma surpresa. Tem mais bons detalhes, alguns bons personagens e algumas interpretações muito bem sacadas.

Tirando o personagem do Craig. Achei-o esquisito à brava. Era suposto ser mega inteligente. É burrinho, maior parte do tempo. E tropeça demasiado nas pistas. Não as descobre. Aterra em cima delas, por acidente.

Claro que isto também poderá ser embirração com alguém que quase destruiu outro franchise de que gosto muito.

Gemini Man


Que final tão estupidamente limpinho. Oh Will... Não, ! Não! Não podes continuar a fazer filmes destes, desenxaibidos e a bater nas mesmas teclas de sempre. Mais que isso, Will, se tens de morrer, morres. Qual era o problema? O final aqui pedia-se trágico. Ou pelo menos minimamente verosímel. Este final em que fica tudo bem no final e o teu personagem não sofre com nada... Já chega disso, OK? Se tiveres de te sujar, sujas. A tua imagem ou o raio, a impressão dos fãs que se lixe. Tens é de fazer coisas com qualidade. Tens de mudar de agente. Mudar de atitude. Perder controlo no que os realizadores fazem. Menos poder para ti, para vir alguém que quer fazer um bom filme e fazê-lo contigo. Vale? Muda de atitude, agente, amigos, fãs, família, calças, o que quiseres. Qualquer coisa! Deixa é de fazer estas trampas. Já não há paciência.

sábado, janeiro 18, 2020

Marriage Story


Quando vi o trailer quase pensei que tinham separado as duas versões e feito uma espécie de dois filmes diferentes, cada um com uma versão dos acontecimentos. Duas formas diferentes, duas facções a ver o mesmo acontecimento. Afinal não. Foi só um trailer muito bem montado.

O certo é que esse é o filme. São duas versões, duas formas de ver as coisas, mas misturadas. Como qualquer filme. Como qualquer relação, seja ela amorosa ou não. Quem nunca brigou com amigos, porque viram algo de forma diferente?

Apesar de ser uma história até bastante simples, dou mérito ao realizador. Porque mesmo nas cenas mais banais há uma angústia natural dos acontecimentos. Algo que supostamente só os próprios sentiram, embora, mais uma vez, qualquer pessoa num rompimento de relação também terá sentido.

É fixe sentir algo assim, só com um filme. Não é uma sensação fixe no geral. De todo. Felizmente o casal até foi bastante civilizado e conseguiu resolver as coisas. Já o facto do personagem do Adam Driver ter posto os palitos à personagem da Scarlett... Epá, é estúpido. Nada a fazer.

Frozen II


Muito entusiasmo por aí havia, para ver a sequela. Entenda-se... a minha senhora não parava de falar no assunto. Lá vimos o filme e o entusiasmo desvaneceu.

Frozen continua a ser um universo giro de se ver, perfeito para as miúdas que por aí andam, fixe para palermas como eu que gostam das idiotices do Olaf. Mas havia mesmo mais alguma coisa para contar? Nem por isso.

Acrescentaram umas coisas à origem das irmãs, da família. Meteram os actores a improvisar mais. E arranjaram uma música que é quase a mesma coisa.

Viu-se. Bem... mas apenas isso. Viu-se.

sexta-feira, janeiro 17, 2020

Terminator: Dark Fate


Pobre coitado deste Terminator. Sofreu com a má reputação dos que vieram antes dele, e nem o tamanho sucesso dos dois primeiros conseguiu dar-lhe força para atingir valores decentes nas bilheteiras. Pagou-se. A nível mundial, supostamente pagou-se. Mas isso não chega, hoje em dia.

É o melhor, dos últimos. Não chega aos calcanhares dos primeiros, atenção. Mas ao menos não é uma salgalhada desmesurada, que só insulta quem é fã do franchise, assim como qualquer novo espectador. Só não é grande coisa porque acaba por ser também uma espécie de remake. O que nos leva ao problema actual.

Há grandes filmes dos anos 80 e 90. É normal que, no mundo em que vivemos, em que os franchises dominam os cinemas, que se tente revitalizar/recuperar estes universos. O problema é para quem, exactamente, estão a fazer os filmes. Remakes só por si não funcionam, precisamente porque estas histórias tiveram o seu momento. Foram um sucesso quando saíram. Não é líquido que voltem a ser um sucesso 20 anos depois, para uma nova geração, num mundo diferente. É um risco tão grande como pegar num mau filme daquela época e esperar bons resultados.O risco é o mesmo. Porque os públicos são diferentes.

Os fãs de então ainda estão vivos. É o argumento que justifica que se façam sequelas e não remakes. Só que os fãs querem os mesmos actores, a continuidade dada à mesma história. E, não só, custa-lhes ver uma narrativa muito diferente do que conhecem. Ver o Arnaldo a fazer de Terminator outra vez é giro, mas em que é que isso adianta a história?

É a mesma questão com os Star Wars, Blade Runners e os MIBs que se andam a fazer. Para quem são, afinal? Para o velho ou novo público? Porque nesse limbo entre os dois estão a perder-se bons universos.

A título de exemplo, faz sentido que uma série como o Riverdale, como está a ser feita, tenha sucesso. É para um público novo, que não conhece nada do material de origem. Tem uma narrativa e realização modernas. Já os filmes baseados em BD têm sucesso porque não houve versões na década de 90 a criar problemas de continuidade, independentemente do material de origem ter décadas de histórias.

Por muito que Hollywood queira esmifrar estes velhos franchises, não acredito que venha a sair nada de jeito desta forma. Talvez daqui a 30 ou 40 anos, quando eu e o meu povo já não contarmos para a estatística, seja possível ver remakes bem feitos, que levem sequelas e a sucesso comercial. Até lá, convém Hollywood dedicar-se a coisas originais, para pouparem na carteira e para não nos destruírem ainda mais o coração. 

domingo, janeiro 12, 2020

Where'd You Go, Bernadette


Sobre a personagem...
É daqueles génios. Coisa rara de aparecer no mundo. Capaz de tudo, incapaz de não ser tudo. Maravilhoso de se ver em cena, de saber das coisas à distância. Enquanto espectador, não temos como não admirar e ser entretidos com todas as extravagâncias e particularidades de alguém tão genial como Bernadette. Até porque vemos o que está por detrás das extravagâncias e particularidades. Já se tivermos de lidar com alguém assim imagino que não seja nada fácil. Porque entra em confronto com o nosso espaço, com as nossas coisas. Porque seremos uma força oposta, e não simplesmente uma entidade a pairar, a ver tudo.

Sobre a actriz...
Parece-me algo ridículo que Blanchett não seja nomeada para um Óscar. É uma interpretação cheia de sentimento, expressiva e mordaz quanto baste. Tanto leva tudo à frente, como a seguir é humilde no seu fracasso. Fracasso pessoal, familiar e social. Porque os génios também falham. Vão do topo ao fundo, e vice versa, rapidamente. Blanchett mostra todas as nuances com a classe do costume.

O filme está entre o pessoal e familiar, os registos usuais de Linklater. Tem muito do seu dedo, o que no meu entender é óptimo. Não atinge o nível dos seus melhores projectos, mas também não está no mesmo saco daquelas coisas que estranhamente faz para miúdos. Vê-se bem.

sábado, janeiro 11, 2020

Fast Color


Fast Color foi uma espécie de «herpes cinematográfico». Lá ia aparecendo aqui e ali, em listas de «filmes do ano», «filmes de ficção científica do ano», «filmes de fantasia», «filmes de super-heróis que não são sobre super-heróis», «filmes com interpretações principais femininas», etc. A última lista foi particularmente curta, como devem calcular.

Via o filme numa lista. Ia ao IMDb ver a cotação, que não é grande coisas. Hesitava sempre, porque sou fã da Gugu (e do seu nome), mas acabava por desistir. Achava sempre que iria arrepender-me de ver. Eventualmente cedi a arranjar o filme. E, no fim, a minha senhora quis ver. Não fosse ela e acho que ainda não o teria visto.

Não me arrependi, é certo. O filme vê-se bastante bem. Está bem feito e tem bons pormenores. Como o final, que surpreende. Não é nenhuma obra prima, mas percebo porque andou em tanta lista.

Little Monsters


Em Little Monsters encontramos finalmente uma resposta que muitos procuravam há séculos: como tornar um idiota num gajo porreiro.

O nosso protagonista é uma criança crescida. Mal criado. Desempregado. Fuma ganzas e bebe como se não houvesse amanhã. Pragueja à frente de qualquer um, grupo no qual se inclui crianças de cinco anos. Mente. Discute com a namorada constantemente. Acorda tarde, depois de passar a noite a jogar jogos violentos (também com uma criança de cinco anos, no caso o sobrinho). Agride outras crianças de cinco anos que maltratam o sobrinho (esta parte é menos má, no meu entender).

Como é que uma criatura destas dá a volta e acaba a história como o gajo porreiro?

Simples: uma praga de zombies. O melhor do rapaz vem ao de cima. Claro que não é do nada. Não é só uma data de zombies tentarem comê-lo a ele e a uma turma do infantário. Convém estar lá uma moça extraordinária, que dá exemplos incríveis.

E aqui entra a minha bajulação à Lupita. A mulher faz tudo. Ganha Óscares, faz filmes de terror e, aqui, decepa zombies com uma pá, enquanto corre pelos campos esverdeados em botas de salto alto. Tudo porque é seu dever proteger as criancinhas a seu cargo, pois é a sua professora. Uau!

Little Monsters é divertido e bem trabalhado. A profundidade da personagem do Josh Gad, por exemplo, foi surpreendente e até nem muito necessária, mas é um detalhe muito bem vindo, de qualquer forma.

sexta-feira, janeiro 10, 2020

Jimi: All is by my Side


Mais uma prova que não se deve saber muito da vida pessoal de quem gostamos do trabalho.

Hendrix batia na namorada. Para mim é o que fica. Sei que não será novidade para maior parte das pessoas. Para mim foi. Porque não sou muito de investigar sobre as pessoas. Ignorance is bliss, como dizia o outro. O problema é que fazem filmes a mostrar estes podres e aí sou «forçado» a saber o que não queria saber. Porque sou grande fã da música. O homem era um génio com a guitarra. É um facto universal. Pena ser um idiota.

Sobre o filme: é fraco, como também era sabido. Nota-se que o projecto teve muito tempo para ser feito. Não sei se era o resultado final que queriam, mas sinto que foi um nascimento forçado. O que é pena, porque o elenco é genial.

quinta-feira, janeiro 09, 2020

The Farewell


O filme é muito engraçado. Não só pela temática, atenção, mas como está feito. Ainda mais pela história real, que dá a base à ficção.

Uma família chinesa segue os costumes das famílias/do país e não conta à avó que ela tem cancro. Toda a família esconde a verdade da senhora. Por respeito, para que possa viver o resto da vida sem esse peso. Porque não há nada a fazer. Não há cura.

Precisamente porque sabem que a senhora não terá muito mais tempo de vida, a família junta-se para fazer as respectivas despedidas, de alguma forma. Mas não podem ser óbvios, porque senão a senhora percebe. Como tal, arranjam uma desculpa para o encontro: o casamento dum dos netos, com a moça com quem namora há poucos meses! Grande espírito de equipa da moça, já agora.

Do estrangeiro vêm as famílias dos emigrantes. Dum lado o filho mais velho, que está no Japão. Do outro lado a família do filho mais novo, dos EUA. Com estes Awkwafina, que é mais americana que chinesa, nesta fase. E a quem faz muita, mas muita confusão, que não seja revelada a verdade à avó.

Acontece que o filme saiu. Teve sucesso. A tia-avó faz dela mesma e anda em filmagens e estreias pelo mundo. A avó verdadeira continua sem saber da sua sina. E a família tem de continuar a esconder a verdade da senhora, apesar desta visitar os estúdios onde o filme estava a ser feito, e a conhecer e falar com a actriz que faz dela própria.

Lamento. Sei que é trágico, mas não consigo deixar de achar isto muito engraçado.

Dumplin'


Cá está um filme Netflix que não está no Netflix.

Porquê?

Não interessa como é que vi, se não está no Netlix. Não mudes de asssunto, se faz favor. Explica-me porque não está o filme no Netflix, se foram eles que o fizeram?

Não, o filme não é assim nada de especial. Justifica-se que alguém eventualmente deixe de apostar nele, mas custa-me pensar que desistiria apenas um ano depois. Foi a temática? A questão sexista deste tipo de concursos?

OK, agora parece-me que estás a usar a questão como desculpa. Parece-me simplista e que estás a aproveitar-te de algo que nem sequer pensaste.

Esquece. Se vais por aí, nem vale a pena continuar a conversa.

Extra Ordinary


Alguém teve a sorte de apanhar o Will Forte a querer passar férias na Irlanda à borla. Com isto conseguiram convencê-lo a fazer um filme algo tolo, por muito que bem intencionado.

Humor. Fantasmas. Exorcismos. Negócios com o Diabo. Tudo bem engendrado, mas sem grande desenvoltura. Acontecem coisas e o espectador esboça um sorriso, mas pouco mais acontece.

Dora and the Lost City of Gold


Estou sem rumo nem objetivos. Em mais coisas que só uma. Mas foquemo-nos no blogue. Ando a tentar recuperar tempo perdido. Ando atrasado com os posts e com os números. Mas, como disse, não tenho rumo. Sem ele tenho alguma dificuldade em conseguir recuperar. Hoje decidi tentar despachar coisas que arranjei só por arranjar. Quis começar uns quantos filmes que por aqui tenho, mas que não dão grande vontade de ver, só para desistir algures na primeira metade. Pouparia tempo e espaço de disco.

Achei que Dora seria um óptimo exemplo. É uma história para miúdos, com um personagem que nunca vi em animação, mas que parece ser particularmente irritante. Achei que começaria, confirmaria que não é para mim, e seguiria em frente com a minha vidinha.

O filme é engraçado. Conseguiram fazer uma adaptação credível e deram-lhe uma boa recapagem. Vi até ao fim.

Como diz o outro: I regret nothing.

quarta-feira, janeiro 08, 2020

Abominable


Uma criatura «fofinha» vai parar ao telhado do prédio onde vivem três miúdos (mais algumas pessoas, entenda-se). Aos tropeções e mesmo com alguns dos miúdos contrariados, estes ajudam a criatura a voltar a casa. Claro que, atrás deles, vão os malandros dos adultos, os eternos vilões nestas histórias. 

Convenhamos que aqui são mesmo vilões. Não é aquela coisa dos adultos serem «vilões» só porque têm de fazer coisas de adultos. Querem capturar e vender o animal, seja vivo ou morto, a quem oferecer mais por ele. Para estudá-lo. Para abusar da pobre criatura.

À medida que se vai aproximando de casa, do Evereste, vai mostrando mais e mais poderes. O que só leva a pensar para que precisa a criatura das crianças. Mas se nos basearmos em factos nunca conseguiremos apreciar uma história de fantasia. E a miúda, a personagem principal, nunca teria conseguido finalmente lidar com a morte do pai e fazer as pazes com a mãe e a avó.

Fofinho.

Tolkien


Parece-me um claro fracasso achar que dava para esmifrar a saga ainda mais. Não foi ultrapassado o limite (em larga escala) quando fizeram 3(!) filmes com base em 1(!!) livro?

E Tolkien até podia ser um filme barato. Estamos a falar duma biografia dum escritor. Por acaso esteve numa Guerra e isso influenciou muito a sua escrita, mas era possível, como aliás foi, focar-se noutros pontos. A esquisita relação amorosa, ou a esquisita relação com amigos de faculdade, por exemplo. Claro que ninguém querer ver um filme assim. Hollywood tinha perfeita noção disto, sendo que tiveram de acrescentar dragões para haver um mínimo de interesse. Conclusão: o filme ficou ainda mais caro = um fracasso de bilheteira ainda maior.

Quero com isto dizer que não faço ideia como é que alguém aprova tamanho projecto idiota. Espero que tenha sido prontamente despedido e esteja agora com um trabalho para o qual tenha total apetência e onde seja muito mais feliz.

Como última nota, nunca vi Tolkien trabalhar. Até começar a escrever o livro, entenda-se. Esteve numa escola privada, na universidade e no exército. Falamos dum orfão que viveu às custas dum padre e de gente rica que o padre encontrava, para ficarem com o miúdo e irmão (pessoa irrelevante para a história, o que é só divertido). Como é que o Tolkien vivia? Sim, fala-se que era pobre, com muito menos dinheiro no bolso que os seus «amigos». Vemos algumas cenas que mostram isso. E quando não estava com os amigos? E quando andava a parir crianças como se não houvesse amanhã? Que raios andava o homem a fazer? Inventava línguas, é isso?

Atenção que acredito que tenha trabalhado. Alguma coisa teve de fazer para se alimentar, a partir de certa altura. Por muito esperto que fosse, por certo não sobreviveria com base num curso em filologia. Mesmo sendo um curso de Oxford. O filme é que não mostra nada disso. Mostra mesmo muito pouco no total, aliás. O que surpreende, pois ainda tem quase duas horas.

The Kitchen


Não conheço o material de origem, pelo que não sei se é uma boa adaptação ou não. Sei que a premissa é-me interessante. E tinha bastante vontade de ver o filme.

A questão será o elenco, suponho. Mais uma vez McCarthy está no centro dum casting muito criticado. Claro que a base é sempre a mesma: uma data de palermas a achar que mulheres não conseguem ser «actrizes principais». É só estúpido. Depois há a crítica de colocar malta da comédia a fazer papéis sérios. A História já provou que também isso é parvo.

Que aconteceu então? Porque eu gosto e respeito as actrizes deste filme. E acho mesmo que têm muita capacidade para fazer não só comédia. Terá sido direcção de actores? Sei pouco para poder ajuízar. O que posso adiantar é que não me convenceram nas representações que fizeram. Não acreditei nas personagens. Não acreditei na história, à medida que ia desenvolvendo.

Como tal, acabou apenas por não ser um bom filme.

terça-feira, janeiro 07, 2020

The Food Guide to Love


Como é que convenceram tantos institutos a apoiar este filme? A sério. É que ainda foram uns três ou quatro Espanhóis, mais um ou dois Irlandeses. Consta que ficou mais barato produzir o filme na Irlanda. Tudo OK. Menos impostos, continua a ser dinheiro a entrar... Percebo o apoio Irlandês. Não percebo o apoio Espanhol. Explico porquê: o filme é uma porcaria.

Foi só apoio moral que deram? Espero que sim. Ninguém no seu perfeito juízo daria dinheiro para fazer este filme, sabendo minimamente de que se trata.

Apoiaram às cegas? Só pode.

Toy Story 4


Esta sequela é uma afronta para quem chorou a ver os anteriores. Não é o meu caso. Não tenho problema algum em dizer que chorei em alguns filmes. Os Toy Story não tiverem esse efeito em mim, mas conheço a quem tenha acontecido. Porque são coisas que mexem com os sentimentos. Perda de inocência. Fim de ciclos. O abandono de algo que nos foi tão querido, tão especial.

Chiça, até sinto uma lágrima a formar-se, só de pensar em tudo isto.

Para as pessoas que sentiram os filmes desta forma, de conseguirem despedir-se dos personagens e do universo, terem feito mais uma sequela... Epá, é uma chapada na cara de muita gente. E tira força ao terceiro, pelo menos.

Para mim foi fixe, atenção. Curti ver mais uma etapa na vida do Woody.

Venham mais!

segunda-feira, janeiro 06, 2020

Jexi


Já tivemos e continuamos a ter reis e rainhas da comédia romântica ou de filmes de acção. Havendo monarquia em Hollywood, Adam Levine é o actual rei das comédias parvas.

E se Jexi é parvo... Não que não seja também um pouco assustador. A premissa é de que estamos completamente dependentes da tecnologia actual. Estamos viciados e dependentes dum aparelho rectangular que vemos mais do que família ou amigos. OK, chamar-lhe «premissa» talvez seja um exagero, pois rapidamente a história passa pelo raio do telemóvel ser uma espécia de mentor / namorada extremamente carente e ciumenta.

Bora lá largar os bichos e ir para a rua, andar de bicicleta e dar encontrões em miúdas giras... ou então se calhar actualizamos aplicações e jogamos mais uns jogos, que se passarmos outro nível hoje teremos várias recompensas!

quinta-feira, janeiro 02, 2020

Cargo


Parece que ainda dá para fazer coisas novas, no mundo dos zombies. (Reparem que não disse «boas».)

O filme não é mau, ou não tivesse o nosso hobbit preferido (embora tenha estado apenas nos piores filmes). É só um filme algo paradinho. É uma história humana trágica que, pelo meio e por acaso, tem zombies. O pormenor de destaque é o «espaço» onde a história é contada. A Austrália é um sítio bastante desértico, embora tenha cidades povoadas. No meio do mato passa-se pouco, e o homem já não está habituado a sobreviver em sítios assim. Quer dizer, não estão habituados os «não locais». Os aborígenes ainda se safam bastante bem.

É um povo sábio e resistente, ou não estivessem habituados a tudo o que Autrália tem de mortal. Até zombies, pelos vistos!

Poms


Para quem são estes filmes, exactamente?

Eu vejo porque não tenho mais nada para fazer. E porque sou eu. Teimoso até à quinta casa, sempre a perder tempo com coisas destas. Eu não sou a norma. Logo, quem vê estes filmes?

Fãs das actrizes? As próprias e a respectiva equipa de produção? Amigos e familiares? Dois críticos que são forçados a ver, só para fazerem más críticas e afugentarem o pouco público que isto já ia ter? Pessoas cuja lavandaria é ao pé dum cinema, e precisam queimar tempo, sendo que não há mais nada para ver, naquele horário? Pacientes em coma, com enfermeiras sádicas? Pessoas em salas de espera? Vegetais no sofá, em desespero de zapping? As duas pessoas que lêem este blogue? Alienígenas no espaço... eventualmente... quando o sinal lá chegar?

Não é que seja a pior coisa que já vi. Mas porque foi feito? Para quem?

Alita: Battle Angel


Alita estava em todas as listas de 2019, dos filmes que tinha de ver. São aquelas listas com filmes feitos para nerds como eu. Foi o primeiro de 2019. Demorei um ano para o ver.

É do Rodriguez, de quem gosto maior parte do que realiza. Por outro lado, a temática, ou estética, não é muito ao meu género. Parte do elenco é malta que respeito. O trailer não foi muito apelativo. Ficção científica é sempre algo bom de se ver. A narrativa não parecia ir muito longe. But I got my choice of toppings. The toppings contain Potassium Benzoate.

Comprovou-se quase tudo o que achava do filme. O elenco «bom» mal aparece, sendo que maior parte do filme está com miudagem sem grande estofo para carregar um blockbuster. Visualmente está genial, com bons detalhes de tecnologia dum possível futuro. A «história»... Ugh! Não agarra. Não prende. Não mexe com nada. Começámos com uma espécie de Pinóquio moderno, passando depois pelos chavões de «escolhidos», «predestinados», «ricos são maus e pobres tentam ser bons, mas os ricos não deixam».

Can I eat my free frogurt now?