domingo, maio 28, 2023

I Do... Until I Don't


A Lake Bell começou a escrever este seu filme e terá pensado «qual a cena mais extravagante que quero mesmo fazer?» Uma pessoa realizando o seu próprio filme aproveita para concretizar alguns sonhos e fantasias, não é verdade? Bell, pelos vistos, queria proporcionar um happy ending ao Paul Reiser.

Quem nunca?

Uma realizadora britânica de documentários vai para o estado com maior taxa de divórcio, na busca de casais com péssimas relações. Procura provar a sua teoria que o casamento é uma coisa má. Como se fosse preciso um documentário... Arranja três casais para o efeito e tem a pontaria de acertar naqueles que, apesar dos problemas óbvios que têm, mesmo assim estão para durar.

A realizadora não tem muito jeito.

sábado, maio 27, 2023

Paint


Alguém fumou umas coisas. Ou melhor, alguém comeu umas gomas especiais. Já ninguém fuma, hoje em dia. Ou nem precisa, melhor dizendo. O certo é que alguém tomou umas coisas especiais. Provavelmente em grupo.

Estavam eles e/ou elas nesse estado mágico de pura calma e ideias «brilhantes», a ver um episódio do Bob Ross. De repente alguém terá dito, na brincadeira, que pagaria para ver um filme sobre Ross. Outro alguém aceitou o desafio e não se ficou pela promessa que faz-se em momentos em que não sabemos que dizemos.

Assim aconteceu Paint. Presumo eu que terá sido assim. De que outra forma se concebe um filme destes? Poder-se-á pensar que é uma ideia ridícula, mas não. O ridículo é que nem é mau de todo.

terça-feira, maio 23, 2023

Shazam! Fury of the Gods


Tardou, mas cá está ele. Não fui ver ao cinema. Parece-me que isso é óbvio. Queria ver, por todos os motivos aqui falados, mas houve pouca vontade de fazer o esforço de ver no cinema. Porque seria um esforço. Vi quando saiu agora na HBO Max.

Vamos lá pôr os pontos nos i's. Foi divertido. Que não restem dúvidas. Ver estes filmes do Shazam, não tendo quaisquer expectativas, são divertidos. E até incluo o Black Adam na conversa. São heróis parecidos com os que conhecemos, mas não necessariamente os mesmos, a fazerem tontices e a descobrirem-se. Mais, os Shazam! são uma interpretação de como seria miúdos serem super-heróis. Era, e é, o fascinante deste personagem. Shazam éramos nós, com magia no corpo por proferirmos a palavra mágica. Billy Batson tinha a nossa idade, quando líamos sobre as suas histórias. Podia ser qualquer um de nós. Tudo isso passa no filme. Tenho muito poucas dúvidas que os miúdos gostam destes filmes. E daqui a vinte anos, quando estes miúdos começaram a «mandar no mercado», far-se-á justiça a estes filmes e Levi terá o reconhecimento merecido.

Só que os adultos é que dão o dinheiro agora. E os adultos sabem que esta versão do universo DC está de saída. Dificilmente estes Shazams terão qualquer influência nos próximos «episódios». Até pelo tremendo insucesso do Black Adam. Então porque haveríamos de estar interessados? Porque haveríamos de investir o nosso tempo e dinheiro?

Teve azar. Tiveram azar as pessoas que trabalharam nestes projectos. O timing foi infeliz e estava tudo condenado ao esquecimento. Pelo menos para já. Talvez daqui a 20 anos Levi volte para interpretar o papel. Ou então talvez Gunn aproveite o rapaz em filmes futuros, de alguma forma. Seria merecido. Levi foi um óptimo casting e merece melhor. Fico a torcer por ele.

sábado, maio 20, 2023

The Super Mario Bros. Movie


Tanta polémica só por causa deste filme?

Começou com o casting do Pratt como um canalizador italiano. Na verdade, ser o Pratt ou o meu vizinho é igual. O rapaz tem o seu talento mas não traz nada de especial ao papel. Idem para Charlie Day, que não aparece em mais de metade do filme. Fora isso, e continuando nas vozes, Keegan, Armisen ou até Rogen estão disfarçados. Ou seja, não se identificam à primeira. Isso é bom, pois não «saímos» tanto do filme.

Depois da polémica com Pratt, houve ainda a questão do projecto em si. Acontece que não é a primeira vez que tentam fazer algo com os irmãos canalizadores. A versão dos anos 90 é tenebrosa e, à custa desta nova versão, foram desencantar o Leguizamo para meter mais uns pregos no caixão.

Foi demasiada converseta para nada. Este Movie é divertido e teve o seu sucesso, mas não é nada que vá ficar nos anais da História.

sexta-feira, maio 19, 2023

Prom Pact


Percebo porque alguém possa perguntar qual o motivo para eu ver este filme. Mais: qual o motivo para querer ver este filme.

Simples. Esta moça é a nova Doogie Howser. Há uma nova série, remake da velha série, e a moça foi escolhida para ser a nova Doogie Howser. Nesta iteração é Doogie Kamealoha, mas o princípio é o mesmo. Se a primeira versão deu-nos Neil Patrick Harris, como não achar que a segunda dar-nos-á algo ao nível, ou talvez melhor? Claro que vou ver coisas em que a moça entra. Óbvio!

E quando o resto do mundo aperceber-se, eu vou poder dizer: Eu já sabia.

sábado, maio 13, 2023

Guardians of the Galaxy Vol. 3


Chiça! Este filme... It hits you right in the feels. O tempo todo. São duas horas e tal a tentar conter as lágrimas, mais rir um pouco nos intervalos.

A minha senhora - que é uma querida - ficou com a tomar conta da nova criatura lá de casa, permitindo-me vir ver este terceiro episódio dum dos mais surpreendentes franchises de que há memória. Surpreendente para muita gente. Não para mim. Sei que sou um idiota com a mania, mas este não me tiram. Desde que soube do projecto, soube logo que ia ser giro, que ia ser um projecto vencedor. Não me enganei.

Não posso, nem quero, alongar-me, para não spoilar. Daqui a uns tempos verei o filme outra vez na Disney+, com a minha querida senhora. Isto se a criatura nova deixar, claro. O que posso adiantar é o costume. Não interessa se a última fase é fraca e se os arautos da desgraça andam por aí a gritar o fim do MCU. GotG é sempre giro. Sempre.

On a Wing and a Prayer


Gosto muito de Dennis Quaid. Acho-o óptimo actor. E é aquele gajo pintas que consegue fazer tudo. É um all American hero. Ou, pelo menos, parece. Se fosse jovem nos dias de hoje, seria um super-herói nos filmes da Marvel. Se estivesse nos 40 seria um Joker porreiro. Mais que não seja poupava maquilhagem à produção, porque ele já tem um sorriso muito adequado ao personagem. Agora...

Que raios está o homem a fazer neste filme? A Heather Graham percebo, infelizmente. Também gosto da moça, mas a carreira foi por água abaixo há muito. Este filme é amuhrica ao seu mais alto nível. Underdog. Família. Churrasco. Competições estúpidas. Religião. Suplantar as expectativas e os limites. Sim, foi um grande feito. Um tipo sem experiência aterrou um avião numa emergência. É de louvar. Muita gente não o conseguiria. De certa forma, sim, foi um «milagre». Daí a precisar dum filme com demasiados momentos à Armageddon, com montages em câmara lenta e uma bandeira americana no fundo, ao sabor do vento... Não, não era preciso. Tornou o filme super divertido, é certo, mas não creio ter sido intencional ser tão disparatado.

De qualquer forma, foi uma boa maneira de começar o sábado. E acredito que será o melhor filme que verei este fim-de-semana.

sexta-feira, maio 12, 2023

Mafia Mamma


A Toni Collette é uma mãe galinha, deprimida, a sofrer com o «ninho vazio», depois do filho ir para a faculdade. Tem ainda um marido-criança, que descobre estar a traí-la. Entretanto morre-lhe o avô italiano, que mal conhece, e que afinal é um líder mafioso. Este deixa-a no comando da «família», que por acaso encontra-se em guerra com outras famílias mafiosas.

Já vimos esta premissa algumas vezes. O/A totó que descobre ser mais do que pensava ser, que tem mais capacidades do que imaginava. Que chega-se à frente para fazer coisas que nunca imaginou fazer. Mafia Mamma tem isso tudo. Só que é pouco. Então acaba por inventar. Não inventa coisas fixes. Inventa umas bem parvas. Como Collette precisar apenas de três meses para tornar bom um vinho reles, sem saber nada de vinicultura.

Quando se diz que certo ano foi bom para determinado vinho... Não é por acaso, Hollywood!

domingo, maio 07, 2023

Beautiful Disaster


Nunca vi um filme com um título mais adequado. O filme anterior neste blogue chama-se Renfield, porque o personagem principal é o Renfield. Mesmo assim, não é tão adequado como este. Porquê?

Porque Beautiful Disaster é um belíssimo desastre cinematográfico. É mau que dói. Não sendo surpresa, não esperava ter gostado tanto. Foi tão bom, de tão mau que foi. Adoro estes filmes.

sábado, maio 06, 2023

Renfield


Belíssimo conceito. É um ideia porreira, na qual basearam uma história. Talvez um pouco longa demais, diria. Talvez não desse para tanto. Talvez tenha sido só um bom pormenor. Talvez. A História o dirá.

O certo é que considerar o Renfield como alguém numa relação tóxica, co-dependente, e que procura ajuda num grupo de apoio, cheio de outros co-dependentes que não fazem ideia para quem «trabalha», é genial. De facto.

sexta-feira, maio 05, 2023

Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves


Teve mais dragões do que estava à espera. Não teve assim tantas masmorras. E surpreendeu-me ter tantas músicas cantadas pelo elenco principal. Entenda-se: muito mal. Os actores têm piada, mas o talento não é assim tão diversificado.

Este filme foi o meu Guardians of the Galaxy de 2023. Mesmo princípio. Vi o trailer e fiquei em pontas. Alguns minutos de muito humor, música fixe e acção cinco estrelas. Antevia-se um belíssimo visionamento cinematográfico. As comparações com GotG não terminam no trailer ou na expectativa que criou (e não defraudou). A equipa, alguns personagens, mesmo algumas cenas, são colados a cuspo ao famigerado filme no espaço, assim como a outros «episódios» do MCU. Continua sem estar ao nível, atenção. Não foi nem será a última tentativa de repetir a fórmula, sem sucesso. Porque por muito divertido que tenha sido, a verdade é que maior parte das melhores cenas estão no trailer. E GotG não foi apenas um grande trailer. D&D também não é só um bom trailer. É um franchise com pernas para andar, sendo que ficarei muito contente se tiver sequelas. Só não atingiu o patamar do outro.

De pouco interessa. D&D tem como objectivo entreter. Esse papel cumpre na perfeição.