quinta-feira, maio 31, 2007

Combien tu m'Aimes?

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Um pouco surreal demais para o meu gosto. A última meia hora então é ridiculamente absurda.

Contudo, é sempre especial ver que ainda há p'rái muitos realizadores que insistem em fazer filmes onde metem a Monica Bellucci nua maior parte do tempo.

Obrigado, senhores realizadores.

quarta-feira, maio 30, 2007

Caché

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Diário de um Stalker
10 de Maio
Comecei hoje as filmagens à porta de casa dele. Filmei pouca coisa. Só quando cheguei lá é que reparei que tinha deixado as baterias da máquina em casa. Fiquei preso no trânsito algum tempo. A única filmagem que ficou nivelada tem uma senhora a olhar para a câmara alguns minutos. Tenho que a disfarçar melhor.
11 de Maio
Disfarcei tão bem a câmara que um pombo(!) sentou-se nela. Não se aproveita nada. A câmara ficou desnivelada.
12 de Maio
Finalmente consegui umas filmagens decentes. Infelizmente ele não estava na cidade por isso não o apanhei a sair de casa. Com os atrasos nem me apercebi que era fim-de-semana. Segunda não me escapa.
18 de Maio
Posso finalmente seguir em frente. Vou amanhã à casa da sua infância. Isso certamente o assustará.
22 de Maio
Como é que é possível que ainda esteja a chover?!?!?!? Estamos em MAIO!! Será que anda tudo doido!?!?
24 de Maio
Pensava que tinha conseguido filmar o que queria mas apanhei algumas vezes os meus sapatos, outras foram coisas indicativas no carro e houve uma que estava quase perfeita mas apanhei o meu reflexo no espelho. Terei que voltar amanhã.
25 de Maio
Uns putos furaram-me o pneu do carro. A culpa é dele!! Por causa dele, vivo neste bairro degradado!!! Até apanhava o autocarro mas depois ainda tinha que aturar uma qualquer velha a falar das suas dores. Haja santa paciência!
28 de Maio
Não atino com o brilho na câmara. E às vezes aquilo mete-se a fazer zoom automático sem eu querer. O meu tio bem tinha razão, devia ter tirado aquele curso profissional de realização.
31 de Maio
Tinha a câmara toda preparada para apanhar o gajo e a bateria gastou-se. Porque é que ele se atrasou!?! Odeio-o!!!

terça-feira, maio 29, 2007

Vidocq

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A nível visual está muito bonito. No início, o estilo digital ameaçava estragar um pouco o filme com um toque demasiado realista. Depois, já com algumas cenas filmadas em ecrã verde, viu-se o objectivo da coisa e percebe-se. O fato e a máscara do mau da fita são efeitos muito bons.
A nível de história/enredo, o filme até ameaçava ser um interessante policial mas o final deitou um pouco isso por terra.

segunda-feira, maio 28, 2007

Comic Book: The Movie

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Sabia que Mark Hamill era um geek de comics, só não sabia é que era assim tanto.

Comic Book: The Movie é um mockumentary. Mark faz de suprassumo geek de bd, professor de secundário de uma terriola qualquer no interior do país, mas que é o fã nº1 - para além de ser um especialista - de Commander Courage, um personagem de BD fictício no qual é baseado um novo projecto de cinema. Mark quer que o filme seja fiel ao personagem. O problema é que Commander Courage foi criado na altura da 2ª Guerra Mundial e o projecto cinematográfico requer um personagem mais moderno.
Mark leva então toda a gente para a Comic-Con em San Diego e pelo meio entrevista os seus amiguinhos todos de Hollywood e faz-lhes perguntas sobre este herói de infância. Como entrevistados convidados temos pessoas como Stan «The Man» Lee, Kevin Smith, Paul Dini, Bruce Campbell, Hugh Hefner, etc., todos a falarem das coisas que mais gostavam no herói.

Engraçado. Mais que não seja para ver o Mark a fazer qualquer coisa diferente e para conhecer um pouco o ambiente duma convenção deste nível.

sexta-feira, maio 25, 2007

Before Night Falls

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Mas será que o Javier Bardém não é capaz de fazer um filme que não seja deprimente?

quinta-feira, maio 24, 2007

L'Empire des Loups

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Vários pontos de partida para rigorosamente nada:

A lingua francesa é especialmente idiota. Perguntas a um francês «A quem falaste sobre isto?» . «Personne» é a resposta. «Pessoa»?!?! Qual pessoal? Então mas falaste com alguém ou não?
A parte pior é, contudo - e foi aquilo que me fez entrar nesta tirada -, esta situação:
- Então... olha lá ó Jean Pierre, queres uns amendoins?
- Ooohh j'aimes amendoins.
Estes gajos à mais pequena coisa vêm logo com esta conversa que amam tudo e mais um par de botas! Olha que há com cada uma.

Sou todo apologista da emancipação da mulher. Acredito mesmo que 90% das mulheres do mundo ganhavam-me com bastante facilidade num fight club. O problema é que começa a ficar pouco credível a cena da modelo anorética com uns bracinhos finos como de uma criança, a arriar porrada em três ou quatro matulões enquanto o diabo esfrega o olho. E o pior é que até conseguem pôr estes gajos inconscientes com um só murro. Lá está, não me levem a mal, mas o mais provável era a moçoila partir o braço todo do que mandar um gajo de 100Kg ao chão.

O filme tem demasiados pormenores clichezados. Por norma nem incomodam assim tanto. Só que isso é quando o filme até nem é muito mau.
Exemplo: Sidekick do Jean Reno está à porrada com o capataz do mau da fita. Um gajo cheio de truques de artes marciais e com um caparro que quando entre numa casa tem que passar pela portada de lado. Quando lá tira a máscara é mais um modelo com metade da dimensão, mas nem quero ir por aí. O mauzaroco está em grande a dar um encherto ao sidekick, muito graças ao efeito surpresa, principalmente porque é o rei da porrada. Tudo corre mal ao nosso herói de segundo grau e está prestes a dizer adeus a este mundo quando aHA, lá consegue agarrar uma coisa com que agredir o seu... err... agressor!
Neste caso foi uma garrafa pequena do que parecia ser um ácido. Mau da fita entra em pânico, esbraceja um pouco e lá arranca a máscara não sem antes um pedaço da sua cara ficar a deitar fumo. Aqui é que entra o meu problema. Mau da fita está com dores. Mau da fita entra em pânico porque a sua bela face foi desfigurada e já não poderá fazer o próximo anúncio da marca de roupa interior preferida dos terroristas turcos. Mau da fita manda-se da janela para fugir. Wha...?!?!?
Apesar de tudo, ainda estava por cima. Literalmente! Ele estava em cima do sidekick. Mesmo em dores, a adrenalina entra em acção e o gajo furioso deveria ter morto o sidekick. Não! Decidiu fugir antes que fosse novamente agredido por uma qualquer outra garrafa de ácido que estivesse perdida misteriosamente no chão da mansão do recém-defunto cirurgião plástico.
Fez-me confusão. É só isso que estou a dizer.

quarta-feira, maio 23, 2007

Rois et Reine

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Nora amou quatro homens. Matou dois e isso não lhe diz nada. Não tem remorsos.

Posto desta maneira parece mais interessante do que é.

De um lado temos Nora, que teve dois maridos e prepara-se para ter um terceiro. Só o terceiro será convencional. O primeiro morreu antes de haver casamento. Com o segundo nunca chegou a fazê-lo. Do primeiro teve um filho e daí o matrimónio pós-falecimento. Nora insistia que o filho tivesse um pai. O segundo foi-o durante 7 anos.
Do outro lado temos Ismael. O segundo marido. Ismael é um violinista. Ismael é meio doido, daí que a irmã o tenha internado. Ismael apela a que é meramente excêntrico. Algumas pessoas concordariam, maior parte não. Vê-lo com uma capa/poncho vermelha/o ajuda a balança a pender para um dos lados.

É um filme francês, pois claro. Mas não muito.

terça-feira, maio 22, 2007

La Vida Secreta de las Palabras

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Título espanhol. Tanto quanto sei, produção espanhola, irlandesa e quiçá mais umas nacionalidades. Talvez britânica e de uma país nórdico. Copenhaga é mencionada e visitada, às tantas. Tim Robbins é conhecidamente americano. Aparecem por aqui espanhóis, britânicos e indestinguíveis. Sarah Polley tanto quanto sei é americana mas não há certezas de nada nos dias que correm.
Inicialmente estranhei que não fosse inteiramente espanhol. dEUS sabe que aos raios dos castelhanos meios não faltam. Mesmo na lingua deles não deixam de ter um sotaque estúpido mas meios abundam desde que o Almodóvar meteu o nosso país vizinho no mapa cinematográfico. Depois de ver o bicho (o filme, entenda-se) percebi a necessidade de o mudar de território. As semelhanças com Mar Adentro são demasiadas. Não se trata dum paraplégico mas trata-se dum personagem carismático a quem tratam as feridas. Honestamente e, não desfazendo o Mar Adentro, acho que este tinha potencial para ser aquilo que o Mar acabou por tornar-se, e mesmo ainda superá-lo. Sarah Polley surpreendeu-me bastante. Não que não tivesse já gostado dela no Go. Aqui aparece um pouco mais madura, é só isso. O Tim está igual a si mesmo. Pelo meio, na plataforma petrolífera, aparecem dois ou três personagens caricatos. E acima de tudo, há pormenores de desenrolar de história perfeitamente deliciosos. Só não sei é se funcionaram só porque não sabia o que esperar do filme. Agradável surpresa apesar de faltar-lhe qualquer coisa. Faltou-lhe um bocado para ser grande. Faltou-lhe 10 minutos de algo. Não sei.

segunda-feira, maio 21, 2007

The New World

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Este foi o motivo. Este foi o verdadeiro motivo. Os britânicos não foram para as américas à procura de glória, ouro ou novas terras para conquistar. Não atravessaram o grande Atlântico à procura de aventuras. Não era a verdadeira intenção a propagação da boa palavra de dEUS. Ninguém viajou por amor à pátria. O único motivo. O propósito principal. O porquê de arriscar a vida para fazer um trajecto enorme em cima de um gigante pedaço de madeira. A verdadeira, honesta, absoluta e completa razão da procura de um novo mundo foi para que Colin Farrell pudesse poke-her-hontas.

sexta-feira, maio 18, 2007

Alice

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A cena que fez-me mais confusão é que o gajo precisaria de p'raí 50 horas para fazer tudo o que supostamente faz no seu dia-a-dia. E sei que os alfacinhas vão achar um exagero mas por isso é que sempre que combino qualquer coisa com um deles, em Lisboa, o que acontece é que fico uns bons 20 minutos à espera, até fazer o belo telefonema que não é atendido. 10 minutos e um sms depois recebo um telefonema: «Tou aí daqui a cinco minutos!», dizem-me. 10 minutos depois começo a dar toques só para perceberem que estou a ficar irritado. 10 minutos mais tarde lá chegam. Isto tudo em «cinco minutos».

Já este gajo vem do Cacém, faz uns quantos afazeres curriqueiros, anda de casa em casa pela baixa e centro de Lisboa durante a «manhã», ainda vai ao aeroporto durante a «hora de almoço» e passa o resto da tarde na rua a distribuir panfletos. Ao «final da tarde» vai ter com a esposa com quem está um bocado, até ter que ir representar numa peça de teatro. Depois disso é só uma questão de voltar ao Cacém a meio da noite (toda a gente sabe que à noite é num instante) e ver 6(!) horas de filmagens de ruas. 6 horas que equivalem a 24h de gravação em velocidade x4, segundo ele. Talvez não sejam 6 horas, afinal não acredito que o gajo veja as gravações da noite, mas mesmo assim.

Independentemente desta incongruência temporal, o filme tem realmente bastante qualidade a nível de produção e mesmo a nível de história. Ajuda não ter muitas falas pois isso é que costuma estragar-me as produções portuguesas. Não é aquela coisa que na altura disseram que era mas se formos a ter em conta a qualidade média nacional, não está nada mau não.

quinta-feira, maio 17, 2007

Trois Couleurs: Rouge

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E assim completo a trilogia.

Dos três até sou capaz de gostar mais da história deste embora tenha sido, em alguns momentos, mais enfadonha. Passa muito pela coisa dos encontros e desencontros e confesso que fraquejo quando presenteado com este tipo de engodos narrativos.
Das cores, fica a ideia que este é o que a tem mais presente. Havia bastante azul no primeiro. Houve uma grande dose em certa cena no segundo. Este transborda vermelho. Há vermelho por todo o lado. Acho que só não pintaram a moça de vermelho por acaso.

Seguindo este raciocínio e como última nota, era difícil terem escolhido três mulheres mais francesas que Juliette Binoche, Julie Delpy e Irène Jacob!

quarta-feira, maio 16, 2007

Trzy Kolory: Bialy

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Este tem uma história um pouco mais desenvolvida. Continua é a haver reacções que não fazem muito sentido. Não fosse isto um filme francês do início da década de 90. Esta altura, com esta trilogia, foi provavelmente o auge deste tipo de filmes, desta onda de dizer muito com poucas falas e um vagabundo na rua a tocar flauta.

O final deste branco é um pouco de virar o barqueiro.

terça-feira, maio 15, 2007

Trois Couleurs: Bleu

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Isto tem, sensivelmente, uma hora e meia. Diria que dois terços são grandes planos da Juliette Binoche onde não está especialmente expressiva. Não estou a queixar-me, claro está. Só não sei é se chamaria a isto um filme.

segunda-feira, maio 14, 2007

Candy

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Pensava que ia ser uma história de amor. Para todos os efeitos não deixa de ser. Se considerarmos todas as drogas e a prostituição como pequenas nuances à narrativa principal, então sim, é uma bela história de amor.

Neste tipo de histórias, as do tipo «diário dum drogado», o meu de eleição ainda é o Basketball Diaries. Depois de veres o primeiro acabam por ser todos meio iguais. Pelo meio ainda apareceu o Trainspoting com alguns twists à conversa São uma boa plataforma para uma visibilidade ao nivel da representação profunda. Parece que chutar narcóticos para a veia torna todo o processo, todo o contorno da história, muito mais humano. O que é certo é que são sempre projectos aliciantes para aqueles com algum genuíno interessa pela arte.
Aqui aparece Heath Ledger, uma nova coqueluche de Hollywood, mas acima de tudo aparece Geoffrey Rush que, um pouco por todo o lado, maravilhou plateias com a sua interpretação no Shine. Ambos estrelas nos tempos que correm mas ainda modestos o suficiente para voltarem às origens e participarem num projecto interessante.

Confuso neste filme só o facto de se chamar Candy, o mesmo nome da namorada de Heath. A gaiata poucas falas tem e, mais que não seja, o narrador de toda a epopeia narcoléptica é o Heath. Fixação maior que heroína: aparentemente só mesmo um doce.

quarta-feira, maio 09, 2007

Hellboy Animated: Sword of Storms

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Mike Mignola realmente arranjou um personagem interessante e simples. Hellboy é um demónio chamado à terra pelos maus da fita - nazis, quem mais? - para ajudar na destruição. Acabou por, fortuitamente, cair nas mãos de soldados americanos. Desde então é o principal agente duma organização que lida com acasos sobrenaturais.
Já li uns quantos livros de Hellboy e vi, naturalmente, o filme. Aquilo que Mignola faz é pesquisar tudo o que é lenda, mito e folclore e incorpora-as na sua história maior de se o Hellboy vai ou não destruir a terra. Regra geral funciona bastante bem. Acabam por ser histórias muito curtas por vezes, não fossem baseadas em lendas.
Aqui conseguiram arranjar uma história grande, a da Sword of Storms, e completá-la com três ou quatro histórias muito pequenas, que me lembro de ver na BD.

Para alguém que gostou do filme, que gosta das personagens, este Hellboy animado será uma continuação dum prazer por este tipo de fantasia. Tem ainda a vantagem de quase todas as vozes serem dos actores e actrizes que fizeram o filme mas claro que nunca poderá ter a envolvência da película original.

terça-feira, maio 08, 2007

De Battre Mon Coeur s'est Arrêté

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Agora compreendo a escolha de Romain Duris para Arsène Lupin. O homem é realmente muito multifacetado.

A nova estrela francesa (já não tinhamos um p'raí desde o Gérard, não?) aqui interpreta Thomas, um homem que junta o melhor da falecida mãe com o pior - na opinião de alguns, entenda-se - do pai. Do lado da mãe, o homem ganhou a paixão pela música. Do lado do pai, ganhou a maneira de como fazer negócios. Thomas é «agente imobiliário»... talvez as aspas sejam um pequeno exagero. Ele é realmente um agente imobiliário. Usa é uns métodos pouco convencionais. Citando o próprio: «Sou agente imobiliário, percebe? Meto ratos nos prédios, corto a água e a electricidade. Às vezes, eu e os meus amigos vamos com tacos de basebol e expulsamos as pessoas das casas.» Portanto sim, Thomas é um rapazito um pouco violento e perturbado. Mas a música acalma la bête. Depois dum encontro ocasional com o ex-agente da mãe, Thomas retoma a prática do piano. Dorme com a mulher dum colega e tem umas lições para se preparar para uma audição. Dorme com a namorada dum mafioso russo. Pratica mais um bocadinho e pondera sair do negócio imobiliário. Dorme com a tutora de piano.

A sério! É que já é o segundo filme que vejo onde Duris tem relações com tudo que é fêmea. O que é que o rapaz tem assim de especial? Aqui só não vai a namorada do pai. No Arsène foi tudo e, se formos um pouco mais atrás, à residência e às bonecas, só não foi a espanhola e a lésbica.
Também era só o que faltava!

segunda-feira, maio 07, 2007

Kerd Ma Lui

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Dan Chupong é um polícia tailandês. Com a ajuda do parceiro consegue capturar um patrão da droga. Infelizmente nesta captura o seu parceiro morre. «TENEEEEEEEEEEENTE!!» grita ele enquando vê o seu parceiro explodir dentro dum camião.
De baixa, Dan decide acompanhar a irmã numa excursão de caridade. A ideia é uma data de desportistas irem a uma pequena vila distribuir mantas para os idosos e brinquedos para as crianças. Enquanto lá, um exército de mercenários invade a vila, mata muitos camponeses e captura os restantes. Tencionam usá-los como reféns, chantageando o governo para que libertem o dito patrão da droga. A partir daí é só tiros e porrada p'ra frente!

Para quem apreciou Ong-Bak, este é uma bela continuação do mesmo registo.
Para quem aprecia um belo filme de acção, ignorando história, representações e afins, este é um bom filme a ter em conta.

Ong-Bak é mais físico. Este tem muitos tirinhos, o que tira piada à coisa. Há, contudo, uns bons momentos. A cena inicial dos camiões e toda a segunda metade do filme, quando os camponeses insurgem-se contra mercenários armados.

sexta-feira, maio 04, 2007

Flags of Our Fathers + Letters From Iwo Jima


IMDb | Sítio Oficial Flags of Our Fathers
IMDb | Sítio Oficial Letters From Iwo Jima

Sinceramente não percebo como é que alguém consegue diferenciar os dois filmes. Não percebo como é que um foi nomeado para os Óscares e o outro não. Não percebo como é que podem dizer que o Letters é melhor que o Flags.
Os filmes são iguais!! Ou melhor ainda, é o mesmo filme! A única questão aqui - e atenção que dou muito mérito ao conceito, original, uma boa ideia - é que cada filme relata um dos lados da batalha em Iwo Jima.

No caso do Flags é muito mais virado para a simbologia daquela foto e a história à volta desta. Tem muito mais a ver com o depois da batalha e as respectivas consequências.
No caso do Letters - que é, na minha opinião, aquele que custa mais a ver - passa mais pelo desespero da (con)vivência nas cavernas, nos túneis, na ilha. Toda a espera, toda a preparação, os dias enfiados debaixo da terra enquanto os americanos bombardeavam a montanha...

Como projecto está muito interessante, embora talvez tivesse sido um pouco mais se têm metido outro realizador ao barulho. Mantinha-se a mesma fotografia, o mesmo tom, a mesma imagem, mas dava-se outro toque à narrativa.
Como filmes... não são exactamente aquilo que recomendaria para ver.

NOTA - A minha teoria para a questão dos Óscares, porque é que um teve mais «atenção» que o outro, é que os americanos, por muito que o tempo passe, acabam sempre por ter as mesmas atitudes. Ou seja, de tempos a tempos lá aparece um filme que clamam ser muito bom, que varia um pouco do convencional. Atenção, para nós não é bem assim. O Letters é bastante convencional. Porque é que então eles o acham... sei lá, «artístico»? Na minha opinião: por causa das legendas!
Americanos vêem legendas e pensam logo que o filme é muito à frente.

quarta-feira, maio 02, 2007

Arsène Lupin

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O que é que o Arséne Lupin - aqui interpretado por Romain Duris - não faz?

Este personagem é um misto de Van Damme com Robin Hood com Sherlock Holmes com Indiana Jones com o Santo com o Fugitivo e com mais tudo e um par de botas!!

Uma história que começou por ser de vingança pela morte do pai, demasiado facilmente passou para um romance com a prima (!), para depois passar para uma caça ao tesouro, seguindo para uma espécie de luta com demónios, tentando quase acabar num final feliz só que falhando miseravelmente e continuando para uma coisa que não se percebe bem o que é.

Tão cedo o homem estava na cama com a Eva Green como a seguir já estava a saltar para um combóio em andamento para roubar uma coisa que nem se sabia que existia e nem qual o seu objectivo. Tudo para impressionar Kristin Scott Thomas que cai meio de paraquedas nesta embrulhada toda.

O irritante é que os franceses têm demasiados meios, fazendo com que o filme até tenha alguma qualidade a nível de produção. Poderia até ser algo bastante agradável de se ver se não tivessem tentado enfiar tanta coisa ao mesmo tempo.

terça-feira, maio 01, 2007

Die Fetten Jahre Sind Vorbei

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Dois jovens rapazes, empreendedores de corpo e alma, têm a bela ideia de entrar em casa de pessoas ricas e reorganizar-lhes a mobília. Isto quando estas pessoas ricas não estão em casa, claro. E quando falo em reorganizar... não é como se decidissem meter a casa um pouco mais feng shui, não. A ideia é dar-lhes um toque original. Uns bibelôs na retrete. Um sofázito na piscina. Uma aparelhagem no frigorífico. Esse tipo de coisas.
A coisa corria às mil maravilhas até que, como não podia deixar de ser - é sempre a mesma coisa - uma moçoila tinha que meter-se ao barulho e estragar a coisa toda.

Será que estragou mesmo?


PS - Segunda música já demasiado usada em filmes: Hallelujah do Jeff Buckley. Não estou de todo a dizer mal da dita, é só porque vê-la tantas vezes em tantas cenas diferente faz com que tanto a música como a cena percam força.