quarta-feira, janeiro 30, 2013

The Perks of Being a Wallflower

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Quantas mais maneiras há para contar histórias de secundário? Terei já dito isto? Terei já começado um qualquer post assim? É-me devido aqui algum desconto. Também quantas maneiras há para começar um comentário sobre um filme?

Podia atirar para aqui uma data de coisas como já vi por aí em outros resumos. Adolescência. Amizades. Primeiros amores. Suicídios.
bla
bla
blah

Um caloiro curte uma sénior. A sénior e o seu grupo de amigos adoptam o caloiro, num misto de pena e gosto. O caloiro é uma alma torturada, um pouco como eles, um pouco como todos os adolescentes no mundo (em especial aqueles que morrem em guerras, entenda-se). O seu coração tinha que ser partido... ou não fosse ele um adolescente. Aí é que está. Tem que viver-se o bom com o mau. Nem todas as primeiras experiências são más. Eu odeio todo e qualquer jovem que oiça o Heroes pela primeira vez. Haverá melhor experiência?

Se bem que aqui dou muito desconto ao caloiro. A experiência de desilusões, desamores, corações partidos, par de botas, é das mais marcantes na vida de qualquer pessoa. Passa a ser uma experiência particularmente horrível quando o primeiro amor é a Emma Watson. Quer dizer, quão debilitado mentalmente era este miúdo para escolher a Herminiosa como primeiro amor?

The Perks of Being a Wallflower é giro. Pesadito, mas giro... com um desenrolar final de alto nível.

terça-feira, janeiro 29, 2013

Beasts of the Southern Wild

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Que podes esperar de Beasts of the Southern Wild:
- Uma data de frases feitas com cabeça, saídas da boca duma criança.
- Pai e filha a interpretarem papéis em que berram.
- Mais inteligência que se esperaria duma data de gente que vive numa «banheira».
- Boas imagens... se bem que algo movimentadas.
- Outras imagens desoladoras, mas boas na mesma.
- Uma história comovente, por muito que pouco real.
- Fantasia bem colocada no meio da história.

domingo, janeiro 27, 2013

Broadway Danny Rose

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- You divorced him or you got a separation or what?
- Some guy shot him in the eyes.
- Really? He's blind?
- Dead.
- He's dead, of course, cos the bullets go right through.


Que personagem incrível consegue ser Allen.
Broadway Danny Rose junta uma data de cómicos da altura, amigos de Allen certamente, todos à volta duma mesa de café. Queixam-se da vida, dizem piadas, e contam histórias engraçadas dum personagem popular do ramo, um agente chamado Danny Rose. Um marialva fala barato, representante de péssimos números, mas que volta e meia descobria um talento. Nesta história em particular, a maior e principal, Rose tem um cantor que volta à ribalta. Este pede a Rose para tomar conta da amante. Mia Farrow, em todo o seu esplendor do anos 80, aqui uma moça que envolve-se com demasiados indivíduos da pior espécie. Tudo o que Rose tem que fazer é levar a amante ao grande espectáculo do cantor. Parecia ser uma tarefa simples. Acaba por ser hilariante.

Robot & Frank

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Robot & Frank é a história fofinha dum velho com problemas de memória (entre outros) e o seu robô. O aparelho mecânico grande é suposto ser o seu mordomo, assistente, enfermeiro e até companheiro. O velho aproveita e torna-o também em parceiro no crime. Frank era um ladrão de quase profissão. Só que a idade já não o permite ter a velocidade e destreza de antigamente. É aqui que entra o robô.

O filme não é só isto e tem algumas camadas interessantes.
Sendo que a história passa-se no futuro, gosto como o velho faz-se à única bibliotecária sexy existente na terra, aqui interpretada por Susan Sarandon. É um velho com objectivos muitos claros. Respeito.
Ainda tendo em conta o futuro e robôs mordomos, há uma parte de profunda ficção. E não, não é a parte dos robôs. É o facto do velho não querer, nem sequer gostar de robôs, inicialmente. Sendo no futuro, o velho terá crescido a ver séries com robôs. O seu desejo de ter um não poderia ter morrido com a idade. Toda a gente a partir de certa geração quer ter um robô. Seja agora, seja daqui a 40 anos.

sábado, janeiro 26, 2013

Stardust Memories

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Começava eu a conhecer o mundo e o Sr. Allen andava a fazer terapia em formato película. Allen sempre deu bastante de si nas obras. Aqui quer mandar tudo cá para fora, todas as frustrações e receio. O estigma de «apenas» fazer comédia, num misto de querer que signifique mais do que apenas risos, com um repúdio por análises excessivamente intelectuais a cada pormenor. E depois há toda a questão das mulheres. O usar do filme para envolver-se com moças demasiado atraentes para um pequenote judeu. Não é das melhores coisas que lhe vi. Confesso que não sou grande fã deste registo. Contudo, não deixa de ter frases incríveis, como é hábito: «To you I'm an atheist. To God I'm the loyal opposition.»

Raios. O rapaz não consegue fazer nada mal.

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Back to the Future III

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Foi nesta trilogia que aprendi o significado da expressão To Be Continued. Foi nesta trilogia que aprendi a odiar a expressão To Be Continued. Não que tenha noção quanto tempo esperei entre filmes. Nem tenho bem noção em qual deles vi a expressão. Mas esse momento ficou marcado. Assim como a aventura. Acho que nunca vou ter essa sensação outra vez, de completa e absoluta delícia, ao ver um filme destes numa tarde de fim-de-semana, completamente envolvido na história, a desejar ser o personagem principal, a desejar ter as sapatilhas dele, a criticar todas as coisas mal feitas, insinuando que faria melhor. Viver uma aventura destas como só se consegue ao ser miúdo. Posso sempre tentar viver a aventura enquanto adulto, mas onde vou encontrar um velho cientista maluco, que invente uma máquina para viajar no tempo?

O terceiro episódio não desilude em nada. Aliás, até tem a  vantagem em relação aos outros dois de não ser bombardeado com product placement de cinco em cinco minutos. Folgo ainda em saber que não tinha razão. A trilogia acaba por fazer sentido. Não faz sentido na medida em que um miúdo adolescente é demasiado amigo dum velho maluco, e ambos viajam no tempo. Mas faz sentido nas partes que interessam. E sim, continua a ser divertido de se ver. Acho que vai continuará divertido de se ver, mesmo no futuro.

O Marty chega daqui a dois anos e meio. Ainda há tempo de fazer skates hoverboards. Preparemo-nos para essa bela data.

domingo, janeiro 20, 2013

Hotel Transylvania

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Ainda ontem falava nesta pandilha, e agora aqui estão todos eles a dar as respectivas vozes a monstros. Alguns esforçando-se um pouco mais que outros.

O universo está bem criado. A premissa é engraçada. Tem vários momentos divertidos, tanto para miúdos como graúdos. Só uma coisa fez-me confusão. Ter zombies como a criadagem do hotel não tornará o serviço demasiado lento?

sábado, janeiro 19, 2013

Here Comes the Boom

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Quem o viu e quem o vê. Dum gordo com calções ridículos, uma esposa demasiado atraente para ele e um sogro irritante como tudo, Kevin James passou entretanto para quase galã e até faz parte duma pandilha com bastante poder em Hollywood. Chegou mesmo ao ponto de ser protagonista de filmes com algum orçamento. Claro que é só para fazer de professor que leva na boca a torto e a direito, mas mesmo assim.

Sou tão fã de histórias de underdogs como qualquer um. Adoro. Mesmo. Mas há limites. E Kevin James a combater no UFC é o meu limite. Here Comes the Boom tem os seus momentos engraçados, mas é demasiado inverosímel enquanto história. Até certo ponto nem estava a deixar que o enredo improvável estragasse a experiência, só que o final foi do piorio. O professor andava nos combates para angariar dinheiro para salvar o departamento de música da sua escola. O combate final é em Vegas. E toda a gente apareceu para o combate, incluindo os miúdos da banda. Agora, se  precisavam de 48 mil dólares para salvar o departamento, quem é que pagou a viagem, estadia, alimentação, bilhetes, etc, para que 20 e tal miúdos fossem a Vegas tocar uma música num combate demasiado violento para a idade deles? Isso e o aversário final a certa altura baixa-se para que o Kevin James consiga dar-lhe uma joelhada na cabeça. Como dizia, inverosímel... e um pouco estúpido.

A música é fixe, no entanto.

Cloud Atlas

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Não fazia ideia o que era Cloud Atlas. Sabia que alguns actores faziam vários papéis. Sabia da realização. Sabia ser baseado num livro. Pouco mais. Não é fácil entrar na narrativa. Ao início os saltos entre histórias são muito rápidos. Alguns actores demasiado parecidos entre histórias. Algumas coisas colam as histórias, mas de forma ténue. Porque é isso que Cloud Atlas é. Um conjunto de histórias em vários pontos no tempo e até na realidade. A grande diferença é que são todas boas histórias e bem contadas.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Back to the Future Part II

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Estava certo na minha interpretação. Apetece-me voltar atrás no tempo e dar um abraço ao meu eu mais novo... por muito que criasse um paradoxo que poderia destruir o universo ou, na melhor das hipóteses, a nossa galáxia. É que este II é o mais fraquinho de todos. Sempre achei. Aquando miúdo, fiquei com a impressão que seria por causa da confusão temporal. Era isso que queria confirmar. Não. O II é fraco porque é um quase recontar do primeiro, de todas as cenas fixes. Só que no futuro... e depois outra vez no passado. É excessivo overacting. Sei que é uma redundância. A questão é que até gosto de overacting, mas em doses moderadas. É uma repetição infinita das mesmas três expressões: «great Scott», «heavy» e «Doc». E é demasiado... de quase tudo. Muitas cores no futuro. Um futuro alternativo levado ao extremo. Um futuro normal onde nada correu bem. Uma data de product placement logo na primeira hora. No futuro, claro está.

Ficam duas notas importantes.
Primeira: o Marty McFly chega ao futuro daqui a dois anos e meio, sensivelmente. Em outubro de 2015. E não em 2012, ou mesmo 2013, como se espalhou aí a certa altura pelo Facebook.
Segunda: se algum dia voltar a dar-me com pessoas novas, ensinar-lhes-ei que este filme é perfeito para drinking game. Se se beber um shot a cada «great Scott», «heavy» ou «Doc», fica-se bêbado antes de meio do filme. Se acrescentarmos um shot por cada product placement bandeiroso, menção a passado ou presente, cenas em que o mesmo actor interpreta dois personagens ao mesmo tempo com split screen, ou reinterpretações de cenas do primeiro, fica-se bêbado só com o primeiro terço passado no futuro.

To be concluded...

domingo, janeiro 13, 2013

Struck by Lightning

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Não sei se será uma questão de (mau) humor, mas não tive compaixão nenhuma pelo personagem principal. O palerma é um revoltado. Tem planos para os seu futuro. Tem ambições. Acima de tudo, quer sair da terriola medíocre onde nasceu e cresceu. Onde foi abandonado pelo pai. Onde foi «criado» pela depressiva e rancorosa mãe. Logo, quer fazer coisas na escola, que o permitam sair da terriola e atingir os objectivos. É director do «jornal» da escola. O que faz com que pertença aos conselho dos alunos. Não é suficiente para entrar na sua universidade de eleição. É-lhe sugerido que crie uma revista literária. Necessitará de participações dos outros alunos. Tudo gente que o odeia, atenção. Nada como chantagear os mais influentes. Existirão outras maneiras, mas esta também funcionará. Todos o odeiam precisamente por causa disto. Porque se impõe. Porque impõe as vontades. E é esse o motivo pelo qual o personagem não me merece comiseração. Até morre e tudo. Mesmo assim. O rapaz é inteligente e capaz. Dinâmico e resoluto. Mas impõe-se. Sim, as outras pessoas são burras ou, pelo menos, não tão inteligentes como ele. Porque é que precisava referi-lo tantas vezes?

Guy was a dick. Basicamente é isto.

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Back to the Future

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Retomo o visionamento de filmes da melhor forma, após uma pequena pausa. Numa de meter nojo a certas e determinadas pessoas, decidiu-se, neste humilde domicílio onde resido, voltar ao passado. Voltar a um grande clássico, vá.

Não querendo entrar muito nos detalhes dum filme visto e demasiadas vezes revisto por quase todos nós, fiquemos apenas por alguns pormenores:
- O personagem do Marty Mcfly consegue passar o filme todo a fazer referências ao futuro por engano. Estamos uma hora e tal dentro do filme, o rapaz está há uma semana no passado, e mesmo assim ainda chama mãe à mãe, ou pede uma Pepsi Free. O que nos leva ao ponto seguinte.
- Product placement. O filme terá sido pago por três marcas: a Pepsi, que em 1985 desenhou a pior imagem de lata de sempre para o seu novo produto, a tal Pepsi Free; a Nike, que terá mais destaque no futuro; e a JVC, que tinha uma câmara de filmar em 85 que facilmente era adaptada aos televisores de 1955. Incrível.
- A tempestade. Há muitos erros ao longo de todo o filme, mas a tempestade é muito boa. Não fui eu que reparei, mas é a cereja que me fez rir por boa parte do final. Assim que o raio atinge o relógio e permite a McFly justificar o nome da trilogia... a tempestade termina. Já nem um raiozito se vê lá ao longe. Foi mesmo o culminar de algo muito bom e empolgante.

As razões para querer rever a trilogia... Bem, não é preciso razões para rever estas trilogias, em boa verdade. Quis e quero ver o bolo completo. Acho que é algo que nunca fiz. Ou então já não faço há algum tempo. Quero ver toda a história para ter noção do quanto não faz sentido todas as viagens no tempo. Só porque sim. Não vai estragar-me em nada os filmes. Adoro e vou sempre adorar. É só porque sim.