sábado, dezembro 29, 2012

The Man with the Iron Fists

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Olha para o RZA todo armado em crescidote, a realizar filmes e tudo. Não que seja grande coisa este The Man with the Iron Fists, mas tem o seu quê de divertido. Claro que o cavalheiro não poderia fugir muito da sua temática preferida, embora muito me admire não ter aqui o seu clã todo.

Podia tentar explicar a história mas, em boa verdade, não haverá muito para explicar. Há bons da fita. Há maus da fita. Às vezes confundem-se Acabam sempre por agir consoante as suas naturezas. Todos querem ouro. Todos frequentam o mesmo bordel. Tudo para dizer que são todos iguais, por muito que andem à porrada uns com os outros. Já no que concerne a avaliação propriamente dita, posso dizer que continuo sem ser grande fã de cenas de acção com a ajuda de cabos. É algo que faz-me espécie.

terça-feira, dezembro 25, 2012

Hit and Run


Começo por dizer que não acho que a pontuação no IMDb seja muito acertada. Atenção que o filme não é incrível. Não é o que estou a dizer. Mas é mais divertido que um 5.9. E divertido é o que pretende ser. Será estranho ter meliantes tão eloquentes, com tanto discernimento, procurando racionalizar tudo o que ocorre. Aqui vê-se o dedo de Dax, que escreve e co-realiza. O rapaz é muito verbal e isso passou para o guião. Para além da parte em que o palerma queria era conduzir carros velozes, claro.

...

Estes rapazitos e os seus traumas penisianos.

sábado, dezembro 22, 2012

The Sapphires


The Sapphires é a história das únicas cinco pessoas que tinham interesse em ir ao Vietname naquele período quando andavam lá uns rapazitos americanos aos tiros. Em defesa das moçoilas e do seu manager irlandês e bêbado (redundante?), a ideia seria iniciarem as suas carreiras artísticas, cantando para os militares. Depois disso seria um pequeno salto para os palcos de Nova Iorque e afins. Ficaram-se por uns tirinhos e alguns episódios românticos.

domingo, dezembro 16, 2012

Frankenweenie


Para o comum mortal, a experiência aérea a ter é entrar num clube qualquer de milhas em altura. Para o velho e bom DaMaSCo é ver um filme a uma distância e velocidade consideráveis. Não será uma novidade, mas é a primeira vez para o blogue. Por mim até fazia sempre assim. Passeava e aproveitava para ver umas coisas. Tenho que encontrar algures esse trabalho.

No que concerne ao filme, o que parece é que Tim Burton volta à infância para fazer algo mais puro. Ao que sei, esta é uma história sua mais antiga. E nota-se. Até parece algo biográfico. O miúdo esquisito, demasiado inteligente e artístico (faz filmes amadores) para os coleguinhas. Tem no seu cão o melhor e único amigo. Quando o bicho morre num acidente, fica desolado e muito inconsolado, ao ponto de arranjar forma de o trazer de volta do mundo dos mortos.

Ao contrário dos últimos filmes de Burton, gostei muito deste Frankenweenie. É simples, negro qb e muito criativo na forma como adapta a velha história. E foi óptimo para ajudar a passar algum do tempo enfiado na caixa metálica.

sábado, dezembro 15, 2012

Liberal Arts

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O Ted é tão pretensioso. Sim, o arquitecto. Cada vez mais acredito que o personagem é demasiado próximo da realidade. Tem mesmo o ar e conversa de quem achou demasiada piada à faculdade, embora tenha sido um palerma que maior parte das pessoas queria esmurrar. Só que depois é muito simpático. Demasiado simpático. E ninguém o esmurra porque é tão simpático. Porque no fundo, não tão assim no fundo, é boa pessoa. Um pateta, mas boa pessoa. Óptimo exemplo disso é quando o «personagem» deste filme recusa-se a tirar a virgindade a uma popozuda de 19 anos. Quem é que faz isso? Ninguém no seu perfeito juízo. Qualquer homem não conseguiria raciocinar, quanto mais articular palavras para dizer que não. E não... Não é uma palavra muito feia. Fortune never smiles on those who say no.

Estão a ver? Pretensioso. Confirma-se.

Sleepwalk with Me

IMDb

Temos um cómico, ou melhor, temos alguém que quer ser cómico mas não tem grande jeito para a coisa. Só se safa quando começa a falar de coisas pessoais e mais negativas da sua relação. Pelo meio está muito nervoso com a possibilidade de casar com a namorada incrível que tem. Nervoso ao ponto de andar e fazer coisas durante o sono. Lá para o meio da história mete isso no seu número cómico também. E safa-se. Diz umas coisas com piada. Mas da mesma forma que a sua carreira começa a crescer, a sua relação vai atingindo o fundo do poço, com o palerma a pedir a namorada em casamento, não tendo qualquer desejo de o fazer. 

Acho que como aproveitou a sua vida para os números cómicos, o palerma terá aproveitado também partes da sua vida para escrever e realizar este filme. Claro que a namorada não seria tão incrível como aqui parece. Na mesma linha como uma almofada de piza soa melhor do que será na realidade. Ou como os filmes indie continuam a surpreender-me pela qualidade e por terem moças de séries de grande sucesso.

É assim. Tudo tão estranho como andar a dormir.

The Words

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Uma história dentro duma história... dentro duma história.
Um velho escreveu um livro baseado na sua vida. Perdeu-o. Um novo encontra o livro e publica-o em seu nome. Um de meia-idade conta a história do novo que encontrou o livro do velho, e publicou-o em seu nome. No fundo é isto. Agora, se até tolero filmes baseados em livros, filmes sobre gajos a escrever livros que nem existem... um pouco menos.

Brinco, claro. É só porque custa-me sempre quando trabalho mistura com prazer.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

10 Years

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A promessa de algo perfeito. É o que às vezes sinto ao começar a ver... algo. Um milissegundo onde há toda a uma possilidade de algo incrível. 10 Years não é incrível. Teve o dom de fazer-me sentir isto mais uma vez. É também por este motivo que vejo tanta coisa. Ando sempre à procura de... Sei lá. Uma conjugação de factores que levam a um momento perfeito. A promessa de algo perfeito. Aquele momento quando tudo poderá ser tão bom. É o que 10 Years é. Bom. Bonzito, vá. Teve um ou dois momentos de arrepios, de fazer esquecer que o mundo existe. Ou não tivesse sido hoje um possível fim dele.

domingo, dezembro 09, 2012

Trouble with the Curve

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Este filme é mais americano que tarte de maçã.
Este filme é mais americano que vedações de madeira acabadas de pintar de branco.
Este filme é mais americano que o 4 de Julho.
Este filme é mais americano que cenas com águias e estrelas.
Este filme é mais americano que eleições para presidente.
Este filme é mais americano que batalhas com russos.

Preciso mesmo de explicar? Ok.
Temos o durão Eastwood, a ficar velho mas ainda mais rijo que maior parte dos meninos que por aí andam. Temos a moça bonita, inteligente, protegida e adoptada por todos. Temos um dos desportos nacionais. Temos tardes quentes e boa disposição. Temos empreendorismo e sucesso desde tenra idade. Temos a luta entre o modernismo e a tradição, em que a tradição é que está correcta, claro. Temos a valorização dos idosos. Temos Mustangs. Vários. Temos cachorros quentes. Temos lutas em bares, em defesa da honra de moçoilas, depois de jogos de snooker. Temos uma filha bem sucedida mas mesmo assim triste, porque o pai não esteve presente durante a infância. Temos skinny dipping e beijos ao luar. Temos uma história de amor com o rapaz bonitinho, que é demasiado igual ao pai. O dela, não o dele, entenda-se. Aliás, o rapaz tem a aprovação do futuro sogro. Talvez não daria se soubesse do skinny dipping...

Não acredito que fui obrigado a explicar.

Grabbers

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Um conjunto duma espécie de sanguessugas alienígenas invade a Terra. Alimentam-se de água e sangue. Começam pela Irlanda. Péssimo sítio para começar. Isto porque são alérgicas a álcool... É uma coisa relativamente comum na Irlanda. Não é propriamente um estereótipo, mas é conhecido que os irlandeses gostam do seu copo. E ainda bem, neste caso. Se querem sobreviver, convém enfrascarem-se à séria. Foi um sacrifício, mas posso garantir que a rapaziada safou-se muito bem.

Pitch Perfect

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F#d@-s€, isto foi giro.

Peço desculpa pela profanidade, mas é que não é mesmo nada comum gostar de coisas em que os personagens passam o tempo todo a dançar e cantar. É que foi mesmo divertido e, em alguns momentos, arrepiante. Isto não deixa de ser, para todos os efeitos, um Glee versão universidade. Talvez mais ensaiado, menos improvisado. Não sei. Confesso que vi pouco do Glee. E ainda bem. Era só o que faltava agora também achar piada a isso. Tenho mesmo que medir os meus níveis de estrogénio. Começa a ser preocupante.

Não. Espera. Talvez não seja necessário. Não deixei de achar muita piada a esta versão mais divertida da Anna Kendrick, em especial os decotes e a parte dela nua com a Brittany Snow, no duche. Não se vê nada. Calma. Não foi preciso. Só a Snow ruiva foi mais que suficiente.

Estou mais descansado. Não completamente... mas um pouco mais.

sábado, dezembro 08, 2012

The Good Life

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Com um elenco simpático, a coisa pareceu interessante. Acabou por ser deprimente. Não necessariamente mau. Apenas deprimente e um pouco frustrante, pois prometia um final que não cumpriu. Sim, teve pouco clímax. É o que quero dizer. Foi bom na mesma ver a Zooey a ser doce e a cantar. E despida. Vamos não esquecer despida. Tapou as meninas com as mãos, mas não deixou de estar despida.

Premium Rush

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Sempre a acelerar, Gordon-Levitt, a sua voz baixa que continua a parecer-me falsa e uns belos gémeos (sou homem para admitir), transportam coisas pelas ruas de Nova Iorque... de bicicleta. Não acredita em travões. Não acredita em andar de fato. Não acredita em escritórios. É pago para andar e adora essa vida. Sempre em risco (porque todos os 1500 estafetas de Nova Iorque já tiveram acidentes) e esta atitude de artolas valem-lhe uma namorada gira e uns quantos problemas... dos quais foge de bicicleta. Para além das rivaldades e dos carros que o abalroam a velocidades elevadas, Levitt mete-se a transportar um cartão importante e que toda a gente quer. Vale a vida de alguém, por muito que ele não o saiba. Porque é que os maus da fita (mais maus da fita que outros maus da fita, entenda-se) querem o bilhete, acabei por não perceber. Mas se estes maus da fita mais maus da fita não existissem, então não havia polícia corrupto e não tínhamos filme. Quer dizer, talvez tivessemos filme na mesma, mas não passaria duma curta, muito no limite de ser um anúncio de televisão. Ridículo foi só a miúda que pediu o estafeta ter chegado ao sítio da entrega ao mesmo tempo que toda a gente.

Por incrível que pareça, esta história de gente demasiado crescida para andar de bicicleta até que se vê bem. O meu amigo devia ver antes estas coisas, em vez dos Resident Evils deste mundo. Até porque faria mais sentido para ele.

Resident Evil: Retribution

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Fui tentado por amigo a ver este filme. Por «tentado» entenda-se: disse-me hoje que era pior que levar murros no estômago, não necessariamente por estas palavras. Como é natural, mal podia esperar que o dia de trabalho terminasse para poder vir para casa vê-lo. Não fui defraudado. O filme é mesmo bastante mau. Tem cenas de acção giritas coladas com um enredo que levará maior parte das pessoas à loucura. Aquelas que ignorem a acção e tentem seguir a narrativa, claro. Porque maus da fita são bons da fita, e os bons da fita que sempre tentaram matar os maus da fita são agora agentes deles. Tudo porque o mundo está completamente governado por zombies que já andam em veículos e aos tiros. E dizem vocês «mas isso não é possível, pois se os zombies não têm cérebro, como podem eles tomar conta do mundo». É uma pergunta legítima e inteligente, não fosse inverosível alguém perguntar tamanha barbaridade, mais que não seja porque ninguém quer ter uma conversa sobre o quinto Resident Evil. Pois bem, em resposta à pergunta que ninguém colocou: os zombies estão a ser, de certa forma, liderados pelo computador que tentou matar toda a gente num filme anterior, tentando controlar a epidemia. Sem sucesso, decidiu então usar a facção vencedora para dar cabo da perdedora, ou não fosse uma inteligência, por muito que artificial.

Em relação aos murros no estômago que acabei por levar, posso apenas dizer que as nódoas negras passarão muito antes do próximo episódio. Sim, porque haverá novo episódio eventualmente. E claro que irei ver, pois louco já sou há muito tempo.

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Red State

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Com Red State termino a meia dúzia de filmes que tinha há mais tempo para ver. Ok, este é de 2011. Também não o tinha para ver há muito tempo. Mas o Dr. Strangelove, por exemplo, já tinha há algum. O Sunrise até já tinha desde a década de 20, mais ou menos.

Às vezes não saber sobre os filmes tem algumas desvantagens. Não sei porquê tinha ideia disto meter zombies ao barulho. Não faço a mais pálida ideia de onde tirei essa mui errónea informação. Sei que estava enganado. Quer dizer, há aqui gente que é como se tivesse o cérebro meio morto.  Ou pelo menos usam-no tanto como um cadáver. Não é bem a mesma coisa.

Como última nota: Olha o meu menino a fazer coisas de acção. Tão contente que fico por ele, por diversificar assim o seu portefólio. A ligação que tem com material anterior passa pela parte religiosa, em especial o fanatismo. É um assunto que lhe é querido. Tirando isso... Nem piadas abaixo da cintura, nem nada. E tudo com actores com quem nunca tinha trabalhado. E o pastor... O pastor é incrível. Adorei odiá-lo. Óptimo vilão. O final do filme é um pouco tirado a ferros, mas até lá caminha-se tão bem que nem acho que incomode muito. Foi mais agradável que esperava. Mas eu também estava à espera de zombies. Não é dizer assim tanto.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Jules et Jim

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Embora o título tenha apenas dois nomes, a história é sobre um triângulo. Falta Catherine. A insana, incansável, inconstante, apaixonante, incrível Catherine. Sempre elas. Todos os três bons amigos. Todos os três inteligentes, capazes, dedicados, apaixonados... Que raio me deu hoje para fazer listagens de adjectivos? Dois amigos conhecem Catherine. Ambos apaixonam-se. Ambos acabam mesmo por casar com ela. Nenhum homem a consegue ter verdadeiramente. Embora ambos também sejam indecisos no que concerne aos seus desejos. Ok, talvez não Jules. Ele sempre disse que queria Catherine, embora fosse o menos provável de a conseguir ter.

Foi um livro oferecido há já algum tempo. Mais tarde descobri que havia o filme. Imaginei Jim mais pintarolas. Imaginei Jules bem menos. Catherine está perfeita. Sempre estão.

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Iron Sky

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Sim, são nazis na Lua. Sei que poderá não ser claro. O nome não é completamente esclarecedor. Achei por bem explicar logo esta parte no início. O cenário é o seguinte:
Uma Sarah Palin é presidente dos EUA. Digo uma Sarah Palin porque nunca dizem o nome. É só igual. O ano é 2018. A presidenta quer garantir o segundo mandato e, numa cena de popularidade, manda uma expedição à Lua. Um astronauta é morto. O outro é capturado pelos ditos nazis residentes no lado negro do nosso satélite preferido. E aqui tenho que estar do lado dos nazis. Por muito que não concorde ou que não goste deles, o que é certo é que se invadem a residência a um gajo, essa pessoa tem o direito de reagir mal. Bem, voltando ao enredo. Esta visita dos terrestres acaba por desencadear uma reacção ainda maior dos nazis, que decidem assim sair da sua zona de conforto e talvez mesmo regressar ao planeta de origem. A sua tecnologia é avançada, mas não ao nosso nível. Ainda foram uns 50 anos desterrados num sítio escuro. Não havia assim tanta margem de manobra para evolução. Não vou maçar-vos com muitos mais pormenores, até porque não quero ser acusado de só ter spoilers no blogue. Sei bem que toda a gente vai querer ver este filme em que nazis têm uma forma de tornar albino um rapazito africano.

A minha única grande dúvida (sim, única), é se estavam a tentar fazer uma coisa a sério ou não.

domingo, dezembro 02, 2012

Sunrise: A Song of Two Humans

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Sendo um filme mudo, deveria honrá-lo não falando. Só que se há coisa que não sei fazer é estar calado. Portanto o meu comentário passa pelo enredo em si.

Temos um casal simples. Fazendeiros. O marido anda enrolado com uma moça qualquer, que conheceu e por quem se apaixonou, vá-se lá saber como. O plano é matar a esposa e fugir com a amante. Só que pelo caminho acaba por passar o dia na cidade com a mulher, gastando dinheiro que não sabia que tinham, já que o marialva andava a vender tudo para poder comprar coisas à amante. Como o dia na cidade correu muito bem, todo o casamento está resolvido. Já não têm problemas nenhuns e o matrimónio está salvo. É isso?

Parece-me romântico à brava.

Capitães de Abril

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Num dia bonito de sol, numa manhã de domingo, decido ver algo sobre homens inspirados, motivados pela possibilidade de um amanhã melhor. Confesso que tive arrepios em vários momentos. Sim, estava bem filmado, mas acima de tudo foi o imaginar de como terá sido aquele dia. A alegria nas ruas. Pessoas desconhecidas a abraçaram-se. O festejar do fim de algo terrível que ocorria em Portugal. Terá sido um dia extraordinário. Inesquecível. Já os dias de hoje... Tarde virá o momento em que os consigamos esquecer.