terça-feira, agosto 14, 2012

Octopussy

IMDb

Bond:
Oh Roger, epá, gosto de ti, mas não achas que já está na altura de dar lugar a outro?

Sinopse:
Confesso que a certa altura esqueci-me do enredo principal. O filme começa com uma reunião de políticos e militares russos, com um militar a querer rebentar com tudo e com todos, aproveitando o maior poderio russo em conjunção com a incapacidade do ocidente de tomar decisões complicadas. Depois passamos muito tempo com o roubo/compra dum ovo Faberge, que segundo parece é importante para toda a gente. Bond vai atrás do compradores do ovo até à Índia, onde conhece a mulher com o nome mais incrível de sempre: Octopussy. Conhece-a no meio duma comunidade de mulheres bonitas, que afinal não é uma comunidade mas sim um exército privado da Octopussy (tão bom escrevê-lo várias vezes). Esta, ainda por cima, é uma contrabandista de grande mestria, para além de estar envolvida com circos. E é nesta altura que voltamos aos russos e aos seus planos de tomar conta do mundo.

Vilão/Capangas:
Octopussy não é bem a vilã. Até acaba por ser quem mais ajuda Bond. O vilão principal é o militar russo. Como vilão com mais tempo de antena temos o subalterno de Octopussy (sim, vou continuar a repetir este nome sempre que puder), um «comprador de arte» que é um mânfio do pior. Ninguém tem qualquer característica especial, tirando Octopussy com a bela alcunha que, estranhamente, foi o pai que deu. O mânfio indiano, por sua vez, tem a seu mando um conjunto muito duvidoso de sikhs assassinos, com um tendo a pior e mais incrédula arma do mundo: uma serra yo-yo, em que tem uma serra daquelas redondas, que ficam paradas enquanto pessoas mandam para lá troncos e afins, ou é usada numa qualquer maquinaria lenta de tortura/morte de personagens principais deste tipo de filmes, que depois nunca acaba por cumprir o seu propósito porque os heróis não morrem com estas coisas. Dizia eu que havia um sikh com uma serra dessas presa a um elástico, que tinha que estar por cima das suas vítimas - tipo no andar de cima -, para as conseguir matar com esta bodega. Achei giro, sim. Não fiquei foi muito impressionado.

Bond Girls:
Já mencionei a Octopussy? E o exército privado de mulheres da Octopussy?

Gadgets:
Uma caneta com ácido. Um relógio com detector de onde estava o ovo. Microfones escondidos e auscultadores na caneta. Ah, e um mini-avião com asas que encolhem.

Cena Bond:
Foram tantas que o difícil é escolher uma. Há uma fuga na Índia. Bond tinha de cerca de 12000 pessoas atrás dele (número talvez um pouco exagerado), no meia da selva, e cruzou-se com aranhas do tamanho de punhos, tigres e cobras gigantes. Depois há outra fuga na Alemanha de Leste, com um carro desprovido já de borracha nos pneus, a encalhar nos carris de combóio e seguindo assim uma carruagem com uma bomba. Houve toda a cena de porrada no combóio em si. Para além da cena final, com Bond a cavalgar primeiro um cavalo (menos mal), e depois um avião bi-motor(!), desligando-lhe cabos, lutando com um capanga sikh... no fundo obrigando o avião a aterrar e, consequentemente, a despenhar-se. Bom, talvez não fosse um bi-motor. Não percebo assim tanto de aviões.

Notas finais:
Porque é que quebraram com a tradição que já se instalava, de ter uma música com o nome do filme?

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