Saiu na Disney+ e vi outra vez, na companhia da minha senhora que, aparentemente, é desprovida de qualquer emoção. É possível que esteja a viver com um robô, porque ela mal ameaçou chorar neste filme. Houve ali um momento em que pareceu ter ficado emocionada, mas negou-o. Não sei que fazer da minha vida agora. E a Madame M.? De onde veio o rebento, se a minha moça é um robô?
De qualquer modo, este filme é muito especial. Esta trilogia é muito especial. E porque é especial?
O facto dos filmes serem «volumes» e não terem títulos individuais. Só isso mostra que quem anda lá dentro e decidiu, esta malta sabe o que é banda desenhada. Vê-se isso no todo. Vê-se a dedicação ao projecto. O humor. As lágrimas. O sentimento abrangente de família. O coração que foi posto neste filme e que estava bem presente nos outros. É a diferença entre ter alguém dedicado a fazer algo marcante, em deixar legado, e alguém a receber um cheque. Gunn criou uma belíssima trilogia, que ficará para a história.
Poderão dizer que o segundo não está ao nível. E até aqui vemos a importância de Gunn e da sua equipa. Ele faz o primeiro com bastante liberdade. Foi genial. O segundo já teve mais influência do estúdio, igual a todos os outros filmes MCU. É mandado embora por causa da polémica. O grupo é tão unido que toda a gente, publicamente e para com o estúdio, todas as estrelas do filme fazem pressão e exigem que Gunn regresse. Não fazem o filme sem ele. Gunn não voltaria pelo estúdio, parece-me. Mas voltou para trabalhar com esta malta. E voltou com poder reforçado. A Disney terá cedido, para tê-lo de volta. E, assim, temos o terceiro volume com uma data de emoção. Temos um bom projecto MCU.
É assim tão complicado de perceber?
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