sexta-feira, janeiro 29, 2010

Love Happens

IMDb | Sítio Oficial

Estive o tempo todo a pensar o porquê da Jennifer Aniston. Todo o fenómeno à volta dela. Porque é que os homens são doidos por ela. Nos filmes. Porque é que ela faz sempre estes papéis de mulher perfeita. A mulher pelo qual um homem se apaixona profundamente. Não morro de amores. De todo. Mas, como todos os homens, já pensei. Admito que já pensei.

É uma mulher assim tão atraente? Nem por isso. Não é feia, mas não é nenhum portento. É girita. Tem aquela penca, que é um bocado assuntadora. O tom de pele é uma vantagem, assim aquele ar morenaço, mas isso também é possível que seja falso. Já poderá estar entradota, mas continua com um ar jovem. Se bem que neste filme foi ridículo, porque no início andava com um puto músico. Então se não é o aspecto físico, é o quê? Ela tem aquele ar de menina taranta, que precisa sempre de ajuda com alguma coisa. E um homem ajuda. E ao ajudar, aparece aquela sensação de concretização. O ego é massajado. A masculinidade atinge os pontos mais elevados. A auto-estima tem um crescimento mais importante do que o das calças. Claro que é tudo ilusão. Ela não precisa de ajuda nenhuma. Aliás, se perder aquela independência de conseguir fazer as coisas sozinha, ela passa-se. É tudo um jogo. O lançar da rede, a tentar apanhar alguma coisa. Não é feito com maldade, atenção. Faz parte. O homem sente-se importante. Sente-se capaz. Sente-se confiante. Torna-se mais engraçado. Mais interessante. E quando ela o pica para fazer coisas novas, ou mais arriscadas (outra das facetas de Aniston, trazer este tipo de comportamento ao de cima, de experimentar a vida, de viver a vida), o homem salta e faz todas as coisas que nunca pensou fazer. E pensa que está finalmente a viver. Que soltou-se das amarras impostas pela sociedade... pelos pais... pelas próprias inseguranças. E o homem quer apresentar a Aniston aos amigos. Eles adoram-na. Ela adora-os. Tem bom sentido de humor e capacidade de aturar idiotices. Ignora o facto de estar a invadir um espaço que não é o seu, e torna-o seu! Não se fica em nada. Beber. Bocas porcas. Jogar. Seja o que for. Ela tem escola para tudo. Às tantas os amigos já gostam mais dela. É daquelas mulheres perfeitas para levar a casa. Gira o suficiente para o pai ficar orgulhoso. Não demasiado alguma coisa para que a mãe se sinta ameaçada. Carinhosa. Apoiará sempre qualquer decisão, incondicionalmente. Irá sempre perdoar-te, por muito que a magoes. A Jennifer Aniston é a namorada perfeita. Pelo menos em teoria, porque no papel... terá havido um motivo para o Pitt a ter despachado, não?

O filme é uma m#$d@! Do princípio ao fim.
E é uma pena, porque gosto do Eckhart. Ele aqui não tem piada. É bonzinho, chora e é totó. Prefiro-o sacana.

Sem comentários: