sexta-feira, junho 06, 2014

A Million Ways to Die in the West

IMDb | Sítio Oficial

O poder de Seth MacFarlane começa a assustar-me. Que faça tontices como o Ted, com uma data de b-listers, ainda é aceitável. Aqui MacFarlane faz um filme num género morto (western), porque sim, e, «juntando o insulto à lesão», tem uma data de nomes sonantes no elenco. Com a especial agravante que - qual ego do tamanho do mundo -, coloca-se no papel principal. Ele, que em nada terá representado. Às tantas poderei estar a ser injusto. Se calhar está farto de representar em coisas obscuras (vulgo «peças na Broadway e afins»). E sim, acedo que dar voz a personagens animados seja uma espécie de representação. Mesmo assim. Continuo a achar que usou do seu poder para comer-se um bocadinho com a Charlize Theron. Percebo, claro. Como percebo o encanto de a meter a dizer asneiras e ordinarices a torto e a direito. Tomemos como exemplo a frase que aqui parafraseio: «Yeah I'm a little cocky, but I've got great tits.» É lindo, engraçado e, saindo daquela boca perfeita, por demais encantador.

Analisado friamente o filme, confirma-se que é engraçado. O primeiro terço em que quase faz jus ao nome, mostrando uma data de maneiras como uma pessoa poderia morrer naquele Oeste, é hilariante. Mais as bocas ordinárias para trás e para a frente. Mais a relação do Ribisi com a prostituta Silverman (não é um insulto, é o papel que faz). Gostei de tudo isso mas, mesmo assim, prefiro o Ted.

Vale também muito pela interpretação do Ryan Reynolds. O Ewan McGregor está muito bem, mas Reynolds merecerá um Óscar.

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